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A aula de ciências nas séries iniciais do ensino fundamental

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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA 
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS I 
Grupo: Alisson Vanzela, Danilo Duque e Eduardo Virgili 
Resumo: A aula de ciências nas séries iniciais do ensino fundamental: ações que 
favorecem a sua aprendizagem 
Este artigo foi escrito por Dulcimeire Ap Volante Zanon, do Departamento de Didática, 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus Araraquara, 
e por Denise de Freitas, do Departamento de Metodologia de Ensino, Centro de 
Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 
Neste artigo debatemos sobre o potencial tanto das atividades experimentais e 
investigativas, quanto dos “diálogos sobre as atividades” realizadas entre os alunos e 
professores em sala de aula no ensino de Ciências. Analisamos as dificuldades dos 
alunos para aprenderem os conceitos científicos em ciências. Por conta disso, 
pesquisadores buscam e apontam estudos que mostrem metodologias diferentes para 
melhorar a qualidade de aprendizagem. 
Sendo assim, observaram neste artigo, a conduta de alunos e professores do 1ª, 3ª e 4ª 
ano do ensino fundamental, durante o avanço de atividades experimentais sobre a 
flutuabilidade dos objetos na água. Essa atividade pode ser entendida como uma 
situação em que o aluno aprende ao envolver-se progressivamente com as 
manifestações dos fenômenos naturais, fazendo conjecturas, experimentando, errando, 
interagindo com colegas, com os professores, expondo seus pontos de vista, suas 
suposições, e confrontando-os com outros e com os resultados experimentais para testar 
sua pertinência e validade 
De acordo com as observações, o professor se torna um objeto central na aprendizagem, 
sendo um orientador, mediador e assessor, tornando-se responsável pelas atividades 
experimentais, que buscam se desenvolver com questões investigativas de acordo com 
os aspectos de vivencia dos alunos. Essas atividades devem oferecer condições para que 
os alunos possam levantar e testar suas ideias ou suposições sobre os fenômenos 
 
científicos a que são expostos. Visto isso, o professor deve trabalhar em função de uma 
situação problema, motivando seu aluno a ir atrás de respostas, exigindo que o aluno 
observe a situação a fundo, para ai sim aprender mais sobre ela. Cabe, então, ao 
professor analisar o desenvolvimento de seus alunos com a situação problema proposta, 
orientando-os quando necessário. 
A experimentação no ensino de Ciências não resume todo o processo investigativo no 
qual os alunos estão envolvidos na formação e desenvolvimento de conceitos 
científicos. Há que se considerar também que o processo de aprendizagem dos 
conhecimentos científicos é bastante complexo e envolve múltiplas dimensões, exigindo 
que o trabalho investigativo dos alunos assuma, então, variadas formas que possibilitem 
o desencadeamento de distintas ações cognitivas, tais como: manipulação de materiais, 
questionamento, direito ao tateamento e ao erro, observação, expressão e comunicação, 
verificação das hipóteses levantadas. 
Entendemos então, que atividade experimental é de extrema importância, e se propõe a 
aplicar uma teoria na resolução de problemas, dando significado à aprendizagem da 
Ciência, estabelecendo-se como uma verdadeira atividade teórico-experimental. 
Nesse sentido, foi criada a ferramenta analítica desenvolvida por Mortimer e 
Scott (2003) permitindo ações e a reflexão consciente sobre o processo pelo qual os 
professores podem agir para guiar as interações que resultam na construção de 
significados desejáveis do ponto de vista científico. Eles enfatizam a importância da 
forma com que o professor intervém nas discussões com seus alunos, independente do 
objetivo a ser almejado, pois tanto pode encorajá-los a participar da discussão como 
pode reprimi-los. Não basta deixar que os alunos falem livremente, é preciso encontrar 
um equilíbrio entre a livre apresentação de ideias e a atenção às questões já discutidas. 
Essa estrutura analítica da ferramenta é baseada em cinco aspectos inter-relacionados 
que focalizam, principalmente, o papel do professor, sendo eles: Intenções do professor; 
Conteúdo; Abordagem comunicativa; Abordagem comunicativa; Padrões de interação; e 
Padrões de interação. 
O primeiro aspecto da estrutura analítica, intenções do professor, se refere às 
intenções do ensino. A partir de uma sequência de ensino em sala de aula, 
transparecendo as diferentes intenções que orientam as intervenções do professor. Há 
 
outras intenções que precisam ser consideradas durante uma sequência de ensino: criar 
um problema; explorar a visão dos alunos; introduzir e desenvolver a história científica; 
guiar os estudantes no trabalho com as ideias científicas e dar suporte ao processo de 
internalização; guiar os estudantes na aplicação das ideias científicas e na expansão de 
seu uso, transferindo progressivamente para eles o controle e a responsabilidade desse 
uso. O conteúdo é o segundo aspecto, se refere a uma ampla variedade de conteúdos 
conceituais do assunto a ser abordado. 
O conceito de abordagem comunicativa se refere ao terceiro aspecto. Diz 
respeito a como o professor trabalha as intenções e o conteúdo do ensino por meio de 
intervenções pedagógicas, dois extremos quanto à natureza das intervenções, que são 
definidos por meio da caracterização do discurso entre o professor e os alunos ou entre 
os próprios alunos. Qualquer interação provavelmente contém aspectos de ambas as 
dimensões, dialógica e de autoridade, que podem ser combinadas para gerar quatro 
classes de abordagem comunicativa: Interativa/dialógica: professor e estudantes 
exploram ideias; Não-interativa/dialógica: o professor reconsidera, na sua fala, vários 
pontos de vista, destacando similaridades e diferenças; Interativa/de autoridade: o 
professor geralmente conduz os estudantes por meio de uma sequência de perguntas e 
respostas, com o objetivo de chegar a um ponto de vista específico; Não-interativa/ de 
autoridade: o professor apresenta um ponto de vista específico 
O quarto aspecto refere-se aos momentos específicos da fala do professor e do 
aluno e que comumente são representados pela tríade I-R-A (Iniciação, Resposta, 
Avaliação) podem ocorrer também sequências estendidas fechadas em que a iniciação 
do professor pode gerar diferentes respostas. O último aspecto da ferramenta remete aos 
modos como o professor intervém para desenvolver a história científica e torná-la 
disponível para todos os alunos na sala de aula. 
Foram analisadas as aulas sobre flutuabilidade dos corpos da 1ª, 3ª e 4ª 
séries através da "ferramenta" teórico-metodologica de Mortimer e Scott (2003) e 
essas analises foram registradas.Foi observado como eram o desenvolvimento do 
conteúdo com objetivo de identificar as grandezas que interferem na flutuação dos 
corpos nos líquidos, para isso, os alunos verificaram a massa e a forma dos 
objetos e realizavam os experimentos, tal como a construção de um submarino para 
analisarem o efeito da ação da água. 
 
Nessa análise foram considerados os seguintes aspectos: a intenção da 
professora; o conteúdo; o padrão de interação; a forma de intervenção; o tipo de 
abordagem comunicativa. 
Os resultados dos experimentos realizados foram explicados pelos 
alunos por meio de modelos já existentes. Das análises das práticas pedagógicas 
das três professoras, as autoras notaram que as doscentes procuraram discutir as 
ideias dos alunos: “de que tudo o que é pesado afunda e leve flutua”. Enfatizaram 
mais o levantamento das ideias dos alunos, assumindo um discurso dialógico, não 
avançando para uma interação que levasse a um discurso de autoridade. 
De acordo com Mortimer e Scott (2003) que dizem que deveria existir uma linha 
divisória entre as discussões das idéias iniciaise dos resultados experimentais com 
as intervenções que possam rever e sintetizar o progresso alcançado. As autoras 
apontam que o objetivo das intervenções do professor é manter a narrativa, isto é, 
remediar comentários sobre o desenrolar da história científica, a fim de ajudar os alunos 
a seguir seu desenvolvimento e a entender suas relações com o currículo de 
Ciências como um todo. 
Com isso, concluímos que, este artigo é relevante para compreendermos o papel 
do professor no ensino de ciências, sendo ele o principal mediador entre o estudante, 
junto ao seu cotidiano, e a história científica. Cabe a ele realizar a história, interligando 
pensamentos científicos com a realidade do aluno e fazer com que o aluno pense sobre 
aquilo, e o texto esclarece bem isso, mostrando diversas alternativas para que o 
professor consiga isso. 
 
 
 
 
Referências: 
ZANON, Dulciemire et al. A aula de ciências nas séries iniciais do ensino 
fundamental. Ações que favorecem a sua aprendizagem , [S. l.], p. 1-11, 20 
mar. 2007.

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