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CURSO DE DIREITO 
 
 
 
CONTESTAÇÃO 
 
 
 
CONCEITO DE CONTESTAÇÃO: É a principal peça de resposta do réu, onde ele pode se defender daquilo que lhe foi imputado. Trata-se do meio pelo qual o réu contrapõe-se aos pedidos formulados na inicial, devendo concentrar todas as manifestações de resistência à pretensão do autor. Impugnando todos os incidentes que a parte poderia se valer no curso do processo, como impugnação ao valor da causa e a gratuidade de justiça. Ou seja, deve opor resistência pretensão do Autor. 
PREVISÃO LEGAL: Art. 335 CPC/15. 
 
 
PRAZOS: 
 
O prazo para propor contestação é de 15 dias úteis, será contado de acordo com os incisos I, II e III do artigo 335 CPC/15. 
I) da audiencia de conciliação; 
II) do protocolo de pedido de cancelamento de audiencia de conciliação ou mediação apresentado pelo réu de acordo com art.334 paragrafo 4°; insciso 1; 
III) prevista no artigo 231 CPC, de acordo com o modo que a citação foi realizada; 
 
Art. 335 parágrafos: 
 
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6º , o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. 
 
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II , havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência. 
 
PRAZOS ESPECIAIS: 
 
Procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente (artigo 306); Ação para remoção do tutor ou curador (art. 761 § único). 
Ação Rescisória, prazo nunca inferior a 15 dias nem superior a 30dias (art. 970). 
 
Prazo em dobro para o Ministério Público, Advocacia Pública e Defensoria Pública (art. 180, 183 e 186 respectivamente); ou quando houver litisconsortes com procuradores diferentes, de escritórios de advocacia distintos (art. 229). 
 
PRINCIPÍOS DA CONTESTAÇÃO: 
 
1. ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA: tal princípio reza que ao réu recai o ônus de impugnar de forma específica, ou seja, deve refutar todos os fatos alegados pelo autor na petição inicial, sob pena de torná-los incontroversos. Art. 373,II, CPC/15. 
 
2. O PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE OU DA CONCENTRAÇÃO: que consiste na preclusão 
do direito de invocar em fases posteriores do processo matéria de defesa não manifestada na contestação. Art. 336 CPC/15. 
 
EFEITOS DA CONTESTAÇÃO: 
 
 	 
Com o oferecimento da contestação produz diversos efeitos no campo do direito processual. 
 
 
1. A IMPOSSIBILIDADE DE SE ADITAR A DEFESA OU APRESENTAR NOVOS FATOS POSTERIORMENTE POR RAZÃO DA PRECLUSÃO CONSUMATIVA, salvo nos casos indicados no artigo 342 do CPC/15. 
2. A PRESUNÇÃO DE VERACIDADE DOS FATOS NÃO IMPUGNADOS ESPECIFICAMENTE, com exclusão dos situações enumeradas no artigo 345 e com as ressalvas do art.341, parágrafo único, ambos do CPC (não incidência do ônus da impugnação especifica ao defensor público, ao curador especial e ao advogado dativo). 
 
 
 
 
PRELIMINARES- DEFESA PROCESSUAL 
Sob égide do artigo 337 CPC/15, o legislador hospedou as hipótese de preliminares que podem ser suscitadas pala parte Ré e também podem ser conhecidas de oficio pelo Juiz. 
As preliminares podem ser PRELIMINARES PEREMPTÓRIAS E DILATÓRIAS. 
Podendo ser encontradas no artigo 337, divididas da seguinte forma: 
As preliminares peremptórias incidem por via oblíqua no mérito. Isso por que são insanáveis, 
ensejam a extinção do feito. Art. 337, IV, V, VI, VII, X e XII, explica que o rol não é exaustivo, é possível enumerar hipóteses não abarcadas, como, por exemplo, a intransmissibilidade da ação (art. 485,IX,CPC/15). 
Preliminares dilatórias visam somente corrigir algum vício dentro do processo, 
retardando a marcha processual até que a invalidade seja sanada, estando presente no artigo 337 I, II, III, VIII, IX e XI. 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação: A citação do réu é ato indispensável (art. 239), salvo se houver comparecimento espontâneo: 
II - incompetência absoluta e relativa: A incompetência absoluta é fixada em razão da matéria ou da hierarquia funcional, hipótese prevista no art. 62. A incompetência relativa, refere-se ao território ou valor, art. 63; 
III - incorreção do valor da causa: O valor da causa poderá ser impugnado pelo Réu, requerendo a sua readequação (art. 293); 
IV - inépcia da petição inicial: Quando faltar pedido ou causa de pedir, pedido indeterminado, narração dos fatos não decorrida logicamente ou quando tiver pedidos incompatíveis entre si (art. 330 § 1º); 
V – perempção: O autor der causa a extinção do processo sem resolução de mérito por três vezes (art. 485, 
III); 
VI – litispendência: Reproduzir ação idêntica a outra que já está em curso (art.337,VI, parágrafo 1 a 3) 
VII - coisa julgada: Entrar com ação idêntica já sentenciada e transitada em julgado, gera extinção (art. 502 
CPC); 
VIII – conexão: Quando duas ou mais ações tem em comum o objeto e a causa de pedir, exemplo: ação que se pede revisão do valor da prestação de alimentos em que um genitor busca majorar e outro diminuir o valor da prestação (art. 55); 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização: Se o vício se refere o autor, deve o juiz extinguir o processo sem resolução do mérito, eis que a incapacidade e o defeito na representação tem natureza jurídica de pressuposto processual. Como tal, sua ausência se constitui em questão preliminar que, se acolhida, impede o juiz de adentrar ao exame do mérito (Art.70 e 76); 
X - convenção de arbitragem: Se houver o compromisso arbitral estabelecido entre as partes é dever do Réu alegar em preliminar (art. 337 § 5); 
 
 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual: para postular em juízo é necessário ter legitimidade (art 17 CPC); 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar: 
Quando for legalmente exigível (art. 83) ou em casos de tutela de urgência que possa causar dano a parte contrária(art. 300 § 1°); 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça: Impugnar a justiça gratuita, concedida ao Autor, não preenchendo os requisitos para a concessão da benesse, podendo ser feita em preliminar de contestação (art.98 a 102). 
MÉRITO 
 
A matéria de mérito é a própria finalidade de contestação, pois o réu comparece em juízo 
para dizer no processo que ao autor não assiste o direito que postula. Dessa forma, enquanto as preliminares se inserem nas defesas processuais, o mérito está previsto nas defesas substanciais, que se referem ao próprio direito (alguns denominam de lide) ou de objeto litigioso (expressões tomadas por sinonímia por parte da doutrina). Art.341, 485 e 486 CPC/15. 
Defesa de mérito direta: Ocorre quando o réu ataca diretamente os fatos que fundamentam 
o pedido, negando-os. Neste caso o réu não apresenta um direito próprio, mas a inexistência do fato. Neste caso o réu não traz fato novo, gerando consequências processuais práticas: i) a manutenção do ônus da prova para o autor, já que este terá que provar que o fato existiu; ii) desnecessidade de réplica, pois se houve negativa, nenhum fato novo foi trazido. 
Defesa de mérito indireta: Na defesa de mérito indireta o réu não nega os fatos 
constitutivos do direito do autor, mas impõe outros fatos, impeditivos, modificativos ou extintivos, a fim de impedir que o autor logre êxito em sua demanda. Podem ser alegados 
FATOS EXTINTIVOS: Ex. prescrição, já houve o pagamento da dívida. 
FATOS MODIFICATIVOS: visam alterar as consequências jurídicas dos fatos trazidos pelo 
autos. 
FATOS IMPEDITIVOS: porque obsta um ou alguns dos efeitos que naturalmente 
ocorreriam da relação jurídica (ex., na ação de cobrança acima referida, um vício de vontade no contrato de mútuo). 
ESQUELETO DA PEÇA CONTESTAÇÃO: 
A contestação, é peça única, devendo ser arguido toda a defesa processual e de mérito. 
Desse modo, a estrutura da contestação obedece a uma estruturaespecífica: Vejamos: 
· Endereçamento: Ao contrário do que ocorre com a petição inicial, na apresentação da defesa o endereçamento é sempre específico, pois, o processo já está em tramitação, é preciso indicar em que Vara ele foi protocolado. 
· Qualificação (utiliza a qualificação genérica, conforme inicial. Ex. FULANDO DE TAL, já devidamente qualificado nos autos em epigrafe.), após qualificar as partes, dar o nome da PEÇA: 
 
EX. FULANO...(qualificação) vem propor CONTESTAÇÃO em face de CICLANO.... 
(Qualificação), conforme fatos e fundamentos a seguir expostos: 
· Abrir um tópico para Preliminares ou incompetência absoluta e relativa se houver; 
· Realidade Fática: Narrativa sucinta dos fatos; 
· Do Direito: seja categórico e tenha argumentação jurídica; não deixe nenhum fato incontroverso; observe questões de mérito, “conte a versão do cliente”. Ou seja, o direito será referente a Ação Inicial proposta. Ex. AÇÃO DE ALIMENTOS, na CONTESAÇÃO os fundamentos devem ser relacionados a peça inicial, gerando defesa ao réu ); 
· PEDIDOS: Introduza a formulação dos pedidos com a frase: “Diante do exposto, requer a Vossa 
Excelência:” 
· - se no caso foi arguida alguma preliminar de mérito, o primeiro pedido deve versar sobre ela, pois, se for acolhida pelo juiz, irá acarretar a extinção prematura do processo, ou seja, sem que ele sequer aprecie o mérito (objeto da ação). Veja como formulá-lo: 
Ex. a) que seja(m) acolhida(s) a(s) preliminar(es) de 	alegada(s), a fim de que o processo seja extinto sem análise do mérito (ou, dependendo do caso, que seja remetido à outro juízo ou suprida irregularidade);” 
· - em seguida, formule o pedido de improcedência com relação à questão de mérito. Lembre-se do que foi dito acima: mesmo que você alegue questão preliminar e peça a extinção do processo sem análise do mérito, não deixe de fazer o pedido de improcedência quanto à questão de mérito, vez que o juiz pode não acolher a preliminar. Prossiga como no exemplo: 
Ex: “b) caso não seja(m) acolhida(s) a(s) preliminar(es), que seja julgado improcedente o pedido formulado pelo Autor”. 
· - Recorde-se que não necessariamente você precisa pedir a total improcedência. É possível pedir que seja julgado parcialmente procedente o pedido do Autor, como naquele exemplo em que o cônjuge- réu não se opõe à decretação do divórcio, mas tão somente à partilha proposta pelo Autor. Neste caso, você deve especificar o que pretende, por exemplo: “b) caso não sejam acolhidas as preliminares, que seja julgado parcialmente procedente o pedido formulado pelo Autor a fim de que 
• 
seja decretado o divórcio do casal, partilhando-se, porém, o patrimônio da forma exposta nesta contestação”. Ou “ Que seja julgado totalmente improcedente o pedido do Autor... 
· - Por fim, lembre-se que, se nenhuma preliminar foi arguida, o pedido será feito diretamente quanto à questão de mérito. Veja: 
Ex: “Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
a) que seja julgado improcedente (ou parcialmente procedente, se for o caso) o pedido formulado pelo Autor”. 
· Em seguida, faça o requerimento de condenação do Autor no pagamento da verba sucumbencial. 
Veja: 
 
 
Ex. “b) a condenação do Autor no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de sucumbência”. 
· INDICAÇÃO DAS PROVAS 
- Concluídos os pedidos, elabore o tópico em que serão apresentadas as provas que o Réu pretende produzir para provar suas alegações em Juízo, da mesma forma que fizemos na elaboração da petição inicial (pois tanto Autor como Réu devem fazer prova de suas alegações): 
Ex: “Provará o alegado pelos meios de prova em Direito admitidas, especialmente, documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do Autor”. 
· (Termos em que, espera deferimento); 
· Local, data e advogado; 
· DICA: Se você identificou que a questão requer que você APRESENTE DEFESA EM UMA AÇÃO PROPOSTA lembre-se que a forma usual de fazê-lo é através da CONTESTAÇÃO. 
 
Bons Estudos! 
 
 
 
 
AULA 07- PEÇA PROCESSUAL 
 João andava pela calçada da rua onde morava, no Rio de Janeiro, quando foi atingido na cabeça por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 601 do edifício do Condomínio Bosque das Araras, cujo síndico é o Sr. Marcelo Rodrigues. João desmaiou com o impacto, sendo socorrido por pessoas que ali passava, que contataram o Corpo de Bombeiros, que o transferiu, de imediato, via ambulância, para o Hospital Municipal X. Lá chegando, João foi internado e submetido a exame se, em seguida, a uma cirurgia para estagnar a hemorragia interna sofrida. João, caminhoneiro autônomo que tem como principal fonte de renda a contratação de fretes, permaneceu internado por 30 dias, deixando de executar contratos já negociados. A internação de João, nesse período, causou uma perda de R$20 mil. Após sua alta, ele retomou sua função como caminhoneiro, realizando novos fretes. Contudo, 20 dias após seu retorno às atividades laborais, João, sentindo-se mal, voltou ao Hospital X. Foi constatada a necessidade de realização de nova cirurgia, em decorrência de uma infecção no crânio causada por uma gaze cirúrgica deixada no seu corpo por ocasião da primeira cirurgia. João ficou mais 30 dias internado, deixando de realizar outros contratos. A internação de João, por este novo período, causou uma perda de R$10 mil. João ingressa com ação indenizatória perante a 2ª Vara Cível da Comarca da Capital contra o Condomínio Bosque das Araras, requerendo a compensação dos danos sofridos, alegando que a integralidade dos danos é consequência da queda do pote de vidro do condomínio, no valor total de R$30 mil, a título de lucros cessantes, e 50 salários mínimos a título de danos morais, pela violação de sua integridade física. Citado, o Condomínio Bosque das Araras, por meio de seu síndico, procura você para que, na qualidade de advogado(a), busque a tutela adequada de seu direito. Elabore a peça processual cabível no caso, indicando os seus requisitos e fundamentos, nos termos da legislação vigente. 
AO JUIZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL
Processo nº
Condomínio Bosque das Araras, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ, endereço, endereço 
eletrônico, representado pelo seu síndico, Marcelo Rodrigues (ata de eleição em anexo), CPF, RG, 
por meio de seu advogado subscrito (proc. em anexo), vem, à presença de Vossa Excelência, com 
fundamento no art.335 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar
CONTESTAÇÃO, 
em face de ação indenizatória ajuizada por João, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
João andava pela calçada da rua onde morava, no Rio de Janeiro, alegou o autor, que foi atingido 
por um pote de vidro lançado pela janela do apartamento 601 do condomínio Bosque das Araras. 
Com tamanho impacto, João desmaiou, sendo socorrido por pessoas que passavam pela rua, 
acionando o corpo de bombeiro que o levou para o Hospital Municipal X. João então foi atendido e passou por uma cirurgia.
Após alguns dias, João após sentir um desconforto, retorna ao Hospital do Município X, sendo 
então descoberto que houve um erro médico, onde havia sido esquecido uma gaze dentro do seu 
corpo, que causou-lhe uma infecção, tendo então que ser submetido novamente por uma outra 
cirurgia.
Tendo vista do fato narrado, devido aos danos sofridos pelo autor, requere pagamento de lucro 
cessante, devido ao tempo que ficou sem trabalhar em consequência da primeira cirurgia e também pela segunda, porém não sendo-lhe admissível de direito, requerendo-o também danos morais.
II – DO MÉRITO
Apesar de o autor planejar obter indenização, contudo, o condomínio não é parte legitima para 
encontrar-se no polo passivo desta demanda, uma vez que, é reconhecido que o pote de vidro foi 
lançado do apartamento 601, logo é parte individualizada, sendo unidade autônoma, como dispõe o artigo 938 do código civil:
“Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das 
coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugarindevido.”
Não restando também, dúvidas do conhecimento da improcedência da obrigação de indenização do condomínio bosque das araras ao autor em relação aos danos sofridos em decorrência da segunda cirurgia a qual João foi submetido, visto que, os danos foram consequência de erro médico, cometido por ato falho da equipe cirúrgica do hospital do município X, devendo este ser demandado, e não em decorrência da queda do pote de vidro, uma vez que o autor afirmou que 
estava melhor e inclusive, já estava até trabalhando, e que só após uns dias de feita a cirurgia, sentiu-se mal, e descobriu o erro médico.
Sendo disponível pela legislação civil acerca desse tipo de situação: 
“Art. 403 do Código Civil. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e 
danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, 
sem prejuízo do disposto na lei processual.”
Embora a situação esteja relacionada a queda do pote de vidro que foi lançada do apartamento 601, unidade individual do condomínio, apenas deverá ser determinado os resultados sofrido do primeiro evento, ou seja, os lucros cessantes no valor de R$30 mil (trinta mil), e 50 salários-
mínimos a título de danos morais devido a violação de sua integridade física. 
III - DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer: 
a) a desconsideração do condomínio como parte legitima de acordo com o artigo 938 do código 
civil;
b) o acolhimento da preliminar de decadência de ação por ilegitimidade passiva, com consequente 
extinção do processo sem analise do mérito;
c) julgar parcialmente os pedidos do autor alegados na inicial;
d) a condenação do autor aos honorários advocatícios fixados em 20%.
IV – DAS PROVAS
Requerer a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude do Art. 332 do CPC, em especial a prova;
DOCUMENTAL
TESTEMUNHAL
PERICIAL
LAUDO MEDICO
Nestes termos, pede deferimento.
Local/Data
ADVOGADO/OAB

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