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• Resposta imune contra antígenos próprios [ou autólogos] Patogênese • Herança de genes suscetíveis: podem interferir c/ vias da tolerância própria, levando à persistência de LF-T e LF-B autorreativos • Estímulos ambientais: podem provocar lesão celular e/ou tecidual, além da inflamação, resultando na entrada/influxo de LF p/ tecidos, e ativação de APC’S, subsequentemente das T autorreativas • Em humanos, doenças autoimunes são heterogêneas e multifatoriais, sendo assim, os Ag próprios – indutores e alvos de reações autoimunes – são desconhecidos Fatores genéticos • Geralmente atribuído aos múltiplos loci genéticos, relacionada a alelos – genes do MHC, principalmente ao MHC-2 [gene HLA – antígeno de leucócito humano], o qual se houver falha, pode direcionar as doenças autoimunes Associação dos sorotipos do HLA com a sua susceptibilidade a doenças autoimunes Doença Alelo HLA Risco relativo Esclerose múltipla DR2 4,8 Doença de Graves DR3 3,7 Lúpus Eritematoso DR3 5,8 Diabetes mellitus tipo 1 DR3/DR4 25 Artrite reumatoide DR4 4,2 Espondilite anquilosante B27 87,4 • Os estudos de associação ampla do genoma, as análises de ligação nas famílias e os estudos de cruzamentos c/ animais revelam polimorfismos dos genes, podendo contribuir para a diferenciação nas doenças autoimunes • A associação entre alelos HLA e essas doenças é uma evidencia de que células T estão envolvidas, pois a elas são apresentados os antígenos peptídicos pela MHC • As moléculas de MHC são necessárias p/ apresentar os peptídeos próprios patogênicos p/ células T autorreativas, ou insuficientes na apresentação de antígenos próprios no timo, levando á seleção negativa defeituosa das células, ou levando a falha no estímulo de células T reguladoras • Índice de probabilidade: também chamado de risco relativo, é a incidência elevada em indivíduos que herdaram um alelo do HLA em particular Falha na tolerância central [autotolerância] • Linfócitos T autorreativos são as que apresentam TCR de alta afinidade por antígenos próprios associados ao MHC, escapando do apoptose por não entrarem em contato c/ quantidades suficientes de autoantígenos no timo • Esclerose múltipla: os Ag estão presentes na bainha de mielina no cérebro, onde há maior seletividade na passagem de células do sistema imune pela barreira hematoencefálica Falha na tolerância periférica • Falha na anergia: durante infecções, inflamações ou necrose tecidual, as células aumentam a expressão de moléculas coestimuladoras – CD40, CD40L, CD28, B7... – podendo causar resposta aos antígenos e perda da tolerância a Ag próprios, subsequentemente desenvolvendo doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, tireoidite e diabetes melitus depende de insulina o Também pode ser induzido pelos vírus, os quais aumentam a produção de TNF-alfa e IFN-gama, aumentando a expressão de moléculas do MHC-1 e MHC-2 [HLA-DR] – apresenta peptídeo fora da célula; expressa CD4 Falha na morte celular induzida por ativação por antígenos próprios [apoptose] • Quando os antígenos estão em alta concentração, o estímulo repetitivo dos LF-T causa a morte por apoptose • A falha na morte mediada por Fas-FasL pode levar à persistência de LF-autorreativos Falha na supressão de linfócitos T autorreativos por citocinas regulatórias • Falhas na TH1 – T reguladoras – devido a uma baixa dessas células, provavelmente causada pela produção de IL-6 por células dendríticas ativadas por receptores Toll, pode gerar doenças autoimunes através da produção de IL-2 e IFN-gama, os quais ativam macrófagos e LTC1, provocando as d. autoimunes mediadas por células – como diabetes tipo 1 e artrite reumatoide o A redução da CD25, a qual secreta TGF-beta, propicia o desenvolvimento e tireoidite, gastrite e diabetes tipo 1 Reações cruzadas [agentes infecciosos] • Ação dos anticorpos contra moléculas próprias que apresentam semelhanças morfofuncionais c/ antígenos patológicos o Febre reumática: produção de anticorpos contra a proteína M da parede celular bacteriana desencadeada por sorotipos de estreptococos beta-hemolíticos, reagindo de forma cruzada c/ proteínas do sarcolema do miocárdio e miosina, causando a cardite – inflamação local o Miastenia induzida por vírus: epítopos compartilhados entre o vírus cosackie B3 e células cardíacas associadas o Miastenia grave: mimetismo entre o poliovírus e o receptor de Ach; o Esclerose múltipla: reação cruzada entre a proteína da bainha de mielina – MBP – e o vírus da hepatite B Alterações estruturais de epítopos após infecção ou lesões físicas ou químicas • Liberação de moléculas tóxicas durante uma infecção, o contato com substancias químicas ou radiações, podem levar alterações em moléculas presentes nas células, desencadeando uma resposta de autoagressão • Alteração no epítopo gera peptídeos diferentes apresentados pelos LF-B, ativados por LF-T que secretam citocinas estimulatórias, levando à produção de anticorpos autorreativos • Em anemias hemolíticas, púrpura trombocitopenica e nas agranulocitoses associadas a ingestão de medicamentos e pós infecção, são comuns esse tipo de mecanismo Fatores dietéticos • Dietas ricas em gordura; pobre em ácidos graxos insaturados e em vitaminas, os níveis de ferro – interferem no controle do balanço TH1 e TH2 –, ácidos graxos insaturados, monoinsaturados e polinsaturados – reúnem ômega 3 e ômega 6 – são um fator de risco ao desenvolvimento de doenças autoimunes Fatores neuroendócrinos • O estresse libera o fator de liberação de corticotrofina – CRF –, produzido no hipotálamo, levando a produção de ACTH pela hipófise, e de glicocorticoides pela adrenal os quais apresentam efeito supressivo sobre a resposta imune, induzindo alterações metabólicas o Artrite reumatoide: níveis altos de CRF nas articulações e glicocorticoides inibem a resposta TH1 Doença Mecanismo Consequência Doença de Graves Autoanticorpos contra o receptor do hormônio estimulante da tireoide Hipertireoidism o; superproduçã o de hormônios a tireoide Artrite reumatoide Células T atacam antígenos da sinovia da articulação Inflamação e destruição das articulações, causando artrite Tireoide de Hashimoto Autoanticorpos e células T autorreativas contra antígenos da tireoide Destruição de tecidos de tireoide causando hipotireoidismo ; subprodução de hormônios da tireoide Diabetes melito insulinodependen te, IDDM Células T autorreativas contra antígenos das células pancreáticas presentes nas ilhotas de Langherans Destruição das células beta- pancreáticas levando á não produção de insulina Esclerose múltipla Células T autorreativas contra antígenos do cérebro Formação de placas escleróticas no cérebro c/ destruição das bainhas de mielina que envolvem os axônios na célula nervosa, levando á fraqueza muscular, à ataxia e outros sintomas Lúpus eritematoso sistêmico Autoanticorpos e células T autorreativas contra DNA, cromatina, proteínas e antígenos de ribonucleoproteí nas ubíquos Glomerulonefri te, vasculite, eritema Síndrome de Sjogren Autoanticorpos e células T autorreativas contra antígenos de ribonucleoproteí nas Infiltração de linfócitos em glândulas exócrinas, levando a ressecamento dos olhos/boca, ou a uma doença sistêmica.
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