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CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO TERATOLOGIA: ramo da ciência que estuda as causas, mecanismos e padrões do desenvolvimento anormal • Determinados estágios do desenvolvimento (organogênese) são mais vulneráveis • 7 a 10% dos defeitos são resultantes de drogas, vírus ou fatores ambientais → é possível prevenir!! • No mundo → cerca de 5% dos nascidos vivos apresentam alguma anomalia do desenvolvimento • Na América do Norte → mais de 20% das mortes de bebês são por defeitos congênitos • No brasil → malformações congênitas assumem papel importante na morbidade e mortalidade infantil → 37% das admissões hospitalares pediátricas → grande morbimortalidade e alto custo (tratamento contínuo) → Agentes teratogênicos: • Qualquer substancia, organismo, agente físico ou estado de deficiência que, presentes durante o desenvolvimento embrionário, podem produzir uma alteração na estrutura ou função do feto → defeito congênito • Embrião é mais sensível aos agentes teratogênicos durante o período de diferenciação Princípios da teratogênese: • 3 princípios importantes que influenciam na teratogenicidade de determinado composto → esse composto é teratogênico ou não é? • Genótipo do embrião, períodos críticos de desenvolvimento e dose do medicamento/composto → Genótipo do embrião: • Existem diferenças genéticas em resposta ao teratógeno → cada embrião reage de uma forma, podendo apresentar defeitos congênitos ou não • Genótipo do embrião determina se o agente teratogênico vai prejudicar seu desenvolvimento • Ex: fenitoína (teratógeno para tratamento de crises convulsivas) → apenas 5% a 10% dos embriões expostos desenvolvem síndrome fetal da hidantoína + 1/3 apresentam defeitos congênitos → mais da metade não é afetada → Períodos críticos do desenvolvimento: • Estágio do desenvolvimento determina quão suscetível o embrião está ao teratógeno → cada tecido, órgão e sistema tem seu período critico • Período mais critico é quando a divisão celular, diferenciação e morfogênese estão no auge → até a 8ª semana • Teratógenos podem produzir deficiência mental durante o período embrionário e fetal → pois o desenvolvimento do encéfalo vai da 3ª a 16ª semana, sofrendo diferenciações até o nascimento • Teratógenos atuando durante as duas primeiras semanas causam óbito do embrião → interferem na clivagem do zigoto e na Nidaçao → aborto espontâneo • Ajuda a identificar a causa de um defeito congênito humano → cronologia em embriologia → Dose de fármacos/compostos químicos: • Relação dose/resposta para os teratógenos • Pesquisas em animais → doses usadas em animais para produzir defeitos geralmente são níveis bem mais altos que as exposições humanas • Quanto maior a exposição durante a gravidez → maior o efeito fenotípico Causas dos defeitos congênitos: • Anomalia congênita é qualquer anormalidade estrutural no nascimento → pode ser macro ou microscópica, na superfície ou interna do embrião • 4 tipos de defeitos congênitos → malformação, disrupção, deformação e displasia • As causas podem ser de: fatores genéticos (anomalias cromossômicas), fatores ambientais (fármacos) → podem ser de herança multifatorial, difícil de definir • Entre 50% a 60% dos defeitos congênitos → causa desconhecida → Fatores genéticos: corresponde de 15 a 25% • Causa mais importante de defeitos congênitos → 1/3 de todos os defeitos • Erros na mitose ou na meiose → aberrações cromossômicas nos zigotos • Pessoa com anomalias cromossômicas apresentam fenótipos característicos • Anomalias cromossômicas numéricas → provocadas pela não disjunção de cromossomos ou cromátides • Anomalias cromossômicas estruturais → quebra cromossômicas → inversão, translocação, deleção, duplicação das sequências • Mutações novas → Fatores ambientais: corresponde a 10% das causas de malformações • Teratógenos podem causar alterações do desenvolvimento após exposição • Maior suscetibilidade do embrião durante os períodos de diferenciação rápida → até a 8ª semana → período organogenético • Condições maternas: alcoolismo, diabetes, endocrinopatias, fenilcetonúria, tabagismo, desnutrição • Agentes infecciosos: rubéola, toxoplasmose, sífilis, herpes simples, citomegalovírus, varicela-zoster, encefalite equina venezuelana, parvo vírus B19 • Problemas mecânicos: constrição da bolsa amniótica e do cordão umbilical • Agentes químicos: drogas, altas doses de radiação ionizantes, hipertermia SÍNDROME DE TURNER • Monossomia do X (45, X) • Fenótipo feminino • Características sexuais secundárias não se desenvolvem em 90% • Óvulo fecundado por um espermatozoide com cromossomo X ausente TRISSOMIA • Três cromossomos de um tipo • Causa: não disjunção meiótica de cromossomos → gameta com 24 cromossomos → zigoto com 47 cromossomos • Trissomia do 23 → Síndrome de Down • Trissomia do 18 → Síndrome de Edwards • Trissomia do 13 → Síndrome de Patau Consequências da exposição aos teratógenos: • Anomalia congênita: distúrbios do desenvolvimento presente ao nascimento → defeito estrutural, funcional, metabólico, comportamental ou hereditário • Exemplos: síndromes de Down, lábio leporino (fendas), espinha bífida, cardiopatias, pé torto • 4 tipos de anomalias congênitas: malformações, alteração grave, deformação e displasia → Malformação: defeito morfológico de um órgão, parte de um órgão ou região mais extensa do corpo • Causada por um processo anormal do desenvolvimento → lá no início da embriogênese • Pode levar a malformações complexas e múltiplas • Exemplos: espinha bífida, cardiopatias → Alteração grave: também denominada disrupção • Defeito morfológico de um órgão, parte dele ou região mais extensa do corpo • Causada por falha extrínseca (interferência externa) em um processo originalmente normal • Na ausência do fator extrínseco (teratógeno) → o desenvolvimento se desenrolaria normalmente → Deformação: formato ou posição anormal de parte do corpo • Causada por uma força mecânica que atua durante o desenvolvimento • Compressão do saco amniótico • Oligoâmnio → pouco líquido amniótico → compressão intrauterina do feto → alterações no posicionamento dos pés → pé torto → Displasia: organização anormal de células • Anormalidade relacionadas a histogênese • Não tem causa especifica • Frequentemente afeta vários órgãos Agentes teratogênicos: • Qualquer agente que possa produzir um efeito congênito (anomalias) ou aumentar a incidência de um defeito na população → Drogas: • Algumas causam graves disrupções do desenvolvimento → talidomida • Podem produzir retardo mental, restrição do crescimento ou outras anomalias • Em torno de 40 a 90% das gestantes consomem pelo menos uma droga na gestação → Agentes químicos: fatores químicos no meio ambiente → poluição e aditivos em alimentos • Monóxido de carbono: gás toxico, inodoro e incolor ◦ Encontrado na combustão de processos industriais, de veículos e fumaça do cigarro ◦ Alta afinidade com a hemoglobina → prejudica o transporte de oxigênio → hipóxia ◦ Altas exposições → danos ao SNC do feto (suposição) • Chumbo: presente em solos contaminados, tintas ◦ Consegue atravessar a placenta e pode se acumular nos tecidos fetais ◦ Doses muito altas podem causar abortamento, anomalias fetais, restrição de crescimento, deficiências funcionais e atraso no desenvolvimento • Mercúrio: metal pesado e muito toxico ◦ Poluente encontrado na água e em alimentos aquáticos, e em pilhas ◦ Produto neurotóxico → fraqueza, fadiga, perda de visão, coma e morte ◦ Metil mercúrio → causa atrofia cerebral, convulsões e retardo mental ◦ Alto consumo de mercúrio durante a gestação → doença de Minamata → paralisia cerebral, microcefalia, retardo mental, cegueira → Agentes físicos: • Radiação externa: passagem das radiaçõespela matéria viva → mudanças moleculares, celulares e teciduais em todo o organismo → quanto maior o nível de exposição, maiores os danos • Isótopos radioativos: iodo radioativo deve ser evitado → apresenta risco para a tireoide fetal • Ultrassonografia: efeito térmico e mecânico → ondas mecânicas → transmitidas através da vibração molecular → alterações acústicas → chances muito pequenas de acontecer ◦ Pode provocar aumentos nos movimentos fetais ◦ Ressonância com os tecidos → aumento da temperatura → efeito térmico • Ressonância nuclear magnética: exposição a ondas eletromagnéticas não causam dano ao concepto → Agentes biológicos: • Exposição do feto a microrganismos → pode causar abortamentos, restrição de crescimento, anomalias congênitas ou doenças neonatais • Agentes virais, bactérias e parasitas → efeitos letais ou no desenvolvimento → inibição mitótica, citotoxicidade direta ou necrose • Infecções virais: sarampo, caxumba, poliomielite, influenzas A e B, hepatites, febre amarela, dengue • Infecções por protozoários: malária, chagas, toxoplasmose • Infeções bacterianas: pneumonia, tuberculose, meningite → consequências maternas que podem implicar em consequências fetais Fatores maternos: • Quando não controladas, algumas doenças podem provocar efeitos no feto • Hábitos maternos também prejudicam o desenvolvimento fetal → Diabetes mellitus: • Quando pouco controlada → associada a altas taxas de abortos espontâneos e incidência de 2 a 4 vezes maior de defeitos congênitos • Recém nascidos de mães diabetes → são geralmente maiores que o normal • Maiores riscos de anomalias encefálicas, defeitos esqueléticos, agenesia sacral e cardiopatias cardíacas • Complicações neonatais, síndrome da angustia respiratória e anormalidade do neurodesenvolvimento → Tabagismo materno: • Causa bem estabelecida de restrição do crescimento intrauterino → baixo peso ao nascimento • Estudo indicou que tabagismo no primeiro trimestre aumenta a incidência de defeitos cardíacos do septo AV • Parto prematuro é 2x mais incidente • Nicotina contrai os vasos sanguíneos uterinos → menor fluxo sanguíneo uterino e menos suprimentos de oxigênio e nutrientes para o embrião → prejuízo ao crescimento celular • Altos níveis de carboxiemoglobina (monóxido de carbono + hemoglobina) → prejudicam o transporte de O2 → hipoxia fetal crônica → Álcool: • Consumo de álcool no início da gravidez pode alterar o crescimento e a morfogênese do embrião • Recém-nascidos de mães alcoólicas crônicas → deficiência de crescimento pré e pós natal, deficiência mental, microcefalia, fissuras palpebrais curtas, nariz curto, doenças cardíacas congênitas • Até mesmo quantidades baixas de álcool podem causar danos ao feto → prejuízo no neurodesenvolvimento → cognitivo e problemas comportamentais → Drogas ilícitas: • Maconha → uso nos primeiro 2 meses de gestação → afeta o crescimento fetal e o peso ao nascimento • Cocaína → causa descolamento da placenta, aborto espontâneo, prematuridade, microcefalia, infarto cerebral, anomalias urogenitais, perturbações neurocomportamentais e anormalidade neurológicas • Metanfetamina: fetos pequeno para a idade gestacional e alterações neurocomportamentais → Sexualidade: • Pode manter relações sexuais? Pode • Gestantes devem tomar cuidado com as doenças sexualmente transmissíveis → mais do que nunca ne?! • Muitas ISTs são responsáveis por danos neurológicos ao feto → sífilis, herpes • Evitar ter relações sexuais desprotegidas → uso de preservativo mesmo que casada! → Nutrição e suplementação • A mãe deve se comprometer com sua nutrição → alimentar-se como uma gestante • Tomar os suplementos vitamínicos como prescrito
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