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INDICADORES DE SAÚDE

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INDICADORES DE SAÚDE 
MORTALIDADE E MORBIDADE 
Atualmente existem mais informações disponíveis do que a capacidade dos analistas 
em processá-las. Seleção das informações a serem utilizadas, baseada nos objetivos da 
utilização em determinada produção científica ou análise. Há uma vasta quantidade de 
dados e informações. 
DADOS = elementos em estado bruto. 
INFORMAÇÕES = produto do tratamento, processamento, análise ou interpretação 
posterior dos dados. É o dado que foi processado, analisado, lapidado e interpretado. A 
análise dos dados permite interpretações que podem ser informadas em artigos científicos, 
teses e dissertações. 
A informação tem sido utilizada no cotidiano de trabalho em saúde como um suporte 
para a tomada de decisões. A informação, para os gestores do sistema de saúde, pode 
atuar como um redutor de incertezas (onde priorizar os investimentos e esforços), bem 
como detecta os problemas prioritários (pelos dados e suas informações que originam, 
por meio das análises, é possível pensar em quais programas intersetoriais devem ser 
priorizados, como educação ou saneamento básico), facilitando a conduta de gestores na 
tomada de decisões e aumentando a assertividade. 
A informação - Potencial de nortear um planejamento - Situação atual - Preparar e 
organizar ações - Situação futura otimizada. Ou seja, a partir, por exemplo, da análise dos 
dados sobre cobertura vacinal, os gestores podem propor medidas e ações públicas para 
elevar os dados, ou seja, a informação orienta quais as melhores estratégias a serem 
tomadas, além de permitir a avaliação. 
A observação criteriosa e sistemática da distribuição dos eventos de saúde constitui-se 
em elemento fundamental para a compreensão acerca dos fatores, situações, condições 
ou intervenções modificadoras dos riscos de adoecimento de populações humanas. 
Os dados de importância para a análise de situação de saúde são inúmeros e de fontes 
diversas. Esses dados podem estar presentes em relatórios, artigos científicos. 
Dados sobre a população: número de habitantes, idade, sexo, raça, etc. 
Dados socioeconômicos: renda, ocupação, classe social, tipo de trabalho, condições 
de moradia e alimentação. 
Dados ambientais: poluição, abastecimento de água, tratamento de esgoto, coleta e 
disposição do lixo. 
Dados sobre serviços de saúde: hospitais, ambulatórios, unidades de saúde, acesso 
aos serviços. 
Dados de morbidade: doenças que ocorrem na comunidade. 
Eventos vitais: óbitos (mortalidade), nascimentos vivos. 
INDICADORES DE SAÚDE 
Dado - Informação - Indicador. Indicador é o que indica. Reflete o fenômeno de 
interesse e auxilia no seu entendimento, havendo vários indicadores. A quantificação de 
variáveis populacionais é, sem dúvida, uma etapa importante e imprescindível. Através 
de metodologia específica, é possível conhecer as principais doenças e agravos à saúde 
que atingem uma determinada comunidade, os grupos mais suscetíveis (as populações de 
risco), as faixas etárias mais atingidas, os riscos mais relevantes e os mecanismos efetivos 
para controle de cada caso. A sua utilidade é para monitorar situações de saúde-doença e 
propor ações que modifiquem essa situação. 
Inicialmente havia predomínio de indicadores de mortalidade e morbidade; 
• Atualmente com a ampliação do conceito de saúde e a incorporação dos DSS, outras 
dimensões foram incorporadas: 
* incapacidade; acesso aos serviços; qualidade da assistência; condições de vida; 
fatores ambientais; Organização do sistema. 
Principais usos: Diagnóstico ou análise da situação atual; Monitoramento da situação 
de saúde; Subsídios ao planejamento de intervenções; Apoio à programação de 
recursos/insumos; Avaliação de impacto (adequação) de intervenções; Comparação de 
grupos e populações; Estimativa de risco; Estimativa de probabilidades; Estimativa de 
tendências e projeções (prever situações futuras), como em décadas futuras. Além disso, 
podem ser feitas restrições até mesmo em mídias (como proibição das propagandas de 
cigarro). 
A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a 
simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, 
razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer. 
Definição: deve ser bem definido, e a definição deve ser uniformemente aplicada 
internacionalmente (possibilitando comparação com outros países). 
Validade: deve ser válido (medir aquilo a que se propôs medir), ter confiabilidade (ser 
replicável, por exemplo, usado em outras regiões, e consistente entre os cenários) e 
facilmente interpretável. 
Viabilidade: informações tecnologicamente viável e acessível, e não deve 
sobrecarregar o sistema, ou seja, este deve conseguir processar. 
Utilidade: informações úteis para os gestores e que possam ser colocadas em prática 
em diversos níveis. 
Outros atributos de um indicador: 
• Mensurabilidade (basear-se em dados disponíveis ou fáceis de conseguir) 
• Relevância (responder a prioridades de saúde) 
• Custo-efetividade (os resultados justificam o investimento de tempo e recursos). Por 
exemplo, há custos altos para coleta de dados (por meio de recenseadores) e análises 
geradoras de informações (contratação de analistas). Estes profissionais, embora 
custosos, são essenciais para dar credibilidade e confiança à pesquisa, permitindo 
avaliação mais correta da situação de saúde, além de suas causas e projeções, norteando 
a implantação de políticas públicas mais eficazes. 
• Integridade ou completude (dados completos) e a consistência interna (valores 
coerentes e não contraditórios). 
Tipos de Indicadores de Saúde. 
• Aspectos demográficos; 
• Condições socioeconômicas; 
• Mortalidade/sobrevivência; 
• Morbidade/gravidade/incapacidade funcional; 
• Fatores de risco e proteção; 
• Recursos; 
• Cobertura. 
MORTALIDADE 
• Medidas de mortalidade têm como utilização preferencial avaliação do nível de saúde 
e propor medidas preventivas e de controle de caráter abrangente. 
• Sua aplicação visa sugerir ações que reduzam o risco de morrer por uma determinada 
causa evitável e, por outra parte, indicar a necessidade de ações de controle sobre fatores 
de risco de adoecer ou de sofrer agravos que se associem a alta letalidade. 
 
Avaliação da efetividade dessas ações poderá ser feita pelo acompanhamento da 
evolução das medidas de mortalidade. 
Principais usos das estatísticas de mortalidade. 
• Descrição das condições de saúde da população. 
• Investigação epidemiológica. 
• Avaliação de intervenções saneadoras. 
Principais indicadores de mortalidade. 
• Os indicadores que expressam a mortalidade da população são numerosos. 
• Inicialmente são apresentados os indicadores baseados em medidas de frequência, 
incluindo o coeficiente de mortalidade, e todos aqueles baseados em informações 
relativas à causa de morte e à idade ou ao período da vida em que o óbito ocorre. 
• Em seguida são apresentados os indicadores expressos segundo unidades de tempo 
de vida, como esperança de vida e anos potenciais de vida perdidos. 
• Coeficiente Geral de Mortalidade; 
• Indicadores de mortalidade segundo a causa de óbito; 
• Mortalidade Materna; 
• Mortalidade segundo a Idade e os Períodos da Vida; 
• Indicadores baseados em Medidas de Tempo de Vida. 
Coeficiente Geral de Mortalidade. 
• O Coeficiente Geral de Mortalidade (CGM) – é a taxa bruta de mortalidade, 
coeficiente de mortalidade geral. 
• Mede o risco de morte para o total da população, independendo de sexo, idade ou 
causa de óbito. 
• Este coeficiente é muito empregado, por sua simplicidade: 
Número total de óbitos, no período 
CGM = ---------------------------------------- x 1.000 
População total, na metade do período 
• É um indicador muito influenciado pela distribuição etária da população. 
• Populações muito envelhecidas podem ter altas taxas de mortalidade, pois espera-se 
queos indivíduos morram em idades avançadas. Por outro lado, populações muito jovens 
também apresentam alta mortalidade geral devido a um mortalidade infantil quase sempre 
muito alta. 
Indicadores de mortalidade segundo a causa de óbito. 
• Estas medidas baseiam-se no conceito da causa de morte, definido como: “...todas 
aquelas doenças, estados mórbidos ou lesões que produziram a morte, ou que 
contribuíram para ela, e as circunstâncias do acidente ou da violência que produziu estas 
lesões”. A causa de óbito pode ser, inclusive, detectada na Declaração de Óbito, sendo 
assinada por um médico e com constantes atenções, visto que impacta, fortemente, nos 
indicadores em saúde. 
• A determinação da causa básica é feita a partir das informações sobre as causas de 
morte, registradas no atestado de óbito. 
Mortalidade Proporcional segundo a Causa de Óbito. 
• Usualmente expressa em percentuais, mede a proporção de óbitos, por uma 
determinada causa, ou grupo de causas, em relação ao total de óbitos. 
• A mortalidade proporcional indica a importância de uma causa ou grupo de causas 
de morte em uma determinada população, e pode ser utilizada no delineamento de 
prioridades na área de saúde. 
Número de óbitos devido à causa y, da área A, no período 
MPy = -------------------------------------------------------------------------------- x 100 
Número de óbitos por todas as causas, da área A, no meio do período 
Taxa de Mortalidade por Causa de Óbito 
A taxa ou coeficiente de mortalidade segundo a causa de óbito é a expressão da 
estimativa do risco de morte por uma causa específica, ou um grupo de causas, ao qual 
esteve exposta uma determinada população durante um certo período. 
Número de óbitos devido à causa y, da área A, no período 
TMy = ----------------------------------------------------------------------------- x 100.000 
População da área A, no meio do período 
MORTALIDADE MATERNA 
A morte materna é uma perda evitável (na América Latina, seu principal fator é o 
aborto clandestino), ou seja, assim que ocorre, é bem investigada pela Secretaria de 
Saúde, da mesma forma que a mortalidade infantil. Este indicador reflete a qualidade da 
assistência à saúde da mulher (se está suficiente ou ausente, negligente), utilizado para 
subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas de ação de saúde 
direcionadas para a atenção pré-natal, ao parto e ao puerpério (de maneira a melhorar a 
atenção à saúde da mulher, como a Rede Cegonha). Seus níveis revelam iniquidades 
(injustiças evitáveis) entre áreas ou regiões com diferentes graus de desenvolvimento. 
Morte materna é aquela que ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o término 
da mesma (puerpério ou período de resguardo), independente da duração ou da 
localização da gravidez, em função de qualquer causa relacionada (obstétrica direta) ou 
agravada pela gravidez (obstétrica indireta), ou por medidas tomadas referentemente a 
ela, porém não devidas a causas acidentais ou incidentais (não obstétrica) (OMS, 1995). 
A Taxa de Mortalidade Materna (TMM) relaciona o número de mortes maternas ao 
número de nascidos vivos, em um dado local e intervalo de tempo. 
TMM = n° de óbitos maternos (diretos e indiretos) x 100.000 
N° de nascidos vivos 
O número de nascidos vivos é obtido por meio das Certidões de Nascimento, enquanto 
o número de óbitos maternos é obtido pela Declaração de Óbito. A morte materna acaba 
por ser um objeto de investigação que busca elucidar as circunstâncias (causas e aspectos 
envolvidos na paciente e no ambiente) dos óbitos, a fim de identificar fatores de risco (ou 
seja, o que pode ter motivado a morte materna, seja mau acompanhamento no pré-parto, 
erros de procedimento durante o parto e má assistência durante o puerpério, ou abortos 
clandestinos). Identificando esses fatores de risco, podem ser propostas medidas de 
prevenção. Intervenções voltadas para a redução da mortalidade materna acabam por 
diminuir também a mortalidade infantil, especialmente a relativa ao período neonatal, e 
vice-versa. 
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL 
Mede o risco de morte no primeiro ano de vida. É um dos indicadores mais sensíveis 
das condições de vida e saúde de uma população. Utiliza-se o número de nascidos vivos 
como denominador, pois ele produz uma estimativa mais acurada do total de pessoas-
tempo do que o da população menor de um ano no meio do período. A TMI mede o risco 
de morrer no primeiro ano de vida. 
TMI = óbitos em menores de um ano x 1000 
 Total de nascidos vivos 
Pelas taxas de mortalidade infantil, espera-se que nenhuma criança morra no primeiro 
ano de vida. Porém, não é possível reduzir a TMI a zero, pois algumas crianças nascem 
com doenças tão graves que a atual tecnologia médica disponível ainda não pode salvar 
essas vidas (como a anencefalia). No entanto, todos os demais casos podem ser evitados, 
são passíveis de prevenção, sendo decorrentes de: más condições socioeconômicas que 
tragam prejuízo à nutrição, higiene e cuidados gerais; falta de acesso a serviços de saúde 
infantil (imunização, puericultura, reidratação oral, etc) e falta de acesso correto à 
assistência perinatal (pré-natal, parto e atenção neonatal). 
 
 
Da imagem, conclui-se que o período perinatal estende-se das 22 semanas de gestação 
até seis dias de vida completos. O período infantil compreende o momento desde o parto 
até 1 ano de vida, sendo dividido em período neonatal, que se estende do parto até 28 
dias, e o período pós-neonatal, que vai de 28 dias até 1 ano de vida. O período neonatal, 
ainda, é constituído pelo período neonatal precoce (do parto até 7 dias de vida) e período 
neonatal tardio (de 7 até 28 dias). 
Ou seja, a mortalidade infantil é desdobrada em neonatal e pós-neonatal, em que as 
causas de morte são diferentes nesses dois períodos. O período neonatal (início da vida 
extrauterina) pode ocasionar mortalidades por agressões sofridas dentro do útero, 
condições do parto e condições de assistência ao recém-nascido. Já o período pós-
neonatal, por sua vez, é marcado pelo predomínio de determinantes socioeconômicos. Por 
isso, embora a mortalidade infantil, como um todo, seja indicativo socioeconômico, a 
mortalidade infantil pós-neonatal é mais determinante e sensível ainda das condições 
econômicas e de vida das famílias (visto que assumem maior compromisso com os recém-
nascidos). 
Critério de nascido vivo: produto da concepção com 22 semanas ou mais de gestação, 
ou pelo menos 500 gramas, extraído do corpo da mãe com algum sinal de vida. 
Critério de natimorto (ou óbito fetal): produto da concepção com 22 semanas ou mais 
de gestação, ou pelo menos 500 gramas, extraído do corpo da mãe sem nenhum sinal de 
vida. 
Critério de Abortamento: produto da concepção com menos de 22 semanas, ou menos 
de 500 gramas. 
MORTALIDADE PRINCIPAL 
É a distribuição proporcional dos óbitos em relação a algumas variáveis de interesse, 
principalmente idade e causa do óbito. 
1. Mortalidade Infantil Proporcional 
2. Mortalidade Proporcional com 50 anos ou mais de idade / Índice de Swaroop-
Uemura 
3. Curvas de Mortalidade Proporcional / Curva de Nelson Moraes 
 
 
 
MORTALIDADE INFANTIL PROPORCIONAL 
A proporção de mortalidade infantil (PMI) calculada dividindo-se o número de óbitos 
de crianças até 1 ano de idade pelo total de óbitos e multiplicando-se por 100. 
Correlaciona com as condições sanitárias de uma região. Região com menor nível de 
saúde, maior proporção de óbitos. 
No de óbitos de crianças < 1 ano de idade, no período 
PMI = ------------------------------------------------------------------------ x 100 
Total de óbitos, no período 
Recentemente, têm-se observado reduções dos níveis de mortalidade infantil graças a 
programas como Fome Zero, campanhas de imunização e vacinação, além de projetos de 
transferência de renda, comoo Bolsa Família, melhores procedimentos e 
acompanhamentos de pré-natal, além de incentivos à amamentação e às consultas de 
puericultura (que acompanham o crescimento e desenvolvimento da criança no pós-
parto). Além disso, vale destacar que, para receber o Bolsa Família de maneira contínua, 
é necessário, dentre outras medidas, com acompanhamento de escola e saúde regulares 
em postinhos. Vale ressaltar, por fim, que era um dos objetivos do milênio a redução da 
mortalidade infantil. 
Taxa de crianças que morriam com < 5 anos: 
1990: 62 a cada 1 mil nascimentos. 
2012: 14 a cada 1 mil nascimentos. 
Fatores que contribuíram: 
Investimento na atenção primária de saúde, a melhoria no atendimento materno e ao 
recém-nascido, a promoção do aleitamento materno, a expansão da imunização e a 
criação de programas de transferência de renda. 
ÍNDICE DE SWAROOP-UEMURA 
Índice de Swaroop-Uemura (ISU) Razão de mortalidade proporcional (RMP). É a 
mortalidade proporcional de 50 anos ou mais, ou seja, a proporção de óbitos ocorridos 
em indivíduos de 50 anos ou mais. 
ISU = Número total de óbitos em≥50 anos de idade x 100 
Total de óbitos 
Óbitos abaixo de 50 anos são considerados evitáveis (grosseiramente); dessa forma, 
quanto a maior proporção de óbitos de adultos maduros e idosos, melhor é a condição de 
vida e saúde da população. Esse índice, recentemente, vem sofrendo críticas por 
considerar o limiar de 50 anos, de maneira que seus críticos defendem o aumento desse 
limiar devido ao crescimento da expectativa de vida. 
• Classificação do nível de saúde das populações, baseada em intervalo de valores da 
RMP: 
• 1º nível: RMP (Razão de Mortalidade Proporcional) maior ou igual a 75% – típico 
dos países desenvolvidos; 
• 2º nível: RMP entre 50 a 74,9%; - países com certo grau de desenvolvimento 
econômico e regular organização dos serviços de saúde. 
• 3º nível: RMP entre 25 a 49,9% – países em estágio atrasado de desenvolvimento das 
questões econômicas e de saúde; 
• 4º nível: RMP abaixo de 25% – países ou regiões onde 75% ou mais dos óbitos 
ocorrem em pessoas com menos de 50 anos, característico de alto grau de 
subdesenvolvimento. 
CURVA DE MORTALIDADE PROPORCIONAL 
Indicador de Nelson Moraes: projeção gráfica dos valores da mortalidade 
proporcional em 5 grupos etários. Finalidade de comparar regiões ou acompanhar a 
evolução da mortalidade. 
Primeiro Passo: a distribuição dos óbitos é feita em cinco grupos etários. São eles: 
1. Óbitos infantis (< 1ano); 
2. Pré – escolares (1 a 4 anos); 
3. Escolares e adolescentes (5 a 19 anos); 
4. Adultos jovens (20 a 49 anos); 
5. Adultos de meia-idade e idosos (≥ 50 anos). 
Segundo Passo: o formato da curva. 
• Muito baixo: N invertido; 
• Baixo: L ou J Invertido; 
• Regular: V ou U; 
• Elevado: J. 
 
*CURVA DE NELSON MORAES TIPO I: FORMA DE “N” INVERTIDO. 
Condições de vida e saúde muito baixas. 
 
*CURVA DE NELSON MORAES TIPO II: CURVA L OU J INVERTIDO. 
Condições de vida e saúde baixas. 
 
*CURVA DE NELSON MORAES TIPO III: CURVA “V” OU “U”. Condições de 
vida e saúde regulares. 
 
*CURVA DE NELSON TIPO IV: CURVA J. Condições de vida e saúde elevadas. 
 
Indicadores baseados em Medidas de Tempo de Vida. 
•Esperança de vida (aumentou) 
• A esperança de vida ao nascer para uma faixa etária definida é um indicador geral das 
condições de vida e saúde e reflete o padrão de mortalidade de uma população. Ela 
combina a mortalidade nas diversas idades, dando como resultado um único valor. 
A esperança de vida indica o número médio de anos que um indivíduo, de determinada 
idade, tem a probabilidade de viver. Quanto maior a esperança de vida melhor é a situação 
de saúde. É observado maior expectativa de vida em mulheres do que em homens, visto 
que, entre os possíveis fatores, podem ser destacados: maior cuidado da saúde de 
mulheres, talvez por estarem, estruturalmente na sociedade, com maior dedicação aos 
papéis de cuidado materno, de modo que as políticas públicas estenderam-se às demais 
faixas de mulheres, considerando seus quadros de vulnerabilidade; já os homens, por sua 
vez, devido a machismos de que o homem necessita estar pouco ligado a questões de 
saúde, bem como a uma falsa crença de que o homem não deve se voltar muito ao cuidado 
dos filhos; podem-se considerar também os acidentes de trânsito e violência mais 
ocorrentes em homens, reforçados pelo machismo. 
• Anos potenciais de vida perdidos (diminuiu) 
• APVP significa o número de anos que uma pessoa, morta prematuramente poderia ter 
vivido. Revela quantitativamente o impacto da mortalidade precoce por uma ou mais 
causas em relação à duração média esperada de vida de uma população. 
CONCEITO DE MORBIDADE 
Morbidade é o termo usado para designar o conjunto de casos de uma dada doença ou 
a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos. Morbidade: 
anormalidade no estado de saúde; anormalidade biológica em estrutura ou função e a 
expressão social da morbidade representada pelas atitudes e comportamento das pessoas 
com agravos à saúde. 
• Morbidade Referida ou Autorreferida: É aquela percebida pelo próprio indivíduo 
e relatada durante uma entrevista, pesquisa ou investigação. Lembrar que muitas vezes a 
morbidade é profundamente influenciada por aspectos socioculturais. 
• Morbidade Observada: É aquela diagnosticada por uma profissional de saúde, 
utilizando métodos apropriados. 
Registros rotineiros de atendimentos. 
Os principais registros de dados sobre a saúde das pessoas utilizados nos serviços de 
saúde: 
Prontuários (daí a importância de serem preenchidos completamente); Notificações 
compulsórias de doenças; Registros especiais de doenças; Arquivos de Banco de Sangue; 
Arquivos de Patologia Clínica; Registros da Previdência Social; Fichas de consultórios 
particulares; Arquivos médicos gerais e Atestados de óbitos e estatísticas de mortalidade. 
Inquéritos de Morbidade 
Importante meio de obter indicadores de saúde não disponíveis através dos registros 
rotineiros de informação. Tem por objetivo obter dados sobre a frequência de agravos à 
saúde que ocorrem na população. Ao lado da investigação da morbidade são incluídos 
tópicos sobre fatores de risco, uso de serviços de saúde, consumo de medicamentos, 
conhecimentos, atitudes e práticas relacionadas com a saúde, além de dados demográficos 
e de outra natureza. O banco de dados de que resulta de cada inquérito pode ser também 
usado para comparações e para testes de hipóteses sobre numerosos aspectos referentes à 
saúde da população. 
Classificação da Morbidade 
Classificação internacional das doenças (CID): 
• 1893: Classificação de Causas de Morte de Bertillon (Jacques Bertillon – 
1851:1922). 
• 1950: Sexta revisão. 
• 1989: Décima revisão (CID-10). 
Medidas de frequência das doenças - Indicadores de Morbidade 
Para qualquer pessoa é muito fácil entender o significado de: “frequência” que é o 
número de vezes que um evento ocorre. Em epidemiologia para entender melhor seu 
significado precisamos conhecer o que significa: incidência e prevalência.

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