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Saúde Coletiva I Parque Ecológico - Manhã Defesa do Tribunal do SUS BASES LEGAIS DO SUS TEXTO CONSTITUCIONAL DE CRIAÇÃO DO SUS: Promulgado em 5 de outubro de 1988, mais especificamente na SEÇÃO II- da Saúde, Capítulo II- da Seguridade Social, Título VII- da Ordem Social, artigo 196. Art. 196: A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal, igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A seção da saúde na Constituição Federal (1988) e as Leis 8080 e 8142 constituem as bases jurídicas do SUS. · Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento de serviços correspondente e outras providências. 02 01 Lei Orgânica de Saúde nº 8080 de 18 de setembro de 1990 : Regulamentação do SUS após sua criação na Constituição Federal de 1988 · Áreas de atuação: Promoção, prevenção e recuperação da saúde. Lei Orgânica de Saúde nº 8080 de 18 de setembro de 1990 : Formulação da política e participação na produção de medicamento. Epidemiológica e ambiental Desenvolvimento científico e tecnológico 01 Participação na formulação e execução de ações de saneamento básico e da política de sangue e hemoderivados. 04 Imunobiológicos e equipamentos Art. 6º dessa lei estabelece uma série de atribuições do SUS: 02 03 05 Execução de ações de vigilância sanitária 06 Gestores do SUS Atribuições sob responsabilidade dos órgãos. ➔ O Ministério da Saúde, no âmbito Federal. ➔ As secretarias estaduais de saúde, âmbito dos estados. ➔ As secretarias municipais de saúde, no âmbito dos municípios e Distrito Federal. Os Estados devem garantir 12% de suas receitas para financiamento à saúde e os municípios precisam aplica pelo menos 15 % de suas receitas na saúde de sua população. No 1º artigo lei nº 8142 estabelece dois mecanismos principais de participação da comunidade na gestão do SUS: 1. Os Conselhos de Saúde. 2. As Conferências de Saúde. 01 02 Lei 8.142/1990 de 28 de dezembro de 1990 Dispõe da participação da comunidade (Conselhos de Saúde) na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros a área da saúde. EMENDA CONSTITUCIONAL N° 29, DE 13 DE SETEMBRO DE 2000 ● Estabeleceu a vinculação de recursos nas três esferas de governo para um processo de financiamento mais estável do SUS ● Regulamentou a progressividade do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) ● Reforçou o papel do controle e fiscalização dos Conselhos de Saúde e de prever sanções para o caso de descumprimento dos limites mínimos de aplicação em saúde. ➔ Alterou vários artigos da Constituição Federal (arts. 34, 35, 156, 160, 167 e 198) e acrescentou um artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, EMENDA CONSTITUCIONAL N° 29, DE 13 DE SETEMBRO DE 2000 Responsável pela definição do processo de financiamento da saúde pública brasileira Compromete a prestação de um serviço de qualidade e acessível a todos Dar fim à histórica instabilidade dos parâmetros sobre os gastos em saúde 01 02 03 A União corrigiria anualmente o orçamento federal destinado à saúde pela variação nominal do PIB 04 EMENDA CONSTITUCIONAL N° 29, DE 13 DE SETEMBRO DE 2000 Percentual de municípios que cumpriram a EC 29 EMENDA CONSTITUCIONAL N° 95 TETO DE GASTOS CONGELADOS ATÉ 2036 NOVO REGIME FISCAL ALVO DE INTENSOS PROTESTOS CIVIS FOI APONTADA COMO SOLUÇÃO PARA A CRISE ECONÔMICA 01 02 03 04 EMENDA CONSTITUCIONAL N° 95 EMENDA CONSTITUCIONAL N° 95 PONTOS POSITIVOS DO SUS ● Brasil é o único país com mais de 200.000.000 de habitantes que oferece serviço de saúde gratuito a toda população. ● Ampla participação da sociedade civil por meio dos conselhos de saúde. ● Controle sanitário para antever e evitar surtos epidêmicos. ● Realiza diagnósticos antecipados de crises epidemiológicas. ● Promove campanhas de informação, imunização e ações preventivas. ● Políticas públicas de acesso gratuito a serviços essenciais oferecidas pelo SUS se tornam mecanismos de redistribuição de renda. PONTOS POSITIVOS DO SUS EXEMPLOS DE AÇÕES DO SUS ● Controle de qualidade da água potável. ● Fiscalização de alimentos pela Vigilância Sanitária nos supermercados, lanchonetes e restaurantes. ● Assiduidade dos aeroportos e rodoviárias. ● Regras de vendas de medicamentos genéricos. ● Campanhas de vacinação, de doação de sangue ou leite materno. PONTOS POSITIVOS DO SUS PROCEDIMENTOS DE ALTA E MÉDIA COMPLEXIDADE REALIZADOS PELO SUS DOAÇÃO DE SANGUE QUIMIOTERAPIA DOAÇÃO DE LEITE HUMANO (POR MEIO DE BANCOS DE LEITE HUMANO) 01 02 03 TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS 04 DIFICULDADES DO SUS EM RELAÇÃO AO ORÇAMENTO ● Atualização do financiamento não acompanha crescimento populacional, inflação e incorporação de tecnologias. ● Mínimo de 30% do Orçamento da Seguridade Social para a Saúde para a implementação do SUS não ocorre. ● Financiamento do SUS é marcadamente insuficiente. ● Dificuldade de acesso a outros níveis de maior complexidade. ● Opção dos governos pela participação do orçamento federal no financiamento indireto das empresas privadas de planos e seguros de saúde. ● Planejamento ascendente previsto na Lei 8.080 não se concretizou. ● Fragmentação de prioridades, desarticulação das intervenções nas esferas de governo e ineficiência na alocação dos recursos. Sub Financiamento do SUS Questão histórica ● A Constituição de 1988 em seu artigo 198 estabelecia que o SUS seria financiado com recursos do Orçamento da Seguridade Social, além de outras fontes; ● O crescimento de gastos com aposentadorias e pensões, obrigou a previdência a utilizar parcelas crescentes de Orçamento Seguridade Social. Emenda Constitucional ● Criada com o objetivo de superar os problemas do financiamento do Sistema Único de Saúde, enfrentado nos anos 90; ● De acordo com a Lei complementar 141/2012 a União aplicará anualmente em ações e serviços públicos de saúde. O Movimento Nacional em Defesa da Saúde - ¨Saúde mais 10¨ - O movimento com mais de 2,1 milhôes de assinaturas viabilizou a tramitação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular. Sub Financiamento do SUS Desafios para um financiamento capaz de favorecer a implantação da saúde universal no nosso país ● Aplicação pela União de no mínimo 10% da receita corrente bruta na saúde, ou o seu equivalente da RCL – Receita Corrente Líquida; ● Ampliação da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido para instituições financeiras (atual 9%) para 18%; ● Tributação para a esfera financeira, mediante a criação de um Imposto Geral sobre a Movimentação Financeira (IGMF); ● Defesa do caráter público e universal do direito à assistência à saúde de qualidade e segundo as necessidades da população, nos diversos níveis de atenção; ● Implementação do caráter complementar da iniciativa privada no SUS, não permitindo que os interesses privatizantes sejam preponderantes no modelo de gestão e de atenção à saúde no SUS; ● Rejeitar a permanência da DRU, que retira 30% do Orçamento da Seguridade Social para o Tesouro Nacional, como forma de não prejudicar a “saúde” financeira do referido orçamento. Atuação do SUS na Pandemia ● Adaptações em todos os setores e na saúde pública. ● Expansão da quantidade de leitos disponíveis, capacitação das equipes e foco na gestão de recursos e insumos. ● Plano de Contingência Nacional e adaptação da rede nacional de atenção à saúde. ● Flexibilidade e rápida adaptação do SUS. ● Sistema de gestão da saúde pública e estratégias de fluxos de atendimento para evitar aglomerações. ● Os princípios e diretrizes do SUS são fundamentais para enfrentamento da pandemia. Atuação do SUS na Pandemia Por G1 – São Paulo Dados atualizados às 20h18 de 24/05/2021 Atuação do SUS na PandemiaPor G1 – São Paulo Dados atualizados às 20h18 de 24/05/2021 Atuação do SUS na Pandemia Por G1 – São Paulo Dados atualizados às 12h33 de 24/05/2021 Atuação do SUS na Pandemia Atuação do SUS na Pandemia Atuação do SUS na Pandemia Atuação do SUS na Pandemia Lei Complementar 1411 ● É uma lei nacional, publicada em 13 de janeiro de 2012, elaborada com intuito de regulamentar a Emenda Constitucional 29; ● Os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; ● Os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo; ● Revogar dispositivos das Leis nos8.080/90 e 8.689/93; ● Estabelecer 15% de vinculação da Receita Corrente Líquida da União para os programas e ações de saúde. SÃO DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE aquelas que simultaneamente (art. 2º): ● Aquelas voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde, que sejam de ACESSO UNIVERSAL, IGUALITÁRIO e GRATUITO; ● Aquelas que estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Saúde de cada ente da Federação (compatibilidade com planos de planejamento ascendente); ● Aquelas que sejam de responsabilidade específica do setor da saúde (despesas específicas do setor saúde). CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, para fins de aplicação de recursos mínimos na Saúde (art. 3º): ● Vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária; ● Atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo assistência terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais; ● Capacitação do pessoal de saúde do SUS; CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, para fins de aplicação de recursos mínimos na Saúde (art. 3º): ● Desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do SUS; ● Produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como: imunobiológicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos; ● Saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, desde que seja aprovado pelo Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e esteja de acordo com as diretrizes das demais determinações previstas nesta Lei Complementar; ● Saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos; ● Manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças; ● Investimento na rede física do SUS, incluindo a execução de obras de recuperação, reforma, ampliação e construção de estabelecimentos públicos de saúde; ● REMUNERAÇÃO do PESSOAL ATIVO da ÁREA de SAÚDE em atividade nas ações de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais; ● Ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e imprescindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde; NÃO SÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE (art. 4º) ● Pagamento de aposentadorias e pensões, INCLUSIVE dos servidores da saúde; ● Pagamento de pessoal ativo da área de saúde quando em ATIVIDADE ALHEIA à referida área; - Assistência à saúde que NÃO atenda ao princípio de acesso universal; ● MERENDA ESCOLAR e outros programas de alimentação; ● Saneamento básico; - LIMPEZA URBANA e remoção de resíduos; - Preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelos órgãos de meio ambiente dos entes da Federação ou por entidades não governamentais; ● Ações de assistência social; ● Obras de infraestrutura; ● Ações e serviços públicos de saúde custeadas com recursos distintos dos especificados na base de cálculo definida na LC 141/12 ou vinculados a fundos específicos distintos daqueles da saúde.
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