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Equoterapia no tratamento do Transtorno do Espectro Autista

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Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
3719 
A utilização do cavalo em paciente com transtorno do espectro autista: 
uma revisão integrativa 
 
The use of horses in patients with autistic spectrum disorder: an 
integrative review 
DOI:10.34119/bjhrv2n4-133 
 
Recebimento dos originais: 15/07/2019 
Aceitação para publicação: 09/08/2019 
 
Edlávio Oliveira Silva 
Fisioterapeuta 
Estácio de Sá de Alagoas e Pós-graduado em Equoterapia 
Instituição: Universidade de Brasília e ANDE-BRASIL. 
Endereço: Praça São Francisco de Borgia, numero 77, centro, Piaçabuçu, Alagoas, 
Brasil. CEP: 57210-000 
E-mail:edlaviooliveira@hotmail.com 
 
Iara de Argôlo Azevedo 
Pós-graduanda em intervenção comportamental no Transtorno do Espectro do Autismo 
no instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE); Formada em Psicologia pelo 
Centro 
Instituição: Universitário Cesmac. 
Endereço: R. da Harmônia - Farol, Maceió - AL, 57081-350 
E-mail: argolo.iara123@hotmail.com 
 
Maria Cecilia dos Santos Marques 
Mestranda em saúde da comunicação humana pela UFPE; Formada em Fonoaudiologia 
Instituição: Universidade estadual de ciências da saúde de Alagoas (UNCISAL). 
Endereço: R. Dr. Jorge de Lima, 113 - Trapiche da Barra, Maceió - AL, 57010-300 
 
RESUMO 
 
A equoterapia é um meio de tratamento importante para diversos transtornos e outras 
necessidades especiais. Com o objetivo de realizar uma revisão integrativa do efeito da 
equoterapia em pacientes com Transtorno do Espectro Autista, foi realizado um estudo 
durante o ano de 2018, iniciado com pesquisa documental, sendo utilizados periódicos 
integrados nas bases de dados: MEDLINE, SciELO, LILACS, PubMed. Para acessá-los, 
usou-se como descritores as palavras: “Equoterapia”, “Tratamento” e “Transtorno do 
Espectro Autista”, a partir de uma coleta de bibliografias da área de saúde que retratasse 
os conceitos da eficácia da equoterapia como tratamento coadjuvante para praticantes 
com Transtorno do Espectro do Autismo. Os critérios de inclusão foram: artigos 
publicados entre 2010 e 2018; em inglês, espanhol ou português e estudos de casos 
clínicos e/ou grupos com Transtorno do Espectro Autista. De acordo com a literatura 
atual, a equoterapia foi eficaz no Transtorno do Espectro Autista, melhorando a 
comunicação, isolamento, dificuldades de vinculação, estímulos corporais, auxílio no 
desenvolvimento psicomotor, progredindo nos aspectos tanto externos quanto internos. 
mailto:edlaviooliveira@hotmail.com
mailto:argolo.iara123@hotmail.com
Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
3720 
A utilização do cavalo tem grande função psíquica, pois reforça e modifica 
comportamentos desejados, tarefas das áreas de mobilidade e autocuidado, além de 
mostrar-se eficaz por trazer estímulos corporais para a criança ao andar a cavalo. 
 
Palavras chave: Equoterapia, Transtorno do Espectro Autista, Tratamento. 
 
ABSTRACT 
 
Equine therapy is an important means of treatment for various disorders and other special 
needs. A systematic review of the effect of equine therapy in patients with Autistic 
Spectrum Disorder was carried out during the year 2018, starting with documentary 
research, using periodicals integrated in the databases: MEDLINE, SciELO, LILACS, 
PubMed. To access them, the words "Equoterapia", "Treatment" and "Autism Spectrum 
Disorder" were used as descriptors, based on a collection of health bibliographies that 
portrayed the concepts of the effectiveness of equine therapy as an adjuvant treatment for 
practitioners with Autism Spectrum Disorder. The inclusion criteria were: articles 
published between 2010 and 2018; in English, Spanish or Portuguese and clinical case 
studies and / or groups with Autism Spectrum Disorder. According to the current 
literature, equine therapy was effective in Autism Spectrum Disorder, improving 
communication, isolation, bonding difficulties, body stimuli, aid in psychomotor 
development, progressing in both external and internal aspects. The use of the horse has 
a great psychic function, as it reinforces and modifies desired behaviors, tasks of the areas 
of mobility and self-care, in addition to proving effective for bringing corporal stimuli to 
the child when riding on horseback. 
 
Keywords: Equine therapy, Autistic Spectrum Disorder, Treatment. 
 
1 INTRODUÇÃO 
No Brasil, a prática da Equoterapia é regulada pelas diretrizes da Associação 
Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil, 2016). Segundo Jaspart (2014), a primeira 
equipe de equoterapia foi criada em 1917, no Hospital Universitário de Oxford, com o 
objetivo de acolher e tratar os feridos da Primeira Guerra Mundial, além de promover 
recreação durante o tratamento. 
Os movimentos proporcionados pelo cavalo estimulam, no corpo do praticante, 
vários estímulos sensoriais e neuromusculares que afetarão diretamente o 
desenvolvimento geral e a aquisição de habilidades motoras, contribuindo para uma 
melhoria no desempenho das atividades diárias (TORQUATO et al., 2013). 
Dentre algumas das funções destinadas aos cavalos, nas sessões de equoterapia, 
estão as atividades lúdicas e terapias assistidas (CRIPPA; FEIJÓ, 2014). O cavalo possui 
três andaduras diferentes, que são: o passo, o trote e o galope, e todas estas podem ser 
utilizadas com objetivos específicos dentro da terapia, dependendo das necessidades dos 
sujeitos praticantes e os programas nos quais estão inseridos (SOUZA; NAVEGA, 2012; 
PFEIFER, 2012). 
Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
3721 
Segundo a atualização do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais (DSM-V, 2013), ocorreu o agrupamento de vários transtornos que anteriormente 
eram separados como o Transtorno de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância, 
Transtorno Autista, sendo substituído pelo novo termo: Transtorno do Espectro Autista 
(TEA) com o objetivo de acabar com as subdivisões e incluí-las em um único grupo, que 
pode ser classificado em grau leve, moderado e severo, que são baseados na necessidade 
de auxílio que cada um precisa, considerando a dificuldade de comunicação, interesses 
restritos e comportamento repetitivo (SWEDO, 2014). 
O TEA é um transtorno comportamental, sendo considerado como uma desordem 
neurobiológica, classificando-se como um transtorno global do desenvolvimento de causa 
multifatorial, que leva a alterações na interação social, dificuldade na expressão e 
afetividade, prejudicando a forma em que a criança apreende o mundo (SCHMITT, 2015). 
A equoterapia vem sendo utilizada para pacientes com TEA devido a grande 
quantidade de estímulos que são promovidos ao praticante, por meio do uso do cavalo 
como um instrumento cinesioterapêutico. Inserido à terapia, também, pode-se obter a 
melhora da socialização, por meio da interação tanto com a equipe, como com outros 
praticantes (MONTENEGRO et al., 2014). 
O uso de brinquedo durante o trajeto e espera é um grande auxiliar para que o 
paciente consiga ficar um pouco mais relaxado, assim como recompensas quando o seu 
comportamento é desejável, para que ele o mantenha alcançando assim o comportamento 
almejado (BRENTANI, 2013). 
De acordo com Blumberg et al. (2013), os estímulos utilizados nesta terapia são 
refletidos na cognição e na coordenação motora, beneficiando o desenvolvimento no 
aprendizado intelectual e cognitivo, demonstrando a conveniência da equoterapia atrelada 
à educação e propiciando ao sujeito praticante com problemas de aprendizagem, o 
desenvolvimento da percepção, atenção e das fases motoras, além de sua reestruturação. 
Diante dessa premissa, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito da 
equoterapia no paciente com TEA,por meio de uma revisão integrativa. 
 
2 MÉTODOS 
Este trabalho foi realizado por meio de uma revisão integrativa, prolongando-se 
durante os meses de julho a setembro de 2018, iniciada com a pesquisa documental, sendo 
utilizados periódicos integrados nas bases de dados: MEDLINE, SciELO, LILACS, 
PubMed. Para acessá-los, usamos como descritores, validados no DECS, as palavras: 
Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
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“Equoterapia”, “Hipoterapia” e “Transtorno do Espectro Autista”, conectados pelo 
operador booleano AND, a partir de uma coleta de bibliografias da área de saúde que 
retratasse os conceitos da eficácia da equoterapia como tratamento coadjuvante para 
praticantes com TEA. 
O delineamento foi realizado a partir dos seguintes critérios de inclusão: (a) 
artigos publicados entre os anos de 2010 – 2018; (b) artigos empíricos; (c) publicações 
nos idiomas inglês, espanhol ou português; (d) estudos de casos clínicos e/ou grupos com 
TEA. Optou-se por limitar o ano de publicação a fim de abranger pesquisas mais atuais 
sobre o tema. Dessa forma, foram excluídos artigos com publicações (a) amostra com 
adultos. Com isso, foi construído o artigo e discutidos os resultados das citações 
bibliográficas e os aspectos relevantes da literatura selecionada nesta pesquisa. 
A partir disso, a seleção dos artigos foi realizada por dois autores desta revisão, 
que leram, de forma independente, todos os títulos e resumos dos estudos identificados 
por meio da estratégia de busca. Nos casos de não apresentarem concordância ou dúvida 
na inclusão do artigo, discutiram até entrarem no consenso e nos casos em que persistiram 
as discordâncias, um terceiro revisor foi solicitado a opinar. 
Visando à sistematização dos dados, os autores desenvolveram um instrumento 
de coleta, no qual apresentava: título, autor, ano de publicação, local, população estudada, 
objetivos, resultados e conclusão dos estudos. Os mesmos foram expostos em ordem 
cronológica de publicação. 
A apresentação da revisão considerou os dados relevantes de cada artigo e foram 
demonstrados em forma de tabela. Assim procurando realizar uma descrição dos dados, 
com análise crítica, além de discutir os fatores conflitantes entre os distintos artigos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
3723 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Azevedo (2012), cita que 50% das pessoas com TEA exibem uma moderada 
hipotonia levando a uma alteração da coluna vertebral, no entanto em grande parte dos 
casos é difícil avaliar o tônus isoladamente. No entanto, Espindula (2016) demonstra que 
por meio da andadura do cavalo e comprimento do passo associado a velocidade, o cavalo 
pode desempenhar papel fundamental para organização corporal e controle postural, tanto 
na hipertonia como na hipotonia. 
De acordo com os estudos atuais, o autismo não se caracteriza apenas por falta de 
comunicação, isolamento e dificuldades de vinculação, abrange também outras 
características e graus de dificuldades existentes entre elas, apresentando diversas 
implicações biopsicossociais (SOUZA; SILVA, 2015). 
A equoterapia é eficaz por trazer estímulos corporais para a criança ao andar a 
cavalo, auxiliando no desenvolvimento psicomotor, proporcionando ao indivíduo a 
capacidade de controlar seu próprio corpo, progredindo nos aspectos tanto externos 
quanto internos (CUERVO, 2017; SANTOS, 2012). 
Segundo Trentini, e Zamo (2016), durante trinta minutos de exercícios, em 
decorrência ao contato intenso entre o praticante e o cavalo, será executado de 1.800 à 
2.200 deslocamentos, que irão transmitir estímulos pela medula espinhal até o sistema 
nervoso central por vias nervosas aferentes, favorecendo estímulos para melhoria no 
Total de artigos encontrados 
41 
Scielo 
19 
PubMed 
8 
LILACS 
6 
Mediline 
8 
Artigos com critérios 
de inclusão para 
leitura completa 
2 
Artigos com critérios 
de inclusão para 
leitura completa 
3 
Artigos com critérios 
de inclusão para 
leitura completa 
5 
Artigos com critérios 
de inclusão para 
leitura completa 
10 
Total para leitura completa 
20 
Artigos 
Excluídos 
após leitura 
completa 
6 
Artigos 
Excluídos 
por 
semelhança. 
9 
Total para leitura completa 
5 
Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
3724 
equilíbrio, coordenação motora, regulação do tônus, fortalecimento muscular e 
consciência corporal, além de ter 95% de semelhança com a marcha humana. 
A equoterapia vai impor ao praticante um planejamento de reajuste corporal para 
passar pelos obstáculos e consequentemente leva-lo a melhorar sua postura e seu esquema 
corporal (SILVEIRA, 2011; MONTENEGRO et al., 2014. Segundo Santos e Zamo 
(2017), observa-se uma eficácia na evolução do paciente mediante a equoterapia devido 
a reorganização neuronal de paciente com transtorno do neurodesenvolvimento. 
Ao investigar as contribuições para o paciente com TEA na equoterapia, Quinteiro 
Cruz e Pottker, (2017), observaram em seu estudo, uma melhora na comunicação, 
socialização, autoconfiança e autoestima, além de melhorar sua capacidade cognitiva. Da 
mesma forma, relatado por Berder e Guarany, (2016), em sua pesquisa que observou 
melhoras na mobilidade e cuidado pessoal favorecendo melhorias nas atividades de vida 
diária. Corroborando com o estudo de Souza e Silva (2015), que conseguiu observar 
evolução no bem-estar e qualidade de vida, além da coordenação motora, equilíbrio, 
assim como a autonomia e a autoestima do paciente. 
 
Tabela 1: Distribuição dos dados de acordo com as características gerais dos artigos encontrados. (incluir 
na tabela: local do estudo, população (idade, sexo, quantidade), resultados) 
AUTORES/ 
ANO 
TITULO OBJETIVO CONCLUSÃO 
SANTOS 
FFM E 
ZAMO R.S, 
2017 
 
Reabilitação 
neuropsicológica dos 
transtornos do 
neurodesenvolvimen
to na equoterapia: 
Revisão Sistemática. 
Analisar a eficácia 
da Equoterapia, com 
crianças e 
adolescentes, nos 
casos clínicos dos 
TN. 
Eficácia da equoterapia 
mediante entendimento da 
neuroplasticidade, 
capacidade cerebral de 
reorganização neuronal. 
QUINTEIRO 
CRUZ e 
POTTKER, 
2017 
As contribuições da 
equoterapia para o 
desenvolvimento 
psicomotor da 
criança com 
transtorno de 
espectro autista 
Investigar as 
contribuições da 
Equoterapia para o 
desenvolvimento 
psicomotor da 
criança com TEA. 
Melhoras na comunicação, 
socialização, autoconfiança 
e autoestima, bem como, a 
satisfação de montar no 
cavalo, aumentando sua 
capacidade cognitiva. 
BENDER & 
GUARANY, 
2016 
 
Efeito da equoterapia 
no desempenho 
funcional de crianças 
e adolescentes com 
autismo 
Identificar o efeito 
da equoterapia no 
desempenho 
funcional de 
crianças e 
adolescentes com 
autismo. 
Equoterapia é eficaz para 
crianças com autismo, nas 
tarefas das áreas de 
mobilidade e autocuidado. 
Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
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SOUZA e 
SILVA, 2015 
Equoterapia no 
tratamento do 
transtorno do 
espectro autista: a 
percepção dos 
técnicos 
Identificar os 
aspectos motores, 
sociais, psicológicos 
e de linguagem. 
Proporcionaram bem-estar 
e qualidade de vida, 
melhora na coordenação 
motora, o equilíbrio, 
afetividade 
relacionamentos sociais, 
assim como a autonomia e a 
autoestima. 
BETH A. L, et 
al., 2014 
Efeitos de Atividades 
Assistidas por 
Equinos no 
Transtorno do 
Espectro do Autismo 
Determinar se um 
programa de 
equoterapia de 12 
semanas afetou 
positivamentea 
qualidade de vida de 
crianças com TEA 
Os pais notaram melhorias 
significativas no 
funcionamento físico, 
emocional e social já nas 
primeiras 6 semanas. 
Fonte: Dados da pesquisa. 
Nota: TN = Transtornos do Neurodesenvolvimento; TEA = Transtorno do Espectro Autista. 
 
No campo da psicomotricidade, pode-se observar o aprendizado de movimentos 
ritmados, uma melhora no equilíbrio, maior segurança motora e a percepção corporal 
(BENDER & GUARANY, 2016). 
Pode-se notar que as famílias participantes das intervenções possuem boa 
compreensão sobre o diagnóstico do filho, sendo possível observar que esta compreensão 
auxiliou na busca da equoterapia, com o objetivo de adaptar-se à realidade de forma lúdica 
e didática aos interesses da criança ou adolescente com TEA, auxilia ainda na parte de 
reintegração social, dado o contato do indivíduo com outros pacientes, com a equipe e 
com o cavalo. (BETH, et al., 2014). 
Segundo Ribeiro (2014), o objetivo da equoterapia no TEA é desenvolver de 
forma interdisciplinar sua concentração, desenvolvimento sócio/afetivo, comunicação, 
desenvolvimento cognitivo e motor, pois, crianças autistas possuem distúrbios motores, 
de comportamento e de aprendizagem. Sendo assim, Fonseca, (2014) demonstra que um 
desafio para os pais, familiares e educadores é estabelecer um elo positivo que 
proporcione aprendizagem para a criança, portanto é fundamental utilizar uma abordagem 
adequada e eficiente para que o indivíduo se desenvolva, de acordo com a sua realidade, 
mesmo que de forma gradativa. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
De acordo com os resultados apresentados e evidenciados na literatura, a terapia 
com cavalo em pacientes com TEA demonstra que, por meio da andadura do cavalo, o 
Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
3726 
mesmo favorece ao praticante os estímulos na melhoria do equilíbrio, coordenação 
motora, regulação do tônus, fortalecimento muscular e consciência corporal, 
estabelecendo um elo positivo proporcionando aprendizagem para a criança que apresenta 
variadas dificuldades a nível biopsicossocial. Infere-se dessa forma que a equoterapia é 
uma área que necessita ser expandida dado a riqueza que a mesma proporciona para a 
evolução da pessoa com TEA. 
 
REFERENCIAS 
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AZEVEDO, A. GUSMÃO, M. A importância da fisioterapia motora no 
acompanhamento de crianças autistas. Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde, Salvador, 2(2): 
p.76-83. 2016. 
BENDER DD, GUARANY NR. Efeito da equoterapia no desempenho funcional de 
crianças e adolescentes com autismo Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2016 
set./dez.;27(3):271-7. 
BETH A. L, et al. Effects of equine assisted activities on autism spectrum disorder. J 
Autism Dev Disord. 2014 
BLUMBERG, S. J. ; BRAMLETT, M. D.; KOGAN, M. D.; SCHIEVE, L. A.; JONES, 
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JASPART, V. Cheval, atout maître de l'hippothérapie...Et de nos émotions? 
Evaluation d’une formation en hippothérapie sur l’intelligence émotionnelle et 
Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
3727 
l’empathie de ses participants. Dissertation. Faculté de psychologie et des sciences de 
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Manual Estatístico de transtornos mentais: DSM-V ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
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Brazilian Journal of health Review 
 
 Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 4, p. 3719-3728 jul./aug. 2019. ISSN 2595-6825 
 
 
3728 
SWEDO, S.E. Transtornos do Neurodesenvolvimento. In: American Psychistric 
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TORQUATO, J.A., LANÇA, A.F., PEREIRA, D., CARVALHO, F.G., SILVA, R.D. A 
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SP, set.-dez. 2016.

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