Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I (CDI-I) MÓDULO I -LIMITES E CONTINUIDADE- 1) (Limites) Resolva os limites abaixo: a) lim → = b) lim → √ = c) lim → √ = d) lim → 2𝑥 − 4𝑥 − 6 = e) lim → = f) lim → = (Note que estes polinômios são divisíveis por (x+1)) g) lim → = h) lim → √ √ = (Note que, se pode usar produtos notáveis (diferença de cubos) 2) (Limites Laterais) Resolva os limites laterais abaixo: a) lim → 𝑥 + | | = b) lim → 𝑥 + | | = c) lim → | | = d) lim → | | = e) lim → | | = f) lim → √𝑥 − 2 = g) lim → | | = h) lim → 𝑓(𝑥) = para 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒 𝑥 ≤ −3 √4 + 𝑥 𝑠𝑒 𝑥 > −3 3) Utilizando limites laterais, determine os limites abaixo se existirem: (Dica: construa tabelas de aproximação, à esquerda e à direita, se julgar necessário) a) lim → 𝑓(𝑥) = para 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 3 𝑠𝑒 𝑥 ≤ −2 3 − 𝑥 𝑠𝑒 𝑥 > −2 b) lim → 𝑓(𝑥) = para 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1 𝑠𝑒 𝑥 < 3 10 − 𝑥 𝑠𝑒 𝑥 ≥ −3 c) lim → 3 + |2𝑥 − 4| = d) lim → | | 4) (Limites no Infinito) Resolva os limites abaixo: a) lim → = b) lim → cos ( ) = c) lim → 𝑠𝑒𝑛( ) = d) lim → = e) lim → = f) lim → √ = 5) (Limites Infinitos) Resolva os limites abaixo: a) lim → ( ) = b) lim → = c) lim → = d) lim → = e) lim → ( ) = f) lim → ( ) ( ) = 6) (Assíntotas) Considerando as definições de assíntotas verticais e horizontais, analise o comportamento assintótico das seguintes funções: a) 𝑓(𝑥) = b) 𝑓(𝑥) = | | c) 𝑓(𝑥) = 𝑒 d) 𝑓(𝑥) = ln(𝑥) 7) (Limites Fundamentais) Resolva os limites abaixo: a) lim → ( ) = b) lim → ( ) = c) lim → ( ) = d) lim → 1 + = e) lim → 1 + = f) lim → = 8) (Corolário do Teorema do Confronto) Resolva os limites abaixo: a) lim → cos ( ) . 𝑒 = b) lim → sen ( ) . (2𝑥. 𝑒 ) = 9) (Continuidade) Verifique se as funções dadas abaixo são contínuas para os respectivos pontos de domínio apresentados: a) 𝑓(𝑥) = , no ponto de domínio 𝑥 = 2. b) 𝑓(𝑥) = , no ponto de domínio 𝑥 = 0. 10) (Teorema do Valor Intermediário) Considerando as funções abaixo, verifique, usando o teorema do valor intermediário, se existe alguma raiz de tais funções nos respectivos intervalos apresentado a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 , no intervalo de domínio [-1, 1]. b) 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 9, no intervalo de domínio [0, 4]. RESOLUÇÕES 1) (Limites) Resolva os limites abaixo: a) lim → Fatorando o numerador e o denominador temos: lim → 𝑥 − 7𝑥 + 10 𝑥 − 4 = lim → (𝑥 − 2). (𝑥 − 5) (𝑥 − 2). (𝑥 + 2) = lim → 𝑥 − 5 𝑥 + 2 = − 3 4 b) lim → √ Podemos usar o produto notável “diferença de quadrados” ou multiplicar o numerador e o denominador por 5 + √𝑥, também com base no referido produto notável. Assim: lim → 5 − √𝑥 25 − 𝑥 = lim → 5 − √𝑥 25 − 𝑥 . 5 + √𝑥 5 + √𝑥 = lim → 25 − 𝑥 (25 − 𝑥). 5 + √𝑥 = = lim → 25 − 𝑥 (25 − 𝑥). (5 + √𝑥) = lim → 1 5 + √𝑥 = 1 10 c) lim → √ Neste caso, o produto notável “diferença de quadrados” deve ser usado com cuidado. Assim, colocando “-1” em evidência no numerador, temos: lim → 9 − 𝑥 √𝑥 − 3 = lim → (−1)(𝑥 − 9) √𝑥 − 3 = (−1). lim → √𝑥 − 3 . √𝑥 + 3 √𝑥 − 3 = = (−1). lim → √𝑥 + 3 = −6 d) lim → 2𝑥 − 4𝑥 − 6 lim → 2𝑥 − 4𝑥 − 6 = -12 e) lim → lim → 𝑥 − 2𝑥 + 1 𝑥 + 3𝑥 + 1 = 0 5 = 0 f) lim → Note que estes polinômios (numerador e denominador) são divisíveis por (x+1) Assim, efetuando as respectivas divisões de polinômios, tem-se: lim → 𝑥 + 1 𝑥 + 4𝑥 + 3 = lim → 𝑥 − 𝑥 + 1 𝑥 + 3 = 3 2 g) lim → lim → = lim → = = √ h) lim → √ √ Considerando produtos notáveis (diferença de cubos), tem-se: 𝑥 − 2 = √𝑥 − √2 = √𝑥 − √2 = √𝑥 − √2 . √𝑥 + √2𝑥 + √4 Assim, substituindo (x-2) no limite, temos lim → √ √ = lim → √ √ √ √ . √ √ √ = lim → √ √ √ ⇒ lim → √ √ = √ 2) (Limites Laterais) Resolva os limites laterais abaixo (use tabelas para os limites laterais se precisar): a) lim → 𝑥 + | | = 1 b) lim → 𝑥 + | | = −1 c) lim → | | = Resolução Note que, 𝑥 + 2 > 0 implica que 𝑥 > −2. Mas se 𝑥 + 2 > 0, então 𝑥 + 2 = |𝑥 + 2|. Logo: lim → 𝑥 + 2 |𝑥 + 2| = 1 Adendo: Em adição à solução, 𝑥 + 2 < 0 implica que 𝑥 < −2. Logo, 𝑥 + 2 < 0 e 𝑥 + 2 = −|𝑥 + 2|. Assim: lim → 𝑥 + 2 |𝑥 + 2| = − 1 d) lim → | | = −1 e) lim → | | = 1 f) lim → √𝑥 − 2 = 1 g) lim → | | = h) lim → 𝑓(𝑥) = 1 para 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒 𝑥 ≤ −3 √4 + 𝑥 𝑠𝑒 𝑥 > −3 3) Utilizando limites laterais, se necessário, determine os limites abaixo, se existirem: a) lim → 𝑓(𝑥) = para 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 3 𝑠𝑒 𝑥 ≤ −2 3 − 𝑥 𝑠𝑒 𝑥 > −2 lim → 𝑓(𝑥) = 1 lim → 𝑓(𝑥) = 1 lim → 𝑓(𝑥) = 1 O limite existe. Isso pode ser comprovado pelos limites laterais que existem e são iguais. b) lim → 𝑓(𝑥) = para 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1 𝑠𝑒 𝑥 < 3 10 − 𝑥 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 3 lim → 𝑓(𝑥) = 7 lim → 𝑓(𝑥) = 7 lim → 𝑓(𝑥) = 7 O limite existe. Isso pode ser comprovado pelos limites laterais que existem e são iguais. c) lim → 3 + |2𝑥 − 4| = lim → 3 + |2𝑥 − 4| = 3 lim → 3 + |2𝑥 − 4| = 3 lim → 3 + |2𝑥 − 4| =3 O limite existe. Isso pode ser comprovado pelos limites laterais que existem e são iguais. d) lim → | | lim → | | = −1 lim → | | = 1 lim → | | = ∄ Não existe o limite quando 𝑥 → 0, pois os limites laterais, apesar de existirem, são diferentes. 4) (Limites no Infinito) Resolva os limites abaixo: a) lim → = lim → ( ) = 2 Colocando 𝑥 em evidência (potência de maior expoente) e simplificando, pode-se fazer tender a zero quando 𝑥 → +∞ e obter o resultado. b) lim → cos ( ) = 1 Quando 𝑥 → +∞, temos que → 0. c) lim → 𝑠𝑒𝑛( ) = 0 d) lim → = lim → ( ) ( ) = 2 O raciocínio segue de modo análogo ao item a). e) lim → = lim → ( ) ( ) = O raciocínio segue de modo análogo ao item a). f) lim → √ = Dividindo o numerador por 𝑥 e o denominador do argumento do limite por √𝑥 (já que precisamos de valores positivos para operar com a raiz), tem-se: lim → 3𝑥 + 4 √2𝑥 − 5 = lim → (3𝑥 + 4)/𝑥 (√2𝑥 − 5 )/√𝑥 = lim → (3 + 4 𝑥 ) 2 − 5 𝑥 = lim → (3 + 4 𝑥 ) lim → 2 − 5 𝑥 No último membro acima, quando 𝑥 → +∞, então → 0 e → 0. Assim, chega-se a: lim → 3𝑥 + 4 √2𝑥 − 5 = lim → (3 + 4 𝑥 ) lim → 2 − 5 𝑥 = 3 √2 5) (Limites Infinitos) Resolva os limites abaixo: a) lim → ( ) = − ∞ (O Leithold indica este limite por) Quando 𝑥 → 2, quer pela esquerda, quer pela direita, o expoente 2 torna o denominador positivo e, como o numerador é uma constante negativa, tem-se o resultado acima. b) lim → = ∞ Quando 𝑥 → 4 , então o limite tende a −∞. Porém, quando 𝑥 → 4 , o limite tende a +∞. Daí tem-se o resultado acima. O Leithold indica este limite por “∞”. Porém, há autores que o indicam por ±∞. c) lim → = + ∞ Note que, como 𝑥 → 2 , o argumento do limite será sempre positivo. d) lim → = ∞ Para valores de 𝑥 infinitesimalmente próximos de 2, o numerador será sempre positivo, mas o denominador será negativo quando 𝑥 → 2 e será positivo quando 𝑥 → 2 . Daí o resultado acima. O Leithold indica este limite por “∞”. Porém, há autores que o indicam por ±∞. e) lim → ( ) = ∞ a função 𝑠𝑒𝑛(𝑥) → 0, tanto por valores positivos, quanto por valores negativos. Como 3 é constante positiva, temos o resultado acima. f) lim → ( ) ( ) = + ∞ Apesar de 𝑥 → 0 , o módulotorna os valores de saída todos positivos, o que explica o resultado acima. 6) (Assíntotas) Considerando as definições de assíntotas verticais e horizontais, analise o comportamento assintótico das seguintes funções: Para fins de explanação, temos as definições de assíntota vertical e assíntota horizontal: Assíntota Vertical Assíntota Horizontal a) 𝑓(𝑥) = Note que, 𝑥 = 0 não faz parte do domínio da função. Assim, como lim → = −∞ e/ou lim → = +∞, temos, segundo a definição, dada a priori, que o eixo x (reta vertical x=0) é uma assíntota para a função. Por outro lado, como lim → = 0 e/ou lim → = 0, temos a prova da existência de uma assíntota horizontal em y=0 (reta horizontal constituída pelo eixo y). Sugestão: desenhe o gráfico, usando algum software, para visualizar a função. b) 𝑓(𝑥) = | | Note que, 𝑥 = 0 não faz parte do domínio da função. Assim, como lim → | | = +∞ e/ou lim → | | = +∞, temos, segundo a definição, dada a priori, que o eixo x (reta vertical x=0) é uma assíntota para a função. Por outro lado, como lim → | | = 0 e/ou lim → | | = 0, temos a prova da existência de uma assíntota horizontal em y=0 (reta horizontal constituída pelo eixo y). Sugestão: desenhe o gráfico, usando algum software, para visualizar a função. c) 𝑓(𝑥) = 𝑒 Note que, não há valor de 𝑥 que não possa ser aplicado à função. Assim, não há assíntota vertical para esta função. Isto é, nenhum dos resultados previstos na definição de assíntota vertical poderá ser verificado. Por outro lado, como lim → 𝑒 = 0, temos a prova da existência de uma assíntota horizontal em y=0 (reta horizontal constituída pelo eixo y). Sugestão: desenhe o gráfico, usando algum software, para visualizar a função. d) 𝑓(𝑥) = ln(𝑥) Lembre-se que, a função logarítmica não está definida para valores negativos ou nulo. Assim, tomando lim → ln(𝑥) = −∞. Este resultado implica na existência de uma assíntota vertical em x=0 (reta vertical constituída pelo eixo x). 7) (Limites Fundamentais) Resolva os limites abaixo: a) lim → ( ) = lim → 𝑥. ( ) = lim → 𝑥 . lim → ( ) = 0 × 1 = 0 b) lim → ( ) = Neste caso, tomaremos 𝑡 = 𝑥 . Assim: lim → 𝑠𝑒𝑛(𝑥 ) 𝑥 = lim → 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑡 = 1 Note que, como 𝑡 é função de 𝑥, então 𝑡 → 0 quando 𝑥 → 0. Assim, a substituição é válida e, consequentemente, o resultado também é. c) lim → ( ) = Utilizando a ideia do produto notável “diferença de quadrados” e o fato de que “𝑠𝑒𝑛 (𝑥) = 1 − cos (𝑥)”, multiplicamos o numerador e o denominador do argumento do limite e temos: lim → 1 − cos (𝑥) 𝑥 = lim → 1 − cos (𝑥) 𝑥 . 1 + cos (𝑥) 1 + cos (𝑥) = lim → 1 − cos (𝑥) 𝑥 . 1 1 + cos (𝑥) = = lim → 𝑠𝑒𝑛 (𝑥) 𝑥 . lim → 1 1 + cos (𝑥) = lim → 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑥 . lim → 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑥 . lim → 1 1 + cos (𝑥) = Neste ponto, quando 𝑥 → 0, temos os limites fundamentais são iguais a um e o último dos limites vale . Assim: lim → 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑥 . lim → 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑥 . lim → 1 1 + cos (𝑥) = 1 2 d) lim → 1 + = Temos aqui uma multiplicação de mesma base. Assim: lim → 1 + 1 𝑥 = lim → 1 + 1 𝑥 . 1 + 1 𝑥 = lim → 1 + 1 𝑥 . lim → 1 + 1 𝑥 = 𝑒. 𝑒 = 𝑒 Pode-se pensar também da seguinte forma: lim → 1 + 1 𝑥 = lim → 1 + 1 𝑥 = 𝑒 e) lim → 1 + = Neste exercício, faremos uma substituição com 𝑢 = , logo 𝑥 = e quando 𝑥 → +∞, temos que 𝑢 → 0. Assim: lim → 1 + 2 𝑥 = lim → (1 + 𝑢) = lim → (1 + 𝑢) = 𝑒 f) lim → = Faremos uma mudança de variável com 𝑡 = 3𝑥. Assim: lim → 2 − 1 3𝑥 = lim → 2 − 1 𝑡 = ln(2) 8) (Corolário do Teorema do Confronto) Resolva os limites abaixo: a) lim → cos ( ) . 𝑒 = 0 Temos que, quando 𝑥 → 𝜋, então cos → 0. E mais, 𝑒 é uma função limitada (função gaussiana), pois suas imagens estão no intervalo (0, 1]. Logo, pelo corolário do teorema do confronto, o resultado do limite acima é nulo. b) lim → sen ( ) . (2𝑥. 𝑒 ) = 0 Temos que, quando 𝑥 → 2𝜋, então sen → 0. E mais, 2𝑥. 𝑒 é uma função limitada, pois suas imagens estão no intervalo [-1, 1]. Logo, pelo corolário do teorema do confronto, o resultado do limite acima é nulo. 9) (Continuidade) Verifique se as funções dadas abaixo são contínuas para os respectivos pontos de domínio apresentados: a) 𝑓(𝑥) = , no ponto de domínio 𝑥 = 2. Calculando o limite da função no ponto de domínio 𝑥 = 2, temos: lim → = ∞ (ou ±∞), pois lim → = −∞ e lim → = +∞ E ainda, a função não pode ser calculada no ponto 𝑥 = 2. Logo, a função não é contínua no ponto de domínio 𝑥 = 2. b) 𝑓(𝑥) = , no ponto de domínio 𝑥 = 0. Calculando o limite da função no ponto de domínio 𝑥 = 0, temos: lim → 2𝑥 − 2 3𝑥 − 4 = 1 2 E ainda, 𝑓(0) = . . = . Dessa forma, como o limite da função é igual ao valor da função calculada no ponto, conclui-se que ela seja contínua no ponto 𝑥 = 0. 10 (Teorema do Valor Intermediário) Considerando as funções abaixo, verifique, usando o teorema do valor intermediário, se existe alguma raiz de tais funções nos respectivos intervalos apresentado. a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 , no intervalo de domínio [-1, 1]. Aplicando os valores extremos do intervalo de domínio à função, temos: 𝑓(−1) = −1 e 𝑓(1) = 1 Considerando que a função, para o intervalo de domínio [-1, 1], apresenta imagens com sinais opostos, pelo teorema do valor intermediário deve haver algum valor de domínio “𝑥 = 𝑐” de tal forma que 𝑓(𝑐) = 0. Logo, este valor de domínio existe e é raiz da função dada. b) 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 9, no intervalo de domínio [0, 4]. Aplicando os valores extremos do intervalo de domínio à função, temos: 𝑓(0) = 9 e 𝑓(4) = −7 Considerando que a função, para o intervalo de domínio [0, 4], apresenta imagens com sinais opostos, pelo teorema do valor intermediário, conclui-se que deve haver “𝑥 = 𝑐” de modo que 𝑓(𝑐) = 0. Logo, este valor de domínio existe e é raiz da função dada.
Compartilhar