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Índice
Introdução	3
Objectivos	4
Análise e discussão	5
Planeamento Participativo	5
Diagnóstico Participativo	6
A prática do Diagnóstico Participativo	7
Objectivo do planeamento participativo	7
As diferentes fases do exercício de planeamento participativo	8
Conclusão	11
Referência bibliográfica	12
O processo de participação no planeamento regional e uso de Terra
Introdução 
O presente trabalho de Planificação Regional de Uso da Terra e Desenvolvimento, visa abordar acerca do processo de participação no planeamento regional e uso de Terra. Para tal, ira começar se pela conceituação da participação no planeamento, o método de diagnóstico participativo e finalizando com a identificação e caracterização da etapa do processo de participação no planeamento de uso de Terra. 
A noção de participação está relacionada a um processo, no qual o indivíduo se reconheça como parte integrante de um determinado grupo social e que se sinta motivado a fazer parte. Para isso é necessário compreender aspectos fundamentais, entre eles, o estímulo que se dá a determinado grupo social em relação a formas de participação, levando em conta o contexto em que ele se insere, o aspecto temporal na comunidade e as formas em que se apresenta, expressas em manifestações diversas. 
A comunidade alcança a emancipação quando seus objectivos e ideais encontram tradução em outras comunidades, ou seja, tais objectivos se tornam gerais. Para a concretização desta emancipação na realização de projectos sociais há elementos essenciais que devem se considerados. É necessário definir quem é este sujeito, qual é a cultura daquelas pessoas, como elas encaram ou se aplicam no trabalho, como elas se integram na organização do ambiente e, principalmente, se aquele sujeito ou aquela comunidade deseja nosso projecto utópico de transformação da realidade social,
Assim, a relação já existente do Governo, ONGs e parceiros, com as comunidades, o conhecimento acumulado ao longo dos anos de parceria permitiram construir um processo de reflexão, que buscou construir caminhos e a autonomia para a transformação nos territórios identificados carecendo o planeamento. Acredita-se que as reais transformações socioambientais podem ocorrer a partir do momento em que os atores envolvidos incorporem em suas práticas os princípios da verdadeira participação e da emancipação social.
Para garantir qualidade nos projectos de desenvolvimento vale cuidar dos detalhes de cada actividade e da organização de todo o processo participativo.
O Diagnóstico Participativo é um dos métodos de investigação da realidade. Mas para entender em que consiste o método é importante termos a compreensão dos conceitos e elementos básicos que orientam qualquer método de diagnóstico social.
Objectivos
Objectivo geral 
· Conhecer o processo participativo do planeamento regional e uso de Terra.
Objectivos Específicos
· Conhecer princípios e importância de planeamento participativo;
· Descrever método de diagnóstico participativo de uso de terra;
· Identificar e caracterizar a etapa do processo de participação no planeamento de uso de Terra.
Análise e discussão 
Planeamento Participativo
Para Feuerhake e Spaliviero (2007), o planeamento participativo é um processo que nas suas diferentes fases, envolve directamente a própria população da área em estudo. Ao longo deste processo os intervenientes participam activamente na tomada de decisão, de maneira transparente e consensual, comprometendo-se um com outro, resultando na elaboração de um plano de acção que irá dinamizar o desenvolvimento local.
Para Chande (p. 96) a gestão e o planeamento participativo possibilitam reverter os custos ecológicos e sociais da crise económica, bem com inteirar a população excluída num processo de produção para satisfazer suas necessidades fundamentais. Essas acções surgem para construir uma nova racionalidade produtiva, fundada em práticas de maneio múltiplo, integrado e sustentado dos recursos naturais, adaptadas as condições ecológicas particulares de cada região e os valores culturais das comunidades. 
A educação ambiental visa a participação das comunidades e demais actores sociais na realização do diagnóstico e zoneamento ambiental, visando assegurar a protecção dos recursos naturais e a protecção da qualidade de vida. Desta forma, a educação ambiental possibilita a motivação e sensibilização das pessoas para transformar as diversas formas de participação na defesa da equidade social, assumindo, deste modo, uma função transformadora que incentiva promover um novo tipo de sociedade. 
A participação de actores e grupos sociais da população é de extrema relevância devido à complexidade da questão ambiental, deste modo, a educação é o melhor caminho, pois visa proporcionar condições para as pessoas adquirirem e compartilharem novos conhecimentos, habilidades e atitudes que possibilitem a intervenção de forma mais participativa nos processos decisórios. 
A participação é uma forma de gestão aplicada, especialmente, em áreas que permitem uso sustentável, mas também, progressivamente em áreas com statu de conservação mais restrito. 
Um dos princípios central destes processos de planeamentos é procurar um equilíbrio entre o fundamento político e científico de uma tomada de decisão. 
Além de métodos formais e científicos, se aplicam ferramentas de visualização e métodos narrativas. Como instrumentos mais conhecidos se pode citar os métodos de diagnósticos participativos. 
As técnicas mais comum sãos discussões em grupo, mapeamentos em grupo (mapas falantes), entrevistas, resgates de história e diagramas institucionais. O foco está no aprendizado cumulativo e na inclusão das perspectivas diferentes. Os especialistas e técnicos se restringem ao papel de moderador e facilitador. Rejeita se a dominância do conhecimento científico em processos de tomada de decisão em prol do conhecimento dos leigos, do conhecimento popular. Para tal processo cooperativo de planeamento é essencial possibilitar uma comunicação reciproca. 
Diagnóstico Participativo
Para Cerqueira (p. 10) Diagnóstico Participativo é um método utilizado para fazer levantamento da realidade local. Este levantamento é feito com a participação das lideranças locais, ou por qualquer outro integrante de um grupo definido, deve conter os principais problemas da localidade em todas as áreas (social, económica, cultural, ambiental, físico-territorial e político-institucional);
Os diagnósticos participativos podem ser descritos como um conjunto de métodos que capacitam pessoas a expressar e analisar a própria realidade e suas condições de vida, propiciando que tais indivíduos decidam quais medidas devem ser tomadas, bem como monitorar e avaliar os resultados. Eles oferecem maneiras de dar voz à população pobre, capacitando os para expressar e analisar os próprios problemas e prioridades. 
Para Cerqueira (p. 10), portanto, o processo de Diagnóstico Participativo serve para:
· Possibilitar a tomada de consciência, tanto da comunidade como da entidade que realizando o diagnóstico, sobre os aspectos relacionados à sua realidade socioeconómica, política e cultural;
· Promover a participação de diferentes grupos comunitários nos espaços de elaboração de políticas públicas (em particular as mulheres, pessoas indigentes, jovens, negros);
· Proporcionar uma base para a planificação de actividades educativas, organizativas e mobilizadoras;
· Colectar dados que possam proporcionar uma base para o sistema de avaliação da realidade e proposição de políticas e projectos;
· Contribuir para dar maior poder de decisão à comunidade.
A prática do Diagnóstico Participativo
Para Cerqueira (p. 11), uma análise participativa implica num diálogo entre os membros do grupo, ou da comunidade, e o agente de desenvolvimento. Portanto trata-se de um processo contínuo que requer tempo. Pode ser realizado num tempo curto de um a dois meses, mas pode tomar mais tempo, de acordo com os objectivos que se quer alcançar.
A informação para a análiseparticipativa da realidade pode ser colectada de vários modos: entrevistas semiestruturadas, individuais ou de grupos, técnicas de visualização, observação participativa, análise das tradições culturais, oficinas e levantamentos, além de outros.
O facilitador do processo de diagnóstico deve ajudar o grupo a resumir os resultados do diagnóstico, a discuti-los e a priorizar os problemas que surjam.
Dos resultados do diagnóstico inicial, realizado durante a fase preparatória, pode se elaborar uma lista de verificação dos temas a serem considerados com o grupo, ou comunidade, dando particular atenção a qualquer aspecto que corresponda aos principais objectivos da pesquisa. Com o fim de complementar e completar os resultados pode-se colectar dados adicionais em outras fontes (IBGE, Secretarias de governos, Institutos, Pastorais, Entidades, ONGs, entre outras).
Objectivo do planeamento participativo
Para Feuerhake e Spaliviero (2007), o objectivo do exercício de planeamento participativo é reunir a comunidade interessada, as autoridades locais e os técnicos envolvidos no processo e, através de uma discussão aberta na qual todos participantes podem intervir:
· Caracterizar a situação actual da zona de estudo;
· Definir os problemas existentes;
· Identificar as possíveis soluções;
· Elaborar um plano de acção; e
· Preparar a implementação das intervenções prioritárias.
As diferentes fases do exercício de planeamento participativo
Fase 1: Preparação do exercício
Antes de ir para o terreno, os técnicos de planeamento devem recolher toda a informação existente sobre a zona de estudo. Em particular, para se obter uma boa participação da população no exercício de planeamento, a experiência demonstra que é importante levar para o terreno alguma informação geográfica na qual a comunidade residente possa se identificar. No caso esta informação não existir, pode ser criada directamente no local. Portanto, dependendo dos recursos disponíveis, podem ser contempladas para o efeito as seguintes opções:
· Imagens de satélite com boa resolução obtidas gratuitamente na Internet utilizando o programa GoogleEarth;
· Material cartográfico e fotografias aéreas existentes nos serviços provinciais da Direcção Nacional de Terras e Florestas (DINATF, anteriormente DINAGECA);
· Em última opção, é essencial levar papel e caneta com vista a se colher a informação geográfica directamente no terreno através do conhecimento local da população.
Na zona de estudo, após uma consulta com as autoridades e os líderes locais (incluindo os líderes tradicionais e religiosos), os técnicos reúnem-se com a comunidade residente e explicam de maneira clara o método participativo que será aplicado.
Fase 2: Reconhecimento da zona
Os técnicos apresentam á comunidade os mapas topográficos, as fotografias aérea se/ou as imagens de satélite do local em estudo. Alternativamente, podem ser produzidos mapas manuais utilizando o conhecimento da população residente. Este material é facilmente percebido pela comunidade. Por exemplo, numa fotografia aérea é possível reconhecer a própria casa, as árvores, o rio, a estrada principal, etc. Num processo interactivo com os técnicos, a comunidade ajuda a localizar os aspectos característicos da zona como: as estradas, o mercado, o rio, as machambas, a escola, o posto de saúde, etc.
Fase 3: Elaboração do mapa da situação actual
Com base na informação fornecida pela própria comunidade pode-se produzir manualmente um mapa, ou desenhar-se por cima de uma imagem de satélite ou de uma fotografia aérea, de modo a: mapeara situação actual de uso e aproveitamento da terra(área residencial, agrícola, de pasto, etc.); e localizar as principais infra-estruturas e serviços(furos de água, escola, posto de saúde, mercado, administração, etc).
Fase 4: Definição dos principais problemas
A comunidade é convidada a falar sobre as suas dificuldades, como por exemplo: 
· Falta de acesso à água potável e de condições de saneamento condignas;
· Falta de serviços sociais (escola, posto de saúde, etc.);
· Falta de estradas, etc;
· Má gestão do lixo, problemas de erosão, irrigação ineficiente, poluição, etc;
· Impacto das cheias, secas ou ciclones, etc. 
Faz-se uma listagem dos problemas principais. Na medida do possível, estes são localizados no mapa esboçado na fase precedente. A seguir, os mesmos são discutidos abertamente entre a comunidade, as autoridades locais e os técnicos. Como resultado da discussão, os problemas são ordenados de acordo com as prioridades da comunidade.
Fase 5: Identificação das possíveis soluções
Com a ajuda das autoridades locais e dos técnicos, a própria comunidade propõe soluções para os problemas prioritários identificados na fase precedente.
A possível implementação destas soluções é discutida com base: na sua viabilidade; e nos recursos financeiros disponíveis para o efeito.
Como resultado da discussão são definidas as intervenções prioritárias a serem implementadas.
Todas as contribuições são tomadas em consideração por forma a enriquecer o plano de acção a ser elaborado na fase seguinte.
É importante que se defina já nesta fase qual será a comparticipação da comunidade, de modo a ter-se todos os elementos necessários para se elaborar uma boa estratégia de implementação.
Fase 6: Elaboração do plano de acção
Os técnicos precisão de alguns dias para elaborar uma proposta de plano de acção, que apresente de forma organiza da toda a informação recolhida durante a discussão com a comunidade e as autoridades locais.
O plano incluirá uma estratégia para a implementação das intervenções prioritárias identificadas na fase precedente.
Num segundo encontro, os técnicos apresentam a proposta de plano de acção à comunidade e às autoridades locais para sua apreciação, formulação de sugestões e/ou correcções, e posterior aprovação.
Fase 7: Implementação das intervenções
Neste segundo encontro, discutem-se em conjunto as responsabilidades de cada interveniente para a fase de implementação, e definem-se as necessidades de capacitação ao nível local.
Preparam-se os projectos técnicos para a execução das intervenções escolhidas.
Estabelecem-se as necessárias parcerias ao nível institucional.
Propõe-se que a entidade responsável pela execução das obras envolva activamente a comunidade no processo de tomada de decisão e como mão-de-obra.
É importante que a comunidade se sinta dona do projecto, permitindo no futuro uma manutenção sustentável das intervenções a serem realizadas.
Conclusão 
O planeamento participativo é visto como um processo que nas suas diferentes fases, envolve directamente a própria população da área em estudo. Ao longo deste processo os intervenientes participam activamente na tomada de decisão, de maneira transparente e consensual, comprometendo-se um com outro, resultando na elaboração de um plano de acção que irá dinamizar o desenvolvimento local.
a gestão e o planeamento participativo possibilitam reverter os custos ecológicos e sociais da crise económica, bem com inteirar a população excluída num processo de produção para satisfazer suas necessidades fundamentais. 
Os diagnósticos participativos definem se como um conjunto de métodos que capacitam pessoas a expressar e analisar a própria realidade e suas condições de vida, propiciando que tais indivíduos decidam quais medidas devem ser tomadas, bem como monitorar e avaliar os resultados. 
O diagnostico participativo pode ser realizado num tempo curto de um a dois meses, mas pode tomar mais tempo, de acordo com os objectivos que se quer alcançar.
A informação para a análise participativa da realidade pode ser colectada de vários modos: entrevistas semiestruturadas, individuais ou de grupos, técnicas de visualização, observação participativa, análise das tradições culturais, oficinas e levantamentos, além de outros.
O exercício de planeamento participativo, tem como objectivo, reunir a comunidade interessada, as autoridades locais e os técnicos envolvidos no processo e, através de uma discussão aberta na qual todos participantes podem intervir.No acto da implementação das intervenções, é importante que a comunidade se sinta dona do projecto, permitindo no futuro uma manutenção sustentável das intervenções a serem realizadas.
Referência bibliográfica
CERQUEIRA, Luciano. GUIA DO DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO. Brasil	, FLACSO.
CHANDE, Diasmina Ismael. Planificação Regional do Uso da Terra e Desenvolvimento. Beira, UCM.
FEUERHAKE, Eduardo, SPALIVIERO, Mathias (2007). Contribuições ao Planeamento Participativo – O resultado de algumas experiências no terreno.1ª ed. Maputo, UN-HABITAT.
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