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Genoma humano Objetivo 1: reconhecer as funções e estruturas do DNA e RNA na célula Os ácidos nucleicos são moléculas especializadas no armazenamento, na transmissão e no uso da informação genética, Há dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA(ácido desoxiribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico). O DNA é uma macromolécula que codifica a informação hereditária, e a passa de geração em geração. Por meio de um RNA intermediário, a informação codificada no DNA é também utilizada para especificar a sequencia de aminoácidos dos polipeptídeos. A informação vai de DNA para DNA na reprodução, mas nas atividades não reprodutivas da célula, a informação vai de DNA para RNA, e deste para polipeptídeos, que, finalmente desempenhem sua função biológica. Composição e Estrutura do DNA O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um tipo de ácido nucleico que possui destaque por armazenar a informação genética da grande maioria dos seres vivos. Essa molécula é formada por nucleotídeos e apresenta, geralmente, a forma de uma dupla- hélice. Nos organismos eucarióticos, o DNA é encontrado no núcleo da célula, nas mitocôndrias e nos cloroplastos. A molécula de DNA possui três componentes básicos: o açúcar pentose, a desoxirribose; um grupo fosfato e quatro tipos de bases nitrogenadas. As bases nitrogenadas possuem um ou dois anéis, que apresentam átomos de nitrogênio, e estão classificadas em dois grupos: as pirimidinas e purinas. As pirimidinas possuem apenas um anel de seis átomos, sendo ele composto de carbono e nitrogênio. Já as purinas possuem dois anéis: um anel de seis átomos fusionados a um anel com cinto átomos. Citosina (C), timina (T) e uracila (U) são pirimidinas, enquanto a adenina (A) e a guanina (G) são purinas. Das bases nitrogenadas citadas, apenas a uracila não é observada no DNA. Uma das contribuições de Watson e Crick, em meados do século XX, foi demonstrar como esses componentes estavam fisicamente organizados para formar o DNA. Eles propuseram o famoso modelo da dupla hélice, no qual o DNA pode ser visualizado como uma escada torcida com ligações químicas formando seus degraus. Os dois lados da escada são compostos de açúcar e fosfato, mantidos juntos por fortes ligações fosfodiéster (Os nucleotídeos são unidos uns aos outros por ligações denominadas fosfodiéster (grupo fosfato ligando dois açúcares de dois nucleotídeos). Nessas ligações, um grupo fosfato conecta o carbono 3' de um açúcar ao carbono 5' do próximo açúcar). De cada lado da escada, em intervalos regulares, projetam-se as bases nitrogenadas. A base que se projeta de um lado está ligada à que se projeta do outro lado por pontes de hidrogênio, ligações relativamente fracas. A figura ilustra as ligações químicas entre as bases e mostra que as extremidades da escada terminam em 3’ ou 5’. Essas marcações derivam da ordem na qual os cinco átomos de carbono que compõem a desoxirribose são numerados. Cada subunidade de DNA, constituída por uma desoxirribose, um grupo fosfato e uma base, é denominada nucleotídeo. Resumindo, os nucleotídeos são unidos uns aos outros por ligações denominadas fosfodiéster (grupo fosfato ligando dois açúcares de dois nucleotídeos). Nessas ligações, um grupo fosfato conecta o carbono 3’ de um açúcar ao carbono 5’ do próximo açúcar. Diferentes sequências de bases nucleotídicas (p. ex., ACCAAGTGC) especificam diferentes proteínas. A especificação das várias proteínas do corpo requer uma grande quantidade de informação genética. De fato, cada célula humana haploide contém aproximadamente três bilhões de pares de nucleotídeos, informação mais do que suficiente para especificar a composição de todas as proteínas humanas. Os componentes mais importantes do DNA são as quatro bases nucleotídicas: adenina, timina, citosina e guanina. O DNA tem uma estrutura de dupla hélice. Genoma humano COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DO RNA Enquanto o DNA possui as informações fundamentais para se processar uma nova proteína, ele ainda necessita do auxílio de moléculas intermediárias. E uma delas é o RNA, ou ácido ribonucleico. Assim, a molécula do RNA nada mais é do que uma estrutura complementar de certa região do DNA. É composto por uma única cadeia de nucleotídeos. Entretanto, diferente do DNA, as bases nitrogenadas do RNA são a adenina (A), a guanina (G), a citosina (C) e a uracila (U), esta última substituindo a timina (T) presente na molécula de DNA. Função do RNA A principal função do RNA é permitir que toda a informação contida no DNA possa ser copiada e transportada até as estruturas responsáveis pela elaboração de proteínas. Entretanto, o processo se ramifica, sendo que existem três tipos diferentes de RNA para realizar funções específicas, como é possível ver abaixo: • RNA Ribossômico (RNAr): este RNA é o principal elemento que constitui os ribossomos, tendo o maior peso e sendo um dos principais responsáveis pela criação de novas proteínas; • RNA Mensageiro (RNAm): junto com o RNAr ribossômico, o RNAm mensageiro também fornece auxílio na síntese proteica, com a orientação da ordem de aminoácidos para a formação das proteínas. Também é o responsável por transportar as informações genéticas provenientes do DNA do núcleo da célula até o citoplasma. Tem peso menor que o RNA ribossômico; • RNA Transportador (RNAt): Como o próprio nome já explicita, o RNAt transportador é o responsável pela função de transporte das moléculas de aminoácidos que farão parte da síntese proteica. O RNAt transporta os aminoácidos até os ribossomos, organela responsável por uni-los, formando, assim, as proteínas. Em comparação com os outros, possui menor peso. Além de todas as características que os distinguem apresentadas até aqui, é possível diferenciar DNA e RNA por outros fatores. A localização, por exemplo, é um deles. Enquanto o DNA é encontrado apenas no núcleo das células, o RNA é produzido nele, mas migra para o citoplasma. A constituição de cada um também é diferente. Enquanto no RNA existe a ribose, no DNA encontramos a desoxirribose. Além disso, as estruturas são distintas, sendo que o DNA apresenta dupla-hélice e o RNA uma hélice simples. Isso faz com que, logicamente, o DNA seja muito maior que o RNA, sendo este formado a partir de uma única fita do primeiro. Por fim, ao comparamos as bases nitrogenadas que compõem cada uma desses ácidos nucleicos, há uma pequena diferença. Enquanto em ambos a citosina é pareada com a guanina, o RNA apresenta pareamento entre adenina e uracila e o DNA, por sua vez, pareia a adenina com a timina. Assim, é por meio dessas moléculas que os seres vivos transmitem suas informações, das mais básicas às mais importantes para a manutenção da própria vida. No processo reprodutivo, inclusive, a mistura de características tem como principal agente o DNA, uma vez que os gametas carregam informações de ambos os pais, resultando em um indivíduo único. OBJETIVO 2: ENTENDER AS ETAPAS DE DUPLICAÇÃO DO DNA A replicação do DNA é um processo semiconservativo, pois cada uma das suas moléculas recém formadas conserva uma das cadeias da molécula que a originou e forma uma cadeia nova, complementar ao seu molde. Para que o código genético não seja perdido ou modificado, e a célula não perca o seu uso dentro do nosso sistema, ela precisa duplicar o DNA para dar origem à outra partícula idêntica. O processo de replicação inicia-se com a separação das duas fitas que formam a molécula de DNA,por meio da ação de enzimas, como a helicase (desenrola a hélice de dna e separa as duas cadeias de nucleotideos). Isso ocorre em pontos em que existem sequências específicas de nucleotídeos, esses pontos são denominados origens de replicação. As enzimas que atuam nesse processo identificam-nos e ligam-se ao DNA, formando as chamadas “bolhas” de replicação. A replicação do DNA é o processo de duplicação da molécula de DNA. Nele ocorre a separação das duas cadeias de nucleotídeos e a formação de cadeias complementares. A replicação ocorre antes da divisão celular, durante a interfase. O processo de replicação inicia-se com a separação das duas fitas que formam a molécula de DNA. Em seguida, ocorre a ligação dos nucleotídeos livres no núcleo a um nucleotídeo correspondente em uma das fitas. Tem-se agora duas moléculas de DNA, constituídas por uma fita antiga, pertencente à molécula original, e uma fita nova. Esse processo é considerado, assim, semiconservativo. A replicação do DNA ou duplicação do DNA é um processo de grande importância para a transmissão do material genético, pois, quando ocorre a divisão celular, esse material será dividido de forma igual entre as células-filhas. A replicação ocorre antes do início da divisão celular, durante a fase S da interfase. Na replicação, a molécula de DNA será duplicada. As duas moléculas formadas serão constituídas por uma fita que pertencia à molécula original e uma fita recentemente sintetizada. Pelo fato de as novas moléculas serem constituídas por uma fita “antiga” e uma “nova”, esse processo é denominado semiconservativo. O processo de replicação é mediado por ação de algumas enzimas, como a helicase, responsável por desenrolar a hélice de DNA e separar as cadeias de nucleotídeos. A Síntese do DNA é catalisada pela enzima DNA-polimerase. Ambas as fitas do DNA são sintetizadas juntas na forquilha de replicação, com orientação antiparalela. Durante o processo de replicação, as pontes de hidrogenio são catalizadas e os nucleotídeos livres unem-se a elas, respeitando sempre a regra do emparelhamento: Adenina-Timina, Citosina-Guanina. À medida que se encaixam nas cadeias do DNA, vão formando duas novas cadeias, obedecendo a regra da replicação semi-conservativa. Genoma humano A cadeia que vai ser formada inicia-se com uma porção de RNA. Essa cadeia inicial de RNA, sintetizada por meio da ação da enzima primase, é denominada de oligonucleotídeo iniciador ou primer. O oligonucleotídeo iniciador é formado com base em um nucleotídeo de RNA, sendo que, em seguida, os demais vão sendo adicionados tendo a fita de DNA como molde. O oligonucleotídeo iniciador completo é então pareado com a fita molde, e a nova cadeia de DNA é iniciada. O oligonucleotídeo iniciador, quando está completo, apresenta entre cinco e 10 nucleotídeos. O início da formação da nova cadeia de DNA ocorrerá da extremidade 3' do oligonucleotídeo iniciador. Enzimas, denominadas de DNA-polimerases, iniciam a ligação dos nucleotídeos livres no núcleo ao oligonucleotídeo iniciador e, em seguida, adicionam os nucleotídeos complementares aos da fita- molde. Devido à estrutura do DNA, os nucleotídeos só poderão ser adicionados na extremidade 3' do oligonucleotídeo iniciador ou da fita de DNA que está sendo sintetizada. Assim, a nova fita poderá ser aumentada apenas no sentido do lado do carbono da pentose ligado ao fosfato (carbono 5') em direção ao carbono 3' da pentose (5'→3'). À medida que a forquilha vai sendo aberta, a adição de nucleotídeos em uma das fitas dá-se de forma contínua, essa fita é denominada de fita líder ou fita contínua. No entanto, para que a outra fita seja alongada nesse sentido, a adição de nucleotídeos ocorrerá em sentido oposto ao da progressão da forquilha por meio de fragmentos, denominados fragmentos de Okazaki (em células eucarióticas, eles possuem entre 100 e 200 nucleotídeos). Essa fita é denominada de fita retardada ou fita descontínua, e, diferentemente da fita líder, que necessita apenas de um oligonucleotídeo iniciador, cada fragmento dela deverá ser iniciado separadamente. Ao fim, a enzima DNA ligase liga os fragmentos, formando uma fita única de DNA. Tem-se agora duas moléculas de DNA, exatamente iguais em relação à sequência de nucleotídeos, sendo que essas moléculas são constituídas por uma fita antiga, pertencente à molécula original, e uma fita nova. Citosina (C) – Guanina (G) Guanina (G) – Citosina (C) Adenina (A) – Timina (T) OBJETIVO 3: DEFINIR FENÓTIPOS, GENÓTIPOS, ALELO, BASES NITROGENADAS, LOCUS GENICO E GENE. FENOTIPO: O conceito de fenótipo está relacionado com as características externas, morfológicas, fisiológicas e comportamentais dos indivíduos. Ou seja, o fenótipo determina a aparência do indivíduo (em sua maioria, aspectos visíveis), resultante da interação do meio e de seu conjunto de genes (genótipo). Exemplos de fenótipo são o formato dos olhos, a tonalidade da pele, cor e textura do cabelo, dentre outros. Nesse sentido, podemos pensar em dois irmãos, os quais possuem a mesma tonalidade de pele, porém, um deles vive numa cidade praiana, toma muito mais sol e possui pele mais morena. Por outro lado, seu irmão, o qual vive na cidade grande, possui uma pele mais clara, determinada pelo meio em que vive. Por isso, o fenótipo é sobretudo, resultado da interação do genótipo com o ambiente. Genoma humano GENOTIPO: O conceito de genótipo associa-se às características internas, à constituição genética do indivíduo, ou seja, o conjunto de cromossomos ou sequência de genes herdados dos pais, os quais somados às influências ambientais, determinará seu fenótipo (características externas). Em outras palavras, o genótipo determina o fenótipo, sendo, portanto, uma característica fixa do organismo e mantida durante toda a vida e, diferentemente do fenótipo, não sofre alterações em contato com o meio ambiente. Dessa forma, o genótipo representa a constituição gênica de cada pessoa, composto dos genes maternos e paternos. A sua representação é baseada nos genes alelos dominantes, indicados pelas letras maiúsculas (AA) ou genes recessivos (aa). Como exemplo, tem-se o albinismo, doença rara associada à falta de melanina na pele, representada por genes alelos recessivos (aa), em contraposição aos indivíduos que apresentam taxas normais de melanina na pele, os dominantes (AA), ou em maior número. ALELOS: Os alelos são as formas alternativas de um determinado gene e ocupam um mesmo loco em cromossomos homólogos. Quando nos referimos a loco, estamos falando da posição do gene no cromossomo; quando falamos em cromossomos homólogos, referimo-nos a cromossomos que possuem genes para a mesma característica. É importante frisar que os alelos são sempre representados por letras. O alelo é representado por letra minúscula quando é recessivo, ou seja, quando se expressa apenas aos pares (Ex.: aa). Já o alelo dominante é representado por letra maiúscula e expressa-se mesmo em dose simples (Ex.: AA ou Aa). >> formas alternativas de um determinado gene e ocupam um mesmo locus gênico em cromossomos homólogos BASES NITROGENADAS: Bases nitrogenadas são compostos que fazem parte da composição do DNA e do RNA, os quais são os ácidos nucleicos encontrados nas células vivas dos órgãos. Elas são cinco e podem ser classificadas em dois tipos: • Bases púricas ou purinas - adenina e guanina • Bases pirimídicas ou pirimidinas - citosina, timina e uracila.LOCUS GENICO: Posição que um gene ocupa em um cromossomo GENE: O gene nada mais é do que uma sequência específica do DNA que contém as instruções necessárias para a síntese de uma proteína ou molécula de RNA. Podemos dizer que o gene é a unidade fundamental da hereditariedade. Geralmente, representam-se os genes com letras do alfabeto. >> Pedaço de DNA, ou seja, sequencia de bases nitrogenadas que determinam a formação de uma proteína que irá definir uma característica
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