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COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA · Infrequente, sendo responsável por 5-10% dos casos de colecistite aguda. · + comum em homens · Geralmente pacientes que necessitam de cuidados intensivos, como os politraumatizados graves, grandes queimados, ou em pós-operatório de grande porte (média de 8 a 14 dias de pós-operatório). · Principais Causas: · Jejum prolongado com nutrição parenteral · Doenças sistêmicas como sarcoidose, lúpus eritematoso sistêmico entre outras FISIOPATOLOGIA · Não está bem definida. · Acredita-se que a estase biliar decorrente da falta de estímulo para contração da vesícula leve à concentração progressiva da bile através da absorção de água pela mucosa vesicular, formando lama biliar. · Esta lama leva à liberação de mediadores inflamatórios ao lesar a mucosa vesicular pela presença de sais biliares em altas concentrações. · O processo inflamatório localizado leva à congestão da parede, colonização bacteriana e necrose. · Outro fator também incriminado é a isquemia tecidual da vesícula, decorrente de episódios de hipotensão sistêmica. · Ela determinaria disfunção da mucosa com destruição do seu epitélio e exposição aos sais biliares concentrados que são tóxicos aos tecidos, iniciando ou agravando processo inflamatório local. QUADRO CLÍNICO · Semelhante à colecistite aguda · Frequentemente os sintomas são mascarados pelo estado crítico do paciente, que não raro está sedado e em ventilação mecânica. Resultando em diagnóstico mais tardio, podendo explicar o maior índice de gangrena e perfuração e a maior morbimortalidade. · Febre e leucocitose em paciente grave podem ser sinais de colecistite alitiásica · Solicitar US em todo quadro febril de paciente crítico que não se justifique por pneumonia, ITU ou infecção associada a cateter. INVESTIGAÇÃO · Semelhante a do tipo calculoso, no entanto a interpretação dos resultados é dificultada pelas comorbidades presentes. · Achados na ultrassonografia: · Presença de líquido pericolecístico podem estar presentes em qualquer doente crítico em decorrência de hipoalbuminemia. · Colecistite alitiásica em um paciente HIV positivo deve suscitar a pesquisa de microsporídeo e criptosporídeo nas fezes e sorologia para CMV, pois estes germes estão associados a essa patologia no contexto da AIDS. TRATAMENTO · Sempre cirúrgico. · Colecistectomia em caráter emergencial, ou nos mais instáveis, colecistostomia, não cabendo a possibilidade de opção pela cirurgia tardia. · Antibióticoterapia de amplo espectro também está indicada.
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