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Instalações elétricas industriais_Com capa

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Marcos Donizetti Rossi
Instalações Elétricas Industriais
© 2016 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Universidade de Uberaba.
Universidade de Uberaba
Reitor 
Marcelo Palmério
Pró-Reitor de Educação a Distância
Fernando César Marra e Silva
Editoração
Produção de Materiais Didáticos
Capa
Toninho Cartoon
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE
 Rossi, Marcos Donizetti. 
R735i Instalações elétricas industriais / Marcos Donizetti 
Rossi. – Uberaba: Universidade de Uberaba, 2016.
 140 p. : il. 
 Programa de Educação a Distância – Universidade de 
Uberaba. 
 ISBN: 978-85-7777-572-9
 
 1. Instalações elétricas. 2. Eletricidades – Conduites. 
I. Universidade de Uberaba. Programa de Educação a 
Distância. II. Título. 
 
 CDD 621.31
Marcos Donizetti Rossi
Possuo graduação em Engenharia Elétrica/Eletrônica e Telecomu-
nicações pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) e especia-
lização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Univerdade 
Estadual de Londrina (UEL). Atualmente, sou analista de projetos 
de entrada Analista de Projetos de E.S (Entradas de Serviços) de 
Baixa Tensão e Alta Tensão, e instrutor dos cursos de Medição Co-
mercial de Energia, NR-10 e Formação Básica de Eletricistas de AT 
na COPEL (Companhia Paranaense de Energia). Sou professor na 
Fundação de Ensino Técnico de Londrina, das disciplinas Eletrô-
nica de Potência, Análise de Sistemas Elétricos e Informática Apli-
cada à Eletrônica. Sou também Tutor a Distância na Universidade 
Note do Paraná (UNOPAR).
Sobre os autores
Sumário
Capítulo 1 Definições, simbologia e localização de cargas elétricas ...11
1.1 Objetivos de um projeto elétrico ...................................................................... 13
1.2 Normas vigentes para a elaboração de projetos elétricos .............................. 13
1.3 Componentes de um projeto elétrico ............................................................... 15
1.4 Normas e recomendações gerais .................................................................... 16
1.5 Etapas na elaboração de um projeto elétrico .................................................. 17
1.6 Simbologia elétrica aplicada em um projeto elétrico ....................................... 20
1.7 Previsão de cargas elétricas ............................................................................ 21
1.8 Tensão dos circuitos ........................................................................................ 23
1.9 Esquema/diagramas unifilares ........................................................................ 25
1.10 Balanceamento de fases ............................................................................... 26
Capítulo 2 Quadro de cargas ...........................................................33
2.1 Definições e constituição de um quadro de distribuição ................................. 34
2.2 Localização do quadro de distribuição ............................................................ 37
2.3 Critérios de dimensionamento de quadros de distribuição ............................. 39
2.4 Quadros de distribuição – centros de carga .................................................... 41
2.5 Determinações da nbr 5410/04 em relação aos quadros de distribuição ...... 44
Capítulo 3 Dimensionamento de eletrodutos e condutores ............47
3.1 Dimensionamento de eletrodutos .................................................................... 48
3.2. Roteiro para dimensionamento de eletrodutos .............................................. 49
3.3. Condutores elétricos – definição .................................................................... 54
3.4. Dimensionamento de condutores – critério da ampacidade – 
capacidade de condução de corrente e critério do limite de queda de tensão..... 57
Capítulo 4 Luminotécnica ................................................................81
4.1 Conceitos básicos de luminotécnica ............................................................... 82
4.2 Visão das cores................................................................................................ 84
4.3 Grandezas e unidades utilizadas em iluminação ............................................ 86
4.4 Iluminação: métodos de cálculo ...................................................................... 106
Capítulo 5 Instalações para eletromotriz .........................................113
5.1 Força eletromotriz ............................................................................................ 114
5.2 Consumo industrial de energia no Brasil ......................................................... 117
5.3 Aplicações de motores elétricos ...................................................................... 120
5.4 Exemplo de circuito com força eletromotriz .................................................... 121
5.5 Diferença de potencial ..................................................................................... 124
5.6 Centro de controle de motores (CCM) ............................................................ 125
Capítulo 6 Fator de potência ...........................................................129
6.1 Definições ........................................................................................................ 130
6.2 Conceitos básicos ............................................................................................ 131
6.3 Fator de potência ............................................................................................. 133
6.4 Correção do baixo fator de potência ............................................................... 141
Capítulo 7 Subestações ...................................................................143
7.1 Subestação de energia elétrica - definições ................................................... 145
7.2 Classificação das subestações de energia elétrica ........................................ 146
7.3 Principais equipamentos de uma subestação de energia elétrica 
e suas funções ....................................................................................................... 150
7.4 Sistema de suprimento .................................................................................... 152
7.5 Principais esquemas de subestações de média tensão ................................. 152
7.6 As subestações e o sistema elétrico de potência............................................ 153
7.7 Manutenção aplicada às subestações ............................................................ 153
Capítulo 8 Proteção contra sobrecargas, curto-circuitos e descargas 
atmosféricas ......................................................................................159
8.1 Tipos de dispositivos de proteção ................................................................... 160
8.2 Proteção contra sobrecorrentes ...................................................................... 165
8.3 Simbologia gráfica ........................................................................................... 167
8.4 O sistema de proteção contra descargas atmosféricas (spda) ....................... 168
Conclusão ............................................................................................................. 174
Referências ...........................................................................................................
176
Este livro de Projeto de Instalações Industriais tem como objetivo 
mostrar ao aluno e futuro profissional, uma abordagem sistemática 
de diversos itens relacionados a elaboração dos respectivos pro-
jetos, mostrando de maneira clara, concisa e objetiva os assuntos 
relevantes à área.
Fizemos a inserção dos assuntos mais relevantes para que o aluno 
seja conhecedor e um disseminador de novas idéias, com o objeti-
vo de colocá-las em prática.
No Capítulo I, abordamos definições, simbologia e localização de 
cargas elétricas. Assunto extremamente importante, mostrando a 
importância da adoção de simbologias elétricas, sua localização, 
buscando a padronização nos projetos elétricos. O objetivo é mos-
trar a inserção de tais simbologias dentro de um projeto elétrico, de-
monstrado também, itens necessários para a elaboração do mesmo.
No Capítulo II falamos sobre os Quadros de Cargas, ou seja o cen-
tro de toda distribuição elétrica, regras voltadas para sua alocação, 
evitando-se desperdícios no mau dimensionamento de eletrodutos, 
fios e cabos elétricos.
O Capítulo III fala do Dimensionamento de Eletrodutos e Conduto-
res, itens essenciais numa instalação elétrica. Mostramos todos os 
critérios de dimensionamentos, para que sejam evitados os des-
perdícios, oriundos de um mau dimensionamento.
Apresentação
O Capítulo IV diz respeito a Luminotécnica, mostrando conceitos 
físicos e grandezas voltadas aos sistemas de iluminação, para que 
os alunos se familiarizem com novas tecnologias, bem como bus-
quem outras a serem implementadas.
O Capítulo V mostra as Instalações de Força Motriz, mostrando os 
conceitos de motores, suas aplicações, dimensionamentos e ca-
racterísticas.
O Capítulo VI faz uma abordagem da Correção do Fator de Po-
tência, suas causas, consequências e como podemos eliminá-lo 
e corrigi-lo para que não tragam problemas a instalação elétrica e 
consequentes multas.
O Capítulo VII traz os conceitos das subestações, tipos, caracterís-
ticas de montagem e aplicações.
Fechamos o livro com o capítulo VIII, que fala sobre Proteção Con-
tra Sobrecargas, Curto-Circuitos e Descargas Atmosféricas, itens 
extremamente relevantes a segurança das instalações elétricas e 
consequentemente, das pessoas 
Percebemos que o aluno, futuro Engenheiro Eletricista deve pos-
suir uma visão global acerca dos diversos assuntos voltados a área 
elétrica, ou seja, conhecedor de novas tecnologias inseridas no 
mercado, para que possa aprimorá-las, tornando seu uso viável.
 
Marcos Donizetti Rossi
Introdução
Definições, simbologia 
e localização de cargas 
elétricas
Capítulo
1
Quando executamos uma instalação elétrica qualquer, 
necessitamos de vários dados pertinentes a ela, por exemplo, 
o levantamento e a localização dos dispositivos/elementos 
elétricos, dimensionamento dos condutores, distribuições de 
cargas, dispositivos de proteção etc.
Para que possamos representar tais dados, necessitamos de 
uma simbologia elétrica, baseada em Normas aos quais as 
tornem compreensíveis e claras a sua execução.
Para que possamos representar os dados de uma instalação 
elétrica, adotamos tais simbologias, tornando possível sua 
leitura e interpretação. Como exemplo, temos:
• Representação da localização dos pontos de consumo 
de energia elétrica com seus respectivos comandos e 
indicações dos circuitos a serem ligados;
• Localização dos quadros elétricos e centros de 
distribuição;
• Trajeto dos condutores e proteção mecânica;
• Diagrama unifilar e multifilar com discriminação dos 
circuitos, seção dos condutores, dispositivos de 
manobra e proteção;
• Características dos materiais elétricos a serem 
empregados.
12 UNIUBE
• Estabelecer símbolos gráficos aos quais devem ser 
utilizados em todos os tipos de projetos elétricos, para 
representar os componentes e a relação entre eles.
• Estabelecer critérios de funções e aplicabilidade aos 
dispositivos elétricos e suas relações.
• Facilitar a modificação de diagramas esquemáticos, 
segundo as normas estrangeiras para as normas 
brasileiras.
• Apresentar a simbologia correta em uso no território 
nacional.
• Objetivos de um projeto elétrico
• Normas vigentes para a elaboração de projetos elétricos
• Componentes de um projeto elétrico
• Normas e recomendações gerais
• Simbologia elétrica aplicada em um projeto elétrico
• Previsão de cargas elétricas
• Tensão dos Circuitos
• Esquema/diagramas unifilares
• Balanceamento de fases
Objetivos
Esquema
Esta unidade didática tem por objetivo relacionar as normas 
internacionais dos símbolos de maior uso, comparado à 
simbologia brasileira (ABNT), internacional (IEC), alemã 
(DIN) e norte-americana (ANSI), visando a facilitação e 
modificação de desenhos esquemáticos e apresentar as 
simbologias corretas em uso.
 UNIUBE 13
Objetivos de um projeto elétrico1.1
Ao desenvolvermos um projeto elétrico de qualquer natureza (re-
sidencial, predial, comercial, industrial), buscamos inserir simbolo-
gias elétricas que tornem compreensíveis sua execução. Projetar 
uma instalação elétrica consiste em quantificar, classificar e alocar 
os pontos de consumo de energia, dimensionar e definir os condu-
tores e os condutos, definir, alocar e dimensionar os sistemas de 
proteção, de comando e de medição.
Com a adoção de tais medidas, garantimos a transferência de 
energia elétrica desde uma fonte, em geral a concessionária, até o 
consumidor, de maneira eficaz e segura.
A segurança ao consumidor final também é realizada através da 
geração de documentos que asseguram que o projeto elétrico foi 
elaborado dentro de normas vigentes, estando totalmente segura 
a sua execução.
1.2 Normas vigentes para a elaboração 
de projetos elétricos
Definimos como normalização, a maneira de organizar atividades 
pela criação e utilização de Regulamentos e Normas, elaboração, 
publicação e promoção do emprego destas Normas e Regulamentos.
As normas são documentos estabelecidos por consenso e aprova-
dos por uma instituição ou organismo reconhecido, que fornecem 
para uso comum e repetido, Regras, Diretrizes ou Características 
para Produtos, Processos ou Métodos de Produção, cujo cumpri-
mento é voluntário, visando à otimização de benefícios para as em-
presas e para a comunidade
14 UNIUBE
A utilização de normas técnicas oferece a devida segurança, tanto 
para o projetista e profissionais envolvidos quanto para o consu-
midor final, por meio da adoção voluntária. Uma norma tem como 
objetivos a padronização de simbologias, terminologias, caracterís-
ticas técnicas, métodos de ensaio, procedimentos etc.
A elaboração das normas técnicas é feita em dois foros distintos, 
coordenados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas), para normalização técnica no país, constituindo-se em 
uma entidade privada, sem fins lucrativos.
Os chamados Comitês Especializados são órgãos responsáveis 
pela coordenação e planejamento das atividades de normalização 
em uma área ou setor específico. São responsáveis pela integra-
ção da ABNT no Sistema de Normalização Internacional.
As normas vigentes para elaboração de projetos elétricos são:
• NBR 5410/04 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
• NBR 5444/89 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas 
Prediais.
• NBR 519/2015 – Proteção de Estruturas Contra Descargas 
Atmosféricas.
• NBR 5413/1992 – Iluminância de Interiores.
• Normas das concessionárias de energia elétrica locais.
 UNIUBE 15
1.3 Componentes de um projeto elétrico
Um projeto elétrico deve ser concebido e desenvolvido baseado 
nas normas técnicas. Tal projeto consiste de documentos e dese-
nhos, devendo possuir:
• Elaboração da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), 
de projeto e, posteriormente, de execução, garantindo a se-
gurança do profissional e do cliente final;
• Carta de aprovação da concessionária;
• Memorial descritivo;
• Memória de cálculo;
• Cálculo da demanda;
• Dimensionamento dos condutores;
• Dimensionamento dos condutos;
• Dimensionamento da proteção;
• Plantas (necessárias à elaboração do projeto elétrico, sendo 
desenvolvidas no projeto arquitetônico);
• Plantas de situação (necessárias à elaboração do projeto elé-
trico, sendo desenvolvidas no projeto arquitetônico);
• Plantas dos pavimentos (necessárias à elaboração do projeto 
elétrico, sendo desenvolvidas no projeto arquitetônico);
16 UNIUBE
• Esquemas verticais (necessárias à elaboração do projeto elé-
trico, sendo desenvolvidos no projeto arquitetônico);
• Antena coletiva;
• Porteiro eletrônico;
• Alarmes, iluminação de emergência (projeto de prevenção de 
incêndio);
• Quadro de distribuição;
• Diagramas multiunifilares;
• Detalhes gerais;
• Para-raios, aterramento;
• Convenções;
• Especificações;
• Lista de materiais.
1.4 Normas e recomendações gerais
Na elaboração de um projeto elétrico, o projetista deve estar atento 
também a normas técnicas nacionais que se apliquem a itens es-
pecíficos de cada projeto.
A interação junto às normas do corpo de bombeiro, visando a segu-
rança e o combate a incêndio, também se faz necessária.
 UNIUBE 17
Devem também ser observados os seguintes critérios:
• Critérios de acessibilidade: pontos de utilização, manobra e 
proteção devem estar perfeitamente acessíveis;
• Critérios de flexibilidade e reserva de carga: permite acrésci-
mo de cargas futuras e alterações na carga existente;
• Critérios de confiabilidade: atendimento das normas garantin-
do a integridade dos equipamentos e usuários.
1.5 Etapas na elaboração de um projeto elétrico
As seguintes etapas devem ser seguidas na elaboração de um pro-
jeto elétrico:
a. Informações preliminares
1. Planta de situação;
2. Projeto arquitetônico;
3. Projetos complementares: estrutural, hidrossanitários, com-
bate a incêndio;
4. Informações obtidas com o cliente: disposição da iluminação, 
cargas atuais, cargas futuras, materiais desejados.
 
b. Quantificação do sistema (Dados do cliente e NBR-5410):
1. Previsão de tomadas;
2. Previsão da iluminação;
18 UNIUBE
3. Motores;
4. Cargas especiais: motores de elevadores, bombas d’água.
 
c. Determinação do padrão de atendimento (carga e as normas 
da concessionária local)
1. Determinação da demanda e da categoria de atendimento do 
consumidor;
2. Classificação da entrada de serviço.
 
d. Plantas
1. Desenhos dos pontos de utilização;
2. Distribuição dos QL e QF;
3. Divisão das cargas;
4. Desenho das tubulações;
5. Traçado da fiação dos circuitos terminais;
6. Localização do quadro geral, medição, ponto de entrega e 
seccionadora;
7. Traçado dos alimentadores e suas tubulações.
 
e. Dimensionamentos (carga e normas)
1. Dimensionamento dos condutores;
2. Dimensionamento das tubulações;
3. Dimensionamento da proteção;
4. Dimensionamento dos quadros.
 UNIUBE 19
f. Quadros de distribuição (quadros demonstrativos de carga) e 
diagramas
1. Quadros de distribuição de cargas;
2. Diagramas unifilares dos QLs;
3. Diagramas de força e quadros de comando;
4. Diagrama unifilar geral.
 
g. Memorial descritivo
1. Dados básicos de identificação do projeto;
2. Dados quantitativos do projeto;
3. Descrição geral do projeto;
4. Documentação do projeto.
 
h. Memorial de cálculo
1. Cálculo das previsões de carga;
2. Determinação da demanda provável;
3. Dimensionamento dos condutores;
4. Dimensionamento dos eletrodutos;
5. Dimensionamento da proteção.
 
i. Elaboração da lista de materiais
 
j. ART – Junto ao CREA local
k. Análise da concessionária
20 UNIUBE
1.6 Simbologia elétrica aplicada em um projeto elétrico
Na figura a seguir, temos a representação de simbologias aplica-
das em um determinado projeto elétrico. Ali se encontram repre-
sentados interruptores, tomadas de uso geral (TUG), tomadas de 
uso específico (TUE), quadro de distribuição, circuitos elétricos, fa-
seamentos, como exemplos.
Figura 1 – Simbologia elétrica aplicada em um projeto elétrico
Fonte: Gonçalves (2012a, p.39)
 
 
 UNIUBE 21
1.7 Previsão de cargas elétricas
Nos projetos elétricos, devemos estabelecer uma previsão de car-
gas elétricas mínimas necessárias, estabelecidas de acordo com a 
NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
Mesmo que o projeto arquitetônico já tiver o layout colocado, de-
vemos pensar em futuras ampliações, evitando gastos futuros 
desnecessários.
Tais cargas elétricas estarão atribuídas aos circuitos elétricos. Tais 
circuitos dividem-se em:
• Circuitos de iluminação;
• Circuitos de força: Tomadas de Uso Geral (TUG) e Tomadas 
de Uso Específico (TUE).
A esta divisão de circuitos chamamos de circuitos terminais. De 
acordo com a simbologia elétrica, dispomos os chamados circuitos 
terminais no projeto elétrico.
 
Circuitos de Iluminação/Carga de Iluminação (de acordo com 
a NBR 5410):
Os parâmetros estabelecidos para potência destinados à ilumina-
ção são apenas para efeito de dimensionamento dos circuitos, e 
não necessariamente à potência nominal das lâmpadas.
 
22 UNIUBE
Para cada cômodo, deverá ser previsto pelo menos um ponto de 
100VA.
Em cômodos com área igual ou superior a 6m2, deverá ser prevista 
uma carga mínima de 100VA para os primeiros 6m2, acrescida de 
60VA para cada aumento de 4m2.
 
Circuitos de Força/Carga de Tomadas de Uso Geral (TUG) (de 
acordo com a NBR 5410):
 
Quanto à quantidade:
I. Em banheiros, pelo menos uma tomada junto ao lavatório;
II. Em cozinhas, copas, área de serviço, lavanderias e locais 
análogos, no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5m, 
ou fração de perímetro, sendo que, acima de cada bancada 
de largura igual ou superior a 0,3m, deve ser previsto pelo 
menos um ponto de tomada;
III. Em subsolos, garagens, sifões, halls de escadaria e em va-
randas, salas de manutenção ou localização de equipamen-
tos, tais como casa de máquinas, salas de bombas e locais 
análogos, deve ser previsto um ponto de tomada; 
IV. Nos demais cômodos, se a área for inferior a 6m2, pelo menos 
um ponto de tomada, se a área for superior a 6m2, pelo menos 
um ponto de tomada para cada 5m, ou fração de perímetro.
 
 UNIUBE 23
Quanto à potência:
I. Em banheiros, cozinhas, copas e locais análogos, no mínimo 
600VA por ponto, até três pontos de tomada, e 100VA por 
ponto de tomada, para os excedentes, considerando cada 
um dos ambientes separadamente;
II. Nos demais cômodos, no mínimo 100VA por ponto de tomada.
Tomadas de Uso Específico (TUE)
Aos pontos de TUE deverá ser atribuída uma potência igual à po-
tência nominal do equipamento a ser alimentado, devendo ser ins-
talada no máximo a 1,5m do local previsto para o equipamento.
Carga Instalada
A carga instalada é determinada mediante o somatório das potên-
cias nominais dos aparelhos, dos equipamentos elétricos e das 
lâmpadas existentes nas instalações.
1.8 Tensão dos circuitos
Todos os circuitos terminais deverão ser “alimentados” por uma ten-
são, ao qual chamamos de tensão secundária de distribuição, ou 
seja, a tensão já vem pronta para ser utilizada pelo consumidor final. 
De acordo com o número de fases e a tensão secundária de forne-
cimento, devemos observar as seguintes recomendações quanto à 
determinação da tensão de alimentação dos circuitos terminais:
24 UNIUBE
Quadro 1 - Tipos de Tensão
MONOFÁSICO Todos os circuitos terminais terão li-
gação FASE-NEUTRO, na tensão de 
fornecimento da concessionária local.
BIFÁSICO Circuitos de Iluminação e 
TUGs devem ser ligados no 
menor valor de tensão (FASE-
NEUTRO: MONOFÁSICO).
TUEs podem ser ligados no menor 
valor de tensão (FASE-NEUTRO: 
MONOFÁSICO) ou no maior de 
tensão (FASE-FASE: BIFÁSICO).
Normalmente, utilizam-se circuitos 
bifásicos para as TUEs de maior 
potência (chuveiro, torneiras elétricas 
e aparelhos de ar-condicionado).
TRIFÁSICO
Fonte: adaptado de Silva Junior (2012, pp.27-28)
 UNIUBE 25
1.9 Esquema/diagramas unifilares
Para a representação da simbologia elétrica, dispomos ela e suas 
ligações pelo chamado esquema/diagrama unifilar. Tais diagra-
mas correspondem a representação
das cargas elétricas, dispos-
tas e dimensionadas de acordo com as normas elétricas vigentes.
A figura, a seguir, ilustra um diagrama unifilar, ou seja, o esque-
ma elétrico dos dispositivos envolvidos: temos um Quadro de 
Distribuição (QD), da qual saem uma mangueira (tubulação), e 
dentro de um eletroduto (tubulação) encontram-se as fiações (fio 
fase, neutro e terra), chegando em uma Tomada de Uso Geral de 
potência 600 VA, ao qual foi colocada em uma cozinha ou banhei-
ro, devido a atribuição de sua potência.
Figura 2 - Esquema unifilar de circuitos
Fonte: Silva Junior (2012, p.34)
26 UNIUBE
Figura 3 - Esquema unifilar com destaque para as Informações nele Indicadas
Fonte: Silva Junior (2012, p.35)
1.10 Balanceamento de fases
Todos os circuitos terminais chegam em um quadro, ao qual cha-
mamos de Quadro de Distribuição. Tal quadro recebe as fiações de 
tais circuitos, aos quais deverão ser protegidos por dispositivos de 
proteção.
O Quadro de Distribuição pode ter na proteção geral um disjuntor 
com uma fase, monofásico (apenas uma fase R), duas fases, bi-
fásico (duas fases R e S) ou três fases, trifásico (R, S e T). Caso 
tenhamos circuitos com duas fases (R e S) ou três fases (R, S e T), 
devemos distribuir a carga (circuitos) atribuída de uma maneira equi-
librada, estabelecendo o chamado balanceamento entre as fases.
Em instalações com duas (R e S) ou três (R, S e T) fases, as cargas 
devem ser distribuídas uniformemente entre as fases de modo a 
obter-se o maior equilíbrio possível.
 UNIUBE 27
Figura 4 - Balanceamento de fases
Fonte: Silva Junior (2012, p.36)
Com isso, calcularemos a demanda (carga total) atribuída aos cir-
cuitos e respectivas correntes elétricas, com o objetivo de dimen-
sionamentos dos dispositivos de proteção.
Figura 5 - Balanceamento de fases
Fonte: Silva Junior (2012, p.37)
 
EXEMPLO: A FIGURA 6 MOSTRA UMA PLANTA AO QUAL 
IREMOS FAZER A DIVISÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS
 
28 UNIUBE
Figura 6 - Divisão de uma planta em circuitos terminais
Fonte: Silva Junior (2012, p.38)
Figura 7 - Quadro de previsão de cargas em apartamentos
Fonte: Silva Junior (2012, p.39)
 UNIUBE 29
Figura 8 - Quadro de previsão de cargas em apartamentos
Fonte: Silva Junior (2012, p.40)
Figura 9 - Cargas parciais 
Fonte: Silva Junior (2012, p.41)
30 UNIUBE
Figura 10 - Cargas parciais dos apartamentos - continuação
Fonte: Silva Junior (2012, p.42)
Figura 11 - Demanda
Fonte: Silva Junior (2012, p.43)
 
 UNIUBE 31
Figura 12 - Balanceamento de fases
Fonte: Silva Junior (2012, p.44)
OBS.: NOTAMOS PELO VALOR DAS POTÊNCIAS 
ATRIBUÍDAS E RESPECTIVAS CORRENTES ELÉTRICAS, O 
BALANCEAMENTO DAS FASES.
32 UNIUBE
Considerações finais
Para que a execução de um projeto elétrico seja bem direcionada, 
o atendimento às normas vigentes e seu conhecimento é de funda-
mental importância.
As normas fixam as condições exigíveis às instalações elétricas, a 
fim de garantir o seu funcionamento perfeito, a segurança das pes-
soas e animais domésticos e a conservação dos bens.
Um projeto bem detalhado, com simbologias adequadas, torna 
bem fácil sua execução.
Todo projeto elétrico é elaborado a partir de um projeto de enge-
nharia civil (plantas, cortes e detalhes), e deve seguir as recomen-
dações da NBR 5410/04 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
e a NBR 5444/89 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas.
Marcos Donizetti Rossi
Introdução
Quadro de cargasCapítulo
2
Numa instalação elétrica qualquer, o quadro de distribuição ou 
quadro de cargas é o centro de distribuição da mesma, ou seja, é 
o local que recebe as fiações e aloca as proteções (dispositivos de 
proteção geral). Devido a tal importância, devemos dimensioná-
lo perfeitamente no projeto elétrico. Podemos dizer que é o local 
que garante toda a segurança de uma instalação elétrica.
O quadro de distribuição recebe todos os condutores dos 
chamados circuitos terminais, condutores do medidor de 
energia elétrica e também abriga os dispositivos de proteção. 
É do quadro de distribuição que partem todos os circuitos que 
irão alimentar os circuitos de iluminação e circuitos de força.
Na montagem de um quadro de distribuição, devemos observar:
Se os dispositivos de proteção, manobra e comando estão 
instalados e ligados obedecendo às recomendações dos 
manuais fornecidos pelos fabricantes.
Se há total disponibilidade de acesso ao seu manuseio, sem 
impedimentos que possam provocar o seu acesso instantâneo.
Se foi dotado de dispositivos com fácil acesso e perfeitamente 
identificados, disponibilizando inspeções futuras e 
manutenções programadas.
Veremos a seguir mais recomendações e especificações 
quanto ao quadro de distribuição.
• Saber identificar os componentes na montagem de um 
quadro de distribuição;
• Estabelecer normas adequadas para o perfeito 
funcionamento de um quadro de distribuição ou quadro 
de cargas;
• Identificar sua montagem através de diagramas 
esquemáticos.
• Definições e constituição de um quadro de distribuição
• Localização do quadro de distribuição
• Tipos de quadro de distribuição
• Critérios de dimensionamento
• Quadros de distribuição – centros de cargas
• Determinações da NBR 5410/04 em relação aos 
quadros de distribuição
Objetivos
Esquema
Definições e constituição de um 
quadro de distribuição2.1
No projeto elétrico, as fiações deverão ser distribuídas e irem para 
um chamado quadro, ao qual denominamos quadro de cargas ou 
quadro de distribuição elétrica. Para a proteção de tais fiações, as 
quais estarão direcionadas aos chamados circuitos elétricos, insta-
lamos os dispositivos de proteção. De uma maneira geral, defini-
mos quadros de cargas como:
• Local onde se instalam os dispositivos de proteção dos 
circuitos;
• Local onde se recebem os condutores (ramal de alimentação) 
que vêm do medidor ou centro de medição;
 UNIUBE 35
• Local de onde partem os circuitos terminais que irão alimentar 
as diversas cargas da instalação (lâmpadas, tomadas, chu-
veiros, torneira elétrica, condicionador de ar, motores etc.).
As partes constituintes de um quadro de distribuição (QD) são:
• Disjuntor de proteção geral (faz a proteção da alimentação 
geral da instalação elétrica);
• Barramento de neutro (recebe as fiações dos fios neutros da 
instalação elétrica);
• Barramento de proteção-terra (recebe as fiações dos fios de 
proteção-terra da instalação elétrica);
• Barramentos de instalação das fases (recebe as fiações dos 
fios fase da instalação elétrica);
• Disjuntores dos circuitos terminais (fazem a proteção elétrica 
dos circuitos terminais);
• Caixa, que pode ser de vários materiais (ferro, alumínio, PVC), 
onde serão montados os barramentos, isoladores, fiações e 
dispositivos de proteção geral.
36 UNIUBE
Figura 13 - Componentes de um Quadro de Distribuição
Fonte: Gonçalves (2012b, p. 19)
Figuras 14 - Componentes de um quadro de distribuição, com foto demonstrativa
Fonte: Gonçalves (2012b, p. 21)
 UNIUBE 37
2.2 Localização do quadro de distribuição
Numa instalação elétrica, o quadro de distribuição deve ser loca-
lizado em locais de fácil acesso, sem impedimentos ao seu ma-
nuseio e, de uma maneira geral, alocado próximo ao medidor de 
energia para se obter uma economia em relação à fiação.
Na sua montagem, devem ser observados os seguintes critérios:
• Critério de acesso, o qual não deve ser reduzido pela monta-
gem dos componentes;
• Critérios de identificação dos componentes, facilitando futu-
ras manutenções e agilidade quanto ao seu manuseio;
• Caso a atuação de um dispositivo de comando, manobra ou 
proteção não puder ser observada pelo operador e disso pu-
der resultar perigo, deve ser provida alguma sinalização à vis-
ta do operador.
2.2.3 Tipos de quadros de distribuição 
Quanto à tensão de alimentação, os quadros de distribuição divi-
dem-se em:
• Quadro de distribuição monofásico: quadro de distribuição 
com apenas uma fase;
• Quadro de distribuição bifásico: quadro de distribuição com
duas fases;
• Quadro de distribuição trifásico: quadro de distribuição com 
três fases.
38 UNIUBE
As figuras abaixo demonstram a disposição de montagem de todos 
esses quadros de distribuição, com os respectivos materiais utiliza-
dos na montagem dos mesmos.
Figura 15 - Quadro de distribuição monofásico
Fonte: Gonçalves (2012b, p. 27)
Figura 16 - Quadro de distribuição bifásico
Fonte: Gonçalves (2012b, p. 28)
 UNIUBE 39
Figura 17 - Quadro de distribuição trifásico
Fonte: Gonçalves (2012b, p. 29)
 
2.3 Critérios de dimensionamento 
de quadros de distribuição
O dimensionamento de um quadro de distribuição se faz pelo le-
vantamento de previsão de cargas (potência aparente – VA) e pelo 
levantamento de potência ativa total (potência ativa total – W).
Cálculo da potência ativa 
de iluminação:
Potência de iluminação (SILUM) 
Fator de potência adotado (FPILUM)
PILUM = SILUM x FPILUM
Cálculo da potência ativa das 
tomadas de uso geral (TUGs):
Potência de TUG (STUG)
Fator de potência adotado (FPTUG)
PTUG = STUG x FPTUG
40 UNIUBE
Cálculo da potência ativa das 
tomadas de uso específico (TUEs):
Potência de TUE (STUE)
Fator de potência adotado (FPTUE)
PTUE = STUE x FPTUE
Cálculo da potência ativa total: Potência ativa total (PT)
PT = PILUM + PTUG + PTUE
Quadro 2 - Dimensionamento de quadros de distribuição
Fonte: adaptado de Gonçalves (2012b)
Pelo cálculo das potências ativas (P) de iluminação, tomadas de 
uso geral e tomadas de uso específico, vemos que ela é obtida 
multiplicando-se a potência aparente (S) pelo seu Fator de Potência 
(FP) específico, fator de potência este que mostra o percentual de 
uso de cada circuito.
Assim, temos:
PT = PILUM + PTUG + PTUE
Obs: a potência ativa total é obtida pela somatória das potências 
ativas dos circuitos de iluminação, tomadas de uso geral e tomadas 
de uso específico.
É de fundamental importância efetuarmos a distribuição das fases 
equilibradas do sistema elétrico, evitando-se assim o carregamento 
de circuitos, quedas de tensão, funcionamento anormal de equipa-
mentos ou o não funcionamento dos mesmos.
 
 UNIUBE 41
2.3.1 Espaços reservas de circuitos elétricos 
deixados no quadro de distribuição
Em relação aos espaços-reservas deixados num quadro de distri-
buição, estes devem ser previstos para instalações elétricas futu-
ras, conforme tabela a seguir:
Tabela 1 – Tabela de quadros de distribuição – espaços reserva
Quantidade de circuitos 
efetivamente disponível 
N
Espaço mínimo destinado à 
reserva (em número de circuitos) 
até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N > 30 0,15 N
Nota: a capacidade de reserva deve ser considerada no cálcu-
lo do alimentador do respectivo quadro de distribuição.
Fonte: ABNT (2004, p. 157)
Ressalta-se o fato de que a quantidade dimensionada de espaços 
reservas influi diretamente no dimensionamento dos barramento, 
ou seja, o barramento deverá ser dimensionado já prevendo-se o 
acréscimo de cargas futuras.
2.4 Quadros de distribuição – centros de carga
Em uma instalação elétrica, a alocação do quadro de distribuição 
é um fator importantíssimo, pois ele se constitui como o centro de 
carga de todo sistema elétrico.
42 UNIUBE
A finalidade do dimensionamento do centro de carga é a relação 
custo/benefício gerada pela economia no uso de condutores, pois 
serão reduzidos os comprimentos dos circuitos terminais, reduzin-
do-se, em consequência, as quedas de tensão e, possivelmente, a 
bitola dos condutores.
Figura 18 – Quadros de distribuição - localização
Fonte: Silva Junior (2012, p. 18)
Tabela 02 – Coordenadas X e Y - Cargas
Carga x (m) y (m)
M1 7 5
M2 17 11
T1 7 14
T2 12 14
T3 17 14
T4 21 14
T5 25 8
T6 11 2
L1 7 11
L2 14 11
L3 20 11
L4 7 6
L5 14 6
L6 20 6
Fonte: Silva Junior (2012, p. 19)
 UNIUBE 43
Figura 19 - Coordenadas X e Y – Cargas Distribuídas
Fonte: Silva Junior (2012, p. 20)
Assim, temos: 
Centro de carga na direção do eixo x (CCx):
Centro de carga na direção do eixo y (CCy):
Onde S1, S2 … e Sn são as potências aparentes.
44 UNIUBE
Figura 20 - Localização do quadro de distribuição
Fonte: Silva Junior (2012, p. 22)
Portanto, verificamos que a distribuição de pontos elétricos no sis-
tema de coordenadas cartesianas (eixos X e Y) e consequente re-
sultado obtido pela razão entre a sua multiplicação das coordena-
das pelas potências aparentes parciais dos circuitos, dividida pela 
somatória das potências aparentes totais, mostrarão um excelente 
posicionamento do quadro de distribuição num determinado recinto.
2.5 Determinações da nbr 5410/04 em 
relação aos quadros de distribuição
1. Que os QDs devem ser manuseados por pessoas suficiente-
mente informadas e com conhecimento técnico;
2. 
As instalações para as quais não se prevê equipe 
permanente de operação, supervisão e/ou manu-
tenção, composta por pessoal advertido ou qua-
lificado [...], devem ser entregues acompanhadas 
de um manual do usuário, redigido em linguagem 
acessível a leigos, que contenha, no mínimo, os 
seguintes elementos: 
 UNIUBE 45
a. esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação 
dos circuitos e respectivas finalidades, incluindo relação dos 
pontos alimentados, no caso de circuitos terminais; 
b. potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito 
terminal efetivamente disponível; 
c. potências máximas previstas nos circuitos terminais deixados 
como reserva, quando for o caso; 
d. recomendação explícita para que não sejam trocados, por ti-
pos com características diferentes, os dispositivos de prote-
ção existentes no(s) quadro(s) (ABNT, 2004, p. 88). 
3. Que deverão ser afixadas na parte interna da tampa do QD, 
as seguintes advertências:
ADVERTÊNCIA 
1. Quando um disjuntor ou fusível atua, desligan-
do algum circuito ou a instalação inteira, a causa 
pode ser uma sobrecarga ou um curto-circuito. 
Desligamentos freqüentes são sinal de sobrecar-
ga. Por isso, NUNCA troque seus disjuntores ou 
fusíveis por outros de maior corrente (maior am-
peragem) simplesmente. Como regra, a troca de 
um disjuntor ou fusível por outro de maior corren-
te requer, antes, a troca dos fios e cabos elétricos, 
por outros de maior seção (bitola). 
2. Da mesma forma, NUNCA desative ou remova 
a chave automática de proteção contra choques 
elétricos (dispositivo DR), mesmo em caso de 
desligamentos sem causa aparente. Se os des-
ligamentos forem freqüentes e, principalmente, 
se as tentativas de religar a chave não tiverem 
êxito, isso significa, muito provavelmente, que a 
instalação elétrica apresenta anomalias internas, 
46 UNIUBE
que só podem ser identificadas e corrigidas por 
profissionais qualificados. A DESATIVAÇÃO 
OU REMOÇÃO DA CHAVE SIGNIFICA A 
ELIMINAÇÃO DE MEDIDA PROTETORA 
CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E RISCO DE 
VIDA PARA OS USUÁRIOS DA INSTALAÇÃO 
(ABNT, 2004, p. 158). 
IMPORTANTE:
Observamos, com a explanação dos itens acima elencados, que 
a perfeita alocação de um quadro de distribuição é de extrema im-
portância. Influi no custo-benefício de um projeto elétrico, pois evita 
dimensionamentos de fiações inadequadas e, consequentemente, 
as chamadas quedas de tensão.
Considerações finais
Um perfeito dimensionamento de um quadro de distribuição se faz 
extremamente necessário para o funcionamento de toda instalação 
elétrica.
Sua perfeita localização é fator preponderante para se evitar as 
chamadas quedas de tensão, ocasionando em fios e cabos mau 
dimensionados.
Não devemos esquecer no dimensionamento de tais quadros, ao 
atendimento a circuitos futuros, deixando espaços reservas para 
os mesmos.
Somente profissionais qualificados e conhecedores das normas 
devem elaborar e dimensionar quadros de distribuição, calculados 
e projetados para uma finalidade específica.
Marcos Donizetti Rossi
Introdução
Dimensionamento de 
eletrodutos e condutores
Capítulo
3
Para a elaboração de um projeto elétrico, devemos levar em conta 
dois itens essenciais: o dimensionamento de condutores, com 
seus respectivos critérios
e o dimensionamento de eletrodutos.
O conhecimento e atendimento às normas prescritas em tais 
dimensionamentos é de suma importância, para que possamos 
escolher os materiais elétricos corretos, objetivando uma perfeita 
integração custo-benefício, aliado à gestão financeira da obra.
Tanto fiações quanto eletrodutos dimensionados corretamente, 
levarão a uma execução de qualidade no tocante à instalação elétrica, 
assegurando o perfeito funcionamento da instalação elétrica.
O objetivo desta Unidade é mostrar a aplicabilidade de uso dos 
critérios de dimensionamento de condutores e eletrodutos.
• Dimensionar corretamente os eletrodutos.
• Dimensionar os condutores.
• Conhecer e verificar os critérios de dimensionamento 
de condutores pelo critério de capacidade de condução 
de corrente elétrica e critério de queda de tensão.
• Aplicar as normas referentes ao dimensionamento de 
condutores e dimensionamento de eletrodutos.
Objetivos
• Dimensionamento de eletrodutos
• Roteiro para dimensionamento de eletrodutos
• Condutores elétricos - definição
• Condutores elétricos de baixa tensão - isolamento
• Condutores BT - classificação
• Condutores elétricos de baixa tensão (BT) - padrão 
de cores
• Condutores elétricos de baixa tensão (BT) - simbologia
• Dimensionamento de condutores – critério da 
ampacidade - capacidade de condução de corrente e 
critério do limite de queda de tensão
• Roteiro básico (baixa tensão)
• Critério do limite de capacidade de condução de 
corrente - ampacidade
• Capacidade de condução de corrente
• Roteiro para dimensionamento dos condutores pelo 
critério do limite da queda de tensão
Esquema
Dimensionamento de eletrodutos3.1
Em uma instalação elétrica, temos que passar as fiações por meio 
de dispositivos chamados de eletrodutos. O seu dimensionamento 
é feito de acordo com as normas elétricas pré-estabelecidas.
Dimensionar um eletroduto é determinar o diâmetro nominal (Øn) 
do eletroduto para cada trecho da instalação. O diâmetro nominal 
(Øn) do eletroduto é expresso em milímetros (mm), padronizado 
por norma.
 UNIUBE 49
Figura 21 - Dimensionamento de eletrodutos
Fonte: Gonçalves (2012c, p.74)
3.2. Roteiro para dimensionamento de eletrodutos
a. Determina-se a seção total ocupada pelos condutores com 
o uso de fórmulas e tabelas de fabricantes de condutores e 
cabos.
b. Determina-se o diâmetro externo nominal do eletroduto (mm) 
com o uso das tabelas de fabricantes.
Seção total (St) dos condutores:
Onde: 
Nk = número de condutores do circuito k;
Dk = diâmetro (mm) do condutor do circuito k;
K = o número de circuitos.
50 UNIUBE
Caso os condutores instalados em um mesmo eletroduto sejam do 
mesmo tipo e mesma seção nominal, pode-se determinar o diâme-
tro externo do eletroduto consultando os Quadros 5 e 6.
Para se determinar o comprimento máximo dos eletrodutos para 
interligação de caixas de passagem (caixas aos quais temos 
que deixar de espaçamento entre circuitos), utiliza-se a seguin-
te equação:
Sendo: 
lmáx o comprimento máximo do trecho, em metros (m);
N o número de curvas do eletroduto (90º) (de 0 a 3). 
 
Caso o comprimento máximo dos eletrodutos (lmáx) calculado seja 
menor do que o comprimento real (lreal) entre os eletrodutos:
É necessário calcular o número de “aumentos” do diâmetro nomi-
nal do eletroduto (bitolas).
 UNIUBE 51
Quadro 3: Tabela para dimensionamento de eletrodutos de PVC rígido com rosca
Referência 
de Rosca
Diâmetro 
Externo 
Nominal 
(mm)
Diâmetro 
Interno 
(mm)
Espessura 
Parede 
(mm)
Área 
Total 
Aprox. 
(mm2)
Área Útil 
(mm2) 
1 cabo 
(53%)
Área Útil 
(mm2) 
2 cabos 
(31%)
Área Útil 
(mm2)3 
3 cabos 
(40%)
“½’’’’’’ 20 16 2,2 201,1 106,6 62,3 80,4
“¾’’’’’’ 25 21 2,6 346,4 183,6 107,4 138,6
“1’’’’’’ 32 26,8 3,2 564,1 299,0 174,9 225,6
“1.¼’’’’’’ 40 35,0 3,6 962,1 509,9 298,3 384,8
“1.½’’’’’’ 50 39,8 4,0 1244,1 659,4 385,7 497,6
“2’’’’’’ 60 50,2 4,6 1979,2 1049,0 613,6 791,7
“2.½’’’’’’ 75 64,1 5,5 3227,0 1710,3 1000,4 1290,8
“3’’’’’’ 85 75,6 6,2 4488,8 2379,1 1391,5 1795,5
Fonte: Gonçalves (2012c, p.79)
Quadro 4: Tabela para dimensionamento de condutores isolados, para 750V e 1000V
Seção 
Nominal do 
Condutor 
(mm2)
750 V 1000V
Pirastic Antiflan Pirastic-flex Antiflan Energibrás
Diâmetro 
Externo (mm)
Seção ou 
Área Total 
(mm2)
Diâmetro 
Externo 
(mm)
Área 
Total 
(mm2) 
Diâmetro 
Condutor 
Nu (mm)
Diâmetro 
Externo 
(mm2)
Área 
Total 
(mm2)
Fios Cabos Fios Cabos Fios Cabos
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)
1,5 2,8 3,0 6,2 7,1 3,0 7,1 1,57 5,17 21,0
2,5 3,4 3,7 9,1 10,7 3,6 10,2 2,02 5,62 24,8
4 3,9 4,2 11,9 13,8 4,2 13,8 2,56 6,56 33,8
6 4,4 4,8 15,2 18,1 4,7 17,3 3,14 7,14 40,0
10 5,6 5,9 24,3 27,3 6,1 29,2 4,05 8,25 53,4
16 6,5 6,9 33,2 37,4 7,8 47,8 5,13 9,33 68,3
25 8,5 56,7 9,6 72,4 6,4 11,2 98,5
35 9,5 71 10,9 93,3 7,56 12,4 120,7
52 UNIUBE
50 11,0 95,0 13,2 136,8 9,15 14,6 167,3
70 13,0 133 15,0 176,7 10,85 16,3 208,6
95 15,0 177 - - 12,6 18,6 271,6
120 16,5 214 - - 14,2 20,4 326,7
150 18,0 255 - - 15,9 22,5 397,4
185 20,0 314 - - 17,6 24,8 482,8
240 23,0 416 - - 20,2 28,0 615,4
300 26,0 530 - - 22,5 30,9 749,5
400 28,5 638 - - 25,9 34,9 956,1
500 32,0 804 - - 28,9 38,6 1169,6
Fonte: Gonçalves (2012c, p.80)
Quadro 5: Tabela de Ocupação Máxima de Eletrodutos de PVC
Seção Nominal 
(mm2)
Número de Condutores no Eletroduto
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tamanho Nominal do Eletroduto
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25 25 32 32 40 40 40 50 50 50
35 25 32 40 40 50 50 50 50 60
50 32 40 40 50 50 60 60 60 70
70 40 40 50 50 60 60 75 75 75
95 40 50 60 60 75 75 75 85 85
120 50 50 60 75 75 75 85 85 -
 UNIUBE 53
150 50 60 75 75 85 85 - - -
185 50 75 75 85 85 - - - -
240 60 75 85 - - - - - -
Fonte: Gonçalves (2012c, p.81)
Quadro 6: Tabela de Ocupação Máxima de Eletrodutos de Aço
Seção 
Nominal 
(mm2)
Número de Condutores no Eletroduto
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tamanho Nominal do Eletroduto
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25 31 31
10 20 20 25 25 31 31 31 31 41
16 20 25 25 31 31 41 41 41 41
25 25 31 31 41 41 41 47 47 47
35 25 31 41 41 41 47 59 59 59
50 31 41 41 47 59 59 59 75 75
70 41 41 47 59 59 59 75 75 75
95 41 47 59 59 75 75 75 88 88
120 41 59 59 75 75 75 88 88 88
150 47 59 75 75 88 88 100 100 100
185 59 75 75 88 88 100 100 113 113
240 59 75 88 100 100 113 113 - -
Fonte: Gonçalves (2012c, p.82)
A representação do diâmetro do eletroduto varia conforme a con-
cessionária local. É possível utilizar a referência de rosca do eletro-
duto, tanto externo como interno; portanto, é viável que no projeto 
se apresente uma tabela com ambas as bitolas.
54 UNIUBE
Quadro 7: Tabela de Equivalência de Eletrodutos
Referência de Rosca em Polegadas Ø Interno Ø Externo
½” - 20
¾” 20 25
1” 25 32
1.¼” 32 40
1.½” 40 50
2” 50 60
3” 75 85
4” 100 110
Fonte: Gonçalves (2012c, p.82)
3.3. Condutores elétricos – definição
Condutor Elétrico
Elemento metálico, geralmente de forma cilíndrica, utilizado com 
a função específica de transportar energia elétrica. Em uma insta-
lação elétrica qualquer são passados no interior dos eletrodutos, 
observando-se os respectivos critérios para que não ocorra o aque-
cimento de circuitos elétricos.
Figura 22 - Tipos de condutores elétricos
Fonte: Silva Junior (2012, p.46)
 UNIUBE 55
3.3.1 Condutores elétricos de baixa tensão – isolamento
Figura 23 - Condutores elétricos de Baixa Tensão (BT)
Fonte: Silva Junior (2012, p.47)
 
3.3.2 Condutores bt – classificação
Propagadores de Chama: entram em combustão sob ação di-
reta da chama e a mantém após a retirada da chama (EPR-
etilenopropileno) e (XLPE-polietileno reticulado).
Não Propagadores de Chama: removida a ação das chamas, a 
combustão cessa (PVC-cloreto de polivinila).
Resistentes à Chama: a chama não se propaga ao longo do ma-
terial isolante do cabo.
Resistentes ao Fogo: condutores especiais que permitem o fun-
cionamento do circuito mesmo na presença de um incêndio. 
56 UNIUBE
Figura 24 - Tabela de fios e cabos Pirelli
Fonte: Silva Junior (2012, p.51)
 
3.3.3 Condutores elétricos de baixa 
tensão (bt) – padrão de cores
Para que tenhamos uma padronização quanto ao uso dos condu-
tores elétricos, adotamos o chamado padrão de cores de fiações. 
Temos o seguinte padrão de cores:
• Fase: vermelho;
• Retorno: preto;
• Neutro: azul claro;
• Proteção: verde ou verde amarelo.
Percebemos que a adoção do padrão de cores ajuda e muito tam-
bém na identificação de circuitos, proporcionando agilidade nas 
manutenções e reparos de circuitos elétricos.
 UNIUBE 57
3.3.4 Condutores elétricos de baixa tensão (bt) – simbologia
Além do padrão de cores, necessitamos de uma identificação dos 
condutores elétricos, para sabermos sua funcionalidade dentro da 
instalação elétrica.
Na Figura 25, na primeira representação temos a ligação de uma 
lâmpada ligada na tensão 127V (uma fase, neutro e terra), coman-
dada por um interruptor simples e na segunda, uma tomada ligada 
na tensão 220V (duas fases e terra).
Figura 25 - Condutores elétricos de BT – simbologia
Fonte: Silva Junior (2012, p.53) 
3.4. Dimensionamento de condutores – critério 
da ampacidade – capacidade de condução de 
corrente e critério do limite de queda de tensão
No dimensionamento de circuitos elétricos, acontece um fenômeno 
denominado queda de tensão. Denominamos queda de tensão as 
flutuações de tensão nos circuitos elétricos, ou seja, a tensão não 
58 UNIUBE
é a mesma, desde o ponto de entrega até o chamado circuito ter-
minal. Portanto, para o dimensionamento de condutores temos que 
observar tais critérios.
A NBR 5410 estabelece limites admissíveis para a queda de ten-
são, para que ela não prejudique o funcionamento da instalação 
elétrica.
A queda de tensão de uma instalação elétrica, desde a origem até o 
ponto mais afastado de utilização de qualquer circuito de utilização, 
não deve ser superior aos valores da tabela vista a seguir, dados 
em relação ao valor da tensão nominal da instalação.
3.4.1 Roteiro básico (baixa tensão)
• Determinar as seções dos condutores conforme a Capacidade 
de Corrente;
• Determinar as seções dos condutores pelo Limite de Queda 
de Tensão;
• Determinar as seções dos condutores pela seção mínima;
• Para os condutores de proteção, verificar a capacidade deles 
em relação às sobrecargas e curtos-circuitos.
• Uma vez determinadas as seções dos condutores pelos crité-
rios da Capacidade de Corrente, Queda de Tensão e Seção 
Mínima, adotar como resultado a de maior seção, e esco-
lher o condutor comercial cuja seção seja maior ou igual à 
calculada. 
 UNIUBE 59
Figura 26 - Dimensionamento de condutores
Fonte: Silva Junior (2012, p.58)
3.4.2 Critério do limite de capacidade de 
condução de corrente – ampacidade
3.4.2.1 Capacidade de condução de corrente
Esse critério tem por objetivo a garantia de operação aos conduto-
res e suas isolações, devido aos efeitos térmicos ocasionados pela 
circulação de corrente elétrica, sem evitar danos a ela.
Roteiro para Dimensionamento pela Capacidade de Corrente
O roteiro descrito, a seguir, determinará a seção nominal dos con-
dutores Fase. Para determinarmos a seção do condutor neutro e 
proteção, obtendo-se o condutor fase a ser utilizado, com o cálcu-
lo do respectivo condutor fase verificamos em uma Tabela de um 
fabricante normalizada com o valor do condutor fase e vemos a 
respectiva seção dos condutores neutro e de proteção.
60 UNIUBE
A seguir, temos a sequência de passos para a determinação do 
condutor pelo critério de capacidade de condução de corrente 
– ampacidade:
 
1º Passo: TIPO DE ISOLAÇÃO: escolhemos o tipo de isolação 
dos condutores por meio de uma Tabela, com a finalidade de se 
determinar a máxima temperatura, ao qual os condutores poderão 
estar submetidos em regime contínuo, em sobrecarga ou em con-
dição de curto-circuito.
Tabela 3: Temperaturas Características dos Condutores
Fonte: ABNT (2004, p.100)
2º Passo: INSTALAÇÃO DOS CONDUTORES: A maneira de ins-
talação dos condutores (eletrodutos embutidos ou aparentes, em 
canaletas ou bandejas, subterrâneos, diretamente enterrados ou 
ao ar livre, em cabos unipolares ou multipolares etc.) influenciará 
na capacidade de troca térmica entre os condutores e o ambiente 
(devido às condições físicas dos materiais) e, em consequência, na 
capacidade de condução de sua corrente elétrica.
 UNIUBE 61
Tabela 4: Tipos de linhas elétricas
 
Fonte: ABNT (2004, p.98)
3º Passo: NÚMERO DE CONDUTORES CARREGADOS: 
Definimos condutor carregado, o condutor que efetivamente é 
percorrido por corrente elétrica no funcionamento normal do 
circuito. Consideram-se também os condutores Fase e Neutro. O 
condutor de proteção equipotencial, PE, não é considerado condu-
tor carregado. Desta forma, têm-se:
Tabela 5: Número de condutores carregados a serem considerados
Fonte: ABNT (2004, p.120)
62 UNIUBE
4º Passo: CÁLCULO DA CORRENTE DE PROJETO OU NOMINAL 
 
Quadro 8: Cálculo da corrente de projeto ou nominal
Circuitos
F + N
F + F
2F + N
Resistivos
(Lâmpadas incandes-
centes e resistências)
1
 ou
2
Indutivos
(Reatores e motores)
3
ou
4
Notas: 1. Nos reatores para lâmpadas de descarga (lâmpadas fluorescen-
tes, entre outras) e motores, o η (rendimento) e o cos φ (Fator de Potência) 
são baixos devido ao consumo de energia reativa da rede de alimentação. 
2. Lâmpadas incandescentes e resistências apresentam η = 1 e cos φ = 1. 
Fonte: Silva Junior (2012, p.65)
Quadro 9: Circuitos trifásicos
Circuitos Trifásicos Equilibrados
(3F)
5
Desequilibrados
(3F + N)
6
Fonte: Silva Junior (2012, p.66)
 UNIUBE 63
Sendo:
Ip - Corrente de projeto do circuito, em ampères (A);
Pn - Potência elétrica nominal do circuito, em watts (W);
v - Tensão elétrica entre fase e neutro (127 V - Concessionária de 
energia local em Volts (V));
V - Tensão elétrica entre fases (220V - concessionária de energia 
local em Volts (V));
η - Rendimento;
cos φ - Fator de potência (cosseno do ângulo de defasagem entre 
a tensão e a corrente).
5º Passo: DETERMINAÇÃO DA SEÇÃO DO CONDUTOR
Com a definição do Tipo de Isolação dos Condutores, a Maneira 
de Instalar do Circuito, a Corrente de Projeto e o Número de 
Condutores Carregados do Circuito, deve-se verificar em Tabelas 
(NBR5410), qual será a bitola do condutor.
A figura, a seguir, mostra todos os passos já demonstrados:
64 UNIUBE
Figura 27 - Exemplificação de passos aplicados na Tabela
Fonte: Silva Junior (2012, p.68)
Figura 28 - Número de condutores carregados
Fonte: Silva Junior (2012, p.69)
 UNIUBE 65
Figura 29 - Métodos de referência
Fonte: Silva Junior (2012, p.70)
 
66 UNIUBE
Figura 30 - Métodos de referência
Fonte: Silva Junior (2012, p.71)
 UNIUBE 67
Figura 31 - Métodos de referência
Fonte: Silva Junior (2012, p.72)
 
68 UNIUBE
Figura 32 - Métodos de referência
Fonte: Silva Junior (2012, p.73)
 UNIUBE 69
Figura 33 - Métodos de referência
Fonte: Silva Junior (2012, p.74)
70 UNIUBE
Figura 34 - Métodos de referência
Fonte: Silva Junior (2012, p.75)
 
6º Passo: FATORES DE CORREÇÃO
No dimensionamento de condutores, é necessário fazer correções, 
adequando o caso às condições da instalação. Existem dois fato-
res de correção:
• Correção Temperatura – FCT (Tabela 40 da NBR5410);
• Correção devido ao Agrupamento de Condutores – FCA. 
 UNIUBE 71
Figura 35 - Correção de temperatura (FCT) NBR 5410
Fonte: ABNT (2004, p.106)
 
Correção devido ao Agrupamento de Condutores (FCA) - apli-
cável para circuitos que estejam instalados em conjunto com outros 
circuitos em:
72 UNIUBE
• Um mesmo eletroduto, calha, bloco alveolado, bandeja;
• Uma superfície;
• Eletrodutos enterrados ou cabos diretamente enterrados
no 
solo.
Figura 36 - Correção de Agrupamentos FCA NBR 5410
Fonte: ABNT (2004, p.108)
Figura 37 - Correção de Agrupamentos FCA NBR 5410
Fonte: ABNT (2004, p.109)
 UNIUBE 73
Figura 38 - Correção de Agrupamentos FCA NBR 5410
Fonte: ABNT (2004, p.110)
 
7º Passo: CORREÇÃO DA CORRENTE
É um valor aproximado da corrente do circuito, obtida pela aplica-
ção dos fatores de correção FCT e FCA à corrente de projeto.
74 UNIUBE
CRITÉRIO DO LIMITE DA QUEDA DE TENSÃO
NORMA NBR 5410:
6.2.7.1 Em qualquer ponto de utilização da insta-
lação, a queda de tensão verificada não deve ser 
superior aos seguintes valores, dados em relação 
ao valor da tensão nominal da instalação: 
a) 7%, calculados a partir dos terminais secun-
dários do transformador MT/BT, no caso de 
transformador de propriedade da(s) unidade(s) 
consumidora(s); 
b) 7%, calculados a partir dos terminais secundá-
rios do transformador MT/BT da empresa distri-
buidora de eletricidade, quando o ponto de entre-
ga for aí localizado; 
c) 5%, calculados a partir do ponto de entrega, 
nos demais casos de ponto de entrega com for-
necimento em tensão secundária de distribuição; 
d) 7%, calculados a partir dos terminais de saí-
da do gerador, no caso de grupo gerador próprio 
(ABNT, 2004, p.115). 
A figura, a seguir, mostra as quedas de tensão estabelecidas pela 
norma:
 UNIUBE 75
Figura 39 - Quedas de Tensão estabelecidas pela norma
Fonte: Gonçalves (2012d, p.7)
 
NBR 5410 – NOTAS:
1 Estes limites de queda de tensão são válidos 
quando a tensão nominal dos equipamentos de 
utilização previstos for coincidente com a tensão 
nominal da instalação. 
2 Ver definição de “ponto de entrega” (3.4.3). 
3 Nos casos das alíneas a), b) e d), quando as 
linhas principais da instalação tiverem um com-
primento superior a 100 m, as quedas de tensão 
podem ser aumentadas de 0,005% por metro de 
linha superior a 100 m, sem que, no entanto, essa 
suplementação seja superior a 0,5%. 
76 UNIUBE
4 Para circuitos de motores, ver também 6.5.1.2.1, 
6.5.1.3.2 e 6.5.1.3.3. 
6.2.7.2 Em nenhum caso a queda de tensão nos 
circuitos terminais pode ser superior a 4%. 
6.2.7.3 Quedas de tensão maiores que as indica-
das em 6.2.7.1 são permitidas para equipamen-
tos com corrente de partida elevada, durante o 
período de partida, desde que dentro dos limites 
permitidos em suas normas respectivas (ABNT, 
2004, p.115). 
A chamada queda de tensão nos circuitos alimentadores e termi-
nais (pontos de utilização) de uma instalação elétrica, produz efei-
tos que podem levar os equipamentos desde a redução da sua vida 
útil até a sua queima (falha). Essa queda de tensão faz com que os 
equipamentos recebam em seus terminais uma tensão inferior aos 
valores nominais, prejudicando o seu desempenho.
A norma NBR 5410 estabelece as faixas nominais de tensão dos 
sistemas elétricos, conforme a figura a seguir:
Figura 40 - Faixa nominal de tensão dos sistemas elétricos
Fonte: ABNT (2004, p.185)
 UNIUBE 77
3.4.3 Roteiro para dimensionamento dos condutores 
pelo critério do limite da queda de tensão
Determinar:
Tipo de isolação do condutor;
• Método de instalação;
• Material do eletroduto;
• Tipo do circuito (monofásico ou trifásico);
• Tensão do circuito (V);
• Corrente de projeto (IP) e potência (S);
• Fator de potência (cosθ);
• Comprimento do circuito em km (L);
• Queda de tensão admissível (e%);
• Cálculo da queda de tensão unitária (!);
• Escolha do condutor.
 
Queda de Tensão Unitária:
78 UNIUBE
Com o valor da queda de tensão unitária calculado, temos na 
Tabela 10.22 a queda de tensão para condutores, que esteja de 
acordo com os dados anteriores, e encontramos o valor cuja queda 
de tensão seja igual ou imediatamente inferior à calculada, obtendo 
desta forma a seção do condutor correspondente.
Figura 41 - Tabela de Cálculo de Queda de Tensão
Fonte: Gonçalves (2012d, p.14)
 UNIUBE 79
Figura 42 - Tabela de Cálculo de Queda de Tensão
Fonte: Gonçalves (2012d, p.15)
IMPORTANTE:
Os cálculos de fios e cabos a serem utilizados em uma instalação 
elétrica são de extrema importância. Os eletrodutos que irão acon-
dicioná-los também se tornam partes integrantes para o perfeito 
funcionamento do sistema. Os cálculos referentes a quedas de ten-
são nos ajudam a economizar energia, evitando o aquecimento de 
cabos e, consequentemente, desperdícios de energia elétrica.
80 UNIUBE
Considerações finais
Percebe-se que o correto dimensionamento de eletrodutos e con-
dutores é fator preponderante, principalmente em uma área bas-
tante procurada atualmente que é a eficientização energética.
Garantir uma boa eficiência energética em uma instalação elétrica 
é tarefa tanto do projetista, que realiza o dimensionamento da ins-
talação, quanto do profissional eletricista que irá executá-la, respei-
tando as prescrições da NBR 5410.
Uma das principais fontes de desperdício de energia elétrica em 
uma instalação diz respeito ao mau funcionamento de uma insta-
lação elétrica, em consequência de um mau dimensionamento de 
cabos, com o objetivo de se obter “economias alheias”.
O cálculo de eletrodutos e condutores realizados por profissionais 
qualificados, mostra a segurança de resultados adequados e um 
perfeito funcionamento da instalação elétrica.
Marcos Donizetti Rossi
Introdução
LuminotécnicaCapítulo
4
Atualmente, ouvimos falar bastante sobre um tema que é 
a eficiência energética, ou seja, a busca por materiais que 
promovam economia de energia, aliada ao atendimento às 
normas.
Uma área bastante pesquisada e difundida em termos de 
eficiência energética são os sistemas de iluminação aplicados, 
ou seja, tipos de lâmpadas aplicadas em determinados recintos.
O futuro da humanidade foi construído em função dos 
resultados das pesquisas e descobertas científicas e 
tecnológicas. Uma destas descobertas foi a iluminação 
elétrica. Entre os seus benefícios temos a proteção à vista, 
elevação no rendimento do trabalho, diminuição de acidentes 
e erros, maior conforto e influências positivas no sistema 
nervoso. Uma iluminação adequada, traz vários benefícios, 
como a diminuição da fadiga, do cansaço, aumento de ânimo, 
melhoria do ambiente de trabalho. A constante busca por 
novas tecnologias de sistemas de iluminação é crescente, 
aliada ao panorama socioeconômico.
Programas de eficientização energética voltada à área de 
iluminação são implantados em áreas privadas e públicas, 
com a finalidade de redução do consumo de energia elétrica.
• Conhecer as grandezas físicas voltadas aos sistemas 
de iluminação.
• Aplicar metodologia de dimensionamento em sistemas 
de iluminação.
• Aplicar conceitos físicos de luminotécnica nos programas 
de eficientização energética.
• Conhecer novas tecnologias de sistemas de iluminação.
• Conceitos básicos de luminotécnica
• Grandezas e unidades utilizadas em iluminação
• Principais tipos de lâmpadas
Objetivos
Esquema
Faz-se necessário o conhecimento de aspectos físicos de 
sistemas de iluminação, para que tais programas possam ser 
implementados com sucesso.
Conceitos básicos de luminotécnica4.1
A busca crescente por economia de energia elétrica faz com que 
busquemos o conhecimento físico e aplicabilidade de vários siste-
mas elétricos. Um deles é o sistema de iluminação.
O que ocorre quando acendemos uma lâmpada elétrica? 
Percebemos que ela emite uma série de radiações. Estas radia-
ções são resultantes da transformação da energia elétrica em ou-
tras formas de energia: radiações infravermelhas, ultravioletas e 
luz visível.
 UNIUBE 83
De acordo com Creder (2007), luz é o espectro de energia radiante 
que um observador humano constata pela sensação visual, deter-
minada pelo estímulo da retina ocular.
Fisicamente, luz é um conjunto de ondas eletromagnéticas. Ondas 
eletromagnéticas são ondas que se formam a partir da combina-
ção dos campos magnético e elétrico que se propagam no espaço 
transportando energia.
Ondas eletromagnéticas possuem diferentes comprimentos
de 
onda (o olho humano é sensível somente a alguns). Luz é, portan-
to, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação 
visual (Figura 43). A sensibilidade visual para a luz varia não só de 
acordo com o comprimento de onda da radiação, mas também com 
a luminosidade.
Figura 43 - Espectro eletromagnético
Fonte: OSRAM (s/d, p.2)
A curva de sensibilidade do olho humano demonstra que radiações 
de menor comprimento de onda (violeta e azul) geram maior inten-
sidade de sensação luminosa quando há pouca luz (ex.: crepús-
culo, noite etc.), enquanto as radiações de maior comprimento de 
onda (laranja e vermelho) se comportam ao contrário (Figura 44).
84 UNIUBE
Figura 44 - Curva de sensibilidade do olho a radiações eletromagnéticas
Fonte: OSRAM (s/d, p.2)
 
4.2 Visão das cores
A cor de um objeto iluminado consta da interação de três fatores:
1. A composição espectral do fluxo luminoso emitido pela fonte 
luminosa;
2. A refletância espectral do objeto iluminado;
3. A capacidade do observador de deletar e interpretar a compo-
sição espectral da luz recebida pelos seus olhos. A cor da luz 
é determinada pelo comprimento de onda.
 
 UNIUBE 85
Há uma tendência em pensarmos que os objetos já possuem cores 
definidas. Na verdade, a aparência de um objeto é resultado da 
iluminação incidente sobre ele.
A luz é composta por 3 cores primárias (Figura 45): vermelho, ver-
de e azul.
Figura 45 - Composição de cores
Fonte: OSRAM (s/d, p.2)
 
Da combinação das 3 cores primárias surgem as cores secundá-
rias (amarelo, ciano e magenta) e outras cores.
86 UNIUBE
4.3 Grandezas e unidades utilizadas em iluminação
Para a utilização nos projetos elétricos, o conhecimento das gran-
dezas utilizadas em iluminação se faz extremamente necessário, 
para aplicação e dimensionamento deles.
Fluxo Radiante é a quantidade de energia transportada por uma 
radiação.
• Símbolo: P
• Unidades: Joule (J), watt-hora (Wh) etc.
Fluxo Luminoso é a radiação total de uma fonte luminosa, dentro 
do espectro visível: 380 e 780nm.
• O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte, 
medida em lúmens, na sua tensão nominal de funcionamento
• Símbolo: φ (Phi)
• Unidade: lúmen (lm)
Intensidade Luminosa é o fluxo luminoso irradiado na direção de 
um determinado ponto.
• Símbolo: I
• Unidade: candela (cd)
 UNIUBE 87
Figura 46 - Intensidade Luminosa
Fonte: OSRAM (s/d, p.3)
Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as 
direções, o Fluxo Luminoso se distribuiria na forma de uma esfera. 
Tal fato, porém, é quase impossível de acontecer, razão pela qual 
é necessário medir o valor dos lúmens emitidos em cada direção. 
Essa direção é representada por vetores, cujo comprimento indica 
a Intensidade Luminosa (OSRAM, s/d, p.3). 
 
4.3.1 Superfície fotométrica
A distribuição de luz realizada por uma fonte pode ser representada 
por uma superfície definida pela distribuição espacial dos valores 
da intensidade luminosa em cada direção. Essa superfície recebe 
o nome de superfície fotométrica.
88 UNIUBE
Quando a fonte realiza uma distribuição espacialmente uniforme, a 
superfície fotométrica é uma esfera.
A superfície fotométrica, sendo espacial, não pode ser represen-
tada diretamente sobre um plano; isto é, um diagrama de duas di-
mensões. Para que a representação seja possível, adotam-se pro-
jeções dessa superfície sobre um plano.
 
4.3.2 Curvas fotométricas
A intersecção de uma superfície fotométrica em um plano que pas-
sa pelo centro da fonte luminosa é uma curva fotométrica. Com 
isso, podemos traçar curvas fotométricas horizontais e verticais de 
uma fonte luminosa.
Figura 47 - Curva fotométrica
Fonte: Gonçalves (2012e, p.57)
 UNIUBE 89
4.3.3 Diagramas fotométricos
As curvas fotométricas horizontais e/ou verticais de uma fonte lu-
minosa colocados em um plano são definidos como diagramas 
fotométricos.
Figura 48 - Diagramas fotométricos
Fonte: Gonçalves (2012e, p.58)
4.3.4 Diagramas de isocandelas
Definimos como linha isocandela, a linha traçada em um plano e re-
ferida a um sistema de coordenadas que permita representar dire-
ções no espaço em torno de um ponto luminoso ligando os pontos 
do espaço em que as intensidades luminosas são iguais.
90 UNIUBE
As linhas isocandelas ligam pontos de uma esfera nas quais vêm 
aflorar raios vetores, segundo as quais as intensidades luminosas 
são iguais.
Tais curvas são traçadas na superfície da esfera e, para que seja 
possível desenhar em um plano, deve-se aplicar um método de 
projeção dos utilizados em cartografia.
Figura 49 - Diagrama de isocandelas
Fonte: Gonçalves (2012e, p.60)
 
4.3.5 Curva de Distribuição Luminosa
• Símbolo: CDL
• Unidade: candela (cd)
Se em um plano transversal à lâmpada, todos os vetores que dela 
se originam tiverem suas extremidades ligadas por um traço, ob-
tém-se a Curva de Distribuição Luminosa (CDL).
Em outras palavras, é a representação da intensidade luminosa em 
todos os ângulos em que ela é direcionada em um plano.
 UNIUBE 91
Para a uniformização dos valores das curvas, geralmente essas 
são referidas a 1000 lm. Neste caso, é necessário multiplicar-se o 
valor encontrado na CDL pelo fluxo luminoso da lâmpada em ques-
tão e dividir o resultado por 1000 lm.
Figura 50 - Curva de distribuição de Intensidades Luminosas no plano transversal e 
longitudinal para uma lâmpada fluorescente isolada (A) ou associada a um refletor (B)
Fonte: OSRAM (s/d, p.3)
 
4.3.6 Eficiência luminosa (η)
É a relação entre o fluxo luminoso total emitido pela fonte e a po-
tência por ele absorvida.
92 UNIUBE
Figura 51 - Fluxo luminoso
Fonte: OSRAM (s/d, p.5)
 
4.3.7 Iluminância (Iluminamento)
• Símbolo: E
• Unidade: lux (lx)
A luz que uma lâmpada irradia, relacionada à superfície a qual in-
cide, define o Iluminamento ou Iluminância. Expressa em lux (lx), 
indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide sobre 
uma superfície situada a uma certa distância desta fonte. Em 
outras palavras, a equação que expressa esta grandeza é:
 
 UNIUBE 93
Figura 52 - Iluminância
Fonte: OSRAM (s/d, p.4)
 
Iluminância também é expressa pela relação entre a intensidade 
luminosa e o quadrado da distância (entre a fonte e a superfície 
iluminada).
 
Na realidade, iluminância é a quantidade de luz dentro de um am-
biente, podendo ser medida com o auxílio de um luxímetro.
Devido à característica de não uniformidade do fluxo luminoso, a 
iluminância não será a mesma em todos os pontos da área em 
questão.
94 UNIUBE
Considera-se, portanto, a iluminância média (Em), ao qual está 
expressa de acordo com a norma específica para cada ambiente 
em questão, diferenciadas pela atividade exercida relacionados ao 
conforto visual.
Alguns dos exemplos mais importantes estão relacionados na nor-
ma ABNT - NBR 5413.
Figura 53 – Exemplificação da norma NBR 5413
Fonte: OSRAM (s/d, p.25)
Obs.: os valores são fornecidos para observadores com idade en-
tre 40 e 55 anos, praticando tarefas que demandam uma velocida-
de e precisão médias. 
 UNIUBE 95
4.3.8 Luminância
• Símbolo: L
• Unidade: cd/m2
Das grandezas mencionadas, nenhuma é visível, isto é, os raios de 
luz não são vistos, a menos que sejam refletidos em uma superfície 
e aí transmitam a sensação de claridade aos olhos. Essa sensação 
de claridade é chamada de luminância.
A equação que permite a sua aplicação é:
Onde:
• L é a luminância, em cd/m²;
• I é a intensidade luminosa, em cd;
• A é área projetada, em m²;
• a é o ângulo considerado, em graus.
Como é difícil medir-se a intensidade luminosa que provém de um 
corpo não radiante (por meio de reflexão), pode-se recorrer a outra 
fórmula, a saber:
96 UNIUBE
Onde:
• ρ é a refletância ou coeficiente de reflexão;
• E é a iluminância sobre essa superfície.
Quando se ilumina uma superfície de vidro, por exemplo, uma par-
te do fluxo luminoso que incide sobre ela se reflete, outra atravessa 
a superfície, transmitindo-se ao outro
lado, e uma terceira parte do 
fluxo luminoso é absorvida pela própria superfície, transformando-
se em calor.
Temos, pois, três fatores a definir: refletância, transmitância e fator 
de absorção.
4.3.9 Refletância ou coeficiente de reflexão (ρ)
É a relação entre o fluxo luminoso refletido por uma superfície (φr) 
e o fluxo luminoso incidente sobre ela (φ). O valor da refletância 
normalmente é dado em porcentagem:
Como os objetos refletem a luz diferentemente uns dos outros, fica 
explicado porque a mesma iluminância pode dar origem a diferen-
tes luminâncias. Vale lembrar que o coeficiente de reflexão é a rela-
ção entre o fluxo luminoso refletido e o fluxo luminoso incidente em 
uma superfície. Esse coeficiente é geralmente dado em tabelas, 
cujos valores são em função das cores e dos materiais utilizados. 
 UNIUBE 97
Figura 54 - Coeficiente de reflexão de alguns materiais e cores
Fonte: OSRAM (s/d, p.25)
98 UNIUBE
4.3.10 Transmitância ou fator de transmissão (τ)
É a relação entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfície 
(φτ) e o fluxo luminoso que incide sobre ela.
4.3.11 Fator de absorção (α)
É a relação entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfície 
(φα) e o fluxo luminoso que incide sobre ela.
 
4.3.12 Eficiência luminosa
• Símbolo: η
• Unidade: lm / W (lúmen/watt)
As lâmpadas se diferenciam entre si não só pelos diferentes fluxos 
luminosos que elas irradiam, mas também pelas diferentes potên-
cias que consomem. Para poder compará-las, é necessário que 
se saiba quantos lúmens são gerados por watt absorvido. A essa 
grandeza, dá-se o nome de eficiência luminosa.
 UNIUBE 99
4.3.13 Temperatura de cor
• Símbolo: T
• Unidade: K (Kelvin)
Em aspecto visual, admite-se que é bastante difícil a avaliação 
comparativa entre a sensação de tonalidade de cor de diversas 
lâmpadas. 
Em vista disso, foi definido o critério Temperatura de Cor (Kelvin) 
para classificar a luz.
Para efeitos comparativos, observamos um corpo metálico sendo 
aquecido. Assim como um corpo metálico que, em seu aquecimen-
to, passa desde o vermelho até o branco, quanto mais claro o bran-
co (semelhante à luz diurna ao meio-dia), maior é a temperatura de 
cor (aproximadamente 6500K).
• Aproximadamente 3000K corresponde à “luz quente” de apa-
rência amarelada;
• A “luz fria” (6000K ou mais) tem uma aparência branco violeta;
• Já a “luz branca natural” emitida pelo sol em céu aberto, ao 
meio dia, tem temperatura de cor de 5800K.
 
4.3.14 Índice de reprodução de cores
• Símbolo: IRC ou Ra
• Unidade: R
100 UNIUBE
Para demonstrar tal grandeza, um metal sólido (padrão), foi aque-
cido até irradiar luz e utilizado como referência para se estabelecer 
níveis de reprodução de cores. Para efeitos de uma padronização, 
definiu-se que o IRC, neste caso, seria um número ideal igual a 100. 
A ideia da padronização é como dar uma nota (de 1 a 100) para o 
desempenho de outras fontes de luz em relação a este padrão.
Portanto, quanto maior a diferença na aparência de cor do obje-
to iluminado em relação ao padrão (sob a radiação do metal sóli-
do) menor é seu IRC. Isso explica-se o fato de lâmpadas de mes-
ma temperatura de cor possuírem índice de reprodução de cores 
diferentes.
4.3.15 Fator de fluxo luminoso
• Símbolo: BF
• Unidade: %
A maioria das lâmpadas de descarga opera em conjunto com reato-
res. Neste caso, observamos que o fluxo luminoso total obtido nes-
te caso depende do desempenho deste reator. Este desempenho 
é chamado de fator de fluxo luminoso e pode ser obtido de acordo 
com a equação:
 
 UNIUBE 101
4.3.16 Fatores de Desempenho
Como geralmente a lâmpada é instalada dentro de luminárias, o 
fluxo luminoso final que se apresenta é menor do que o irradiado 
pela lâmpada, devido à absorção, reflexão e transmissão da luz 
pelos materiais com que são construídas.
O fluxo luminoso emitido pela luminária é avaliado por meio da efi-
ciência da luminária. Isto é, o fluxo luminoso da luminária em servi-
ço dividido pelo fluxo luminoso da lâmpada.
4.3.17 Eficiência de luminária (rendimento de luminária)
• Símbolo: ηL
• Unidade: -
Definimos como eficiência de luminária a razão do fluxo luminoso 
emitido por uma luminária, medido sob condições práticas especifi-
cadas, para a soma dos fluxos individuais das lâmpadas funcionan-
do fora da luminária em condições específicas.
Tal valor normalmente é indicado pelos fabricantes de luminárias. 
 
4.3.18 Eficiência do Recinto
• Símbolo: ηR
• Unidade: -
102 UNIUBE
Valores de eficiência do recinto são fornecidos por tabelas, conti-
das no catálogo de fabricantes, onde se relacionam os valores de 
coeficiente de reflexão do teto, paredes e piso, com a curva de dis-
tribuição luminosa da luminária utilizada e o índice do recinto (K).
Figura 55 - Tabelas de eficiências
Fonte: Gonçalves (2012e, p.101)
 
4.3.19 Índice do Recinto
• Símbolo: K
• Unidade: -
O índice do recinto é a relação entre as dimensões do local:
• para iluminação direta:
• para iluminação indireta:
 UNIUBE 103
Sendo:
• a o comprimento do recinto;
• b a largura do recinto;
• h o pé-direito útil e h’ a distância do teto ao plano de trabalho.
OBS.:
• Pé-direito útil é o valor do pé-direito total do recinto (H), me-
nos a altura do plano de trabalho (hpltr), menos a altura do 
pendente da luminária (hpend), isto é, a distância real entre a 
luminária e o plano de trabalho.
• O Fluxo Luminoso emitido por uma lâmpada sofre influência 
do tipo de luminária e a conformação física do recinto onde 
ele se propagará.
Figura 56 - Representação do pé-direito útil
Fonte: Gonçalves (2012e, p.103)
104 UNIUBE
4.3.20 Eficiência do recinto
Para definirmos tal grandeza, temos a seguinte metodologia: calcu-
lado o índice do recinto (K), procura-se identificar os valores da re-
fletância do teto, paredes e piso. Escolhe-se a indicação de curva de 
distribuição luminosa que mais se assemelha à da luminária a ser 
utilizada no projeto. Na interseção da coluna de refletâncias e linha 
de índice do recinto, encontra-se o valor da eficiência do recinto.
Figura 57 - Tabela de eficiências
Fonte: Gonçalves (2012e, p.104)
 
4.3.21 Fator de Utilização
• Símbolo: Fu
• Unidade: -
O fluxo luminoso final (útil) que incidirá sobre o plano de trabalho 
é avaliado pelo fator de utilização. Ele indica a eficiência luminosa 
do conjunto lâmpada, luminária e recinto. O produto da eficiência 
do recinto (ηR) pela eficiência da luminária (ηL) nos dá o fator de 
utilização (Fu), visto a seguir:
 UNIUBE 105
Obs.:
• Para se determinar o fator de utilização (Fu), deve-se multipli-
car o valor da eficiência do recinto pelo valor da eficiência da 
luminária;
• Muitas vezes, esse processo é evitado, se a tabela de fator 
de utilização for também fornecida pelo catálogo. Esta tabela 
nada mais é que o valor da eficiência do recinto já multiplica-
do pela eficiência da luminária, encontrado pela interseção do 
Índice do Recinto (K) e das Refletâncias do teto, paredes e 
piso (nesta ordem).
Figura 58 - Tabela Fator de Utilização de Luminária
Fonte: Gonçalves (2012e, p.106)
 
4.3.22 Eficiência da Luminária
Certos catálogos fornecem a curva de distribuição luminosa junto à 
curva zonal de uma luminária. A curva ou diagrama zonal nos indi-
ca o valor da eficiência da luminária em porcentagem.
 
106 UNIUBE
Figura 59 - Curva luminosa – eficiência
Fonte: Gonçalves (2012e, p.107)
4.4. Iluminação: métodos de cálculo
4.4.1 Cálculo da iluminação
4.4.1.1 Métodos de cálculo
• Método da carga mínima
• Método do ponto a ponto
• Método do fluxo luminoso:
a. processo simplificado
b. das cavidades zonais
 
 UNIUBE 107
4.4.1.2 Método do fluxo luminoso
Tem sua aplicabilidade em escritórios, estabelecimentos comer-
ciais e industriais, ruas etc.; ou mesmo residências.
Processo Simplificado
 S.E
φ = -------[lumens]onde:
 μ.d
 
φ = fluxo luminoso total [lumens];
E = nível de iluminamento [lux];
S = área do plano de trabalho

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