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ENEM - FILOSOFIA: A ÉTICA NA FILOSOFIA - Jean-Jacques Rousseau

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ENEM – FILOSOFIA
A ÉTICA NA FILOSOFIA – Jean-Jacques Rousseau
A natureza, no pensamento do suíço Rousseau, não torna o homem mau e muito menos o 
coloca em uma guerra de todos contra todos como para o inglês Thomas Hobbes. Pelo contrário: o 
homem é bom por natureza e são as coisas que o cercam que são motivo para a guerra. Mais 
especificamente, a propriedade privada. Em termos nossos, podemos dizer que o homem entra em 
guerra pelos seus interesses. Quando o homem julga que algo é seu e age para conquistar ou manter 
é quando inicia o conflito, mas aí já o homem não está mais na natureza e sim em sociedade.
Na modernidade de Rousseau, o homem estava partindo para novas conquistas pois o mundo se
apresentava para ele de uma maneira inédita e isto movimentava os Estados europeus em novas 
guerras. Sendo assim, Rousseau pensou o homem não como alguém isolado em guerra, mas 
inserido em um sistema político e por ele lutando nas disputas. Assim, a guerra possível para o 
filósofo se dá por meio dos Estados em conflito e sem que seja possível a escravidão já que os 
interesses do Estado não podem interferir nos direitos de um indivíduo. Pelo menos não deveria ser 
assim, pensa ele.
Também diferente da teoria de Hobbes, o homem não pode renunciar à sua liberdade, esta é 
inerente ao homem. Se acontecer como o filósofo inglês pensava, significa que o homem não mais 
queria mais ser homem e, por consequência, não mais viver. “O homem nasce livre e por toda a 
parte encontra-se a ferros”, escreveu Rousseau. Em outras palavras, o homem estando em uma 
condição que não seja a condição natural estará sempre em condição de servidão.
Se é necessário um contrato em os homens, um pacto civil, que ponha freios em alguma ameça 
à existência do homem em estado de natureza, é somente se o homem se unir em uma associação 
com os outros homens para a sua sobrevivência sem perder a sua condição de homem livre. Esta 
somatória de forças não fundaria um Estado ao qual se deveria ser submisso, mas uma vontade 
geral que nada mais seria do que a prioridade do que todos os indivíduos teriam em comum e 
somente à qual o homem deveria obedecer pois faz parte dela e foi parte na sua criação.
Para entender esta teoria, sugiro ter em mente a condição do homem nos Estados feudais da 
Idade Média onde as sociedades eram organizadas de acordo com a hierarquia e dela não poderia 
mudar. Para Rousseau, todos os homens (todas as pessoas) são iguais por nasceram em estado de 
natureza e por isso terem a liberdade de escolher como querem viver.

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