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IMUNOLOGIA – 29/07/2021 O processo de desenvolvimento de uma doença autoimune passa pelo mesmo processo de apresentação de antígeno Antígeno é apresentado a uma célula APC do linfócito TCD4 A depender das citocinas presentes, o linfócito evolui para diversos tipos de resposta: Th1, Th2, Th17 e Treg Resposta Th1 envolve as células NK e linfócitos TCD8 Resposta Th2 envolve os linfócitos B Processo de tolerância imunológica envolve os linfócitos TCD4, TCD8 e B Quando o corpo tem a incapacidade de garantir que os linfócitos funcionem, quebra-se a tolerância e desenvolve-se a doença autoimune CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS AUTOIMUNES São classificadas em: 1. Órgãos específicos: aqueles nos quais a expressão da autoimunidade é restrita a órgãos específicos do corpo × Exemplo: Diabetes tipo I (problema no pâncreas, causando um efeito sistêmico); Síndrome de Sjogren (associada com a incapacidade do paciente em produzir lágrimas) 2. Sistêmicas: aquelas em que muitos tecidos do corpo são afetados × Exemplo: Doença de Graves (problema na tireoide); Lúpus eritematoso sistêmico A diferença está na origem Síndrome de Sjogren: o linfócito B evolui para plasmócitos e secreta anticorpos que destroem as glândulas lacrimais Paciente não chora Tratamento: colírios (lubrificam o globo ocular) Toda doença autoimune vem de um lugar No Brasil, as doenças autoimunes são vistas de forma específica, por exemplo, o cardiologista trata as doenças autoimunes relacionadas com o coração Uma possibilidade do organismo estar falhando e atacando a si próprio Algumas doenças autoimunes descritas com a letra A: a. Adipose dolorosa b. Artrite reumatoide c. Alopecia areata d. Artrite reativa e. Artrite juvenil f. Anemia perniciosa g. Anemia aplásica h. Angiodema autoimune i. Anemia hemolítica autoimune Algumas doenças autoimunes descritas com a letra E: a. Entesite b. Esclerodermia sistêmica c. Esclerose múltipla d. Esofagite eosinófilica e. Epidermólise bolhosa f. Eritema nodoso g. Encefalomielite disseminada aguda h. Esclerose concêntrica de Balo i. Encefalite de Bickerstaff As doenças sofrem interferência de 3 fatores: 1. Fatores ambientais: geram células T ou B autorreativas × Exemplo: cross fit, drogas ilícitas, sedentarismo, sono Cross fit gera um processo de quebra de fibra muscular muito intensa A prática do exercício, de forma intensa, todos os dias, sem orientação ou acompanhamento médico, gera problema: excesso da produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) Oxigênio tem papel na oxidação, ou seja, ele oxida resíduos de proteínas (uma proteína oxidada é uma proteína inativa) Inativação de proteína gera perda de função Proteína inativa célula comprometida aparecimento de doenças Sedentarismo também gera ROS Além de aumentar a quantidade de tecido adiposo, comprometendo a massa muscular aumento de corpos cetônicos Esses fatores estão envolvidos no processo de cetogênese: formação de corpos cetônicos e ROS vão oxidar proteínas e gerar perda de função Sono é importante para o controle da regulação imunológica Entrar no sono REM garante que se tenha melhora na função imunológica: aumento da função do baço em retirar as células mortas da circulação e destruí-las medula óssea funciona melhor 2. Fatores genéticos: MHC e não-MHC × Fatores não-MHC estão relacionados com co-estimulação (CTLA-4 e PD-1), receptores de reconhecimento padrão (PRRs), MMP e AIRE × Erro na ativação de CTLA-4: doença de Graves × Erro na ativação de PD-1: diabetes tipo 1 e artrite reumatoide × Erro no reconhecimento de PRRs: lúpus eritematoso sistêmico (TLR) e doença de Crohn (NODLRR) × Erro no reconhecimento de MMP: esclerose múltipla Genes alterados que podem causar doenças 3. Falha do sistema imune Fatores não podem ser ignorados, visto que o paciente não os percebe Os fatores geram células T ou B autorreativas DOENÇA DE GRAVES Produção de tiroxina (T3 e T4) em um feedback negativo Quando tem muita liberação dos hormônios tireoidianos, há inibição da glândula pituitária durante a secreção do TSH TSH se liga ao receptor de TSH e continua secretando Isso é o mecanismo normal O que acontece na doença de graves é: linfócito B evolui para plasmócito e secreta um autoanticorpo Esse autoanticorpo se liga ao receptor de TSH e fica, constantemente, estimulando a liberação dos hormônios tireoidianos Não se consegue inibir a glândula pituitária, feedback negativo é perdido Esse anticorpo se liga permanentemente Tem-se uma produção descontrolada de TSH Glândula pituitária não tem nenhuma participação nesse processo Conhecido como HIPERTIREOIDISMO AUTOIMUNE Autoimune porque é causado pelo autoanticorpo O hipertireoidismo normal é causado por uma desregulação causada pela glândula pituitária Medula óssea garante que células novas sejam colocadas na circulação O sono profundo faz com que se tenha uma rearticulação do organismo e redução de ROS Se não dorme bem: diminuição da imunidade imunológica e aumento de cortisol (leva a um aumento de ROS) CTLA-4 está envolvido na cascata de ativação direta do linfócito B Célula dendrítica tem um MHC II e a proteína B7 Linfócito TCD4 apresenta ligação para o MHC II o TCR (1º sinal) e, para a B7, o CD28 (2º sinal) Se no lugar da ligação com o CD28, tiver uma ligação com o CTLA-4, o segundo sinal não acontece a mesma coisa acontece se tiver a PD-1 no lugar linfócito fica inativo -“Estou perdendo peso sem fazer dieta ou algo do tipo” Desregulação entre atividade e ingestão, é preciso saber o porquê é um sinal de desequilíbrio É uma frase de alerta: deve procurar um médico! - Fluxo menstrual feminino também podem servir de alerta - Tudo pode ser indicativo de doença autoimune, até uma pele seca, cabelo ressecado, ganho/perda de peso... Antígeno SELF sofreu um processo de apresentação de antígeno às células dentríticas, gerando ativação do linfócito TCD4 para ativar o linfócito B (evolui para plasmócito e secreta autoanticorpos para TSH) Esse autoanticorpo se liga permanentemente ao receptor de TSH e acaba liberando mais hormônios (principalmente, T4) TSH produzido pela pituitária se liga ao receptor de TSH também, porém, na saída da hipófise, tem-se um autoanticorpo que impede a liberação de T3 e T4 diminuição de T4 e T3 (doença de Hashimoto, hipotireoidismo) Doença de Graves e doença de Hashimoto são exemplos de doenças que a presença do autoanticorpo inibe a ativação ou exacerba a liberação dos hormônios tireoidianos Nunca se tem apenas uma doença autoimune isolada, é só questão de tempo até que se descubra outra CIRROSE BILIAR PRIMÁRIA (CBP) Não tem cirrose só quem toma cachaça demais Doença de causa ainda pouco esclarecida, provavelmente por lesão autoimune Caracterizada por colestase crônica do fígado e destruição dos ductos biliares interlobulares e septais, até o desenvolvimento de cirrose e suas complicações A doença afeta tipicamente mulheres de meia-idade (média de 40-59 anos) em 90% dos casos e costuma cursar com a presença do anticorpo anti- mitocôndria Incidência é de aproximadamente 15-30 casos para um milhão de pessoas ao ano Nas últimas décadas, no entanto, observou-se tendência a uma melhor evolução da doença, provavelmente pelo diagnóstico mais precoce e a disponibilidade de tratamentos Anticorpos se ligam na superfície dos ductos biliares Autoanticorpo tem uma porção FC e o macrófago/ neutrófilo libera substâncias que vão gerar a morte, por apoptose ou necrose Na maioria dos casos, a morte é por necrose Morte por necrose deixa a sinalizaçãoExiste algum fator que esteja mais ligado à formação de nódulos ou aparecimento de tumores em relação ao hipertireoidismo e hipotireoidismo? Normalmente, o hipertireoidismo está associado a formação de nódulos (devem ser analisados através de uma biópsia) Nódulo é uma massa celular que foi formada por uma grande quantidade, ao redor, de fibroblastos Se tiver nutrição e oxigênio suficiente, as células podem começar a se expandir e modificarem-se (nódulo benigno podendo se tornar um nódulo maligno) Fazer uma dosagem de tiroxina (T4) e ela estar baixa já caracteriza um hipotireoidismo ou precisa que o TSH também esteja alterado? De início, precisa-se da clínica do paciente Somente os exames alterados não são suficientes para fechar um diagnóstico Geralmente, os sintomas mais comuns envolvem cansaço e fadiga Estresse pós-traumático pode fazer com que essas dosagens se tornem baixas A maioria das doenças autoimunes é mais encontrada em mulheres Autoanticorpos se ligam aos ductos biliares e causam destruição Isso acontece porque há produção de autoanticorpos que vão reconhecer o HLA (é o MHC) HLA está presente em todo o organismo e, por alguma razão não identificável, decidiu atacar os hepatócitos Sinais e sintomas mais comuns: 1. Maioria dos pacientes são assintomáticos 2. Fadiga 3. Prurido 4. Xantoma ou xantoplasma: acúmulo de gordura nos olhos Não fecha diagnóstico ter apenas o anticorpo, tem que ter também a alteração na colestase FISIOPATOLOGIA: A hipótese de que exista pelo menos uma base genética, pois o risco é aumentado entre irmãs, gêmeas, mãe e filha Há estudos sugerindo também a presença de um fator ambiental Doença surge a partir de anormalidades no sistema imunológico, que passa a destruir os canalículos biliares (sugere que trata-se de uma doença autoimune) Associada com outras doenças autoimunes, como a tireoidites Presença de anticorpo anti-mitocôndria é quase constante nos portadores Agentes infecciosos, vírus e bactérias, já foram “acusados” de ser gatilhos desencadeadores do erro no sistema imunológico, mas nenhum de forma conclusiva DIAGNÓSTICO: Após exames de rotina, onde observa-se elevação de fosfatase alcalina e/ou colesterol total (sendo a pessoa submetida a investigação da causa dessas alterações) Pessoas portadoras de outras doenças imunológicas que estão associadas a um risco maior de CBO (doenças da tireoide, esclerose múltipla, artrite reumatoide) e são investigadas Pacientes com osteoporose secundária à colestase crônica, principalmente se associada a menopausa sem reposição hormonal Pacientes já com cirrose (nessa fase o diagnóstico da CBP nem sempre é possível) Existem diferentes tipos de patologias associadas ao fígado: 1. Falência aguda 2. Falência crônica associada a bebida e estresse oxidativo 3. Hepatite 4. Supressão relacionada com tumores locais 5. Ação de citocinas pela ingestão de alimentos: gordura fica armazenada ao redor 6. Fibrose Qualquer uma das doenças tem participação de células do sistema imune (macrófagos, neutrófilos e linfócitos), mas não são os fatores principais Não tem o anticorpo destruindo o fígado Fosfatase alcalina é complicada por estar presente em outras doenças Paciente com câncer tem fosfatase alcalina alta Paciente que faz hemodiálise tem fosfatase alcalina baixa É mais ou menos como a PCR, ou seja, um marcador de como está o paciente Sua presença não pode ser descartada É uma ferramenta importante para que se consiga fechar o diagnóstico Por ser produzida pelo fígado, sua variação está diretamente associada com alguma alteração das enzimas hepáticas (AST e ALT) Esquema de como identificar fosfatase alcalina aumentada: Padrão ouro para essa doença é uma biópsia hepática Mas não fecha o diagnóstico de CBP Só se sabe que o ducto está destruído Presença de infiltrados inflamatório de células mononucleadas MECANISMOS DE AUTOIMUNIDADE É o que tem em comum entre as doenças citadas acima São mecanismos que podem comprometer a resposta imune Podem ser: a. Falha na tolerância central b. Falha na tolerância periférica: evolução do sistema imune c. Predisposição genética d. Falhas no mecanismo de apoptose e. Lesões e traumas em tecido de privilégio imunológico f. Agentes infecciosos Em que fase do processo os agentes infecciosos poderiam estar? Não importa! Podem estar desde o primeiro momento até o final Vírus pode gerar apresentação em qualquer momento Quando se desenvolve uma resposta para a gripe, por exemplo, o linfócito B apresenta uma característica marcante dele e se tem o desenvolvimento da resposta Doenças autoimunes causadas por infecções: FEBRE REUMÁTICA Produção de autoanticorpos a partir de uma infecção por Streptococcus na faringe Bactéria vai gerar uma febre aguda por conta da presença de antígenos da parede celular estreptocócica No Streptococcus tem a proteína M, a mesma localizada no músculo cardíaco, logo, no músculo esquelético paciente apresenta artrite, miocardite e deformação tardia das válvulas cardíacas Streptococcus, bactéria gram positiva, apresenta uma proteína imunogênica Resposta dos anticorpos contra a proteína M Linfócito B evolui para plasmócitos, liberando anticorpos que devem marcar o Streptococcus (na faringe) no entanto, por ser a mesma proteína (M), os anticorpos marcam também as proteínas presentes no músculo cardíaco e esquelético Foi identificado a característica da bactéria no exame físico, já administra antibiótico Não quer uma resposta do sistema imunológico Não quer anticorpos contra a bactéria quer destruir ela na hora Uma resposta contra a bactéria gera dores nas articulações e a possibilidade de desenvolver doenças cardíacas TRATAMENTO: antibióticos e anti-inflamatórios Penicilina: injeção de penicilina benzatina (benzetacil) a cada 3 ou 4 semanas Amoxicilina AAS Naproxeno Indometacina ESCLEROSE MÚLTIPLA Doença degenerativa crônica do SNC Caracterizada por ocorrência de pequenas placas de desmielinização cerebral e medular, resultando em distúrbios na transmissão de impulsos nervosos Impulsos nervosos comprometidos Paciente tem muito cansaço e dificuldade de locomoção Somente esses sinais não são suficientes para fechar o diagnóstico de esclerose, visto que Hashimoto também tem esses sinais Além disso, essa doença também atinge a bexiga, intestino, fala, compromete a memória, deficiência visual e deficiência se locomover Só existe impulso nervoso porque existe despolarização (abertura dos canais de sódio e potássio) Um impulso normal é saltatório e pode se dar por diferentes direções No equilíbrio celular, tem mais sódio no meio externo e potássio no meio interno no caso de um paciente com esclerose, ele começa a apresentar excesso de potássio no meio extracelular desregulação de receptores nicotínicos, glutamatérgicos, e algum problema no processo do batimento cardíaco Durante a despolarização, tem uma mudança: sódio tem uma carga que, quando sai do meio extracelular e vai para dentro da célula, acaba tendo uma alteração alteração faz com que se tenha uma sinalização intracelular incontinência urinária (alça ascendente e descendente estão excretando a quantidade de sódio suficiente); sódio é importante para a regulação renal Já na repolarização, tem-se abertura dos canais de potássio Paciente pode estar tendo confusão mental por excesso de acetilcolina Está havendo muita liberação de cálcio intracelular Além disso, pode ter potencialização de adrenalina (ativa osreceptores alfa e betadrenérgicos) Se há comprometimento na bomba de Na/K, sabe- se que os impulsos nervosos estão agindo de forma diferenciada Paciente pode se mover de uma forma mais agitada ou mais lenta É uma bomba dependente de ATP Na bainha de mielina tem uma proteína, autoanticorpo, na qual o macrófago vai se ligar Macrófago se liga e destrói a bainha Destruição da bainha de mielina pode ser feita por neutrófilos, macrófagos, linfócitos T CD8 e células NK Destruição por T CD8 e células NK: morte por apoptose (não se tem um ponto inflamatório observável) Na esclerose múltipla, tanto na região periférica quanto no SNC, tem a participação de todas as células do sistema imune Células vão produzir inflamação Inflamação é ótima para sinalizar que há algo errado, além de solicitar a presença de outras células no local SAZONALIDADE: Quando se tem influenza, póliovírus ou sarampo há aumento do aparecimento de esclerose múltipla Na hora que se vai gerar anticorpos para a esclerose, gera-se autoanticorpos Mais presente em mulheres (80% da incidência) DIAGNÓSTICO: É basicamente clínico Deve ser complementado por ressonância magnética Pode ser, no entanto, que o médico peça vários exames para excluir outras condições que podem ter sinais e sintomas semelhantes TRATAMENTO: Uma vez confirmado o diagnóstico de esclerose múltipla, o tratamento farmacológico deve ser prontamente iniciado Por se tratar de uma doença inflamatória desmielinizante, com manifestação Regulação de sódio e potássio é de extrema importância Paciente pode ter uma bradicardia por conta de um desequilíbrio Na+/K+: muito potássio no meio externo Paciente pode ter uma taquicardia por conta de muito sódio no meio externo Além disso, o cálcio é importante: o aumento dele no meio intracelular, de forma exacerbada, causa morte da célula A falta desse cálcio sinaliza ao corpo que está tendo algum problema, ou seja, vai ter ativação de células do sistema imune sem necessidade Dosagem de cálcio no sangue aumentada: cálcio que deveria estar dentro da célula não está; está tão alto dentro da célula que está indo para fora, gerando alterações na resposta do organismo Magnésio é cofator de enzimas: algumas enzimas, para que possam funcionar perfeitamente, precisam se ligar ao magnésio Paciente tem hipotireoidismo autoimune Síndrome de Hashimoto Está muito cansado, respirando com dificuldade Tem TSH sendo produzido, mas ele não permite que tenha a liberação de T4 Cadeia respiratória está funcionando de uma maneira diferenciada: produção de ATP é menor menos ATP, menos energia reflete na execução da sódio-ATPase, enzima responsável pela bomba Na/K remitente-recorrente, o tratamento tem dois objetivos principais: 1. Abreviar a fase aguda 2. Tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro Além disso, recomendações importantes devem ser seguidas, por auxiliarem na reabilitação do paciente, como manter a prática de exercícios físicos; a fisioterapía e o repouso nas crises agudas Outros medicamentos podem ser prescritos, como para depressão, dor e controle da bexiga ou intestino, além de relaxantes musculares e medicamentos que reduzam a fadiga Estágios: Ninguém morre de esclerose múltipla, morre de parada cardíaca ARTRITE REUMATÓIDE Deformidade das articulações em diferentes partes do corpo Nos pés, tem que prestar atenção para saber se é uma joanete ou uma deformidade óssea (início da artrite reumatoide) Mais comum em mulheres entre 30-65 anos Acontece um processo inflamatório nas articulações Citocinas inflamatórias são encontradas no caminho entre o líquido sinovial e a cartilagem do osso Nas articulações são encontradas as metaloproteinases Proteínas que possuem um metal associado e que garantem a estabilidade do local Quando se tem artrite reumatoide, há aumento dos osteoclastos É ativado por uma resposta pró- inflamatória, mediada por IL-1 linfócito Th1 vai induzir o aumento de osteoclasto Osteoclasto destrói a matriz óssea por ser um ciclo constante, vai deixando ela mais destruída Não apenas utiliza o osteoclasto para romper o osso, como diminui a quantidade de osteoblastos Não se quer gerar uma nova matriz óssea Por via linfócito Th1, há o aumento da quantidade de osteoclasto Como se trata de um processo inflamatório, todas as células do sistema imune são recrutadas Via pró-inflamatória, com presença de Th1 e presença de linfócito B na forma de Th2 Resposta Th2: ativação de anticorpos que vão se ligar na matriz óssea e vão destruí- la Muitas vezes, o paciente tem uma doença autoimune e a quantidade de linfócitos permanece normal DIAGNÓSTICO: Anamnese: antecedentes de dor e rigidez nas articulações do paciente Exame físico: palpação de cápsulas articuladas e sinovite (edema poliarticular simétrico nas articulações) Exames imagiológicos: raio-x, ressonância magnética e ecografia Análises laboratoriais: hemoleucograma, autoanticorpos (RF e anti-CCP) e outros (biomarcadores de inflamação: ESR e CRP) Injeção (biomarcador) retira o fator reumatoide da circulação, garantindo que o paciente fica estável TRATAMENTO: medicamento + alimentação saudável + exercício físico + sono LÚPUS ERITROMATOSO (L.E) Doença inflamatória crônica Se for o lúpus sistêmico, vai atingir inúmeros órgãos e sistemas As vezes começa como lúpus cutâneo e se expande, tornando-se sistêmico Maior incidência nas mulheres, em todas as idades Pode ou não ter o autoanticorpo ANA Classificação: 1. Idiopático: não se sabe por onde começou × Pode ser do tipo: a. Discóide (cutâneo crônico): autoanticorpo ANA positivo; mais de 90% dos casos fica só na pele (normalmente no rosto, abrindo manchas) b. Cutâneo subagudo: 10% dos pacientes, acentuada fotossensibilidade, lesões podem ser semelhantes à psoríase/ eritema polimorfo, autoanticorpo ANA positivo; raro acometimento renal e do sistema nervoso c. Subagudo: rash cutâneo, lesões anulares O que acontece quando se tem chikungunya? É um vírus que tem tropismo pelas articulações, ligando-se nelas Com o vírus nas articulações, inicia-se o processo de apresentação de antígenos inicia-se o processo de uma ativação específica É possível recrutar muitas células do sistema imune para as regiões “atacadas” e, o que elas fazem, é destruir a matriz óssea Destroem o vírus mas, por ter uma grande quantidade de células sendo potencialmente ativadas, ativa-se os osteoclastos e produz autoanticorpos que vão destruir a matriz óssea e a cartilagem Anti-inflamatório desliga a inflamação, fazendo com que o vírus se prolifere - A doença autoimune está relacionada com algum tipo de estresse dentro do organismo - Uma vez que não houve expressão do gene, o paciente está “bem” - Ninguém morre de doença autoimune, morre das consequências geradas iniciais (pode evoluir para um lúpus sistêmico) d. Sistêmico e. Sistêmico de início tardio: 15% dos casos e tem início após 50 anos; autoanticorpo ANA positivo; raro acometimento renal e do sistema nervoso f. Neonatal: transmissão de anticorpos via placentária (anticorpos anti-ro é a mais importante); eritema cutâneo transitório, bloqueio AV e trombocitopenia 2. Sistêmico: × Induzido por medicamento × Ao retirar o medicamento, uns 6 meses depois, o paciente já está bem novamente × Raro acometimento renal e do sistema nervoso × Autoanticorpo ANA positivo × Drogas implicadas: hidralazina, procai-namida, clorpromazina, isoniazina, pinicilamina, fenitoína, metildopa e infliximab Causas do L.E sistêmico: 1. Fatores genéticos2. Fatores ambientais: × Medicamentos × Radiação ultravioleta × Vírus: Ebstein Barr × Outros: brotos de alfafa e hidrazina 3. Falha do sistema imune Causa rash cutâneo Uma vez que se tenha lúpus eritematoso em um órgão, pode ter outras patologias associadas no mesmo Pode até desenvolver outras doenças autoimunes Lista da produção de autoanticorpos causada por lúpus: Critérios diagnósticos de lúpus eritematoso sistêmico: 1. Erupção malar × Poupa sulcos nasolabiais 2. Erupção discoide × Pode ocorrer atrofia cicatricial em lesões mais antigas 3. Fotossensibilidade × Erupção cutânea em consequência da exposição a luz solar de modo incomum 4. Úlceras orais × Geralmente indolores × Mais comuns no palato 5. Artrite × Não erosiva, comprometendo 2 ou mais articulações × <5% causa deformidade 6. Serosite × Pleurite: derrame pleural inflamatório ou atrito pleural × Pericardite: ECG, atrito ou derrame pericárdico 7. Distúrbio renal × Proteinúria > 500mg/24h × Cilindros celulares (hemáticos, grunulosos...) 8. Distúrbio neurológico × Convulsões ou psicose sem outra explicação 9. Distúrbio hematológico × Anemia hemolítica Paciente chega ao consultório com: fadiga, febre, dor na articulação e perda de peso Hipóteses diagnósticas: lúpus eritematoso, febre reumática, chikungunya ou artrite reumatoide Não pode ser dengue porque não tem dor retro orbitaria Problema da doença autoimune: pode ser qualquer uma × Leucopenia: <4000 em pelo menos duas ocasiões × Linfocitopenia: <1500 em pelo menos duas ocasiões × Trombocitopenia: <100.000 na ausência de medicamentos agressores 10. Distúrbio imunológico × Células LE ou anti-DNA ou anti- SM ou falso positivo para sífilis por pelo menos 6 meses 11. Anticorpo antinuclear × Na ausência de medicamentos que possam positivá-lo × Grande sensibilidade COMO SUSPEITAR QUE ALGUÉM TEM LÚPUS? a. Dados epidemiológicos: ser mulher e jovem (salvo o lúpus tardio) b. Dados clínicos: suspeita clínica, dados de laboratório e preencher os critérios do American College of Rheumatology Segundo o American College of Rheumatology, o paciente pode apresentar: 1. Erupção malar 2. Erupção discoide 3. Fotossensibilidade 4. Úlceras orais 5. Artrite não erosiva 6. Serosites 7. Desordem renal: proteinúria maior que 0,5g/dia ou mais que +++ cilindros celulares: hemáticos, granulares, tubulares, mistos 8. Desordem neurológica: convulsões, psicose 9. Desordens hematológicas: anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia, linfopenia 10. Desordens imunológicas: anticorpos antifosfolípides, anti-DNA, anti-Sm 11. Fan positivo: na ausência de uso das chamadas drogas indutoras de lúpus Considera-se que a pessoa tenha lúpus eritematoso sistêmico quando 4 ou mais critérios estão presentes, de modo simultâneo ou em série FATOR ANTINÚCLEO (FAN): detecta anticorpos antinucleares ou fator antinúcleo-método IFI Tende a dar positivo ou não A presença do FAN positivo ou negativo não fecha diagnóstico Baseia-se na ligação de anticorpos antinucleares presentes no soro de paciente com substratos celulares fixados em lâminas FAN + 95 – 99% lúpus discoide Manifestações clínicas: Rosetas: alteração de que tem algo errado nos linfócitos Marcadores de autoanticorpos: Lúpus eritematoso sistêmico e gestação: Uso de estrogênios: implicado na exacerbação do LES Evitar estrogênios nas pacientes portadoras de anticorpos AFL Quadro sem sinais de atividade geralmente tem boa evolução LES em atividade, especialmente se há lesão renal: maior risco de exacerbação Risco aumentado de aborto, parto prematuro, natimorto (especialmente se estiverem presentes anticorpos anticardiolipina) TRATAMENTO: Anti-inflamatório não esteroide Glicocorticoides Antimaláricos: cloroquina difosfato e sulfato hidroxicloroquina, Quimioterápicos (citostáticos): economizadores de corticoide, AZA-MTX DIFICULDADE PARA ASSOCIAR INFECÇÃO COM AUTOIMUNIDADE 1. Doenças autoimunes tem início gradual 2. Eliminação do agente infeccioso 3. Infecção persistente 4. Cepa do agente infeccioso 5. Atenuação da autoimunidade por infecções 6. Desregulação das células Treg AUTOIMUNIDADE: alterações em genes relacionados com imunorregulação Geralmente predispõem autoimunidade Até hoje, as interações multivariáveis entre fatores imunológicos, genéticos e ambientais ainda não foram determinadas, no que diz respeito ao aparecimento de doenças autoimunes Algumas situações tem grande valor preditivo ou diagnóstico, porém as exceções são uma regra em autoimunidade Os eventos só fazem sentido em nossas cabeças: na vida real, nem sempre existe um padrão ou não se consegue percebê-lo Doenças autoimunes são iniciadas por eventos randômicos e multivariados Distribuição geográfica, miscigenação, alterações hormonais, cultura, hábitos sociais e traumas são eventos que podem estar associados ao desenvolvimento de doenças autoimunes As melhores perspectivas para prevenir estas doenças estão relacionadas a estudos epidemiológicos, onde fatores de risco podem ser determinados Tratamento: imunossupressores
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