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Doenças autoimunes II

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IMUNOLOGIA – 29/07/2021 
 O processo de desenvolvimento de uma doença 
autoimune passa pelo mesmo processo de 
apresentação de antígeno 
 Antígeno é apresentado a uma célula APC 
do linfócito TCD4 
 A depender das citocinas presentes, o 
linfócito evolui para diversos tipos de 
resposta: Th1, Th2, Th17 e Treg 
 Resposta Th1 envolve as células NK e 
linfócitos TCD8 
 Resposta Th2 envolve os linfócitos B 
 Processo de tolerância imunológica envolve os 
linfócitos TCD4, TCD8 e B 
 Quando o corpo tem a incapacidade de 
garantir que os linfócitos funcionem, 
quebra-se a tolerância e desenvolve-se a 
doença autoimune 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS AUTOIMUNES 
 São classificadas em: 
1. Órgãos específicos: aqueles nos quais a 
expressão da autoimunidade é restrita a 
órgãos específicos do corpo 
× Exemplo: Diabetes tipo I 
(problema no pâncreas, causando 
um efeito sistêmico); Síndrome de 
Sjogren (associada com a 
incapacidade do paciente em 
produzir lágrimas) 
2. Sistêmicas: aquelas em que muitos 
tecidos do corpo são afetados 
× Exemplo: Doença de Graves 
(problema na tireoide); Lúpus 
eritematoso sistêmico 
 A diferença está na origem 
 Síndrome de Sjogren: o linfócito B evolui para 
plasmócitos e secreta anticorpos que destroem as 
glândulas lacrimais 
 Paciente não chora 
 Tratamento: colírios (lubrificam o globo 
ocular) 
 Toda doença autoimune vem de um lugar 
 No Brasil, as doenças autoimunes são 
vistas de forma específica, por exemplo, o 
cardiologista trata as doenças autoimunes 
relacionadas com o coração 
 Uma possibilidade do organismo estar 
falhando e atacando a si próprio 
 Algumas doenças autoimunes descritas com a letra 
A: 
a. Adipose dolorosa 
b. Artrite reumatoide 
c. Alopecia areata 
d. Artrite reativa 
e. Artrite juvenil 
f. Anemia perniciosa 
g. Anemia aplásica 
h. Angiodema autoimune 
i. Anemia hemolítica autoimune 
 Algumas doenças autoimunes descritas com a letra 
E: 
a. Entesite 
b. Esclerodermia sistêmica 
c. Esclerose múltipla 
d. Esofagite eosinófilica 
e. Epidermólise bolhosa 
f. Eritema nodoso 
g. Encefalomielite disseminada aguda 
h. Esclerose concêntrica de Balo 
i. Encefalite de Bickerstaff 
 
 As doenças sofrem interferência de 3 fatores: 
1. Fatores ambientais: geram células T ou B 
autorreativas 
× Exemplo: cross fit, drogas ilícitas, 
sedentarismo, sono 
Cross fit gera um processo de quebra de fibra muscular 
muito intensa 
 A prática do exercício, de forma intensa, todos 
os dias, sem orientação ou acompanhamento 
médico, gera problema: excesso da produção 
de espécies reativas de oxigênio (ROS) 
 Oxigênio tem papel na oxidação, ou seja, ele 
oxida resíduos de proteínas (uma proteína 
oxidada é uma proteína inativa) 
 Inativação de proteína gera perda de função 
 Proteína inativa  célula comprometida  
aparecimento de doenças 
Sedentarismo também gera ROS 
 Além de aumentar a quantidade de tecido 
adiposo, comprometendo a massa muscular 
 aumento de corpos cetônicos 
 Esses fatores estão envolvidos no processo de 
cetogênese: formação de corpos cetônicos e 
ROS  vão oxidar proteínas e gerar perda de 
função 
Sono é importante para o controle da regulação 
imunológica 
 Entrar no sono REM garante que se tenha 
melhora na função imunológica: aumento da 
função do baço em retirar as células mortas da 
circulação e destruí-las  medula óssea 
funciona melhor 
 
 
 
2. Fatores genéticos: MHC e não-MHC 
× Fatores não-MHC estão 
relacionados com co-estimulação 
(CTLA-4 e PD-1), receptores de 
reconhecimento padrão (PRRs), 
MMP e AIRE 
× Erro na ativação de CTLA-4: 
doença de Graves 
× Erro na ativação de PD-1: 
diabetes tipo 1 e artrite 
reumatoide 
× Erro no reconhecimento de PRRs: 
lúpus eritematoso sistêmico (TLR) 
e doença de Crohn (NODLRR) 
× Erro no reconhecimento de MMP: 
esclerose múltipla 
 
 
Genes alterados que podem causar doenças 
3. Falha do sistema imune 
 Fatores não podem ser ignorados, visto que o 
paciente não os percebe 
 Os fatores geram células T ou B autorreativas 
 
DOENÇA DE GRAVES 
 Produção de tiroxina (T3 e T4) em um feedback 
negativo 
 Quando tem muita liberação dos hormônios 
tireoidianos, há inibição da glândula 
pituitária durante a secreção do TSH 
 TSH se liga ao receptor de TSH e continua 
secretando 
 Isso é o mecanismo normal 
 O que acontece na doença de graves é: linfócito B 
evolui para plasmócito e secreta um autoanticorpo 
 Esse autoanticorpo se liga ao receptor de 
TSH e fica, constantemente, estimulando a 
liberação dos hormônios tireoidianos 
 Não se consegue inibir a glândula pituitária, 
feedback negativo é perdido 
 Esse anticorpo se liga permanentemente 
 Tem-se uma produção descontrolada de TSH 
 Glândula pituitária não tem nenhuma participação 
nesse processo 
 Conhecido como HIPERTIREOIDISMO 
AUTOIMUNE 
 Autoimune porque é causado pelo 
autoanticorpo 
 O hipertireoidismo normal é causado por 
uma desregulação causada pela glândula 
pituitária 
 Medula óssea garante que células novas sejam 
colocadas na circulação 
 O sono profundo faz com que se tenha uma 
rearticulação do organismo e redução de ROS 
 Se não dorme bem: diminuição da imunidade 
imunológica e aumento de cortisol (leva a um 
aumento de ROS) 
CTLA-4 está envolvido na cascata de ativação direta do 
linfócito B 
 Célula dendrítica tem um MHC II e a proteína B7 
 Linfócito TCD4 apresenta ligação para o MHC II o 
TCR (1º sinal) e, para a B7, o CD28 (2º sinal) 
 Se no lugar da ligação com o CD28, tiver uma 
ligação com o CTLA-4, o segundo sinal não 
acontece  a mesma coisa acontece se tiver a 
PD-1 no lugar  linfócito fica inativo 
-“Estou perdendo peso sem fazer dieta ou algo do tipo” 
 Desregulação entre atividade e ingestão, é 
preciso saber o porquê  é um sinal de 
desequilíbrio 
 É uma frase de alerta: deve procurar um médico! 
- Fluxo menstrual feminino também podem servir de alerta 
- Tudo pode ser indicativo de doença autoimune, até uma 
pele seca, cabelo ressecado, ganho/perda de peso... 
 
 
 
 Antígeno SELF sofreu um processo de 
apresentação de antígeno às células dentríticas, 
gerando ativação do linfócito TCD4 para ativar o 
linfócito B (evolui para plasmócito e secreta 
autoanticorpos para TSH) 
 Esse autoanticorpo se liga 
permanentemente ao receptor de TSH e 
acaba liberando mais hormônios 
(principalmente, T4) 
 TSH produzido pela pituitária se liga ao 
receptor de TSH também, porém, na saída 
da hipófise, tem-se um autoanticorpo que 
impede a liberação de T3 e T4  
diminuição de T4 e T3 (doença de 
Hashimoto, hipotireoidismo) 
 Doença de Graves e doença de Hashimoto são 
exemplos de doenças que a presença do 
autoanticorpo inibe a ativação ou exacerba a 
liberação dos hormônios tireoidianos 
 Nunca se tem apenas uma doença autoimune 
isolada, é só questão de tempo até que se descubra 
outra 
 
 
 
 
 
 
 
CIRROSE BILIAR PRIMÁRIA (CBP) 
 Não tem cirrose só quem toma cachaça demais 
 Doença de causa ainda pouco esclarecida, 
provavelmente por lesão autoimune 
 Caracterizada por colestase crônica do fígado e 
destruição dos ductos biliares interlobulares e 
septais, até o desenvolvimento de cirrose e suas 
complicações 
 A doença afeta tipicamente mulheres de meia-idade 
(média de 40-59 anos) em 90% dos casos e 
costuma cursar com a presença do anticorpo anti-
mitocôndria 
 Incidência é de aproximadamente 15-30 
casos para um milhão de pessoas ao ano 
 Nas últimas décadas, no entanto, observou-se 
tendência a uma melhor evolução da doença, 
provavelmente pelo diagnóstico mais precoce e a 
disponibilidade de tratamentos 
 
 
 
 Anticorpos se ligam na superfície dos ductos biliares 
 Autoanticorpo tem uma porção FC e o macrófago/ 
neutrófilo libera substâncias que vão gerar a morte, 
por apoptose ou necrose 
 Na maioria dos casos, a morte é por 
necrose 
 Morte por necrose deixa a sinalizaçãoExiste algum fator que esteja mais ligado à formação de 
nódulos ou aparecimento de tumores em relação ao 
hipertireoidismo e hipotireoidismo? 
 Normalmente, o hipertireoidismo está 
associado a formação de nódulos (devem ser 
analisados através de uma biópsia) 
 Nódulo é uma massa celular que foi formada 
por uma grande quantidade, ao redor, de 
fibroblastos 
 Se tiver nutrição e oxigênio suficiente, as 
células podem começar a se expandir e 
modificarem-se (nódulo benigno podendo se 
tornar um nódulo maligno) 
Fazer uma dosagem de tiroxina (T4) e ela estar baixa já 
caracteriza um hipotireoidismo ou precisa que o TSH 
também esteja alterado? 
 De início, precisa-se da clínica do paciente 
 Somente os exames alterados não são 
suficientes para fechar um diagnóstico 
 Geralmente, os sintomas mais comuns 
envolvem cansaço e fadiga 
 Estresse pós-traumático pode fazer com que 
essas dosagens se tornem baixas 
A maioria das doenças autoimunes é mais 
encontrada em mulheres 
 
 Autoanticorpos se ligam aos ductos biliares e 
causam destruição 
 Isso acontece porque há produção de 
autoanticorpos que vão reconhecer o HLA 
(é o MHC) 
 HLA está presente em todo o organismo e, 
por alguma razão não identificável, decidiu 
atacar os hepatócitos 
 
 Sinais e sintomas mais comuns: 
1. Maioria dos pacientes são assintomáticos 
2. Fadiga 
3. Prurido 
4. Xantoma ou xantoplasma: acúmulo de 
gordura nos olhos 
 
 
 
 
 
 Não fecha diagnóstico ter apenas o anticorpo, tem 
que ter também a alteração na colestase 
 FISIOPATOLOGIA: 
 A hipótese de que exista pelo menos uma 
base genética, pois o risco é aumentado 
entre irmãs, gêmeas, mãe e filha 
 Há estudos sugerindo também a presença 
de um fator ambiental 
 Doença surge a partir de anormalidades no 
sistema imunológico, que passa a destruir 
os canalículos biliares (sugere que trata-se 
de uma doença autoimune) 
 Associada com outras doenças 
autoimunes, como a tireoidites 
 Presença de anticorpo anti-mitocôndria é 
quase constante nos portadores 
 Agentes infecciosos, vírus e bactérias, já 
foram “acusados” de ser gatilhos 
desencadeadores do erro no sistema 
imunológico, mas nenhum de forma 
conclusiva 
 
 DIAGNÓSTICO: 
 Após exames de rotina, onde observa-se 
elevação de fosfatase alcalina e/ou 
colesterol total (sendo a pessoa submetida 
a investigação da causa dessas alterações) 
 Pessoas portadoras de outras doenças 
imunológicas que estão associadas a um 
risco maior de CBO (doenças da tireoide, 
esclerose múltipla, artrite reumatoide) e 
são investigadas 
 Pacientes com osteoporose secundária à 
colestase crônica, principalmente se 
associada a menopausa sem reposição 
hormonal 
 Pacientes já com cirrose (nessa fase o 
diagnóstico da CBP nem sempre é 
possível) 
Existem diferentes tipos de patologias associadas ao 
fígado: 
1. Falência aguda 
2. Falência crônica associada a bebida e estresse 
oxidativo 
3. Hepatite 
4. Supressão relacionada com tumores locais 
5. Ação de citocinas pela ingestão de alimentos: 
gordura fica armazenada ao redor 
6. Fibrose 
Qualquer uma das doenças tem participação de células 
do sistema imune (macrófagos, neutrófilos e linfócitos), 
mas não são os fatores principais 
 Não tem o anticorpo destruindo o fígado 
Fosfatase alcalina é complicada por estar presente em 
outras doenças 
 Paciente com câncer tem fosfatase alcalina alta 
 Paciente que faz hemodiálise tem fosfatase 
alcalina baixa 
 É mais ou menos como a PCR, ou seja, um 
marcador de como está o paciente 
 Sua presença não pode ser descartada 
 É uma ferramenta importante para que se 
consiga fechar o diagnóstico 
 Por ser produzida pelo fígado, sua variação 
está diretamente associada com alguma 
alteração das enzimas hepáticas (AST e ALT) 
 
Esquema de como identificar fosfatase alcalina aumentada: 
 
 
 Padrão ouro para essa doença é uma biópsia 
hepática 
 Mas não fecha o diagnóstico de CBP 
 Só se sabe que o ducto está destruído 
 
 
Presença de infiltrados inflamatório de células mononucleadas 
 
 
MECANISMOS DE AUTOIMUNIDADE 
 É o que tem em comum entre as doenças citadas 
acima 
 São mecanismos que podem comprometer a 
resposta imune 
 Podem ser: 
a. Falha na tolerância central 
b. Falha na tolerância periférica: evolução do 
sistema imune 
c. Predisposição genética 
d. Falhas no mecanismo de apoptose 
e. Lesões e traumas em tecido de privilégio 
imunológico 
f. Agentes infecciosos 
 
 Em que fase do processo os agentes infecciosos 
poderiam estar? 
 Não importa! 
 Podem estar desde o primeiro momento 
até o final 
 Vírus pode gerar apresentação em 
qualquer momento 
 Quando se desenvolve uma resposta para 
a gripe, por exemplo, o linfócito B 
apresenta uma característica marcante 
dele e se tem o desenvolvimento da 
resposta 
 
 
 
Doenças autoimunes causadas por infecções: 
 
 
 
 
FEBRE REUMÁTICA 
 Produção de autoanticorpos a partir de uma infecção 
por Streptococcus na faringe 
 Bactéria vai gerar uma febre aguda por conta da 
presença de antígenos da parede celular 
estreptocócica 
 No Streptococcus tem a proteína M, a 
mesma localizada no músculo cardíaco, 
logo, no músculo esquelético  paciente 
apresenta artrite, miocardite e deformação 
tardia das válvulas cardíacas 
 Streptococcus, bactéria gram positiva, apresenta 
uma proteína imunogênica 
 Resposta dos anticorpos contra a proteína 
M 
 Linfócito B evolui para plasmócitos, 
liberando anticorpos que devem marcar o 
Streptococcus (na faringe)  no entanto, 
por ser a mesma proteína (M), os 
anticorpos marcam também as proteínas 
presentes no músculo cardíaco e 
esquelético 
 Foi identificado a característica da bactéria no 
exame físico, já administra antibiótico 
 Não quer uma resposta do sistema 
imunológico 
 Não quer anticorpos contra a bactéria  
quer destruir ela na hora 
 Uma resposta contra a bactéria gera dores 
nas articulações e a possibilidade de 
desenvolver doenças cardíacas 
 
 
 TRATAMENTO: antibióticos e anti-inflamatórios 
 Penicilina: injeção de penicilina benzatina 
(benzetacil) a cada 3 ou 4 semanas 
 Amoxicilina 
 AAS 
 Naproxeno 
 Indometacina 
 
ESCLEROSE MÚLTIPLA 
 Doença degenerativa crônica do SNC 
 Caracterizada por ocorrência de pequenas placas 
de desmielinização cerebral e medular, 
resultando em distúrbios na transmissão de 
impulsos nervosos 
 Impulsos nervosos comprometidos 
 Paciente tem muito cansaço e dificuldade de 
locomoção 
 Somente esses sinais não são suficientes 
para fechar o diagnóstico de esclerose, 
visto que Hashimoto também tem esses 
sinais 
 Além disso, essa doença também atinge a 
bexiga, intestino, fala, compromete a 
memória, deficiência visual e deficiência se 
locomover 
 
 
 
 Só existe impulso nervoso porque existe 
despolarização (abertura dos canais de sódio e 
potássio) 
 Um impulso normal é saltatório e pode se 
dar por diferentes direções 
 No equilíbrio celular, tem mais sódio no 
meio externo e potássio no meio interno  
no caso de um paciente com esclerose, ele 
começa a apresentar excesso de potássio 
no meio extracelular  desregulação de 
receptores nicotínicos, glutamatérgicos, e 
algum problema no processo do batimento 
cardíaco 
 Durante a despolarização, tem uma 
mudança: sódio tem uma carga que, 
quando sai do meio extracelular e vai para 
dentro da célula, acaba tendo uma 
 
alteração  alteração faz com que se 
tenha uma sinalização intracelular  
incontinência urinária (alça ascendente e 
descendente estão excretando a 
quantidade de sódio suficiente); sódio é 
importante para a regulação renal 
 Já na repolarização, tem-se abertura dos 
canais de potássio 
 
 Paciente pode estar tendo confusão mental por 
excesso de acetilcolina 
 Está havendo muita liberação de cálcio 
intracelular 
 Além disso, pode ter potencialização de 
adrenalina (ativa osreceptores alfa e 
betadrenérgicos) 
 Se há comprometimento na bomba de Na/K, sabe-
se que os impulsos nervosos estão agindo de forma 
diferenciada 
 Paciente pode se mover de uma forma 
mais agitada ou mais lenta 
 É uma bomba dependente de ATP 
 
 Na bainha de mielina tem uma proteína, 
autoanticorpo, na qual o macrófago vai se ligar 
 Macrófago se liga e destrói a bainha 
 Destruição da bainha de mielina pode ser 
feita por neutrófilos, macrófagos, linfócitos 
T CD8 e células NK 
 Destruição por T CD8 e células NK: morte 
por apoptose (não se tem um ponto 
inflamatório observável) 
 
 
 Na esclerose múltipla, tanto na região periférica 
quanto no SNC, tem a participação de todas as 
células do sistema imune 
 Células vão produzir inflamação 
 Inflamação é ótima para sinalizar que há 
algo errado, além de solicitar a presença de 
outras células no local 
 
 
 
 SAZONALIDADE: 
 Quando se tem influenza, póliovírus ou 
sarampo há aumento do aparecimento de 
esclerose múltipla 
 Na hora que se vai gerar anticorpos para a 
esclerose, gera-se autoanticorpos 
 Mais presente em mulheres (80% da incidência) 
 DIAGNÓSTICO: 
 É basicamente clínico 
 Deve ser complementado por ressonância 
magnética 
 Pode ser, no entanto, que o médico peça 
vários exames para excluir outras 
condições que podem ter sinais e sintomas 
semelhantes 
 TRATAMENTO: 
 Uma vez confirmado o diagnóstico de 
esclerose múltipla, o tratamento 
farmacológico deve ser prontamente 
iniciado 
 Por se tratar de uma doença inflamatória 
desmielinizante, com manifestação 
Regulação de sódio e potássio é de extrema importância 
 Paciente pode ter uma bradicardia por conta de 
um desequilíbrio Na+/K+: muito potássio no meio 
externo 
 Paciente pode ter uma taquicardia por conta de 
muito sódio no meio externo 
Além disso, o cálcio é importante: o aumento dele no meio 
intracelular, de forma exacerbada, causa morte da célula 
 A falta desse cálcio sinaliza ao corpo que está 
tendo algum problema, ou seja, vai ter ativação 
de células do sistema imune sem necessidade 
 Dosagem de cálcio no sangue aumentada: cálcio 
que deveria estar dentro da célula não está; está 
tão alto dentro da célula que está indo para fora, 
gerando alterações na resposta do organismo 
Magnésio é cofator de enzimas: algumas enzimas, para 
que possam funcionar perfeitamente, precisam se ligar ao 
magnésio 
Paciente tem hipotireoidismo autoimune 
 Síndrome de Hashimoto 
 Está muito cansado, respirando com dificuldade 
 Tem TSH sendo produzido, mas ele não permite 
que tenha a liberação de T4 
 Cadeia respiratória está funcionando de uma 
maneira diferenciada: produção de ATP é menor 
 menos ATP, menos energia  reflete na 
execução da sódio-ATPase, enzima responsável 
pela bomba Na/K 
 
remitente-recorrente, o tratamento tem dois 
objetivos principais: 
1. Abreviar a fase aguda 
2. Tentar aumentar o intervalo entre 
um surto e outro 
 Além disso, recomendações importantes 
devem ser seguidas, por auxiliarem na 
reabilitação do paciente, como manter a 
prática de exercícios físicos; a fisioterapía 
e o repouso nas crises agudas 
 Outros medicamentos podem ser 
prescritos, como para depressão, dor e 
controle da bexiga ou intestino, além de 
relaxantes musculares e medicamentos 
que reduzam a fadiga 
 
 
 
 
 
Estágios: 
 
 
 Ninguém morre de esclerose múltipla, morre de 
parada cardíaca 
 
ARTRITE REUMATÓIDE 
 Deformidade das articulações em diferentes partes 
do corpo 
 Nos pés, tem que prestar atenção para saber se é 
uma joanete ou uma deformidade óssea (início da 
artrite reumatoide) 
 
 
 
 Mais comum em mulheres entre 30-65 anos 
 Acontece um processo inflamatório nas articulações 
 Citocinas inflamatórias são encontradas no caminho 
entre o líquido sinovial e a cartilagem do osso 
 Nas articulações são encontradas as 
metaloproteinases 
 Proteínas que possuem um metal 
associado e que garantem a estabilidade 
do local 
 Quando se tem artrite reumatoide, há aumento dos 
osteoclastos 
 É ativado por uma resposta pró-
inflamatória, mediada por IL-1  linfócito 
Th1 vai induzir o aumento de osteoclasto 
 Osteoclasto destrói a matriz óssea  por 
ser um ciclo constante, vai deixando ela 
mais destruída 
 
 
 Não apenas utiliza o osteoclasto para romper o 
osso, como diminui a quantidade de osteoblastos 
 Não se quer gerar uma nova matriz óssea 
 
 Por via linfócito Th1, há o aumento da 
quantidade de osteoclasto 
 Como se trata de um processo inflamatório, todas as 
células do sistema imune são recrutadas 
 Via pró-inflamatória, com presença de Th1 
e presença de linfócito B na forma de Th2 
 Resposta Th2: ativação de anticorpos que 
vão se ligar na matriz óssea e vão destruí-
la 
 
 
 
 Muitas vezes, o paciente tem uma doença 
autoimune e a quantidade de linfócitos permanece 
normal 
 DIAGNÓSTICO: 
 Anamnese: antecedentes de dor e rigidez 
nas articulações do paciente 
 Exame físico: palpação de cápsulas 
articuladas e sinovite (edema poliarticular 
simétrico nas articulações) 
 Exames imagiológicos: raio-x, ressonância 
magnética e ecografia 
 Análises laboratoriais: hemoleucograma, 
autoanticorpos (RF e anti-CCP) e outros 
(biomarcadores de inflamação: ESR e 
CRP) 
 
 Injeção (biomarcador) retira o fator reumatoide da 
circulação, garantindo que o paciente fica estável 
 TRATAMENTO: medicamento + alimentação 
saudável + exercício físico + sono 
 
 
LÚPUS ERITROMATOSO (L.E) 
 Doença inflamatória crônica 
 Se for o lúpus sistêmico, vai atingir inúmeros órgãos 
e sistemas 
 As vezes começa como lúpus cutâneo e se 
expande, tornando-se sistêmico 
 Maior incidência nas mulheres, em todas as idades 
 Pode ou não ter o autoanticorpo ANA 
 Classificação: 
1. Idiopático: não se sabe por onde começou 
× Pode ser do tipo: 
a. Discóide (cutâneo 
crônico): autoanticorpo 
ANA positivo; mais de 
90% dos casos fica só na 
pele (normalmente no 
rosto, abrindo manchas) 
b. Cutâneo subagudo: 
10% dos pacientes, 
acentuada 
fotossensibilidade, 
lesões podem ser 
semelhantes à psoríase/ 
eritema polimorfo, 
autoanticorpo ANA 
positivo; raro 
acometimento renal e do 
sistema nervoso 
c. Subagudo: rash 
cutâneo, lesões anulares 
O que acontece quando se tem chikungunya? 
 É um vírus que tem tropismo pelas articulações, 
ligando-se nelas 
 Com o vírus nas articulações, inicia-se o 
processo de apresentação de antígenos  
inicia-se o processo de uma ativação específica 
 É possível recrutar muitas células do sistema 
imune para as regiões “atacadas” e, o que elas 
fazem, é destruir a matriz óssea 
 Destroem o vírus mas, por ter uma grande 
quantidade de células sendo potencialmente 
ativadas, ativa-se os osteoclastos e produz 
autoanticorpos que vão destruir a matriz óssea 
e a cartilagem 
 Anti-inflamatório desliga a inflamação, fazendo 
com que o vírus se prolifere 
- A doença autoimune está relacionada com algum tipo 
de estresse dentro do organismo 
- Uma vez que não houve expressão do gene, o paciente 
está “bem” 
- Ninguém morre de doença autoimune, morre das 
consequências geradas 
 
iniciais (pode evoluir 
para um lúpus sistêmico) 
d. Sistêmico 
e. Sistêmico de início 
tardio: 15% dos casos e 
tem início após 50 anos; 
autoanticorpo ANA 
positivo; raro 
acometimento renal e do 
sistema nervoso 
f. Neonatal: transmissão 
de anticorpos via 
placentária (anticorpos 
anti-ro é a mais 
importante); eritema 
cutâneo transitório, 
bloqueio AV e 
trombocitopenia 
2. Sistêmico: 
× Induzido por medicamento 
× Ao retirar o medicamento, uns 6 
meses depois, o paciente já está 
bem novamente 
× Raro acometimento renal e do 
sistema nervoso 
× Autoanticorpo ANA positivo 
× Drogas implicadas: hidralazina, 
procai-namida, clorpromazina, 
isoniazina, pinicilamina, fenitoína, 
metildopa e infliximab 
 Causas do L.E sistêmico: 
1. Fatores genéticos2. Fatores ambientais: 
× Medicamentos 
× Radiação ultravioleta 
× Vírus: Ebstein Barr 
× Outros: brotos de alfafa e 
hidrazina 
3. Falha do sistema imune 
 Causa rash cutâneo 
 Uma vez que se tenha lúpus eritematoso em um 
órgão, pode ter outras patologias associadas no 
mesmo 
 Pode até desenvolver outras doenças 
autoimunes 
 
Lista da produção de autoanticorpos causada por lúpus: 
 
 
 Critérios diagnósticos de lúpus eritematoso 
sistêmico: 
1. Erupção malar 
× Poupa sulcos nasolabiais 
2. Erupção discoide 
× Pode ocorrer atrofia cicatricial em 
lesões mais antigas 
3. Fotossensibilidade 
× Erupção cutânea em 
consequência da exposição a luz 
solar de modo incomum 
4. Úlceras orais 
× Geralmente indolores 
× Mais comuns no palato 
5. Artrite 
× Não erosiva, comprometendo 2 ou 
mais articulações 
× <5% causa deformidade 
6. Serosite 
× Pleurite: derrame pleural 
inflamatório ou atrito pleural 
× Pericardite: ECG, atrito ou 
derrame pericárdico 
7. Distúrbio renal 
× Proteinúria > 500mg/24h 
× Cilindros celulares (hemáticos, 
grunulosos...) 
8. Distúrbio neurológico 
× Convulsões ou psicose sem outra 
explicação 
9. Distúrbio hematológico 
× Anemia hemolítica 
Paciente chega ao consultório com: fadiga, febre, dor na 
articulação e perda de peso 
 Hipóteses diagnósticas: lúpus eritematoso, febre 
reumática, chikungunya ou artrite reumatoide 
 Não pode ser dengue porque não tem dor retro 
orbitaria 
 Problema da doença autoimune: pode ser 
qualquer uma 
 
 
× Leucopenia: <4000 em pelo 
menos duas ocasiões 
× Linfocitopenia: <1500 em pelo 
menos duas ocasiões 
× Trombocitopenia: <100.000 na 
ausência de medicamentos 
agressores 
10. Distúrbio imunológico 
× Células LE ou anti-DNA ou anti-
SM ou falso positivo para sífilis por 
pelo menos 6 meses 
11. Anticorpo antinuclear 
× Na ausência de medicamentos 
que possam positivá-lo 
× Grande sensibilidade 
 
 COMO SUSPEITAR QUE ALGUÉM TEM LÚPUS? 
a. Dados epidemiológicos: ser mulher e 
jovem (salvo o lúpus tardio) 
b. Dados clínicos: suspeita clínica, dados de 
laboratório e preencher os critérios do 
American College of Rheumatology 
 Segundo o American College of Rheumatology, o 
paciente pode apresentar: 
1. Erupção malar 
2. Erupção discoide 
3. Fotossensibilidade 
4. Úlceras orais 
5. Artrite não erosiva 
6. Serosites 
7. Desordem renal: proteinúria maior que 
0,5g/dia ou mais que +++ cilindros 
celulares: hemáticos, granulares, 
tubulares, mistos 
8. Desordem neurológica: convulsões, 
psicose 
9. Desordens hematológicas: anemia 
hemolítica, leucopenia, trombocitopenia, 
linfopenia 
10. Desordens imunológicas: anticorpos 
antifosfolípides, anti-DNA, anti-Sm 
11. Fan positivo: na ausência de uso das 
chamadas drogas indutoras de lúpus 
 
Considera-se que a pessoa tenha lúpus eritematoso 
sistêmico quando 4 ou mais critérios estão presentes, de 
modo simultâneo ou em série 
 
 FATOR ANTINÚCLEO (FAN): detecta anticorpos 
antinucleares ou fator antinúcleo-método IFI 
 Tende a dar positivo ou não 
 A presença do FAN positivo ou negativo 
não fecha diagnóstico 
 Baseia-se na ligação de anticorpos 
antinucleares presentes no soro de 
paciente com substratos celulares fixados 
em lâminas 
 FAN + 95 – 99% lúpus discoide 
 
 
Manifestações clínicas: 
 
 
Rosetas: alteração de que tem algo errado nos linfócitos 
 
 
Marcadores de autoanticorpos: 
 
 
 Lúpus eritematoso sistêmico e gestação: 
 Uso de estrogênios: implicado na 
exacerbação do LES 
 Evitar estrogênios nas pacientes 
portadoras de anticorpos AFL 
 Quadro sem sinais de atividade geralmente 
tem boa evolução 
 LES em atividade, especialmente se há 
lesão renal: maior risco de exacerbação 
 Risco aumentado de aborto, parto 
prematuro, natimorto (especialmente se 
estiverem presentes anticorpos 
anticardiolipina) 
 TRATAMENTO: 
 Anti-inflamatório não esteroide 
 Glicocorticoides 
 
 Antimaláricos: cloroquina difosfato e sulfato 
hidroxicloroquina, 
 Quimioterápicos (citostáticos): 
economizadores de corticoide, AZA-MTX 
 
DIFICULDADE PARA ASSOCIAR INFECÇÃO COM 
AUTOIMUNIDADE 
1. Doenças autoimunes tem início gradual 
2. Eliminação do agente infeccioso 
3. Infecção persistente 
4. Cepa do agente infeccioso 
5. Atenuação da autoimunidade por infecções 
6. Desregulação das células Treg 
 
AUTOIMUNIDADE: alterações em genes relacionados com 
imunorregulação 
 Geralmente predispõem autoimunidade 
 Até hoje, as interações multivariáveis entre fatores 
imunológicos, genéticos e ambientais ainda não 
foram determinadas, no que diz respeito ao 
aparecimento de doenças autoimunes 
 Algumas situações tem grande valor preditivo ou 
diagnóstico, porém as exceções são uma regra em 
autoimunidade 
 Os eventos só fazem sentido em nossas cabeças: 
na vida real, nem sempre existe um padrão ou não 
se consegue percebê-lo 
 Doenças autoimunes são iniciadas por eventos 
randômicos e multivariados 
 Distribuição geográfica, miscigenação, alterações 
hormonais, cultura, hábitos sociais e traumas são 
eventos que podem estar associados ao 
desenvolvimento de doenças autoimunes 
 As melhores perspectivas para prevenir estas 
doenças estão relacionadas a estudos 
epidemiológicos, onde fatores de risco podem ser 
determinados 
 Tratamento: imunossupressores

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