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atividade Edução ambiental

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AUTOATIVIDADES
1  Observe o conceito de EA e educação ecológica, justificando por que a Educação Ambiental é mais do que uma disciplina derivada da Biologia.
R.: Na proposta da Conferência de 1972, a Educação Ambiental deixa de ser uma educação ecológica com atribuição restrita aos professores de Ciências e Biologia, na qual era definida como a ciência que ensinava a conservação, as relações dos seres vivos entre si e destes com o mundo. Com uma visão mais abrangente, a Educação Ambiental passa a ser referenciada pelas contribuições múltiplas das ciências, em especial pela perspectiva que integra uma rede de relações sociais, culturais e naturais (CARVALHO, 2004). A Educação Ambiental é mais do que uma disciplina derivada da Biologia, porque a Educação Ambiental assume sua maioridade em relação à Biologia. As questões ambientais, para serem compreendidas, dependem das contribuições da Física, Química, Biologia e Socioeconomia, entre outras áreas do conhecimento. Constitui-se a leitura dos modos de apropriação social dos recursos naturais, numa perspectiva sistêmica. A perspectiva sistêmica busca identificar todos os componentes da realidade, compreender as interações, retroações, emergências e imposições que ocorrem entre os componentes (MORIN, 1977). A abordagem é adequada para compreender as questões que não estão vinculadas a uma área específica do conhecimento. Refere-se a fenômenos naturais ou sociais que não são somente biológicos, econômicos ou religiosos, mas resultam da interação de todos estes campos.
2  Faça uma síntese da evolução da EA e explique a importância dos encontros internacionais na promoção do desenvolvimento sustentável.
R.: Em 1975, ocorre, em Belgrado, o Workshop em Educação Ambiental, promovido pela UNESCO. A Carta de Belgrado define os princípios e as orientações para um programa internacional de EA e se tornou um documento de referência para a questão ambiental. Questiona a natureza fragmentária. Faz, além disso, um chamamento às responsabilidades individuais quanto ao uso dos recursos e aos estilos de vida, clamando por uma ética global. Questiona, também, as bases de consumo entre nações ricas e pobres. 
Em 1977, em Tbilisi (na Geórgia), realiza-se a I Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, organizada pela UNESCO/Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Institui-se, então, a primeira fase do Programa Internacional de Educação Ambiental, acordado em 1975, pela Unesco/Pnuma. Na ocasião, estabelece-se a permanência, a multidisciplinaridade e a integração dos conteúdos às questões do local. Também são definidos os objetivos, características e estratégias de implementação da EA.
Em 1980, em Budapeste, na Hungria, a UNESCO promove o Seminário Internacional sobre o Caráter Interdisciplinar da EA no ensino de Primeiro e Segundo Graus.
A expressão Educação Ambiental (Environmental Education) é cunhada, pela primeira vez, na Inglaterra, em 1965, sendo indicada nas escolas como integrante da educação geral e atribuição de todas as disciplinas afins. (DIAS, 2004). Em 1968, na Conferência de Educação, realizada na Grã-Bretanha, funda-se a Sociedade para a Educação Ambiental. Já em 1970, nos Estados Unidos, é implementada a Lei sobre Educação Ambiental. Em 1972, uma equipe de pesquisadores coordenados por Dennis e Donella Meadows publica o relatório Limits to growth. Na ocasião, em Estocolmo, é realizada a Conferência das Nações Unidas para o meio ambiente. A ideia de desenvolvimento sustentável começa a ser estruturada ao se reforçar as dificuldades das nações do Sul em seguirem os padrões de desenvolvimento dos países do Norte. Mais especificamente, a conferência apresenta, na recomendação nº 96, que a Educação Ambiental (EA) é essencial para a formação de uma nova consciência planetária e para ampliar o compromisso no combate à crise mundial. 
Os encontros internacionais destacados no Caderno de Estudos tiveram a importância de definir a abrangência da EA e a difusão de uma proposta que foi gradativamente estruturada, tendo a contribuição de pesquisadores, ambientalistas, ativistas políticos e educadores das mais diversas nações.  São estabelecidos os princípios da EA e os espaços escolarizados e não escolarizados responsáveis pela sua promoção.  As conferências de Belgrado e de Tbilisi foram um marco na definição da EA como um processo multidisciplinar, permanente, presente em todos os níveis de ensino, inclusive na formação profissional. A proposta de EA é finalizada com as contribuições da Carta da Terra e do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global.
3  Defina a educação como responsável pela formação de cidadãos críticos e atuantes, corresponsáveis pela sustentabilidade planetária. 
Resposta primeira: o objetivo maior da Educação Ambiental é a formação de um novo olhar do mundo e um pensar diferente, constituinte de uma grande solidariedade planetária, ou seja,  o desenvolvimento sustentável que visa à promoção da vida; o equilíbrio dinâmico; a sensibilidade social e a consciência planetária. Também, a EA tem como objetivo ajudar a sociedade a superar o analfabetismo ambiental.
Resposta segunda: a finalidade da EA é edificar os pilares das sociedades sustentáveis que envolvem a colaboração dos sistemas sociais para incorporar a dimensão ambiental nas suas atividades de produção e consumo, nos sistemas jurídicos que consolidam normas e condutas e no sistema político-cultural que consolida os espaços democráticos.
Cabe à Educação Ambiental ajudar a sociedade a superar o analfabetismo ambiental, que consiste no desconhecimento ou ignorância dos problemas ambientais, das ameaças da (in)sustentabilidade dos ecossistemas e da própria condição de vida da humanidade (DIAS, 2004). O objetivo maior da Educação Ambiental é ousado, por pressupor um novo olhar do mundo e um pensar diferente, constituinte de uma grande solidariedade planetária. Em síntese, a Educação se integra à proposta do desenvolvimento sustentável visando à promoção da vida, ao equilíbrio dinâmico, à sensibilidade social e à consciência planetária.
Atualmente, a Educação Ambiental é, efetivamente, apresentada como necessária para todas as nações, devendo ser permanente na formação do cidadão e presente em todos os níveis de ensino. Desde as primeiras formulações, projetos e experiências foram se configurando e originaram um amplo coletivo de educadores, que tem feito diferença no modo como cada cidadão convive e se apropria dos recursos naturais.
4  Escreva sobre a responsabilidade dos educadores e os possíveis impasses para desenvolver a educação ambiental nas escolas.
R.: O PRONEA sugere as seguintes formas de atuação para o educador ambiental na educação não formal:
· Influenciando no planejamento das políticas públicas, participando dos espaços participativos (conselhos, fóruns, comitês).
· Promovendo a transversalidade da questão ambiental, disseminando-a nos diferentes setores da gestão pública e privada (secretarias de obras, turismo, saneamento, saúde, educação, urbanismo, agricultura, indústria e comércio).
· Construindo e implementando a Agenda 21, nas mais diversas esferas de atuação (município, escolas, nações e regiões).
· Estimulando a formação, qualificação e aperfeiçoamento em Educação Ambiental dos trabalhadores e da população em geral.
· Realizando diagnósticos socioambientais, inserindo matrizes de acompanhamento e monitoramento dos impactos ambientais gerados pelos empreendimentos.
Impasses: desvalorização do educador, formação fragmentária, ausência de capacitações, ausência de planejamento integrado nas escolas, desvalorização do profissional da educação, educação bancária, entre outras.
5  Apresente os princípios que orientam as novas relações sociedade/natureza, destacando as possíveis dificuldades para a sua efetiva concretização.
R.: Visando consolidar uma proposta de caráter universal, coesa e coerente com a proposta do desenvolvimento sustentável, são definidos os princípios da Educação Ambiental, resumidos aseguir:
a) A EA é um direito de todos. Visa formar cidadãos com consciência global e planetária e respeito à soberania dos povos (recupera, reconhece e respeita a história indígena e culturas locais, promovendo a sociobiodiversidade). Dificuldade: relações capitalistas sempre levam à desigualdade, globalização da economia acaba com as culturas e as especificidades de cada local.
b) A base é o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo e lugar (da educação formal a não formal), integrando conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ação. Dificuldade: tendências educacionais que ficam na educação bancária, da repetição, do ajuste social e da alienação. Sociedade de massas sem criticidade.
c) A EA é um ato político e de transformação social com o desenvolver do pensamento crítico e inovador. Dificuldade: repete-se a visão de formar para adestrar, com conteúdos sem relação com a realidade e o debate político e da sociedade.
d) A abordagem pressupõe o conhecimento holístico e sistêmico, com caráter multi e interdisciplinar. Dificuldade: divisão do conhecimento em disciplinas, sem planejamento integrado entre educadores e currículo desconectado, sem transversalidade.
e) Os valores a serem preconizados são relativos à solidariedade, à igualdade e à democracia - como participação equitativa nos processos de decisão política. Dificuldade: democracia é lenta no Brasil, sem cultura política para participar, cidadania não é ativa.
f) O objetivo é promover a cultura da paz, da cooperação, do diálogo e da austeridade feliz (consiste no atendimento igualitário às necessidades básicas, combatendo a fome de muitos e o consumismo das populações ricas). Dificuldade: reprodução da violência em todas as esferas da sociedade.
g) A comunicação é um processo democrático e visa à emancipação da informação, opondo-se às tentativas de uso dos meios como forma de dominação e alienação política e cultural. Dificuldade: assim como na educação, predomina a comunicação unilateral, próximo ao difusionismo.
h) A abordagem é da ética do respeito a todas as formas de vida, valorizando e conservando a dinâmica, diversidade e a integridade de seus ecossistemas (GADOTTI, 2004). Dificuldade: sociedade antropocêntrica tende a não considerar o direito das demais formas de vida em existir.
6   A preocupação com o ensino de “bons comportamentos” está presente nos objetivos de muitos educadores.  Quais os problemas que esta postura pode originar?
R.: Ao se estabelecer parâmetros de inserção para a EA, pretende-se romper com uma visão ingênua e até mesmo simplista da questão ambiental, a qual tende a banalizar a sua inserção nos planos educacionais, como ressalta Carvalho (2004, p.152): “a Educação Ambiental passou a ser usada como termo genérico para algo que se aproximaria de tudo o que pudesse ser acolhido sob o guarda-chuva de boas práticas ambientais”. Sem a definição dos princípios éticos que balizam as relações da sociedade com a natureza, os educadores podem banalizar sua proposta em comportamentos esparsos restritos, descontextualizados da própria complexidade da problemática ambiental (sistêmica e global). Acabam apontando a atos isolados, tais como: atitudes de separação de lixo doméstico, plantio de árvores, mutirões de limpeza de rios e áreas públicas, redução do consumo individual de água e resíduos. Sem critérios claros do que seriam “os bons comportamentos” é elencado um conjunto de temas que se repetem em distintas realidades, sem gerar questionamentos mais amplos sobre as reais questões da crise ecológica, a origem do problema e as responsabilidades quanto a possíveis soluções.
Visando superar a aplicação inicial da educação ecológica, começa a se estruturar uma nova roupagem, resultado de experiências, reflexões e pesquisas efetivadas nas mais diversas situações pedagógicas e nações. 
Como resultado: um ensino moralizante não garante a continuidade de ações por falta de compreensão das bases que estruturam o comportamento buscado, fica sujeito a outras influências, sem chegar às causas do problema. Paralelamente, impactos ambientais se replicam, se conjugam e se estendem pelos continentes, gerando preocupações no campo acadêmico, político e social. Torna-se consensual a necessidade de redefinir as formas como conscientemente a economia capitalista e a sociedade armamentista e tecnológica geram impactos, comprometendo a existência da vida no planeta Terra.

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