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Xenofobia contra imigrantes no Brasil

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Xenofobia contra
imigrantes no Brasil
O que é xenofobia?
2
Não se pode considerar que todos os grupos enfrentam a xenofobia do mesmo modo.
Características como origem geográfica, cultura, gênero, cor, etnia, classe social e religião afetam a recepção desses estrangeiros nos países de destino.
No Brasil, há uma longa tradição de orgulho e festejo dos imigrantes europeus – a Oktoberfest, realizada anualmente em Blumenau (SC). Em contrapartida, migrantes africanos, haitianos ou venezuelanos, por exemplo, são muitas vezes recebidos de maneira oposta. As diferenças no tratamento estão diretamente ligadas ao racismo presente no país.
Xenofobia no Brasil tem cor, religião e nacionalidade específicas?
3
Como a xenofobia se manifesta no Brasil?
Grupos estrangeiros que sofrem bastante com a xenofobia são os haitianos e venezuelanos, por causa do grande número de migrantes dessas nacionalidades no Brasil. Outras nacionalidades que são frequentemente alvos de preconceito em nosso país são bolivianos, angolanos, moçambicanos e pessoas de outras nacionalidades africanas.
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Haitianos
5
O Haiti possui um cenário catastrófico causado por desastres naturais, crises políticas e econômicas e a pobreza. O que motiva os haitianos a procurarem outros países. O Brasil foi um dos principais destinos desde 2010, pois preparava-se para sediar a Copa do Mundo. Outro fator é que o Brasil liderou a Missão das Nações Unidas para estilizar o Haiti.
Como chegaram no Brasil?
Passando pelo Equador, Perú e Bolívia. Adentrando o território nacional, principalmente pela região Norte.
Segundo a PF (polícia federal) cerca de 72.000 haitianos entraram no Brasil, entre os anos de 2010 e 2015. Inicialmente, a uma solicitação de refúgio, muitos pedidos são recusados. Foi concedido aos imigrantes por meio da Comissão Nacional de Imigração (CNIg) a concessão de moradia por questões humanitárias.
Apesar de entrarem principalmente pelo estado do Acre, a maior parte dos imigrantes dispersou-se por todo o território brasileiro.
6
Há uma contradição, já que o país aceita os imigrantes, mas não possibilita um trabalho legalmente.
Resulta no aumento da exploração da mão de
obra, na marginalização e na intensificação dos trabalhos informais.
As cidades do Acre não eram capazes de
absorver o número de imigrantes que lá se instalavam, o que gerou um cenário dramático, havendo falta de alimentos e aumento de doenças e da violência.
Ocorre que eles têm sofrido, por parte de
algumas pessoas, ódio e preconceito no Brasil, sendo vítimas de xenofobia. Algumas pessoas descriminam os imigrantes usando como argumentos, entre outros, o fato de os imigrantes acarretarem desemprego e alterarem a cultura local.
Um imigrante, originário de algum país europeu,
por exemplo, será muito bem-vindo, porque é branco. O que possui origem negra, não.
Xenofobia contra os haitianos
7
“Eu sofri muito preconceito, principalmente no início. As pessoas me xingavam, mandavam eu voltar para o meu país. Eu chorava todos os dias”, conta o haitiano Cameu Jeaneenis, de 40 anos, e morador de São Paulo desde 2014. Sua trajetória remete ao mesmo caminho que a maioria dos imigrantes no Estado mais rico do País.
Um haitiano ouvido pela reportagem foi em busca de emprego. Conseguiu, mas já quer ir embora porque foi humilhado e agredido por um colega de trabalho: “Eles me chamam de macaco. Eu não fiz nada pra eles e continuam me chamando de macaco. Ele me deu uma banana e me bateu", diz o imigrante, que prefere não se identificar.
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Relatos
Pelo menos 3.744 cubanos entraram no Brasil nos últimos dois anos e pediram refúgio oficialmente. Eles formam o segundo maior contingente de estrangeiros registrados no período pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério das Relações Exteriores, atrás somente dos venezuelanos, superando haitianos e angolanos.
Para entrar no Brasil, os cubanos contratam coiotes, pessoas que transportam e facilitam a entrada de imigrantes em um país. A rota começa por Guiana porque a antiga colônia inglesa é um dos únicos países do mundo que não exige visto de entrada dos cubanos.
9
Cubanos
Uma das principais ações no Brasil para aumentar a cobertura de saúde equitativa e universal é o Programa Mais Médicos. A iniciativa foi criada em 2013 pelo governo brasileiro para ampliar a atenção primária em saúde e suprir a carência de médicos.
A	Organização	Pan-Americana	da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) colabora com a iniciativa ao articular acordos entre Brasil e Cuba para viabilizar a mobilização de médicos cubanos para atuar no setor de atenção primária em saúde, no Sistema Único de Saúde brasileiro.
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Cubanos e o Programa Mais Médicos
96 médicos, na sua grande maioria cubanos que haviam acabado de participar do primeiro dia do curso de formação sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), em Fortaleza (CE), foram rechaçados por dezenas de médicos brasileiros. Foram gritos, xingamentos e vaias.
Na mesma semana, a jornalista do Rio Grande do Norte, Micheline Borges, também causou enorme tumulto nas discussões acerca do assunto. Em sua página pessoal do Facebook ela declarou de modo pejorativo que as médicas cubanas pareciam “empregadas domésticas”.
11
Xenofobia contra os cubanos
Xenofobia contra os cubanos
12
Relatos
Na última segunda-feira, 26 de agosto de 2013, na Escola de Saúde Pública do Ceará, assistimos, lamentavelmente, a uma demonstração de intolerância e xenofobia do Sindicato dos Médicos do Ceará e um grupo de 40 jovens médicos para com os médicos cubanos e outros estrangeiros, que vieram ao Brasil por espírito solidário e respondendo a um chamamento do governo brasileiro. Gritavam, a plenos pulmões, nas portas da ESP, num verdadeiro "corredor polonês", grosserias injustas e xenofóbicas: "escravos, escravos", "incompetentes, incompetentes", "voltem pra senzala" e outros impropérios.
13
A imigração venezuelana no Brasil foi motivada pelo cenário de crise vivido na Venezuela, que enfrenta um caos político, econômico e institucional. O país vive instabilidades no governo desde 2013.
A falta de emprego e de recursos básicos para a sobrevivência resultou em uma situação de miséria, fome, agravamento de doenças e violência.
Por causa desse intenso fluxo migratório, problemas começaram a surgir em território nacional, visto que a maioria dos venezuelanos fixou-se em um único estado, Roraima.
Venezuelanos
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Os venezuelanos adentram o território brasileiro pelo estado de Roraima, mais especificamente pela cidade de Pacaraima, que faz fronteira terrestre com a Venezuela.
A área da saúde foi a maior impactada pelo fluxo migratório. Doenças como sarampo, que já haviam sido eliminadas em território brasileiro, reapareceram
Em virtude da falta de políticas públicas que acolham essa massa migratória para inseri-la no mercado de trabalho, fornecer educação e saúde, entre outras necessidades básicas, boa parte dos venezuelanos que se encontram em Roraima lotou semáforos para pedir esmola ou vender alimentos, improvisando barracas, prostituindo-se e até mesmo praticando crimes.
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Situação em Roraima
Os motivos para que a xenofobia continue crescendo são variados, como o medo de perder status social ou identidade, a concorrência por sucesso econômico, o sentimento de superioridade, a ausência de limites em tempos de crise e a falta de informação intercultural, como o desconhecimento do outro e porque ele adota certos costumes.
“Estão vindo também assassinos, bandidos, etc.”, “Fora venezuelanos”, “Raça ruim”, “Vamos tacar fogo neles aqui em Boa Vista”. Essas são algumas das frases escritas por cidadãos brasileiros em comentários publicados em sites de notícias da imprensa local sobre a imigração de venezuelanos.
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Xenofobia contra Venezuelanos
ALEXANDERESTAVA CANSADO. Ao recostar a cabeça sobre uma sacola improvisada de travesseiro para abrandar a dureza da calçada, o venezuelano de 51 anos encerrou sob a marquise de uma sapataria uma longa caminhada em busca por um pouso em Boa Vista. Sem conseguir senha para dormir numa das barracas do campo de refugiados próximo à rodoviária internacional da capital de Roraima, andou por quase oito quilômetros até se ajeitar pelo chão. Lá, enquanto dormia, teve o crânio esfacelado a pauladas.
Em 13 de julho, 45 dias antes, o também venezuelano Carlos Alfredo Velasquez, de 28 anos, teve a cabeça despedaçada a marteladas enquanto dormia em um ponto de ônibus próximo a um dos 13 abarrotados abrigos para refugiados mantidos pela Operação Acolhida em Boa Vista e Pacaraima. Antes disso, ao menos outros três venezuelanos foram mortos a pancadas desde o começo do ano
Relatos
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Aguns imigrantes estão mais vulneráveis a esse tipo de abuso. Existem pessoas e empresas que se aproveitam da dificuldade que alguns estrangeiros têm de arranjar emprego e do fato de que essas pessoas não conhecem muito sobre a lei trabalhista nacional. No caso dos migrantes, as principais vítimas tendem a ser aqueles vindos de países mais pobre, de maioria populacional não-branca.
Em janeiro de 2018, um grupo de dez imigrantes haitianos denunciou uma empresa de Caxias do Sul (RS) por más condições de trabalho. A Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho foram acionados para investigar o caso. Vanius Corte, auditor fiscal do Ministério do Trabalho, afirmou que o “corte de luz, de água, de comunicação com os familiares, as agressões e ameaças por parte do supervisor dessa empresa é de gravidade extrema”.
Denúncias de trabalho escravo
18
	Complexo	de	vira-lata:	Outra
	consequência	do	complexo	de	vira-lata
são	os
estereótipos
direcionados	aos
nativos	dos
países
considerados
“inferiores”.
Racismo
estrutural:	Assim,	a	já
mencionada	interseccionalidade
entre
racismo e xenofobia no Brasil torna particularmente difícil a vida dos imigrantes não-brancos residindo no país.
Ameaça econômica: Um último ponto, também essencial para o entendimento da xenofobia no Brasil, refere-se ao sentimento de que imigrantes apresentam uma ameaça ao sucesso econômico do cidadão, como na ideia de que os migrantes tomariam vagas de trabalho.
Por que brasileiros são xenófobos?
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Quando a xenofobia no Brasil toma forma de agressão, ela é considerada crime. Isso foi definido pela Lei nº 7.716, de janeiro de 1989, que em seu artigo 1º garante que “serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. Já as ofensas verbais direcionadas a imigrantes podem ser caracterizadas como crime de injúria.
Assim, é importante relatar os casos de xenofobia no Brasil. As denúncias desses episódios devem ser feitas como as de outros crimes: por meio de um Boletim de Ocorrência. Além disso, o Disque 100 é uma plataforma por meio da qual as pessoas podem denunciar diversas violações de direitos humanos, inclusive a xenofobia.
Xenofobia é crime
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A atual Lei da Migração garante ao migrante os mesmos direitos que um cidadão brasileiro. Entre diversas mudanças, a legislação passa a encorajar a regularização migratória, não permite a prisão de migrantes por estarem irregulares no país e repudia ações de expulsão e não acolhimento de tais pessoas.
Outras iniciativas buscam combater a xenofobia do Brasil. Uma delas são os Centros de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAIs), que buscam auxiliar aqueles que chegam ao Brasil a regularizarem-se, conseguirem emprego e também atendimentos em hospitais, delegacias e escolas. Entretanto, só existem dois CRAIs no Brasil todo: em Florianópolis e em São Paulo.
Políticas públicas no combate à xenofobia no Brasil
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O homem conseguiu ir para a lua mas não conseguiu combater o racismo, a xenofobia entre outros. (Mohammed Haziz)
22
Obrigada!!
23
Referências
FREIRE, Simone. Xenofobia e racismo contra médicos cubanos. 2013. Disponível em: https://www.geledes.org.br/xenofobia-e-racismo-contra-medicos-cubanos/. Acesso em: 06 jun. 2020.
MACIEL, Edgar. Chegada de refugiados faz xenofobia crescer mais de 600% no Brasil, mas nem	1%	dos	casos	chega	à	Justiça.	2016.	Disponível	em: https://www.huffpostbrasil.com/2016/06/20/chegada-de-refugiados-faz-xenofobia-crescer- mais-de-600-no-bras_n_10558742.html. Acesso em: 06 jun. 2020.
MORAIS,	Pâmela.	Por	que	existe	xenofobia	no	Brasil?	2018.	Disponível	em: https://www.politize.com.br/xenofobia-no-brasil-existe/. Acesso em: 06 jun. 2020.
PORFÍRIO,	Francisco.	Xenofobia.	Disponível	em: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/xenofobia.htm. Acesso em: 06 jun. 2020.
RAMALHO, Sérgio. Virou rotina agredir e assassinar venezuelanos em Roraima. 2019. Disponível em: https://theintercept.com/2019/11/28/violencia-xenofobia-venezuelanos- roraima/. Acesso em: 06 jun. 2020.
ROCHA, Eliane. Migrante cidadão: violência expõe a xenofobia em Roraima. 2018. Disponível em: https://amazoniareal.com.br/migrante-cidadao-violencia-expoe-a-xenofobia-em-roraima/. Acesso em: 06 jun. 2020.
25
Referências
em:
SILVA,	Daniel	Neves.	"Xenofobia";	Brasil	Escola.	Disponível https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/xenofobia.htm. Acesso em 14 de junho de 2020.
SOUSA,	Rafaela.	Imigração	haitiana	no	Brasil.	Disponível
em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/imigracao-haitiana-no- brasil.htm#:~:text=Imigra%C3%A7%C3%A3o%20haitiana%20no%20Brasil,e%20econ%C3%B 4mica%20vivida%20no%20Haiti. Acesso em: 06 jun. 2020.
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