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ENEM - FILOSOFIA: A ÉTICA NA FILOSOFIA - Karl Marx II

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ENEM – FILOSOFIA
A ÉTICA NA FILOSOFIA – Karl Marx II
A segunda alienação do homem no modo de produção capitalista consiste na inversão de 
dependência da força de trabalho dos meios de produção de riqueza capitalista que se torna estranha
ao sujeito responsável que a produziu. O homem da sociedade capitalista não está livre como se 
poderia imaginar após ter saído do estado de natureza. Sua sobrevivência depende de estar submisso
na produção da riqueza e na reprodução do capital da sociedade capitalista.
Isto significa que a subjetividade antes necessária para a criatividade do homem, agora 
encontra-se dependente dos meios de produção. Na verdade, é como se ela estivesse impedida de se 
manifestar dado a situação de obediência no qual o homem trabalha. Ali o homem não deixa que as 
suas energias físicas e mentais sejam livres para criar, mas ele as esgota nesta situação maquinal no 
qual está submetido.
A produção capitalista está longe de se contentar com o suprimento das necessidades básicas. 
Como dito na edição do resumo Karl Marx I, novas necessidades surgem logo após o fim de outras. 
Isto se deve ao fato do que Marx chamou de fetiche da mercadoria que acontece por meio da 
reificação. Sendo a mercadoria o modo como o capital se reproduz na sociedade burguesa, ela é que
assume a condição de ser vivo na medida em que ela agora deve ser conquistada pelo homem. O 
que importa aqui é a reprodução do capital pelo consumo crescente das mercadorias. Para isso, ela 
se reifica e se torna algo alienado de quem a produziu, o homem da força de trabalho.
Neste sociedade, o homem não é mais digno de consideração pela suas energias mentais e 
físicas, mas pelo o que pode consumir através do capital que possui. É ele quem agora dá os valores
da sociedade burguesa e esta torna os seus indivíduos dependentes da fetichização da mercadoria 
realizada na reificação. Se eu tenho necessidade de uma determinada roupa A para me agasalhar no 
inverno, a minha necessidade então é de não passar frio. Porém, o que Marx acusa é que se eu 
escolho comprar uma determinada roupa B de uma marca mundialmente conhecida e que é usada 
por poucas pessoas porque está na moda e porque eu tenho condições para comprar mesmo ela 
sendo muito mais custosa que a roupa A que é mais simples, ainda que esta roupa A me dá o que 
realmente preciso para não passar frio, então eu sucumbi ao fetiche da mercadoria pois a minha 
necessidade inicial é uma e a necessidade que eu supri foi me dada por um motivo que nada tem a 
ver com a minha real necessidade. O que dá valor agora é o dinheiro pelo que ele pode comprar.

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