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ATIVIDADE DISCURSIVA SAÚDE COLETIVA

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FACULDADE ANHANGUERA DE PIRACICABA
DA OBTENÇÃO DE DADOS PARA O SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE MORTALIDADE E AS RELAÇÕES COM AS MORTES POR CAUSAS EXTERNAS
Discente: Eydiane Lorenz
Docente: Daniele Cristina Fernandes (professora) e Isadora Rossignolo (tutora)
Turma: 4º Semestre, Educação Física, bacharelado
Piracicaba, 04/2021
Para o monitoramento acerca da mortalidade no Brasil, fora criado, ainda em 1975, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM); uma iniciativa do Ministério da Saúde para captação de dados confiáveis sobre a mortalidade no País. Em 1999, passou a ser utilizada uma nova versão do SIM, para a qual fora desenhada uma nova Declaração de Óbito (DO) e desenvolvida uma nova versão do aplicativo informatizado para seu tratamento. Sem espanto, esta base de informações possibilitou análises de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área da saúde, proporcionando a produção de estatísticas de mortalidade e a construção dos principais indicadores de saúde. Assim, a análise dessas informações permite estudos não apenas do ponto de vista estatístico e epidemiológico, mas também sociodemográfico.
Vale lembrar que este sistema de vigilância epidemiológica nacional fora criado pelo DATASUS, de modo a obter dados regulares sobre mortalidade no país e, para tanto, ele possui os seguintes objetivos e funcionalidades: produção de estatísticas de mortalidade; construção dos principais indicadores de saúde; análises estatísticas, epidemiológicas e sociodemográficas; declaração de óbito informatizada; geração de arquivos de dados em várias extensões para analises em outros aplicativos; retroalimentação das informações ocorridas em municípios diferentes da residência do paciente; controle de distribuição das declarações de nascimento (Municipal, Regional, Estadual e Federal); transmissão de dados automatizada utilizando a ferramenta sisnet gerando a tramitação dos dados de forma ágil e segura entre os níveis municipal > estadual > federal; e backup on-line dos níveis de instalação (Municipal, Regional, e Estadual).
No que tange os dados obtidos pelo SIM, destaco a utilização da Declaração de Óbito (DO), que pode ser impressa, em três vias pré-numeradas sequencialmente, pelo Ministério da Saúde, por intermédio do Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi), da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), e distribuídas, conforme apresentado no anexo II, às secretarias estaduais de saúde, para subsequente fornecimento às secretarias municipais de saúde, que, por sua vez, as repassam aos estabelecimentos de saúde, institutos médico-legais, serviços de verificação de óbitos, cartórios de registro civil e médicos, denominados Unidades Notificadoras. Já no anexo III, vemos o fluxo da informação preconizado pelo Ministério da Saúde para a Declaração de Óbito. Por conseguinte, o fluxograma pode ser adaptado por cada unidade, para atender suas características operacionais, desde que fique garantido o envio das informações para as instâncias estadual e federal.
Portanto, o documento-padrão do SIM é a Declaração de Óbito (DO) (anexo I), utilizada pelos Cartórios para emissão da Certidão de Óbito. Note, ainda, que a Declaração de Óbito é composta por nove blocos, com um total de sessenta e duas variáveis. Ademais, os dados de Mortalidade podem ser obtidos através de: CD-ROM, distribuído pela Secretaria de Vigilância em Saúde; Consultas na home-page do DATASUS em Informações de Saúde – Mortalidade; bem como nas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde (Sistema de Informação). Note também que os principais indicadores de mortalidade calculados são os coeficientes ou taxas de mortalidade geral, mortalidade infantil, mortalidade por causa e a letalidade, apesar de haver muitos outros coeficientes de mortalidade bastante utilizados, como mortalidade materna e por doenças transmissíveis.
Quanto aos valores que compõem o sistema, podemos citar a Mortalidade Proporcional, onde o número de óbitos por determinada causa é diluído no total de óbitos em determinado período; por sua vez, a Mortalidade Proporcional por Idade, demonstra a proporcionalidade de óbitos por idade em determinadas regiões; as Curvas de Mortalidade Proporcional, permitem avaliar o grau de saúde de determinada região; enquanto a Taxa De Mortalidade Especifica por Sexo, Idade ou Causa, indica a proporção de óbitos por sexo idade e causa; há também a Mortalidade Infantil e Mortalidade Materna, que demonstram também a proporcionalidade de morte de mães ou gestantes e crianças; já a Mortalidade por Doenças Infecciosas e Parasitarias é o índice que indica a quantidade de mortes por infecções e parasitas entre o total de mortes em determinado período.
Sem espanto, temos ainda as mortes por causas externas, as quais podem ser traumatismos, lesões ou quaisquer outros agravos à saúde – intencionais ou não – de início súbito e como consequência imediata de violência ou outra causa exógena. Ora, taxas elevadas de mortalidade estão associadas à maior prevalência de fatores de risco específicos para cada tipo de causa externa, as quais representaram a primeira causa de morte dos 5 aos 39 anos, sendo a maior ocorrência na faixa etária dos 15 a 19 anos (65% dos óbitos por causas externas). Além do aumento, parece estar ocorrendo um deslocamento das mortes para faixas etárias mais jovens.
Destarte, a despeito de todos os avanços científicos na medicina, a qual vem proporcionando a população acesso a medicamento mais acessíveis e eficazes, podemos notar o surgimento de outras doenças preocupantes, como mal súbito, depressão, transtorno da ansiedade , Síndrome de Burnout (conhecida como a doença do esgotamento físico), dentre outros, os quais, além de estacionarem, podem causar agravamento das “causas externas”, fazendo com que o índice se altere, dando lugar a estas causas como a principal fator de mortes atualmente no Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-782551#:~:text=A%20taxa%20de%20mortalidade%20por,que%20justifica%20a%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%20do
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=060701
Manual De Procedimento Do Sistema De Informações Sobre Mortalidade: - Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 2001. 36 p. il.: 21 x 14,5cm 1. Mortalidade. 2. Sistema de Informação. I. Brasil. Ministério da Saúde. II. Brasil. Fundação Nacional de Saúde, III.
PINTO, Simone Nunes. Saúde coletiva. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2016.

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