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Patrimônio material e patrimônio imaterial

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Patrimônio e Restauro
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Grace Vasconcellos
Revisão Textual:
Maria Cecília Andreo
Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Patrimônio Material 
e Patrimônio Imaterial
 
• Apresentar os conceitos sobre Conservação e Restauro definidos por Camillo Boito, conceitos 
que repercutem nas abordagens e estratégias de projetos de conservação e restauro nos dias 
de hoje;
• Apresentar, focando no panorama nacional, as definições sobre Patrimônio Material e Patri-
mônio Imaterial e seus instrumentos de proteção.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Preservação e Restauro;
• Camillo Boito;
• Patrimônio Cultural Brasileiro;
• Patrimônio Material;
• Patrimônio Mundial Cultural;
• Lista indicativa a Patrimônio Mundial;
• Patrimônio Imaterial;
• Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Preservação e Restauro
No século XIX, houve um grande aumento do interesse pelas edificações e obras 
criadas entre os séculos XVI e XVII, desencadeado pelas profundas alterações ocorridas 
na Europa durante o Iluminismo, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, que 
alteraram de forma drástica o modo como os povos se relacionavam com sua cultura e 
seu passado.
Surgem pensadores cujas ideias criaram as bases, os conceitos e as práticas de con-
servação e restauro aplicados até os dias de hoje, como Eugène Emmanuel Viollet-le-
-Duc (1814-1879), Jonh Ruskin (1819-1900) e Camillo Boito (1836-1914).
Camillo Boito
Camillo Boito é natural de Roma (1836-1914) e ocupou lugar de destaque no panora-
ma cultural, sendo arquiteto, restaurador, crítico, historiador, professor, teórico, literato 
e um analista de seu próprio tempo, com relevante importância na transformação da 
historiografia da restauração, tendo posição considerada moderada entre os conceitos 
de Viollet-le-Duc, que seguiu por certo tempo, e os conceitos de John Ruskin, elaboran-
do princípios que são a base da teoria contemporânea de restauração.
Começou sua formação como arquiteto em 1849, em Veneza, na Academia de Belas-
-Artes. Seus estudos, inicialmente, foram direcionados ao neoclassicismo, por influência de 
seus mestres, mas logo se interessou pelas ideias de Pietro Selvatico Estense (1803-1880), 
que via na arte medieval Italiana um autêntica expressão de seu povo.
Boito formou-se em Veneza, em meio a um ambiente de pensadores que apresen-
tavam grande interesse pelo estudo da Idade Média, como Selvatico, que estava pu-
blicando consistentes estudos sobre o assunto, e John Ruskin, que, além de conhecer 
Selvatico, frequentava o círculo intelectual de Veneza.
Em 1860, Boito torna-se professor de arquitetura na Academia de Belas-Artes de 
Brera (Milão), substituindo Friedrich F. von Schmidt (1825-1891), um dos mais impor-
tantes difusores do neogótico. Boito dirigiu a Academia por muito tempo e teve atuação 
relevante no Politécnico.
Em razão de sua atividade como professor, historiador e teórico, influenciou de forma 
significativa na transformação do ensino e da cultura arquitetônica na Itália.
Tanto na França quanto na Itália, havia a busca pela afirmação da nacionalidade, por 
essa razão, Boito considerava Viollet-le-Duc um teórico de grande importância, no que 
diz respeito aos estudos e à difusão dos conhecimentos sobre a arquitetura medieval, 
diretamente relacionados às políticas de preservação de monumentos históricos.
A busca pela afirmação da nacionalidade italiana tornou-se mais intensa a partir de 
meados do século XIX, com os movimentos de unificação da Itália.
8
9
Você Sabia?
Entre 1815 e 1870, houve na Itália o movimento denominado Ressurgimento, que bus-
cou unificar o país, que até então era composto de pequenos Estados submetidos a po-
tências estrangeiras. A unificação como Reino da Itália ocorreu sob a Casa de Saboia, 
com a anexação ao Reino de Sardenha, Lombardia, Vêneto, das Duas Sicílias, do Ducado 
de Módena e Réggio, do Grão-ducado da Toscana, do Ducado de Parma e dos Estados 
Pontifícios, em 1870, cuja capital era Roma.
Boito escreveu importantes textos sobre a arquitetura medieval italiana, como 
Architettura del Medio Evo in Italia (Arquitetura da Idade Média na Itália – 1880), com 
introdução com o título Sullo Stile futuro dell’architettura italiana (Sobre o futuro es-
tilo da arquitetura italiana), em que Boito busca na arquitetura do passado bases para 
a criação contemporânea, fundamentando uma arquitetura que não é o resultado da 
simples adoção de estilos, mas sim resultado da análise dos princípios da relação entre 
composição, formas, função e materiais. 
Boito vai efetivamente contra o posicionamento de muitos arquitetos que se valiam 
de vários estilos do passado, sem a preocupação de representar uma linguagem própria 
da época.
Em 1850, foram criados, na região de Veneza, instrumentos legais para a proteção 
de monumentos e Selvatico assumiu importante papel nesse cenário. 
Em 1858, Boito foi encarregado da restauração da Basílica dos Santos Maria e Donato 
(consagrada em 999 – Murano), que já havia passado por diversas transformações. 
Figura 1 – Basílica de Santa Maria e Donato (999 – Murano – Itália)
Fonte: Wikimedia Commons
Para seu projeto de restauração da basílica, Boito fez análises da obra, – a partir de 
estudos documentais e apurada observação, procurando compreender seus aspectos 
formais e técnico-construtivos. Fez amplo levantamento métrico, levantamento por de-
senhos e por fotografias, analisando as condições do complexo construído, seus deta-
lhes construtivos e ornamentais.
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UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Como resultado, propôs a manutenção da pátina, a demolição de certos elementos 
acrescidos ao longo dos tempos, como a fachada, bem como a remoção de detalhes 
barrocos colocados no interior. Propôs, também, com o intuito da manutenção do estilo, 
a construção de novos elementos, como a fachada, sobre a qual elaborou solução funda-
mentada na análise da arquitetura do período, no historicismo, por meio de elementos 
compositivos da construção primitiva, sem efetivamente ter indicações relevantes sobre 
a fachada original. Sua proposta de fachada não foi aprovada.
Em seu projeto da basílica, Boito apresenta traços claros da influência dos conceitos 
de restauração definidos por Viollet-le-Duc.
Pátina: é o depósito escurecido que se forma sobre prédios antigos e objetos. É a oxidação 
das tintas e sua mudança gradual, decorrente da ação do tempo e da luz. É a oxidação, ge-
ralmente esverdeada, em superfícies de bronze (estátuas) e cobre (coberturas) em contato 
com o ar durante algum tempo.
Na segunda metade do século XVIII, a restauração passa a ser fundamentalmente 
cultural, apoiada em análises formais e históricas, diferentemente da conduta firmada 
em ações de ordem prática e funcional, em uso até então.
A partir dessa época, tem início uma grande e justificada preocupação com os edifícios 
e monumentos existentes, edificados em diferentes épocas, em razão da não continuidade 
e da perda da cultura e da história dos povos, como consequência de fatores como o Ilu-
minismo, as destruições maciças de edifícios e monumentos após a Revolução Francesa e 
as aceleradas e profundas alterações sociais e culturais causadas pela Revolução Industrial.
Naquele momento, havia algumas teorias sobre condutas de intervenção e inventário 
em monumentos, como a de Viollet-le-Duc, que buscava o estado ideal da unidade es-
tética original do edifício, não importando que, para isso, fosse necessária a completa 
eliminação de várias fases de história do edifício. Outra linha de pensamento era a de 
John Ruskin e William Morris, favorável ao respeito pelas marcas do tempo deixadas no 
monumento e que indicava o planejamento de manutenções periódicas, a fim de evitar 
restaurações posteriores. 
Além dessas, havia a restauração voltada à arqueologia, sendo um dos exemplos 
significativos dessa linha a restauração do Coliseu de Roma (70 d.C.) e do Arco de Tito(82 d.C.), restaurados por Raffaele Stern (1774-1820), G. Camporesi, G. Palazzi e 
Giuseppe Valadier (1762-1839).
Você Sabia?
O Arco de Tito é um Arco Triunfal construído em 82 d.C. pelo Imperador Domiciano, em ho-
menagem aos feitos de seu irmão mais velho, o Imperador Tito. Arco Triunfal é uma estrutura 
monumental composta de dois grandiosos pilares que sustentam um arco, coroado por um 
entablamento plano, no qual há estátuas ou inscrições monumentais. A estrutura principal 
é geralmente decorada por esculturas, relevos e dedicatórias, com uma ou mais passagens. 
O Arco Triunfal é geralmente projetado para ter a largura de uma estrada ou de uma rua. 
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Figura 2 – O Arco de Tito
Fonte: Wikimedia Commons
Em 1806, o Coliseu de Roma encontrava-se em péssimo estado, devido à deteriora-
ção natural do tempo e pelo saque de seus materiais para a construção de edificações 
ao longo das eras. Stern, Camporesi e Palazzi construíram um esporão oblíquo de tijolos 
em uma das extremidades da curvatura externa, para serem mantidas e consolidadas as 
estruturas do monumento. Foram mantidos os elementos que mostravam os processos 
de degradação.
Em 1823, em nova intervenção no Coliseu, Valadier definiu a reconstituição e a re-
tomada das formas originais do outro extremo do anel externo, construindo arcos em 
número decrescente, de baixo para cima, empregando tijolos que deveriam ter sido re-
vestidos por elementos que imitassem o travertino, mas que permanecessem aparentes, 
deixando claro as áreas que sofreram intervenção.
O Arco de Tito sofreu restauração entre 1817 e 1824 por Stern e Valadier. Durante 
muito tempo, o arco esteve apoiado em muros e restavam apenas poucos elementos da 
construção inicial. Em escavações, foram reveladas partes das fundações originais, que auxi-
liaram na restituição das proporções do monumento. As partes originais foram desmontadas 
e depois remontadas sobre uma nova estrutura de tijolos. Originalmente, o arco era coberto 
por mármore grego, mas na reconstituição foi usado travertino. As partes reconstruídas 
apresentavam formas simplificadas em relação às originais, evidenciando a reconstituição.
Travertino: rocha calcária, composta de calcita, aragonita e limonita, com bandas compac-
tas, paralelas entre si, nas quais se observam pequenas cavidades, em que predominam os 
tons que passam pelo branco, verde ou rosa, apresentando, frequentemente, marcas de 
ramos e folhas. 
11
UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
A compreensão de todos os conceitos e ações em restauro da época levou Boito a 
definir um fundamento que passou a ser conhecido na Itália como “Restauro Filológico”, 
que vinha a ser a intervenção embasada em documentação da obra. Boito publica vários 
textos tratando das questões relativas a restauração, análises das intervenções, estabele-
cimento de políticas de tutela respeitosa em relação às obras, resultando na elaboração 
de diretrizes que passam a circular na Itália. 
Em 1883, durante o Congresso dos Engenheiros e Arquitetos Italianos (Roma), Boito 
tem atuação primordial, propondo critérios de intervenção em monumentos históricos 
que depois seriam adotados pelo Ministério da Educação. Foram apresentados 7 princí-
pios fundamentais, publicados mais tarde em Questioni pratiche di Belle Arti (Assuntos 
práticos de Belas-Artes – Milão – 1893):
• Ênfase no valor documental dos monumentos. que deveriam ser preferencialmente 
consolidados em vez de reparados e deveriam ser reparados em vez de restaurados;
• Evitar acréscimos e renovações, que, se necessários, deveriam ter caráter diferente 
do original, mas não poderiam destoar do conjunto;
• As complementações de partes deterioradas ou que faltassem deveriam, mesmo 
que seguindo a forma original, ser de material diferente, ter gravada a data da 
restauração ou, ainda, no caso de restaurações arqueológicas, apresentar formas 
simplificadas em relação às originais;
• As obras de consolidação deveriam limitar-se ao estritamente necessário, evitando-
-se a perda dos elementos característicos, ou mesmo pitorescos;
• Respeitar as várias fases do monumento, sendo a remoção de elementos somente 
admitida se tivessem qualidade artística claramente inferior à do edifício;
• Registrar as obras, com o uso da fotografia, documentando as fases antes, durante 
e depois da intervenção, devendo o material ser acompanhado de descrições e jus-
tificativas, encaminhadas ao Ministério da Educação;
• Colocar uma placa com inscrições que apontem a data e as obras de 
restauro realizadas.
Outro texto publicado, com grande importância sobre restauração, é Os restaura-
dores, uma conferência apresentada durante uma exposição em Turim em 1884, em 
que Boito sintetiza as experiências vividas como restaurador, reformula seus conceitos e 
estabelece alicerces fundamentais para a teoria contemporânea. Algumas propostas e 
conceitos que se consolidaram no século XX foram reformulados e encontraram certo 
consenso internacional na formulação da Carta de Veneza de 1964.
Em Os restauradores, Boito diz:
[...] conservação, que aliás é obrigação de todo governo civil, de toda 
província, de toda comuna, de toda sociedade, de todo homem não igno-
rante e não vil, providenciar que as velhas e belas obras do engenho 
humano sejam longamente conservadas para a admiração do mundo. 
(BOITO, p. 37)
12
13
Patrimônio Cultural Brasileiro 
A primeira legislação que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico 
nacional, a Legislação do Tombamento, foi criada pelo Decreto-Lei nº 25, de 30 de 
novembro de 1937. Em seu artigo 1º, parágrafos (§§) 1º e 2º, diz:
Art. 1º. Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto 
dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de 
interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história 
do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, 
bibliográfico ou artístico.
§ 1º. Os bens a que se refere o presente artigo só serão considerados par-
te integrante do patrimônio histórico o artístico nacional, depois de ins-
critos separada ou agrupadamente num dos quatro Livros do Tombo, [...]
§ 2º. Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são 
também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os 
sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável 
com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indús-
tria humana.
A Constituição Brasileira de 5 de outubro de 1988 reforça e amplia o conceito de pa-
trimônio estabelecido pelo do Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, pois subs-
titui a nominação Patrimônio Histórico e Artístico por Patrimônio Cultural Brasileiro. 
A Constituição Brasileira de 1988, artigo 216, parágrafo (§) 1º, diz:
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza 
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portado-
res de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos 
formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: […]
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
[…]
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços desti-
nados às manifestações artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, 
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
§ 1º. O Poder Público, com a colaboração da comunidade promoverá e 
protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, re-
gistros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de 
acautelamento e preservação.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, disponível em: https://bit.ly/3n1jJOZ
13
UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Patrimônio Material
O Patrimônio Material, protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional – IPHAN, é composto de bens móveis, como coleções arqueológicas, acervos 
museológicos, arquivísticosdocumentais, bibliográficos, videográficos, fotográficos e ci-
nematográficos; ou por bens imóveis, como cidades históricas, sítios arqueológicos e 
paisagísticos e bens imóveis individuais. 
Após o reconhecimento de que um bem precisa ser mantido como parte do Patri-
mônio Cultural Nacional, ele passa por um processo de classificação técnica para a 
definição de seu tombamento.
O objetivo do tombamento de um bem é impedir sua destruição ou mutilação, man-
tendo-o preservado para as gerações futuras.
Tombar ou tombamento significa evidenciar, a partir de registros, que aquele bem 
tem valor histórico, arqueológico, etnográfico, artístico, arquitetônico, bibliográfico, pai-
sagístico ou turístico e que é necessário, pelo bem da preservação da memória e identi-
dade cultural daquele povo, que ele seja preservado, protegido e mantido.
No caso de um bem de propriedade pública, cabe ao poder público, seja ele federal, 
estadual ou municipal, a guarda e manutenção desses bens. 
No caso de um bem de propriedade privada, cabe ao poder público, seja ele federal, 
estadual ou municipal, observar se o bem tombado está sendo protegido e mantido.
O tombamento de um bem somente é efetivado após seu registro em um ou mais dos 
quatro Livros do Tombo.
• Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: No qual são inscritos 
bens culturais de valor arqueológico (relacionado à existência de vestígios humanos 
na pré-história ou história); de valor etnográfico ou de referência para determinados 
grupos sociais; de valor paisagístico (áreas naturais ou criadas pelo homem, como 
jardins, cidades ou conjuntos arquitetônicos que se destaquem pela relação com o 
território de implantação);
• Livro do Tombo Histórico: No qual são inscritos bens culturais relacionados a 
fatos memoráveis da história do Brasil, divididos em imóveis (edificações, fazendas, 
marcos, chafarizes, pontes, centros históricos) e móveis (imagens, mobiliário, qua-
dros e xilogravuras);
• Livro do Tombo das Belas-Artes: No qual são inscritos bens culturais em razão 
de valor considerado pela História da Arte a partir do século XVI, como as artes de 
caráter não utilitário, a arte acadêmica, que imita a beleza natural, separando arte 
de artesanato;
• Livro do Tombo das Artes Aplicadas: No qual são inscritos bens culturais de valor 
artístico, relativos à função utilitária, como objetos, peças e construções utilitárias 
(alguns setores da arquitetura desde o século XVI), design, mobiliário, artes gráficas, 
artes decorativas.
14
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Os bens culturais de valor material são protegidos por diferentes legislações, depen-
dendo da natureza do bem. Como Instrumentos de Proteção do Patrimônio Material, 
podem ser citados: 
• Valoração do Patrimônio Cultural Ferroviário;
• Chancela da Paisagem Cultural;
• Patrimônio Arqueológico;
• Tombamento de Conjuntos Urbanos (Cidades Históricas);
• Tombamento de Museus e Acervos;
• Tombamento de Fortalezas e Fortes.
Valoração do Patrimônio Cultural Ferroviário 
Quando a Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) foi extinta, por meio da Lei 
nº 11.483/2007, foi atribuída ao IPHAN a obrigação de “receber e administrar os bens 
móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos somente da extinta RFF-
SA, zelando pela sua guarda e manutenção”. Permanecem como responsabilidade do 
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) os bens operacionais.
Chancela da Paisagem Cultural 
Instituída por meio da Portaria IPHAN nº 127/2009, reconhece a importância cultu-
ral de partes específicas do território nacional, que representam o processo de interação 
do homem com o meio natural, em uma relação equilibrada e correta. 
São exemplos da Paisagem Cultural as relações entre o sertanejo e a Caatinga, o 
candango e o Cerrado, o boiadeiro e o Pantanal, o gaúcho e os Pampas, o pescador e 
os contextos navais tradicionais, o seringueiro e a Floresta Amazônica. 
A “chancela” é uma “certificação” do IPHAN de que existe equilíbrio e proteção nes-
sas relações entre homem e meio ambiente e, caso deixe de existir, ela pode ser retirada.
Patrimônio Arqueológico
A proteção do Patrimônio Arqueológico é garantida pelo Decreto-Lei nº 25, de 1937. 
No entanto, a Lei Federal nº 3.924, de 26 de julho de 1961, em seu artigo 1º, parágrafo 
único, estabeleceu proteção específica. Já a Constituição Brasileira de 1988 incluiu os 
bens arqueológicos no conjunto do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Lei Federal nº 3.924, de 26 de julho de 1961:
Art. 1º. Os monumentos arqueológicos ou pré-históricos de qualquer na-
tureza existentes no território nacional e todos os elementos que neles se 
encontram ficam sob a guarda e proteção do Poder Público [...]
Parágrafo único. A propriedade da superfície, regida pelo direito co-
mum, não inclui a das jazidas arqueológicas ou pré-históricas, nem a dos 
objetos nela incorporados [...]
15
UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Incluem-se nessa proteção: sambaquis, poços sepulcrais, jazigos, os sítios nos quais se 
encontram vestígios de ocupação pelos paleoameríndios, tais como grutas, lapas e abrigos 
sob rocha; os sítios identificados como cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolonga-
do ou de aldeamento, “estações” e “cerâmicos”, nos quais se encontram vestígios huma-
nos de interesse arqueológico ou paleoetnográfico; as inscrições rupestres ou locais como 
sulcos de polimentos de utensílios e outros vestígios de atividade de paleoameríndios.
Ameríndio: relativo à arte do índio americano.
Sambaquis: acumulação pré-histórica de moluscos marinhos, fluviais ou terrestres reali-
zada por índios. Frequentemente neles são encontrados ossos humanos, objetos de pedras, 
chifres e cerâmica.
Indumentária: história do vestuário, ou de hábitos relacionados ao traje em determinada 
época, local e cultura.
Rupestres: inscrições, desenhos, gravuras, entalhes, realizados em rocha e cavernas por 
povos primitivos.
A Lei nº 3.924, de 1961, deixa claro que toda descoberta deve ser imediatamente 
informada às superintendências do IPHAN. Está clara também a importância dos bens 
arqueológicos como elementos que representam os grupos humanos formadores da 
identidade da sociedade brasileira e que, por meio deles, é possível identificar conheci-
mentos e tecnologias que mostram anos de adaptação humana ao ambiente, além da 
produção de saberes tradicionais brasileiros. 
O Brasil tem 18 bens arqueológicos tombados em todo o território, que incluem sítios 
arqueológicos e coleções arqueológicas localizadas em museus. 
Como um dos 18 bens arqueológicos, pode-se destacar:
Parque Nacional Serra da Capivara
Um dos conjuntos de sítios arqueológicos mais relevantes das Américas, por apresen-
tar indícios da mais antiga presença humana, o que permite o levantamento de vestígios 
e dados importantes para uma revisão geral das teorias existentes sobre a entrada do 
homem no continente americano. Em sua área, foram localizados cerca de 400 sítios 
arqueológicos, sendo que a maioria deles apresenta painéis de pinturas e gravuras ru-
pestres de grande valor estético e arqueológico.
Como proteção complementar, foi criada uma Área de Preservação Permanente (APP), 
um cinturão verde com 10 km de raio, para a salvaguarda da integridade dos sítios arque-
ológicos, no que diz respeito à sua proteção física.
O parque foi criado em 1979, com demarcação concluída em 1990. Está subordina-
do ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Por sua enorme relevância e importância, foi inscrito na Lista do Patrimônio Mun-
dial, pela UNESCO, em 13 de dezembro de 1991, e na Lista Indicativa Brasileira como 
Patrimônio Misto. Em 1993, o Parque Nacional Serra da Capivara passou a constar no 
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do IPHAN. 
16
17
Figura 3 – Exemplo de pintura rupestre encontrada no Parque Nacional Serra da Capivara
Fonte: Wikimedia Commons
Tombamento de conjuntos urbanos 
É com a preservação de cidades e núcleos históricosque é possível perceber os pro-
cessos de transformação de características construtivas, de tipologia e até mesmo de uso, 
das edificações e mesmo do traçado urbano, de cada período na história, sendo sua pre-
servação de responsabilidade da sociedade civil, da União, dos Estados e dos Municípios. 
O IPHAN registrou, até janeiro de 2017, 88 conjuntos urbanos protegidos, sendo 68 
tombados, distribuídos por todo o país, apresentados aqui por regiões:
Quadro 1
Região Norte
• Vila Serra do Navio (AP);
• Manaus (AM);
• Belém (PA);
• Natividade e Porto Nacional (TO).
Os conjuntos urbanos tombados representam um patrimônio arquite-
tônico e artístico de origens diversas vindas da exploração Amazônia, 
como a borracha, no século XIX, que colocou o país em posição de su-
premacia de produção do produto no mundo. 
Região Nordeste
• Marechal Deodoro, Penedo e Piranhas (AL);
• Cachoeiras, Igatú, Itaparica, Lençóis, Monte Santo, Mucugê, Porto 
Seguro, Rio das Contas, Salvador e São Félix (BA);
• Aracati, Icó, Sobral, Viçosa do Ceará (CE);
• Alcântara, São Luís (MA);
• Areia e João Pessoa (PB);
• Goiana, Igarassu, Olinda, Recife (PE);
• Oeiras, Parnaíba, Piracuruca (PI);
• Natal (RN);
• Laranjeiras, São Cristóvão (SE).
As cidades da região apresentam importância histórica, como o berço 
do descobrimento do Brasil, a primeira capital; são representativas de 
momentos econômicos importantes para o país; locais de fortificações 
e de defesa contra invasores como os holandeses e os franceses.
17
UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Região 
Centro-Oeste
• Brasília (DF);
• Corumbá de Goiás, Goiânia, Goiás, Pilar de Goiás e Pirenópolis (GO);
• Campo Grande, Corumbá (MS);
• Cáceres e Cuiabá (MT).
Essa região apresenta conjuntos urbanos que abrangem desde o le-
gado dos bandeirantes do século XVIII e XIX até cidades planejadas no 
século XX, como Goiânia e Brasília. 
Região 
Sudeste
• Cataguases, Congonhas, Diamantina, Mariana, Ouro Preto, Paracatu, 
São João del-Rei, Serro, Tiradentes (MG);
• Vila Histórica de Mambucaba – Angra dos Reis, Arraial do Cabo, Nova 
Friburgo, Paraty, Petrópolis, Rio de Janeiro, Vassouras (RJ);
• Aldeia de Carapicuíba – Carapicuíba, Iguape, Vila Ferroviária de 
Paranapiacaba – Santo André, São Luís do Paraitinga (SP).
Nessa região existem cidades entre montanhas e junto ao mar que são 
verdadeiros museus a céu aberto. Cidades criadas a partir da exploração 
do ouro e da entrada dos bandeirantes no interior do território nacional.
Região Sul
• Antonina, Lapa, Paranaguá (PR);
• Vila de Santo Amaro do Sul – General Câmara, Jaguarão, Antônio 
Prado, Novo Hamburgo, Pelotas, Porto Alegre, 
Santa Tereza (RS), 
• Itaiópolis, Laguna, São Francisco do Sul (SC).
Na Região Sul, os conjuntos urbanos tombados apresentam patrimônio 
arquitetônico e artístico com características herdadas e conservadas dos 
estrangeiros que imigraram para a região, gerando uma rica história e 
diversidade cultural, além de possuir inúmeros sítios arqueológicos.
Como exemplo de conjunto urbano, pode-se falar sobre Olinda (PE)
Olinda tem em seu conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico excepcionais exem-
plos de arquitetura religiosa dos séculos XVI e XVII, como o Convento e Igreja de Nossa 
Senhora do Carmo (1555); o Convento de Nossa Senhora das Neves, que integra o conjunto 
arquitetônico do Convento de São Francisco (1585), Ordem dos Carmelitas; o Convento 
e Igreja de Santo Antônio, construídos por volta de 1580; Forte de São João Batista do 
Brum (1629); Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Olinda (1627); Igreja 
de Nossa Senhora do Carmo do Antigo Convento de Santo Antônio do Carmo de Olinda, 
popularmente conhecida como Igreja do Carmo de Olinda (1580); Observatório do Alto da 
Sé (1890); Museu Regional (1745-1749); Parque do Carmo e Sítio de Seu Reis (o mais im-
portante espaço público do núcleo histórico de Olinda); Fortim de São Francisco de Olinda, 
também conhecido como Fortim do Queijo; Forte Montenegro (1629); Beco Bajado; Largo 
do Cruzeiro; Largo do Varadouro; Largo do Cruzeiro de São Francisco; Largo da Concei-
ção; Largo do Rosário; Bica de Nossa Senhora do Rosário, Bica dos Quatro Cantos e Bica 
de São Pedro (todas dos séculos XVI e XVII); e Rua Saldanha Marinho.
Seu representativo acervo arquitetônico se integra de maneira exemplar ao patri-
mônio paisagístico, composto do mar e da vegetação, formando um caráter próprio e 
diferenciado da cidade que a identifica ao longo de sua história.
Olinda teve seu conjunto arquitetônico e urbanístico tombado pelo IPHAN em 1968 
e, depois de Ouro Preto (MG), foi a segunda cidade brasileira a ser declarada Patrimônio 
Histórico e Cultural da Humanidade, pela UNESCO, em 1982. Entre o vasto e rico 
conjunto arquitetônico de Olinda, destaca-se:
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Igreja de Nossa Senhora da Graça e Seminário de Olinda (1551)
Uma das primeiras igrejas construídas no Brasil, por ordem de Duarte Coelho, com 
o objetivo de catequização dos índios, originalmente erguida como um oratório de taipa, 
está localizada no alto do Morro do Seminário. Com o incêndio de Olinda em 1631, 
ocorreram sérios danos no complexo, sendo a igreja e o colégio reconstruídos entre 1661 
e 1662. Atualmente, a fachada apresenta desenho renascentista, simples e despojado. 
O teto em duas águas com forro de caibros aparentes de madeira ainda é do século XVII. 
Figura 4 – Igreja de Nossa Senhora da Graça e Seminário de Olinda, 
uma das primeiras igrejas construídas no Brasil (1551)
Fonte: Wikimedia Commons
Conjuntos Urbanos Tombados, no site do IPHAN, escolhendo a região do Brasil e depois a 
cidade de interesse. Em cada cidade, são apresentados e descritos os bens tombados.
Disponível em: https://bit.ly/39VLtkz
Tombamento de museus e acervos
Por definição, museu é uma instituição, sem fins lucrativos, dedicada a buscar, con-
servar, estudar, educar, expor, de forma pública, objetos de interesse duradouro, de valor 
artístico, histórico e cultural. 
Os museus tombados pelo IPHAN são:
• Museu Solar Monjardim (ES);
• Museu de Arte Sacra da Boa Morte (GO) – Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte;
• Museu da Inconfidência (MG);
• Museu do Ouro (MG);
• Museu Regional Casa dos Ottoni (MG);
• Museu Regional de Caeté (MG);
• Museu Regional de São João del-Rei (MG);
19
UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
• Museu da Abolição (PE);
• Museu Forte Defensor Perpétuo (RJ) – Forte Defensor Perpétuo;
• Museu de Arte Sacra de Paraty (RJ) – Igreja de Santa Rita;
• Museu Casa de Benjamin Constant (RJ);
• Museu Casa da Hera (RJ);
• Museu da República – Palácio do Catete (RJ);
• Museu Histórico Nacional (RJ);
• Museu Nacional de Belas-Artes (RJ);
• Museu Villa-Lobos (RJ);
• Museu Victor Meirelles (SC).
• Museus nos quais apenas os acervos e/ou coleções são tombados:
• Museu Imperial (RJ);
• Museu Lasar Segall (SP).
Museu do Ouro (MG)
O Museu do Ouro, fundado em 1946, na cidade de Sabará (MG), está instalado em 
uma edificação do século XVII, que originalmente foi a Antiga Casa da Intendência e 
Fundição, local onde eram feitas a fundição, cunhagem e tributação do ouro extraído 
da Comarca do Rio das Velhas. O tributo era conhecido como a cobrança do quinto. 
Em 1840, a edificação foi a leilão e se tornou uma moradia, e depois, uma escola. Foi 
adquirido pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira e doado ao Serviço do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional (SPHAN – atual IPHAN) em 1946, quando o museu foi 
fundado. É administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus.
Seu acervo é composto de peças e equipamentos utilizados na garimpagem e na arte 
de ourivesaria, uma prensa, de 1670, utilizada em casas de fundição, e um engenho 
para triturar minério de ouro, que substituía a mão de obra humana.
No museu também funciona uma biblioteca especializada em história de Minas Gerais 
e do Brasil.
Figura 5 – Museu do Ouro – Sabará (MG)
Fonte: Wikimedia Commons
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Você Sabia?
O quinto era um imposto cobrado pelaCoroa de Portugal e pelas Casas de Contratações 
sobre o ouro encontrado em suas colônias. Mesmo antes do descobrimento de minas de 
ouro no Brasil, as “Ordenações do Reino” estabeleciam como um dos direitos reais as mi-
nas de ouro, prata ou qualquer outro metal existente no solo das colônias. O quinto cor-
respondia a 20% do metal extraído e sua forma de cobrança variou conforme a época. 
Na plataforma do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram, você encontra o Cadastro Nacional 
de Museus, com o mapeamento e a atualização das informações dos museus brasileiros, 
desde dezembro de 2015. Disponível em: https://bit.ly/3n2HGFV
Tombamento de fortalezas e fortes 
As fortalezas e os fortes são edificações militares com função de proteção do territó-
rio. As fortalezas são grandes construções, com vários prédios, torres de observação, 
duas ou mais baterias de canhões instaladas em diferentes pontos no interior da edifi-
cação, enquanto os fortes são menores e possuem uma ou mais baterias de artilharia, 
todas instaladas no mesmo local.
No Brasil, a partir do século XVI, foram construídas centenas de fortes e fortalezas 
ao longo do litoral, em pontos estratégicos no interior e em áreas de fronteiras. Muitos 
desapareceram, de muitos restaram apenas as ruínas e os registros históricos das bata-
lhas pelas quais passaram. 
Patrimônio Mundial Cultural
Na Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, ela-
borada em 1972, na Convenção Geral da Organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em Paris (França). e ratificadas pelo 
Decreto nº 80.978, de 12 de dezembro de 1977, foram elaboradas as definições de 
Patrimônio Natural.
O Patrimônio Natural é formado por monumentos naturais constituídos por forma-
ções físicas e biológicas, formações geológicas e fisiográficas, além de sítios naturais, 
sítios arqueológicos, que sejam de fundamental importância para a memória, a identida-
de e a criatividade dos povos e a riqueza das culturas. Nele, a proteção ao ambiente, do 
patrimônio arqueológico, o respeito à diversidade cultural e às populações tradicionais 
são objeto de atenção especial. 
Segue a relação Patrimônio Mundial Cultural, Patrimônio Mundial Natural e Patrimô-
nio Mundial Misto existentes no Brasil:
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UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Quadro 2
Patrimônio 
Mundial Cultural
• Brasília (DF);
• Cais do Valongo – Rio de Janeiro (RJ);
• Centro Histórico de Goiás (GO);
• Centro Histórico de Diamantina (MG);
• Centro Histórico de Ouro Preto (MG);
• Centro Histórico de Olinda (PE);
• Centro Histórico de São Luís (MA);
• Centro Histórico de Salvador (BA);
• Conjunto Moderno da Pampulha – Belo Horizonte (MG);
• Missões Jesuíticas Guaranis – no Brasil, ruínas de São Miguel 
das Missões (RS);
• Praça São Francisco – São Cristóvão (SE);
• Rio de Janeiro – Paisagens cariocas entre a montanha e o mar (RJ);
• Santuário do Bom Jesus de Matozinhos – Congonhas (MG).
Patrimônio 
Mundial Natural
• Parque Nacional Serra da Capivara (PI);
• Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal (MT/MS);
• Complexo de Conservação da Amazônia Central (AM);
• Costa do Descobrimento: Reservas da Mata Atlântica (BA/ES);
• Ilhas Atlânticas: Fernando de Noronha e Atol das Rocas (PE/RN);
• Parque Nacional do Iguaçu (PR);
• Reservas da Mata Atlântica (PR/SP);
• Reservas do Cerrado: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros 
e Parque Nacional das Emas (GO).
Patrimônio Misto • Cultura e Biodiversidade: Paraty e Ilha Grande (RJ).
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas do Campo – MG)
O Santuário de Bom Jesus de Matosinhos é um conjunto arquitetônico e paisagístico 
considerado uma das obras-primas do Barroco mundial, composto de uma igreja, com 
interior em estilo rococó, com adro murado e escadaria externa monumental, decora-
da com estátuas dos 12 Profetas em pedra-sabão (obras de Aleijadinho) e seis capelas 
anexas, denominadas Passos, que abrigam 66 esculturas de madeira policromada em 
tamanho natural, ilustrando a via crucis de Jesus Cristo. 
Essas esculturas compõem um dos mais completos grupos escultóricos de imagens 
sacras do mundo, sendo consideradas obras-primas de Aleijadinho (Antônio Francisco 
Lisboa – 1730 ou 1738-1814). O Santuário é considerado uma realização artística única 
e excepcional exemplo da arquitetura brasileira do século XVIII. 
Figura 6 – Vista frontal da igreja, onde se pode notar as esculturas dos 12 Profetas em 
pedra-sabão, bem como as escadas monumentais que encaminham até a entrada
Fonte: Wikimedia Commons
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Até hoje, o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos é um ícone da arte sacra e da 
religiosidade no Brasil. O Santuário foi inscrito no Livro do Tombo de Belas-Artes em 
1939 pelo SPHAN (atual IPHAN) e reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial 
pela UNESCO em dezembro de 1985. Em 26 de julho de 1957, o Papa Pio XII elevou 
a igreja à dignidade de Basílica Menor.
Figura 7 – Esculturas de Aleijadinho, em madeira policromada, presentes em um 
dos Passos da via crucis de Jesus Cristo. Essa cena representa a subida do Calvário
Fonte: Wikimedia Commons
Lista indicativa a Patrimônio Mundial
De forma periódica, os países que assinam a Convenção para a Proteção do Patrimô-
nio Mundial Cultural e Natural indicam novos bens a serem declarados como Patrimônio 
Mundial. Tais bens devem significar a riqueza e a diversidade cultural e natural do país e 
contribuir para a compreensão do processo da Civilização.
Quadro 3
Patrimônio Cultural
• Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá (CE);
• Conjunto de Fortificações Brasileiras (AP, BA, MS, RJ, RO, PE, RN, SC, SP);
• Geoglifos do Acre (AC);
• Igreja e Mosteiro de São Bento (RJ);
• Itacoatiaras do Rio Ingá (PB);
• Palácio da Cultura – Antiga sede do Ministério de Educação e Saúde (RJ);
• Sítio Roberto Burle Marx (RJ);
• Teatros da Amazônia (AM/PA);
• Vila Ferroviária de Paranapiacaba (SP);
• Mercado Ver-o-Peso (PA).
Patrimônio Natural
• Cânion do Rio Peruaçu (MG);
• Estação Ecológica Anavilhanas (AM);
• Estação Ecológica do Taim (RS);
• Estação Ecológica de Raso de Catarina (BA);
• Parque Nacional da Serra da Bocaina (SP/RJ);
• Parque Nacional da Serra da Canastra (MG);
• Parque Nacional da Serra do Divisor (AC);
• Parque Nacional Pico da Neblina (AM);
• Reserva Biológica do Atol das Rocas (RN).
Patrimônio Misto Área Federal de Proteção Ambiental, Caverna do Peruaçu/Parque Esta-dual Veredas do Peruaçu (MG).
23
UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Patrimônio Imaterial
O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado 
por comunidades e grupos em razão de seu ambiente, de sua interação com a natureza e 
de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para 
promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.
Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito às práticas e aos domínios da 
vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas 
de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, fei-
ras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas). 
A Constituição Federal de 1988 ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhe-
cer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial. 
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos cul-
turais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a 
valorização e a difusão das manifestações culturais.
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza 
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portado-
res de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos 
formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços desti-
nadosàs manifestações artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, 
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
O IPHAN coordenou estudos que resultaram no Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 
2000, que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial no Patrimônio 
Cultural Brasileiro, criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e o Programa 
Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) e consolidou o Inventário Nacional de Referên-
cias Culturais (INRC). Em 2010, o IPHAN implementou o Inventário Nacional da Diver-
sidade Linguística (INDL), por meio do Decreto nº 7.387, de 9 de dezembro de 2010, 
que diz, inicialmente, em seu artigo 1º:
Art. 1º. Fica instituído o Inventário Nacional da Diversidade Linguística, 
sob gestão do Ministério da Cultura, como instrumento de identificação, 
documentação, reconhecimento e valorização das línguas portadoras de 
referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos forma-
dores da sociedade brasileira.
O Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) é um instrumento de preserva-
ção que visa à identificação das várias manifestações culturais, bem como à identificação 
de bens de interesse de preservação de natureza imaterial e material. Está relacionado 
a referências de saberes; de danças; músicas; produção artesanal de utilitários, de ins-
trumentos musicais; produção de comidas e bebidas típicas; festivais; técnicas de pesca; 
24
25
rituais característicos de culturas diversas; tipologia de comércio, como mercados e fei-
ras; presentes em um certo território que pode corresponder a uma vila, um bairro, uma 
mancha urbana, uma região geográfica culturalmente diferenciada ou um conjunto de 
segmentos territoriais.
Como exemplo dos Projetos Realizados de Identificação de Bens Culturais Imateriais 
pelo Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), podemos citar alguns, entre 
muitos (Fonte: IPHAN).
• INRC do município de Xapuri (AC): Mapeamento de inúmeras práticas tradi-
cionais, com foco nas vindas dos saberes e ofícios ligados à cultura extrativista da 
borracha nos seringais típicos daquela região;
• INRC do Mercado Ver-o-Peso (PA): Desde a fundação da cidade de Belém (1616), 
o mercado funciona como porto de desembarque de mercadorias que abastecem, 
até os dias atuais, a feira do Ver-o-Peso dividida espacialmente em: Feira do Açaí, 
doca do Ver-o-Peso, Mercado de Peixe, Mercado de Carne, hortifruticultura, ervas, 
camarão seco, produtos de armazém, produtos típicos – maniva, macaxeira, jambu, 
tucupi, pimentas, produtos industrializados, artesanato, polpas de fruta, restauran-
tes e lojas da avenida Castilho França;
• INRC do Babaçu na Microrregião do Bico do Papagaio (TO): Mais de 90% da 
produção de babaçu do estado do Tocantins vem dessa área, sendo que a identida-
de cultural da região está baseada nas atividades econômicas de subsistência e na 
paisagem natural desse território, marcado pela presença dos grandes babaçuais 
entre os rios Araguaia e Tocantins. Essa INRC permite o levantamento e registro 
das atividades criadas na inter-relação entre as comunidades extrativistas e o baba-
çu, reconhecendo a importância dessa atividade e do universo cultural constituído 
em seu entorno;
• INRC do Ofício da Baiana de Acarajé (BA): Aborda a relevância de tradições 
afro-brasileiras no cotidiano e na identidade nacional, em especial o acarajé, como 
importante símbolo de certa identidade étnica, regional e religiosa que integra a 
cultura brasileira – um bem cuja densidade simbólica está relacionada ao Ofício da 
Baiana de Acarajé. Esse inventário foi feito simultaneamente com os projetos Rou-
pas de Baiana e Pano-da-costa, no âmbito do Programa de Apoio a Comunidades 
Artesanais do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular – CNFCP. A prática 
do Ofício da Baiana de Acarajé ocorre em praticamente todo o território nacional;
• INRC da Linguagem dos Sinos em Minas Gerais (MG): O complexo repertó-
rio da linguagem dos sinos é parte integrante da cultura de boa parte das cidades 
históricas de Minas Gerais, mesmo nos dias de hoje, constituindo uma forma de 
expressão própria, por meio da qual se comunica uma série extensa e variada de in-
formações à comunidade. Esses códigos sonoros estabeleceram-se no século XVIII, 
na Vila de São João del-Rei e demais cidades da região;
• INRC dos Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais de Pernambuco (PE): 
Apresenta saberes, práticas e técnicas relativos à “arte de botar gente no mundo” 
como parte dos conhecimentos coletivos. Esses saberes, transmitidos entre gera-
ções, foram identificados por entrevistas de 159 parteiras (24 “parteiras hospitala-
res” e 135 “parteiras da tradição”). Além das histórias de vida, discute as dinâmicas 
25
UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
das práticas do partejar, suas transformações ao longo do tempo, o papel das asso-
ciações, as políticas de saúde voltadas ao tema;
• INRC dos Mestres Artífices em Santa Catarina (SC): Faz parte de projeto desen-
volvido em parceria com a UNESCO que objetiva identificar e documentar saberes 
tradicionais relacionados à construção vernacular, mapear e gerar documentação 
da história de vida e formação dos mestres e oficiais, tendo em vista a possibilidade 
de implantação de outras ações de salvaguarda. Já foram identificados 13 bens 
culturais na categoria Ofícios e Modos de Fazer;
• INRC da Celebração do Tooro Nagashi (SP): Celebração que faz parte da tradi-
ção em várias regiões do Japão de reverenciar os antepassados, anualmente no dia 
2 de novembro (Dia de Finados). O INRC foca a realização do ritual que acontece no 
Município de Registro (SP). No Brasil, a celebração assume dinâmicas específicas 
relacionadas aos contextos locais e ao processo de imigração ocorrido na região. 
Além de representativo da contribuição da imigração japonesa para a constituição 
da sociedade brasileira, o Tooro Nagashi é considerado uma referência cultural im-
portante para as comunidades da região, onde muitas colônias de imigrantes foram 
criadas para suprir demandas de trabalho nos laranjais, cafezais e algodoais.
Figura 8 – O Tooro Nagashi consiste na colocação dos nomes dos antepassados em lanternas de papel 
a flutuar na água. Levadas pelo vento, as lanternas iluminam os caminhos dos antepassados
Fonte: Wikimedia Commons
Os bens culturais, antes de serem registrados e, portanto, protegidos pela legislação 
do Patrimônio Cultural Nacional, são classificados de acordo com áreas de valor cultural, 
sendo que para cada área existe um Livro de Registro. A inscrição terá sempre como 
referência a continuidade histórica do bem e sua relevância nacional para a memória, 
identidade e formação da sociedade brasileira.
Os Livros de Registro do Patrimônio de Bens Imateriais são:
• Livro de Registro dos Saberes: No qual estão inscritos conhecimentos e modos 
de fazer enraizados no cotidiano das comunidades;
• Livro de Registro das Celebrações: No qual estão inscritos rituais e festas que 
marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de 
outras práticas da vida social;
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• Livro de Registro das Formas de Expressão: No qual serão inscritas manifesta-
ções literárias, musicais, plásticas, científicas e lúdicas;
• Livro de Registro dos Lugares: No qual serão inscritos mercados, feiras, santuá-
rios, praças e demais espaços onde as comunidades se concentram e reproduzem 
práticas culturais coletivas.
No IPHAN, existem processos de Instrução de Registro para bens imateriais que 
abrangem as mais diversas formas de atividade. São eles: 
• Feira de São Joaquim – Salvador (BA), Circo de Tradição Familiar, Ofício de Raizeiras 
e Raizeiros no Cerrado (Farmacopeia Popular do Cerrado), Bico e Renda Singeleza, 
Modo de Fazer Arte Santeira do Piauí, Congadas de Minas, Festa de São Benedito 
de Aparecida, Festa do Divino Espirito Santo do Vale do Guaporé, Pesca com Arpão 
do Pirarucu, Ofíciode Tacacazeira na Região Norte, Banho de São João, Cocos do 
Nordeste (dança de roda), Marujada de São Benedito, Matrizes do Forró, Saberes e 
Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil, Processos e Práticas Culturais Referentes 
à Canoa Caiçara, Choro, Festa do Divino da Comunidade de Marmelada, Areruya, 
Repente, Celebração de Nossa Senhora do Rocio de Paranaguá, Modo de Saber Fazer 
do Queijo Artesanal Serrano de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Samba de Bumbo 
ou Samba Rural Paulista, Ofício das Quitandeiras de Minas Gerais, Kenê Kui, Grafismos 
do Povo Indígena Huni Kui (Kaxinawá), Ciranda do Estado de Pernambuco, Festa do 
Padroeiro dos Garimpeiros de Lençóis – Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos.
Patrimônio Cultural 
Imaterial da Humanidade
O Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade é composto de práticas, represen-
tações, expressões, conhecimentos e técnicas, instrumentos, objetos, artefatos e lugares 
culturais que os indivíduos, grupos e comunidades reconhecem como parte integrante de 
seu Patrimônio Cultural. Esses conceitos foram definidos em 2003, na Convenção para a 
Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, adotada pela Organização das Nações Uni-
das para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e ratificados pelo Brasil em 2006.
• Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade no Brasil:
» Samba de Roda no Recôncavo Baiano;
» Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi;
» Frevo: Expressão Artística do Carnaval de Recife;
» Círio de Nossa Senhora de Nazaré;
» Roda de Capoeira;
» Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão.
• Lista do Patrimônio Cultural Imaterial que Requer Medidas Urgentes de Sal-
vaguarda: Ritual Yaokwa do Povo Indígena Enawene Nawe;
• Lista de Melhores Práticas de Salvaguarda: Museu Vivo do Fandango.
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UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do IPHAN
Neste vídeo são apresentadas a história da Preservação e Memória no Brasil, bem 
como a preocupação e definição de Patrimônio Imaterial, como o pedido das 
Fazedoras de Acarajé, para que fossem incluídas no patrimônio imaterial (o vídeo 
está no final da página acessada).
https://youtu.be/B6FxZj2iqzg
O Restauro do Coliseu de Roma hi-tech
https://youtu.be/kJ0unKB9YAg
Andares mais altos do Coliseu são reabertos ao público após 40 anos
https://bit.ly/3gwx0go
Paranapiacaba – A Inglaterra perdida nos trópicos 
A Vila Ferroviária de Paranapiacaba foi tombada pelo IPHAN em 2008. O vídeo 
apresenta um importante registro da cultura, arquitetura e tecnologia inglesas em 
São Paulo.
https://youtu.be/E83lwATuNTw
Sala de Notícias l Tooro Nagashi – Luzes ao Vento
Este vídeo apresenta questões relacionadas à continuidade de tradições e culturas 
trazidas pelos imigrantes japoneses.
https://youtu.be/jZeNghEqdws
 Leitura
Bicas históricas são reinauguradas e oferecem água potável em Olinda
https://glo.bo/3gsBB33 
28
29
Referências
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Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3551.htm#:~:text= 
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29

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