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MAQUETE MATERIAL AVA UNI 03

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- -1
MAQUETES
MAQUETES NA REPRESENTAÇÃO DO 
ESPAÇO ARQUITETÔNICO E URBANO
Rodrigo Gonçalves dos Santos
- -2
Olá!
Você está na unidade . Conheça aqui como aMaquetes na representação do espaço arquitetônico e urbano
maquete pode contribuir na expressão de suas intenções espaciais por meio de estudos aprofundados da teoria
das cores; pesquisas acerca da representação tridimensional, em escala, de objetos arquitetônicos e exercitar seu
raciocínio espacial na simulação de texturas em maquetes físicas. Entenda como a maquete auxilia na concepção
dos projetos arquitetônicos e urbanos e como modelos físicos tridimensionais fazem parte do cotidiano de
grandes escritórios de arquitetura na contemporaneidade. 
Bons estudos!
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1 Maquetes manuais: instrumental e materiais
Por mais que a modelagem seja cada vez mais popular entre profissionais de arquitetura, as tridimensional
 não estão aposentadas, tampouco extintas. Um modelo físico pode ser segurado nas mãos,maquetes manuais
examinado com minuciosidade, além de ser compreendido espacialmente de uma maneira mais rápida e
intuitiva. Maquetes são sempre um ótimo instrumento na compreensão completa da relação entre os espaços em
um projeto. Veja um exemplo de maquete com seu desenho, o quanto as duas maneiras de representação
(desenho e maquete) podem ser complementares na compreensão da arquitetura.
Figura 1 - Maquete e compreensão do projeto
Fonte: Marin de Espinosa, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A imagem mostra o desenho de um projeto arquitetônico em planta baixa, servindo como base
para um modelo tridimensional do mesmo projeto.
Para construir maquetes, uma das premissas básicas é a de possuir as certas. Perder tempo aoferramentas 
tentar encontrar algo para substituir uma certa ferramenta pode não ser ideal no processo projetual como um
todo.
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Devemos deixar de economizar na qualidade das ferramentas de corte quando se vai construir uma maquete. A
ferramenta de corte é específica e um pouco mais importante do que muitas das outras, com exceção da cola.
Realizar cortes limpos e com precisão dão um outro aspecto a seu acabamento, uma vez que isso é sempre
notado. Ter em seu material um bom estilete e conjunto de lâminas, além de não se incomodar na execução de
modelos, traz mais segurança do que um estilete com lâmina cega. Nesse movimento, tesouras afiadas são boas
para cortes mais delicados.
Maquete nem sempre significa um edifício em miniatura. Num primeiro momento, ela precisa dizer algo sobre a 
. Escolher e diversificar os materiais para transmitir essa intenção é deintenção espacial arquitetônica
extrema importância. Tendo isso em mente, os materiais para a representação das intenções espaciais são
importantes. Sempre é melhor uma escolha criteriosa de materiais do que ter uma maquete inteiramente feita de
um único tipo de papel, por exemplo. No entanto, deve-se ter noção de que os materiais a serem utilizados são
fáceis de se trabalhar, uma vez que a maquete deve complementar o seu projeto e não tomar todo o seu tempo.
Pensar espacialmente é uma coisa complicada, mesmo para arquitetos e arquitetas. Fazer maquetes de estudo, 
especialmente aquelas flexíveis, que não são permanentemente coladas, podem ser excelentes ferramentas para
tentar descobrir como produzir o modelo final ou o projeto arquitetônico geral. Essas maquetes têm a vantagem 
de não precisarem parecer perfeitas e nem levar muito tempo para confeccionar.
O ambiente de trabalho no qual as maquetes serão desenvolvidas precisa estar bem iluminado, evitando o
esforço visual de quem está executando a modelagem tridimensional, além de permitir ver com maior clareza os
detalhes. A iluminação do ambiente também auxilia na possibilidade de realizar boas fotografias da maquete, o
que sempre é útil no desenvolvimento e processo projetual.
A maquete sempre é a representação de uma . Nessa condição, um edifício sempre tem umedificação real
terreno/contexto. Logo, ter uma base sólida é muito melhor do que ter uma maquete flutuando no ar. A base
serve para apoiar a maquete, dar a ela um toque final.
Fique de olho
O arquiteto Frank Gehry é adepto da materialidade. Para aqueles que observam sua assinatura
projetual, demarcada por formas fluidas, planícies retorcidas e curvas, não imaginava que com
simples pedaços de papel-cartão e algumas tiras de fita, os ensaios iniciais das sobras nasciam
com dada espontaneidade até a publicação do documentário. Documentário: Sketches of Frank
Gehry (2005), com direção de Sydney Pollack.
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Em cada nível de elaboração, são feitas outras exigências em relação à maquete, ao material, às ferramentas e,
consequentemente, ao local de trabalho. Assim, uma maquete de estudos não exige máquinas nem estúdios
especiais, porém o material deve ser de fácil acesso, transformação e elaboração.
Em uma maquete mais rebuscada em seus processos de representação, já apresentamos o projeto como uma
mensagem mais apurada. Além disso, nesse nível de elaboração, a maquete deve satisfazer o que se exige de uma
tarefa de criação: o material de confecção deve corresponder de modo conveniente e prático ao efeito
.provocado pelas cores e superfícies externas da maquete
As relações e os contrastes entre os materiais fazem com que as relações espaciais determinadas no projeto
sejam transpostas e explícitas ou, dependendo do caso, exageradas, formando tensões. Por fim, as maquetes em
seu formato final e definitivo devem incluir legendas e indicações de escala e orientação (norte). Ao se
confeccionar uma maquete, é recomendável pensar logo de início no modo de , de etransportá-la desmontá-la
de , se isso for possível.empacotá-la
1.1 Instrumentos
Há diferentes instrumentos para fazer uma maquete, veja alguns:
Para corte
Tesoura, régua e esquadros de aço, estiletes e em alguns casos bisturi. Lembrando sempre
que a lâmina dos estiletes deve ser substituída continuamente enquanto se faz a maquete.
P a r a
acabamento
Folhas de lixa (na maioria das vezes as mais finas), lapiseiras com bico metálico e pinças.
Alguns instrumentos estão disponíveis em papelarias, no entanto é importante que o estilete seja de boa
qualidade, uma vez que muitos cortes serão realizados, colocando-se muita força no estilete. Também é útil ter
dois tamanhos, um estilete mais fino e outro mais grosso. O estilete fino é utilizado em maquetes de dimensões
pequenas e o grosso para grandes cortes, como na base da maquete.
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1.2 Colas
As colas são diferentes de acordo com o tipo de material:
Cola vinílica
É aquela cola branca comum. Não são indicadas para colagem de cartolina porque como são à base de água, vão
fazer com que fiquem enrugadas. O melhor uso é para a madeira.
Cola com solvente
É uma cola com secamento rápido, com solvente derivado do petróleo, é indicada para colagem de papéis, pluma,
plástico e madeira. É utilizada mais para superfícies de pequenas dimensões.
Cola em spray
Pode ser a removível ou a permanente. Muito utilizada em terrenos para a colagem dos níveis, porque fixa
rapidamente as folhas de grandes dimensões.
Ainda existem colas cianídricas, que são extremamente resistentes, muito utilizadas para materiais plásticos; e o
clorofórmio, utilizado exclusivamente para o isopor, normalmente é aplicado com pincel, porque costuma
derreter o material quando aplicado em grande quantidade.
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1.3 Materiais
Estes são alguns materiais utilizados para fazer uma maquete:
Chapas opacas
Cartão pluma, isopor, papel craft, cartolinas lisas e rugosas e cartões ondulados (papelão).
Chapas transparentes
Plexigas e acetato grosso.
Madeira
Folhas de balsa, laminados (chapas finas para revestimento), perfis para modelismo de várias seções (perfis
redondos, quadrados, modulares, em H e L) – normalmente são vendidas em lojas de modelismo.
Metais
Os metais normalmente são utilizados no acabamento. As chapas (normalmente cobre) são vendidas nas lojas de
tintas.Esponjas e poliuretano
Esponjas naturais, líquens, esponjas vegetais, esponjas artificiai e poliuretano expandido (espuma de colchões).
Assista aí
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/a39866645c561e7af310a6d8af0d0368
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2 Cor
A cor é um dos fatores que mais se destaca aos olhos do ser humano. Percebemos as cores e sua gama de matizes
por meio de nosso aparelho óptico, e esse fenômeno engloba fatores físicos, fisiológicos e até mesmo
psicológicos. Iremos nos ater aqui às questões mais físicas da cor, lançando um estudo acerca da teoria das cores
e como esta pode influenciar na concepção da forma arquitetônica.
Podemos considerar a cor como um elemento visual que se caracteriza por uma sensação provocada pela luz em
nossa visão. Nesse raciocínio, podemos concluir que é o pigmento que proporciona cor ao que é matéria. Convém
destacar, assim, que ao falarmos de cor temos duas grandes correntes de estudos e pesquisas, as quais
distinguem o que chamamos de e .cor-luz cor-pigmento
A pode ser observada através dos raios luminosos, sendo ela a própria luz, podendo se decompor emcor-luz
muitas cores. Logo, a luz branca contém todas as cores.
A , a luz, refletida pelo material, é que faz com que o olho humano perceba esse estímulo como cor.cor-pigmento
Os podem ser divididos em dois grupos diferentes: os e os . As cores oriundaspigmentos transparentes opacos
dos pigmentos transparentes são mais utilizadas nas artes gráficas, nas impressoras coloridas, entre outros
meios de produção. Já as cores que se originam dos pigmentos opacos são geralmente utilizadas nas artes
plásticas, são mais populares.
Para fecharmos esse conhecimento introdutório acerca das cores, convém destacar que há dois extremos da
classificação das cores. Existe o , caracterizado por uma ausência total de cor, ou seja, luz pura; e o ,branco preto
ausência total de luz, o que faz com que não se reflita nenhuma cor. Logo, podemos colocar que essas duas
"cores" não seriam exatamente cores, mas características da luz, que, por convenção, chamamos de cor.
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2.1 Terminologia das cores
Dentro da teoria das cores, cor-luz e cor-pigmento, tanto transparente quanto opaca, dividem-se em cores
primárias, secundárias, terciárias e neutras. Tais cores estão dispostas naquilo que chamamos de círculo
 e é a partir de um estudo desse círculo cromático que desenvolvemos combinações e harmoniascromático
entre as diversas cores escolhidas em uma paleta cromática.
As são aquelas consideradas puras, que não se fragmentam. Por cores primárias cores secundárias
denominamos as que são obtidas através da mistura em partes iguais de duas cores primárias. Caracterizamos
as quando misturamos uma primária com uma secundária ou a partir das primárias emcores terciárias
proporções desiguais. Finalmente, as , o preto e o branco, embora sejam consideradas comocores neutras
ausência e totalidade das cores-luz respectivamente, no entendimento das cores-pigmento são também
conhecidas, juntamente com o cinza, como cores neutras, não aparecendo no círculo cromático.
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2.2 Harmonia e temperatura das cores
Ainda dentro da teoria das cores, estudamos a harmonia das cores. Esses estudos traduzem o quanto as cores
podem ser aproximadas e colocadas em relação em uma paleta, combinando uma com as outras, contribuindo ou
não para uma composição cromática agradável aos olhos. Temos, então, o que denominamos de cores
complementares e cores análogas.
As cores complementares são cores que em certo sentido são opostas umas às outras. A acepção dessas cores
varia dentro da ciência das cores, na arte e no processo de impressão. Uma cor secundária é sempre
complementada por uma cor primária que não entra em sua composição. Essa é a cor que está em oposição à cor
primária no círculo cromático. Por exemplo, a cor complementar do vermelho é o verde. As cores
complementares são usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho, criando contrastes.
As aparecem lado a lado no círculo cromático. São análogas porque há nelas uma mesma corcores análogas
básica. Por exemplo, o amarelo-ouro e o laranja-avermelhado têm em comum a cor laranja. As cores análogas, ou
da mesma família de tons, são usadas para dar a sensação de uniformidade. Uma composição em cores análogas
em geral é elegante, porém deve-se tomar o cuidado de não a deixar monótona.
A diz respeito à capacidade que as cores têm de parecer quentes ou frias. Ao dividirmostemperatura das cores
o círculo cromático ao meio com uma linha, percebemos que de um lado estão as cores quentes, as quais são
vibrantes, e do outro estão as cores frias, menos vibrantes. Podemos, assim, denominar as cores da seguinte
forma:
C o r e s
quentes
Amarelo, laranja, vermelho, púrpura, além de tonalidades como o marrom e o rosa. Essas
cores nos passam uma sensação de alegria, calor, movimento e dinamismo.
Cores frias
Azul, verde, lilás, violeta e todas as tonalidades entre o azul e o verde. Tais cores
transmitem tranquilidade, apatia, calma e frio. As cores branca, cinza e preta, por serem
cores neutras, não são definidas nem como cores quentes nem cores frias.
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3 Círculo cromático
O círculo cromático é um resumo ilustrativo de tonalidades de cor em torno de um círculo, mostrando as
relações entre as cores consideradas primárias, secundárias, complementares etc. Podemos considerar um
esquema experimental o qual se assemelha a um dispositivo mecânico girando com uma variedade de cores
dispostas como pétalas ou gradientes em torno de um eixo central.
Destacamos que o círculo cromático é um , no qual arquitetos(as), designers e artistasmodelo ilustrativo
costumam usar o vermelho, amarelo e azul como cores primárias dispostas em três pontos igualmente
espaçados em torno do círculo. O círculo cromático é, assim, a mistura de todos os tipos de cores primárias,
secundárias e terciárias.
As cores primárias são um conjunto de cores que podem ser combinadas para criar uma gama maior de outras
cores. O ser humano em suas aplicações utiliza três cores primárias, uma vez que a visão colorida humana é 
.tricromática
Em combinações aditivas de cores, como em projetores de luz sobrepostos ou em monitores, as cores primárias
normalmente usadas são vermelho, verde e azul. Em combinações subtrativas de cores, como na mistura de
pigmentos ou corantes, normalmente utilizados nos impressos, as cores primárias usadas geralmente são ciano,
magenta e amarelo. No entanto, ainda o conjunto vermelho, amarelo e azul é popular entre artistas, arquitetos
(as) e designers. A combinação de quaisquer duas cores primárias cria uma cor secundária. As cores primárias
aditivas mais usadas são as cores secundárias das cores subtrativas primárias mais comuns e vice-versa.
Assista aí
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3.1 Dimensões da cor
A partir da compreensão do círculo cromático, podemos entender que a cor possui , as quais três dimensões
podem ser definidas e medidas. A primeira dessas três dimensões é a que chamamos de ou Matizmatiz croma. 
ou croma é a cor em si, existindo em número superior a cem. No entanto, particularmente na cor pigmento opaca
existem três matizes primárias ou elementares, que são o amarelo, o vermelho e o azul.
A segunda dimensão em questão, denominamos , a qual designa a pureza relativa de uma cor, dosaturação
matiz ao cinza. A cor saturada é simples, quaseprimitiva e sempre é a preferida pelos artistas populares e pelas
crianças. As cores menos saturadas levam a uma neutralidade cromática e até mesmo à ausência de cor.
Por fim, temos a terceira dimensão, chamada de ou Essa é a dimensão acromática da cor, ou seja,brilho tom. 
não depende dela. Brilho ou tom está associado a maior ou menor quantidade de luz presente na cor. Ao se
adicionar preto a determinado matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e essas gradações são chamadas 
. Para se obter escalas tonais mais claras acrescenta-se branco.escalas tonais
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3.2 Contrastes
Fechando o estudo do círculo cromático, trazemos o conceito de . A luz nos permite acontrastes de tons
observação das coisas da natureza por meio dos efeitos cromáticos e entre os quais, o contraste. Tudo aquilo que
nós podemos perceber pelos nossos sentidos, se efetua por comparações. Ao se falar em contrastes, estamos
tratando do que acontece entre dois efeitos de cores que se comparam, suas diferenças ou intervalos sensíveis.
Quando essas diferenças atingem um máximo, fala-se de . No campocontrastes de oposição ou polares
fisiológico das sensações cromáticas, as influências que algumas cores exercem sobre outras ao serem
percebidas são de grande importância para o problema das relações cromáticas. Veja o conceito de cada tipo de
contraste a seguir.
• Contraste de tom
O mais simples, não exige grandes esforços da visão, porque, para o representar, é possível utilizar 
qualquer cor pura e luminosa. A força de expressão desse contraste diminui à medida que as cores 
utilizadas se afastam das três primárias. Ao serem separadas por branco ou preto, suas características 
particulares são ainda mais postas em relevo. O contraste mais forte é proporcionado pelas cores 
básicas, sem modulações intermediárias. É necessário ter a precaução de prevalecer apenas uma cor 
como dominante (em extensão, intensidade ou saturação), atenuando as outras com branco ou preto ou 
em menor extensão espacial.
• Contraste claro-escuro
É composto por contrastes polares e tem importância fundamental para a vida humana e toda a 
natureza. O número das gradações de cinza diferentes depende da acuidade do olho e do grau de 
sensibilidade de cada indivíduo. Os valores claro-escuro de uma cor pura se modificam segundo a 
intensidade da iluminação.
• Contraste quente-frio
Nesse contraste há uma correlação entre cor e temperatura. As radiações vermelhas do espectro têm 
efeitos térmicos em contraste com as radiações azuis. O laranja e o ciano, constituem uma polaridade 
termocromática. São cores diametralmente opostas no círculo das cores. Um dos mais importantes 
efeitos do contraste termocromático prende-se ao fato de que o vermelho aproxima enquanto que o 
ciano se afasta. É o efeito da diferença de planos sem a necessidade da utilização da perspectiva.
• Contrastes de complementares
Comprova-se fisiologicamente que para uma determinada cor nosso olho exige a complementar e, se ela 
não é dada, ele a produz. As cores complementares utilizadas, segundo proporções corretas, criam um 
efeito estático e sólido. Cada cor conserva sua luminosidade, sem modificações. A realidade e o efeito das 
cores complementares são idênticos.
•
•
•
•
- -14
4 Texturas em maquetes
Quando falamos em textura, estamos tratando do aspecto de uma superfície, ou seja, uma espécie de pele que
cobre uma forma, permitindo identificá-la e distingui-la de outras formas. Ao tocar ou olhar para um objeto ou
superfície, sentimos se a sua textura é lisa, rugosa, macia, áspera ou ondulada. A textura é, por isso, uma
sensação visual ou tátil. As texturas são entendidas como as características e qualidades de uma superfície,
podendo ser estritamente ou incluir . De maneira que é possível que uma texturabidimensionais relevo
apresente qualidades apenas visuais e não táteis, porém onde há uma textura tátil, essas duas qualidades
coexistem.
As texturas visuais podem simular sensações táteis, mas também podem recobrir uma superfície a partir de
elementos gráficos, que criam desenhos, padronagens e estampas. A textura é o efeito tátil e visual que define a
composição de uma superfície. Como característica, tem alto grau de padrão, valor comparativo e uniformidade
visual, estando ligada ao olhar e ao toque.
Ao trabalharmos com maquetes, geralmente estamos criando . As texturas artificiais sãotexturas artificias
aquelas que resultam da intervenção humana por meio da utilização de materiais e instrumentos devidamente
manipulados. O ser humano tenta criar nas superfícies e nos objetos texturas idênticas às criadas na natureza.
Assim, essas texturas criadas pelo ser humano são o reflexo do modo como é expressado o entendimento do
mundo que nos rodeia. Tal expressão depende da manipulação das matérias e das técnicas utilizadas e do modo
como são utilizadas as linguagens plásticas.
Fique de olho
Os tipos de texturas podem ser classificados pelos aspectos gerais que as caracterizam: pela
 as texturas podem ser naturais ou produzidas artificialmente; maneira de obtenção: pela
 a textura se divide em três classes, dependendofinalidade e pelo aspecto de representação:
do modo de obtenção, sendo decorativa, espontânea ou mecânica; e pelas técnicas de
 podemos ser texturas produzidas por desenho, pintura, impressão, cópia,produção:
tingimento, raspagem, fotografia e colagem etc.
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4.1 Texturas, representação de detalhes e escalas da maquete
Podemos destacar quando se trata de texturas e representação em maquetes o tipo de objeto a ser representado
pelo modelo físico desenvolvido. Devemos sempre ter em mente o fato de descrever primeiramente qualidades
espaciais, plásticas e da construção das edificações e espaços urbanos idealizados.
A inserção da edificação projetada no ambiente disponível pressupõe sua integração à maquete de terreno
preparada de antemão. Nesta estão representados os dados topográficos, como relevo, superfície do terreno e
arborização. Além disso, a maquete mostra a urbanização já existente, na qual a edificação projetada deve ser
inserida. De resto, além dos conjuntos de edifícios, também são ilustradas situações de trânsito e urbanização
importantes, como dados prévios para a inclusão urbana da nova edificação. Na confecção de maquetes de
edificações, a ênfase pode ser colocada, segundo o propósito, na representação da conformação plástico-espacial,
nas classificações funcionais ou no processo construtivo. Veja o que é apresentado em cada tipo de maquete:
Maquetes urbanísticas
Em maquetes urbanísticas na representação em escala dos elementos (1:1000 a 1:500, excepcionalmente 1:200),
são descritos os grupos de edificações e suas diversificadas inter-relações, bem como os espaços intermediários
e as disposições resultantes. A maquete de edifício, em contrapartida, considera a edificação por si só e ocupa-se,
segundo a tarefa proposta, com suas qualidades construtivas, funcionais e formais. De acordo com a escala, as
edificações são representadas em sua totalidade ou em recortes e detalhes.
Conforme a solução desejada para cada tarefa específica, as maquetes de edifícios são confeccionadas nas escalas
1:500 ou 1:200 com maquetes inseridas numa maquete urbanística ou topográfica. Além disso, na escala de 1:
200, já podem ser feitas afirmações mais concretas sobre a configuração da edificação. Nas escalas 1:200 até 1:
50, com frequência a maquete limita-se exclusivamente à representação do edifício sem o seu entorno.
Maquete de edifício
Na maquete de edifício, serão mostrados os elementos essenciais que compõem as superfícies de fachadas e
empenas, a modelagem e o encaixe dos corpos de edificações, a integração com o terreno e as construções
preexistentes. Com esses elementos, podemos produzir as superfíciesdas fachadas, ou partes delas em material
transparente, fazendo com que a disposição essencial do espaço seja visível. As empenas e as superfícies de
fachadas podem ainda ser construídas com partes removíveis, o que permite o exame da estruturação do espaço
interior. Por fim, a maquete pode ser desmontável por andares, tornando possível a interpretação da
urbanização, bem como da classificação e da repartição dos espaços interiores.
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Maquetes de interiores
Em maquetes de interiores, normalmente, mostramos apenas um espaço interno ou uma sequência de vários
espaços. Nas escalas de 1:100 até 1:20, elas cumprem a tarefa de ilustrar questões plástico-espaciais, funcionais
e luminotécnicas. Muitas vezes, cores, materiais e mobiliário são escolhidos ou projetados com o auxílio de
maquetes de interiores. Dentro de um projeto de edifício, surgem maquetes relativas a espaços de particular
importância e realce, como halls de entrada e foyers, escadarias, entre outros.
Maquetes de recortes e de detalhes
Com o auxílio de maquetes de recortes e de detalhes, são projetados e representados, por exemplo, pontos
especialmente complicados no aspecto espacial, bem como detalhes que se repetem em série. Tais detalhes
podem ser de natureza construtiva, mas também diz respeito à decoração. Por meio de maquetes de recorte e de
detalhes, são esclarecidas questões quanto à forma, ao material, à superfície, à cor e aos encaixes. A escala
empregada varia de 1:10 e 1:1. 
A representação de texturas em maquetes integra técnicas simples de artesanato com a sensibilidade de
representar com materiais que simulam as propriedades visual e tátil do que se idealizou em projeto, bem como
as características do material desejado, como o acabamento do espaço arquitetônico após sua construção. Assim,
selecionamos possíveis técnicas que podem ser utilizadas na confecção das maquetes. 
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4.2 Revestimentos
Para representar texturas de revestimentos, pisos e azulejos podem ser feitos sobre um papel mais fino, da cor
desejada, com as linhas traçadas a lápis ou caneta, esse papel é colado sobre a parede. Para escalas maiores, com
representação simplificada, podemos usar um papel mais grosso (como o cartão ou a cartolina) riscado com o
estilete. Outra opção seria colar pequenos quadrados uns ao lado dos outros sobre a extensão a ser revestida;
essa, no entanto, é a opção mais trabalhosa e com acabamento mais irregular.
Para representação de piso cimentado ou asfaltado, podemos colar uma folha de papel na cor desejada e traçar 
os riscos das emendas do piso. Esses riscos podem ser feitos apenas com o estilete ou com lápis ou caneta. Para
pisos asfaltados, a lixa na cor preta dá um acabamento perfeito. Para pisos em pedra, as placas de pedra podem
ser simuladas com pedaços de papel ou papelão pintados ou revestidos na cor apropriada, observando a escala
correta. Podemos trabalhar ainda com pequenos pedaços de laminado melamínico ou papel Contact. Existem
ainda folhas de papel já prontas com desenho, representando pedras de diferentes tipos, é preciso, no entanto,
tomar cuidado com a escala.
Representar piso em terra batida, areia colada ou lixa marrom grossa são boas soluções. Paredes lisas são 
obtidas com papel colorido (sulfite ou similar) colado sobre as superfícies, ou tinta na cor desejada. Para se
conseguir paredes com textura, risca-se o material com estilete ou marcador, colando um papel texturizado, ou
trabalhando com massa corrida (como é feito nas paredes reais). Na representação de muros ou paredes
chapiscadas ou emboçadas, constuma-se dar um acabamento áspero aos muros ou paredes, com pedaços de lixa,
cortiça, serragem pintada ou areia. Para revestimento em madeira, usa-se papel Contact ou cartolina na cor 
apropriada, folha de madeira, pedaços de laminado melamínico ou ainda palitos (achatados) recortados no
tamanho desejado. Esses revestimentos podem ser pintados com verniz ou deixados na cor natural.
É possível um efeito de tijolinhos aparentes com folhas de papel pré-impressas com desenho de tijolinhos nas
escalas mais usuais, mas estes também podem ser desenhados e pintados em uma folha de papel sulfite. Para
acabamento mais realista, pode-se cortar pequenos pedaços de papel na dimensão dos tijolinhos e colá-los um a
um; essa técnica produz um acabamento mais rústico e é indicada para varandas, churrasqueiras, lareiras etc. Os
tijolinhos podem ser ainda riscados com o estilete em uma folha de papel mais grosso, depois pintada. Tijolos de
vidro podem ser feitos usando o acetato com marcas quadriculadas feitas a lápis ou caneta. Pode-se ainda
colocar pequenas quantidades de cola em cada quadrado para dar a impressão de volume e ligeira opacidade.
Representar telhas com papelão micro-ondulado dá um bom acabamento. Para melhorar ainda mais a aparência
do telhado, deve-se cortar o papelão em tiras transversais na dimensão das telhas (40 cm para a telha colonial, 1
m para telhas de fibrocimento) e colá-las umas às outras. Os elementos de acabamento, nos espigões, rincões e
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cumeeira, são feitos com o mesmo material, cortado ao longo de uma das ondas do papel. Em escalas menores,
para simplificar a representação do telhado, este pode ser cortado inteiro, na dimensão da água, e as medidas
das telhas apenas sugeridas através de riscos transversais. Para painéis de vidro, usa-se o acetato, folhas de PVC,
acrílico ou o próprio vidro. Painéis de vidro na fachada não são, em geral, transparentes, por isso deve ser colado
um papel escuro por trás.
4.3 Esquadrias, balcões e grades
Quando queremos representar texturas de , as almofadas de uma porta ou janelaesquadrias, balcões e grades
podem ser feitas colando camadas de papel ou folhas de madeira, com medidas diferentes, umas sobre as outras,
na quantidade e forma desejadas. As venezianas podem ser feitas apenas riscando o papel, colando pequenas
tiras sobre um outro papel (neste caso é melhor que as divisões já estejam desenhadas), ou mesmo cortando
partes do papel e levantando as pequenas abas que se formam.
As cercas ou grades podem ser feitas com diversos materiais; a escolha irá depender da escala e do efeito
desejado. Para cercas e grades em madeira, o efeito mais próximo ao real é o que usa palitos (de dente, de
sorvete, de churrasco, de pirulito etc.). Para outros materiais, pode-se usar os palitos pintados na cor desejada,
como a cor prateada para alumínio ou outro metal, pequenos pedaços de papel pintado ou outros materiais,
como arame, grampos, grafite etc.
As grades em ferro trabalhadas podem ser simuladas pela aplicação de recorte de papel ou plástico, que tenha
um desenho adequado. Na verdade, não é viável desenhar todos os detalhes, mas o efeito pode ser alcançado
através de uma aproximação. Balcões ou balaustradas podem ser desenhados em papel, moldados com algum
tipo de massa (de modelar, durepox etc.) ou representados aproveitando algum material existente (peças de
plástico, pedaços de bijuteria etc.).
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4.4 Terrenos
Ao representar terrenos, para simular terrenos em desnível, são utilzados o gesso, a massa corrida (pequenas
elevações ou irregularidades do terreno), o papelão ou papel Paraná e o isopor. Podem ainda ser usados outros
materiais, como o papel kraft amassado, o papier-machê, a espuma de poliuretano etc. Para dar forma e suporte
ao terreno, com alguns desses materiais, usa-se uma tela de arame por baixo. O acabamento do terreno varia
conforme o projeto.
Para simular terra ou vegetação rasteira (grama), usa-se a serragem pintada, o pó de camurça ou mesmo a areia
pintada. Para simular piso cimentado ou placas de pedra, usa-se o papel na cor desejada. Os caminhos em terra
batida podem ser feitos com areia colada, os caminhos em pedra podem ser simulados com pequenos pedaços de
papel recortados e pintados, oumesmo colando pedras ou seixos.
A gama de possibilidades para representar é enorme. Existem árvores prontas em diversas escalasvegetações 
para uso em maquete, normalmente feitas em plástico. Os troncos das árvores são feitos com pequenos pedaços
de madeira, arame ou plástico, palitos ou pedaços de galhos. Copa das árvores ou arbustossão
representadosusando-se pedaços de esponja verde recortada, bolas de isopor (para maquetes esquemáticas),
pedaços de vegetação natural ou seca, musgo, bucha natural, esponja de aço pintada (esta enferruja após algum
tempo), algodão ou acrillon (espécie de tecido usado em forros) pintados, espuma floral recortada etc.
Na representação de palmeiras e coqueiros, parasuas folhas, mais definidas usamos um papel comum ou
camurça recortados, ou com tecido encorpado (algum tecido grosso ou engomado). As folhas podem ser feitas
ainda com fita crepe colada sobre um palito ou arame e recortada no formato desejado. A casca do tronco da
bananeira quando seca forma uma espécie de tela que também pode ser recortada e pintada para formar as
folhas de palmeira.
Lembrando que os materiais naturais devem ser pintados ou envernizados para evitar deterioração. Serragem
ou areia pintadas, pó de camurça ou pedaços de carpete na cor e textura apropriadas representam gramados e as
flores podem ser naturais (pouca duração), secas ou produzidas com outros materiais como massa de modelar,
durepox, papel crepom, pedaços de emborrachado, de plástico etc. Podem ser ainda usadas flores prontas de
plástico ou resina.
As calçadas do tipo mais comum são feitas como o piso cimentado. Para dar o desnível destas até a rua basta
colar uma camada de papel mais espesso (papelão ou papel Paraná). As emendas do calçamento e do meio-fio
dão mais realismo à maquete. Calçadas em pedra portuguesa podem ser simuladas recortando e colando
pequenos pedaços de papel, com formatos irregulares, e depois pintando-os na cor adequada.
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Existem diversos materiais que podem simular água, como cola, resina, gel, acetato etc. Sobre o acetato, uma
pequena quantidade de cola espalhada com os dedos permite tirar o brilho e sugerir ondulações. Outros
materiais podem ser aplicados, como o vidro e o acrílico, já coloridos ou com uma folha de papel por baixo. Ainda
outra opção seria o papel de seda ligeiramente amassado sob uma folha de acetato ou celofane. A profundidade
dos espelhos d’água é, em geral, reduzida para sua representação em maquete. Existem técnicas que permitem
dar a impressão de maior profundidade, como pintar o fundo em cor mais escura ou desenhar quadriculado
(azulejos) com dimensões diferentes abaixo do nível da água (noção de perspectiva).
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5 Maquetes na prática profissional de arquitetura e 
urbanismo
Ao se desenvolver um projeto de arquitetura e urbanismo, a utilização de modelos físicos se faz cada vez mais
frequente em diversos escritórios de arquitetura. É evidente que quanto mais as relações espaciais de uma
composição arquitetônica ficam complexas, mais necessária é a construção de maquetes, pois elas colaboram
para a melhor compreensão do sistema criado. Percebemos, logo, que a maquete deve ter um papel ativo no
projeto colaborando para explicitar o que está subentendido na mente de quem projeta, facilitando a geração de
novas ideias.
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5.1 Maquete no processo projetual
Morphosis, Eisenman Architects, Norman Foster, Gehry Partners, Richard Meier e Partners estão, no cenário
internacional, entre os arquitetos e escritórios contemporâneos que se utilizam de maquetes em seu processo
projetual. É unâmime entre tais arquitetos que o ato projetual é um processo de idas e vindas entre dois modos
de representação (o e a ), sendo no modelo tridimensional que se pode ver realmente odesenho maquete física
que está acontecendo e como poderá ser o espaço que se está desenhando, uma vez que o modelo é análogo ao
espaço.
Lina Bo Bardi (1914-1992), arquiteta italiana que se naturalizou brasileira, utilizava modelos físicos durante o
processo de projeto, a fim de verificar quais decisões seriam tomadas em relação ao projeto. No entanto,
nenhuma dessas maquetes foi guardada, foram preservados alguns modelos feitos sendo que algunsa posteriori, 
deles podem ser encontrados no acervo do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, na Casa de Vidro. Oscar Niemeyer
(1907-2012), arquiteto modernista, teve uma estreita relação, de mais de quarenta anos, com seu maquetista,
Gilberto Antunes, ampliando o entendimento de uma interação entre o bidimensional e o tridimensional em seus
projetos.
Paulo Mendes da Rocha, durante o seu processo de projeto produz inúmeras maquetes de papel, feitas em
poucos minutos, para o diálogo consigo mesmo. Ele ainda acredita que a maquete mostra o raciocínio de projeto,
como este foi desenvolvido.
Tendo isso como um desafio, surge a possibilidade do uso da maquete no processo de projeto arquitetônico,
despertando experiências perceptivas durante a concepção dos espaços arquitetônicos. Percebe-se, então, a
importância da maquete na experienciação da arquitetura, desde sua concepção até sua concretização, situando
a modelagem de maquetes físicas como uma experiência perceptiva que auxilia na concepção do espaço
arquitetônico.
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5.2 Maquete como investigação no desenvolvimento da forma
A maquete como elemento de investigação no desenvolvimento de uma forma arquitetônica coopera na
integração das diversas atividades projetuais, pois é com a maquete que podemos exercitar fundamentos de 
, , e .geometria proporção escala modulação
Podemos destacar alguns arquitetos contemporâneos que utilizam modelos físicos em seus processos de projeto.
Os modelos tridimensionais físicos colaboram para se ter uma visão geral do projeto, auxiliam na tomada de
decisões e na compreensão de como o projeto interage com o seu entorno, acessos, entre outros. Iremos
apresentar aqui dois casos de arquitetos brasileiros contemporâneos que utilizam a maquete em seus processos
projetuais, buscando justamente compreender a importância de se interpretar plasticamente uma obra
arquitetônica por meio da maquete física e percebendo-a como um recurso complementar para a geração da
forma arquitetônica.
O primeiro arquiteto que apresentamos é Marcos de Azevedo Acayaba. Nascido em 1944, formou-se na
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU/USP em 1969, escola na qual leciona
desde 1994. Entre seus projetos, pode-se destacar a Residência Milan, em 1972, pelo uso da casca de concreto
aparente; a Residência Olga, 1987, a primeira baseada no sistema construtivo em madeira; entre outros.
Em 1993, foi elaborado o Protótipo, para a exposição da Bienal Internacional de Arquitetura em São Paulo, que
teve sua concepção decorrente de estudos para outros dois projetos do arquiteto, Residência Mário Demasi e
Residência Marcos Acayaba, esta última teve a estrutura idêntica à do protótipo. O estudo se deu com o intuito
de otimizar a eficiência construtiva da estrutura empregada na Residência Baeta, que contava com geometria e
grelha triangular apoiada em 6 pilares. O desenvolvimento do protótipo se deu no meio digital e físico, feito em
madeira, em escala 1:15.
Acayaba aponta em entrevista, acerca de seu processo projetual, que no desenvolvimento do Pavilhão
Pindorama, projeto premiado com o Cubo de Bronze na Bienal Internacional de Arquitectura de Buenos Aires
(1985), a maquete foi muito importante, pois lhe revelou a forma e de que maneira a circulação se daria entre os
espaços que conformariam o pátio. O modelo físico foi elaborado de maneira muito simples e rápida, com
volumes separados, de papelão pintado com tinha guache.
Como segundo caso, apresentamos os arquitetos e , ambosVinicius Hernandes Andrade Marcelo H. Morettin
formados pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidadede São Paulo – FAU/USP em 1992 e 1991,
respectivamente. Em 1997, criaram em parceria o escritório Andrade Morettin Arquitetos.
O escritório recebeu o prêmio de primeiro lugar no concurso realizado em 2011 para a nova sede do Instituto
Moreira Salles, em São Paulo, construído na Avenida Paulista. O projeto compreende um edifício que abriga um
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centro cultural, com teatro, museu, acervo e espaço para exposições, baseado na busca de articular e qualificar os
espaços internos e também definir uma relação entre o edifício e a cidade. Andrade afirma em entrevistas que na
segunda reunião já havia uma primeira maquete, buscando colocar o programa proposto no térreo. O arquiteto
ainda comenta que todos os projetos do escritório são desenvolvidos com maquetes, estudando logo no começo
do projeto como os espaços e volumes se relacionam.
Assista aí
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/5371ca776e36f4aa318ea0101320d33e
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer como a maquete pode contribuir na expressão de suas intenções espaciais;
• estudar de maneira aprofundada a teoria das cores;
• entender a representação tridimensional, em escala, de objetos arquitetônicos;
• exercitar seu raciocínio espacial na simulação de texturas em maquetes físicas;
• entender como a maquete auxilia na concepção dos projetos arquitetônicos e urbanos e como modelos 
físicos tridimensionais fazem parte do cotidiano de grandes escritórios de arquitetura na 
contemporaneidade.
Referências
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WONG, W. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Princípios de Forma e Desenho.
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	1 Maquetes manuais: instrumental e materiais
	1.1 Instrumentos
	1.2 Colas
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	2.1 Terminologia das cores
	2.2 Harmonia e temperatura das cores
	3 Círculo cromático
	Assista aí
	3.1 Dimensões da cor
	3.2 Contrastes
	Contraste de tom
	Contraste claro-escuro
	Contraste quente-frio
	Contrastes de complementares
	4 Texturas em maquetes
	4.1 Texturas, representação de detalhes e escalas da maquete
	4.2 Revestimentos
	4.3 Esquadrias, balcões e grades
	4.4 Terrenos
	5 Maquetes na prática profissional de arquitetura e urbanismo
	5.1 Maquete no processo projetual
	5.2 Maquete como investigação no desenvolvimento da forma
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	Referências

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