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Discursiva resolvida - Concurso para PEF Português - SME RJ

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RESOLUÇÃO DA PRIMEIRA QUESTÃO DA PROVA DISCURSIVA DO 
CONCURSO DE 2012, PARA PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA DA 
PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO. 
Por Ana Paula Pereira e Fabíola Rodrigues 
 
 
 
No texto “Ana e Carla”, é possível observar alguns exemplos em que a 
modalidade escrita se afasta da norma padrão, levando-se em conta aspectos 
morfossintáticos. No aspecto sintático, por exemplo, pode-se perceber um 
desvio de concordância verbal na construção “[...] as outras amigas dela chama 
[...]”; quanto ao aspecto morfológico, um exemplo de desvio visto é a grafia do 
verbo “a ruma”. 
Segundo Geraldi (1982), a linguagem deve ser concebida como forma 
de interação humana, ou seja, a modalidade escrita é uma prática realizada 
pelo sujeito numa tentativa de estabelecer determinada situação concreta de 
interação verbal. Ainda nessa perspectiva, Possenti (1981) afirma que a língua 
configura um sistema complexo, e, ainda assim, as crianças são capazes de 
dominá-lo. Contudo, é a modalidade não padrão a primeira a ser apreendida e 
aprendida pelos falantes desse sistema. Dessa forma, o domínio da variante 
culta da língua ocorre, em grande parte, com a inserção do falante no ambiente 
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escolar. Logo, o domínio da habilidade escrita, em seu uso formal, demanda, 
além do ensino escolarizado, estímulos nas diferentes situações de 
comunicação. 
Nesse sentido, os desvios apontados no texto “Ana e Carla” ocorrem 
porque o aluno, ainda que em seu texto estabeleça a comunicação, não possui 
domínio da norma padrão de escrita ou de regras prescritas nas gramáticas 
normativas. Vê-se, pois, no primeiro exemplo dado, o uso de uma variante 
possivelmente empregada por falantes do convívio social em que o aluno está 
inserido. Ora, se as pessoas da comunidade de fala usam tal variedade, o 
sujeito em construção será estimulado a fazer o mesmo, reproduzindo isso, 
inclusive, na escrita, sem fazer, portanto, a concordância já prescrita nas 
gramáticas normativas. 
Quanto ao segundo exemplo, o emprego do vocábulo “a ruma” é 
motivado pelo fato de o aluno também não ter domínio de algumas regras 
ortográficas, sobretudo as que se referem à representação gráfica de certos 
fonemas, segundo padrões pré-estabelecidos pela norma padrão de escrita, 
presente não só em manuais escolares, mas também em dicionários. 
 
 
 
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