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AULA 2 - ÉTICA

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Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem
PROF. LUIZ LOURENÇO
História 
No Brasil, surgiram discussões sobre ética na Enfermagem em 1951, intensificando-se o debate a partir de 1955. 
O primeiro Código de Ética de Enfermagem, aprovado em 1958, foi elaborado por enfermeiras religiosas visando mais segurança no exercício profissional, juntamente com a regulamentação das diferentes profissões. 
Como os códigos de ética integram a legislação que regulamenta a profissão, os princípios neles expostos têm valor de lei, de modo que os infratores podem ser punido.
conceito
É um conjunto de normas éticas, que é formado por artigos, e visa aprimorar o comportamento ético do profissional, ele esta organizado por assuntos e inclui alguns princípios tais como:
Direitos
Responsabilidades
Deveres
Proibições pertinentes à conduta ética.
Resolução nº 311/2007
O presente Código teve como referência os postulados da Declaração Universal dos Direitos do Homem, promulgada pela Assembléia Geral das Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra da Cruz Vermelha (1949), contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiros (1953) e no Código de Ética da Associação Brasileira de Enfermagem (1975). 
Teve como referência, ainda, o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (1976), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993) e as Normas Internacionais e Nacionais sobre Pesquisa em Seres Humanos [Declaração Helsinque (1964), revista em Tóquio (1975), em Veneza (1983), em Hong Kong (1989) e em Sommerset West (1996) e a Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde (1996)].
Resolução nº 311/2007
Aprovada e editada pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a resolução com a versão mais recente do CEPE foi publicada no Diário Oficial da União no dia 6 de novembro de 2017.
Resolução COFEN Nº 0564/2017.
 Este Código aplica-se aos: 
Enfermeiros
Técnicos de Enfermagem
Auxiliares de Enfermagem
Obstetrizes
Parteiras
Atendentes de Enfermagem.
Papel Da enfermagem 
O profissional de enfermagem participa:
Como integrante da equipe de saúde
Das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população
Da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto e inclui:
Princípios
Direitos
Responsabilidades
Deveres
Proibições
Pertinentes à conduta ética dos profissionais de enfermagem.
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a necessidade e o direito de assistência em enfermagem da população, os interesses do profissional e de sua organização. 
Está centrado na:
Pessoa
Família
Coletividade
Pressupõe que os trabalhadores de enfermagem estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda população.
Princípios 
A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade.
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais.
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS
A garantia de exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e psicológica à saúde do trabalhador foi incluída
Apoio à participação dos trabalhadores em movimentos de defesa da dignidade profissional, do exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência, trabalho e remuneração (observados os parâmetros e limites da legislação vigente).
As categorias de enfermagem foram contempladas também com o direito de fazer propagandas sobre os serviços prestados, desde que detenham habilidades e competências técnico-científicas e legais.
Além disso, conceder entrevistas, ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos de sua competência e/ou divulgar eventos com finalidade educativa e de interesse social através dos veículos de comunicação, mídias sociais e meios eletrônicos, são atualmente atividades permitidas aos trabalhadores.
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS
Para aqueles profissionais que não querem ser filmados, fotografados e expostos em mídias sociais durante o desempenho de suas atividades profissionais, o novo código assegura o direito a recusa.
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS
CAPÍTULO II – DOS DEVERES
Chamando atenção para as prescrições (enfermagem ou médica) que não podem ser cumpridas à distância e devem ser recusadas se o documento não contiver assinatura e número de registro profissional do prescritor, havendo exceção em situações de urgência e emergência conforme legislação vigente. 
Se a prescrição contiver erros ou estiver ilegível, o profissional deve se recusar a cumprir a orientação e esclarecer os motivos com o prescritor ou outro profissional, registrando-se sempre a situação e demais informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar, de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras no prontuário.
O respeito à diversidade de gênero também é uma temática abrangida pelo código. 
O artigo 35 permite que o profissional tenha o registro do Coren com o nome completo e/ou nome social.
Situações de sigilo profissional foram detalhadas na normativa, sendo importante destacar que os trabalhadores não revelem casos que tenham conhecimento em razão da atividade exercida, mesmo que a situação já tenha sido divulgada ao público através dos meios de comunicação ou em caso de falecimento da pessoa envolvida. 
CAPÍTULO II – DOS DEVERES
Há exceções previstas na legislação, como por motivo de ordem judicial e consentimento da pessoa envolvida.
A obrigação de orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e conseqüências decorrentes de exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa ou de seu representante legal também é uma novidade adicionada à normativa.
CAPÍTULO II – DOS DEVERES
CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES
Além da proibição de delegar atividades privativas de enfermeiro para outros profissionais
O novo código não permite que trabalhadores das categorias de enfermagem deleguem atribuições para acompanhantes ou responsáveis pelo paciente, exceto em casos de atenção domiciliar para o autocuidado apoiado.
CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
INFRAÇÃO ÉTICA: a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
O PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR: é um instrumento pelo qual a administração pública exerce seu poder-dever para apurar as infrações funcionais e aplicar penalidades aos seus agentes públicos e àqueles que possuem uma relação jurídica com a administração.
graduação da penalidade
Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se: 
 A maior ou menor gravidade da infração; 
As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração; 
O dano causado e suas conseqüências; 
Os antecedentes do infrator.
INFRAÇÃO ÉTICA
Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem. 
Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela obtiver benefício, quando cometida por outrem. 
A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos do dano e de suas conseqüências. 
A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do Código de Processo Ético das Autarquias Profissionais de Enfermagem.
Infração leve
São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar organizações da categoria ou instituições.Infração grave
São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida, debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer pessoa ou as que causem danos patrimoniais ou financeiros. 
infração gravíssima
São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, deformidade permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, função ou ainda, dano moral irremediável em qualquer pessoa. 
circunstâncias atenuantes
Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência, evitar ou minorar as conseqüências do seu ato; 
Ter bons antecedentes profissionais;
Realizar atos sob coação e/ou intimidação;
Realizar ato sob emprego real de força física;
Ter confessado espontaneamente a autoria da infração. 
circunstâncias agravantes
Ser reincidente; 
Causar danos irreparáveis;
Cometer infração dolosamente; 
Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outra infração; 
Aproveitar-se da fragilidade da vítima;
Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou função;
Ter maus antecedentes profissionais
penalidades
A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada, que será registrada no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas. 
A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento. 
A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação. 
A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da enfermagem por um período não superior a 29 (vinte e nove) dias e será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem, jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos empregadores. 
A cassação consiste na perda do direito ao exercício da enfermagem e será divulgada nas publicações dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação.
penalidades
penalidade
As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e suspensão do exercício profissional, são da alçada do Conselho Regional de Enfermagem, serão registradas no prontuário do profissional de enfermagem; 
A pena de cassação do direito ao exercício profissional é de competência do Conselho Federal de Enfermagem.
CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas, cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.
Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46, 48, 47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62, 65, 66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 28, 29, 30, 31, 32, 35, 36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 31, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67,68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100, 101 e 102.
Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62, 63, 64, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 82, 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.
Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82, 83, 94, 96 e 97.
Negligência 
Imprudência
Imperícia
Negligência:
Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era esperada para a situação. 
Age com descuido, indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções.
Amputar uma perna quando a outra é que estava doente. 
É falta de atenção, cuidado, é ilícito penal e ilícito civil, cabe ação de indenização, independente da ação penal em razão da lesão corporal.
Negligência
Imprudência: 
A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. 
A pessoa não deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. 
Na imprudência, ela age, mas toma uma atitude diversa da esperada.
Fazer um parto sem possuir o aspirador do líquido amniótico, por exemplo. (necessário para retirar o líquido que a criança geralmente aspira).
Fazer duas anestesias simultâneas. 
Alguns médicos anestesistas correm o risco e atendem duas ou mais cirurgias ao mesmo tempo.
Imprudência: 
imperícia
Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. 
São comuns pessoas que se submetem a cirurgias plásticas e têm músculos seccionados e perdem os movimentos da expressão. 
Há casos em que o paciente submete-se a uma cirurgia de próstata e, devido a uma cisão de um músculo peniano, perde a potência e até o controle da urina.
Ou que se submetendo a uma injeção intramuscular profunda e tem seccionado o nervo ciático , com sequelas para o paciente.
imperícia
Para fixar!
1) negligência: desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência, omissão ou inobservância do dever, em realizar determinado procedimento, com as precauções necessárias;
2) imprudência: falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção, é a imprevidência a cerca do mal, que se deveria prever, porém, não previu”.
3) imperícia: falta de técnica necessária para realização de certa atividade;

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