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Monopólio Professor: Hélde Araújo Domingos universidade Federal de Mato Grosso – UFMT Faculdade de Economia-FE Disciplina: Microeconomia II Cuiabá, 05 de outubro de 2011 INTRODUÇÃO • A microeconomia neoclássica admite 4 tipos de falhas de mercados que geram desvio de eficiência no mercado competitivo: • A primeira delas é o poder de mercado derivado da formação de (monopólio/oligopólios no lado da oferta ou monopsônio/oligopsônios no lado da demanda. • As outras três são: i) assimetria de informação; ii) Externalidades; ii) e Bens públicos. INTRODUÇÃO Monopólio: Quando há somente uma empresa no mercado, é muito pouco provável que ela considere os preços como dados. Pelo contrário, o monopólio reconheceria sua influencia “pode de mercado” sobre o preço e escolheria o nível de preço e produção que maximize o seus resultados. Quando as firmas têm poder de mercado, ou seja, capacidade de influir sobre preços, a relação entre preços e custos da firma se alteram. INTRODUÇÃO Enquanto, a firma competitiva determina a quantidade que oferta, na buscando igualdade entre seu preço e seu custo marginal, isso não ocorre nos monopólios, onde o preço supera os custos marginais. No entanto, a realidade em nosso entorno, revela que a concorrência perfeita e o monopólio são raros; o que mais existe são setores e firmas posições intermediarias. Se torna importante estudar estes tipos de mercado porque, na vida real. Não é comum encontrar mercados perfeitamente competitivos. INTRODUÇÃO A principal diferença entre a Concorrência perfeita e a imperfeita pode ser visualizada pelas figuras 1 e 2. d P q0 d P q0 Figura 1. Curva de demanda da firma em concorrência perfeita. Figura 2. Curva de demanda da firma em concorrência imperfeita. Na concorrência perfeita, a firma pode vender o que quiser ao longo de sua curva de demanda horizontal, ao preço de mercado. Na concorrência imperfeita, a firma se vê diante de uma demanda que tem inclinação negativa e, no caso do monopólio é igual a do mercado. elástica Elasticidade finita INTRODUÇÃO : A firma monopolista não poderá escolher preço e nível de produção de forma separada; para qualquer preço determinado dentro do mercado em questão, o monopólio só poderá vender o que o mercado suporta. (se escolher um preço muito alto, a firma acabará vendendo uma quantidade pequena, pois, a demanda dos consumidores fará uma restrição ao monopolista no que tange ao preço e a quantidade). INTRODUÇÃO : Na qualidade de único produtor, o monopolista encontra-se em posição impar. Se esse produtor decidir elevar o preço, ele não terá a preocupação com concorrentes, pois não há. Dessa forma, o monopolista é o mercado e controla totalmente a quantidade do produto. Causas da imperfeição dos mercados De modo geral, são dois fatores que impedem a incorporação ao setor de um número elevado de empresas e que, consequentemente, dão margem ao surgimento de imperfeições nos mercados: os custos de produção e as barreiras à entrada de novos competidores. A estrutura de custos e a tecnologia são os fatores determinantes do número de firmas que um setor suporta e das dimensões que elas poderão alcançar. Pode-se afirmar que a existência de economias de escala é o fator-chave ara determinar o número de firmas em um setor. Causas da imperfeição dos mercados Havendo economias de escala e/ou barreiras à entrada, o mercado será integrado por um número reduzido de firmas. Se um setor apresenta economias de escala na produção, ou custos decrescentes, isso significa que as grandes firmas produzem em níveis de custos que as pequenas firmas não conseguem alcançar. Causas da imperfeição dos mercados Barreiras à entradas: Em geral, as economias de escala são consideradas um dos tipos mais frequentes de barreiras à entrada, já que nem todas firmas tem recursos suficientes para crescer muito. Porém, outras importantes características de mercado estão relacionadas às condições à entrada de firmas no setor específico. Perceber-se então que tais características se enquadram dentro de três condições: Entrada fácil: esta condição é representada pelo fato de não constituir nenhuma barreira à entrada de novos vendedores; Entrada moderadamente difícil: nesta condição existem barreiras, mas não de forma suficientemente alta que impeça aos vendedores estabilizados a fixarem um preço monopolizado, dificultando a entrada de demais vendedores; Causas da imperfeição dos mercados Entrada bloqueada: este tipo de barreira revela condições bastante relevantes para a entrada, de modo que os vendedores estabelecidos possam estruturar um preço conjunto de monopólio, bloqueando a entrada de novos vendedores, em função da redução de atratividade de entrada no mercado. Neste último caso então a condição de entrada é definida como a “desvantagem” das firmas potenciais candidatas a integrar o ramo industrial em comparação com as firmas estabelecidas, ou ao contrário, a “vantagem” das estabelecidas sobre as firmas potenciais. Tal condição de entrada refere-se à extensão pela qual, no longo prazo, as firmas já estabelecidas podem elevar seus preços de venda acima dos custos médios mínimos de produção e distribuição, sem induzir novas firmas a entrar no ramo industrial (KON, 1999). Causas da imperfeição dos mercados Entretanto, Labini (1984) observa que se existir alguma empresa que possa ter condições de fixar os preços com o objetivo de impedir a entrada de novas firmas no mercado, a empresa impedidora deverá manter o preço a um nível inferior ao que garante à empresa entrante a taxa mínima de lucro, ou seja, neste caso é adotado um preço de exclusão que é menor que o preço de mercado, e se essa mesma empresa resolver expulsar outra empresa já estabelecida, neste caso ela deverá fixar o preço a um nível inferior ao custo direto da empresa alvo de expulsão. Logo, o preço de expulsão no curto prazo é inferior ao custo direto da empresa que se quer expulsar. Causas do monopólio Neste caso, incluem-se as patentes e as restrições administrativas, normalmente ligadas ao fornecimento de serviços públicos e à existência de tarifas ou quotas para o comércio internacional. * a concessão de uma patente também gera uma situação monopolista, ainda que de caráter temporário. A final, a patente confere ao inventor o direito de fabricar, com exclusividade, verto produto durante determinado tempo. * controle exclusivo de um fator produtivo por uma única empresa ou domínio das fontes ais importantes da matéria-prima indispensável à produção de um determinado bem. (chamado de existência de recursos monopolistas). Exemplo: um firma que controla uma única mina de diamantes atuará de forma monopolista. Causas do monopólio * O controle estatal da oferta de determinados serviços origina os chamados monopólios estatais, como os serviços de correios e telégrafos, os serviços ferroviários. Esses serviços costumam ser prestados por empresas concessionarias ou mistas, neste cas, trata´se de monopólios criados pelo governo. Receita de um monopólio Quantidade (Q) Preço (P) Receita Total (RT = P . Q) Receita Média (RM = RT/Q) Receita Marginal (Rmg = VRT/VQ) 0 11 0 0 1 10 10 10 10 2 9 18 9 8 3 8 24 8 6 4 7 28 7 4 5 6 30 6 2 6 5 30 5 0 7 4 28 4 -2 8 3 24 3 -4 A Receita Marginal dos monopólios é muito diferente da receita marginal das empresas competitivas. Quando um monopolista aumenta a quantidade vendida afeta de duas formas a receita total (P X Q): * Efeito quantidade: é vendida uma quantidade maior, de modo que (Q) é maior, o que tende a aumentar a receita total. * Efeito preço: o preço cai, de modo que (P) é menor, o que tende a diminuir a receita total. Como as empresas competitivas podem vender tudo o que quiserem ao preço de mercado, o efeito preço não existe para elas (Quando aumentam a produção em uma unidade, recebem o preço de mercado por essa unidade e não recebem nada amenos pelas unidades que já estavam sendo vendidas. Como as empresas competitivas são tomadorasde preços, sua receita marginal é igual ao preço do bem. Para o monopolista a situação é diferente: Quando o monopolista aumenta a produção em 1 unidade, ele precisa reduzir o preço cobrado por unidade vendida, e tal redução de preço reduz consequentemente a receita advinda das unidades que já vinha vendendo. Resultado: A receita marginal do monopólio é menor do que o preço. As curvas de Demanda e de Receita Marginal para um monopólio A curva de demanda mostra como a quantidade afeta o preço do bem. A curva de receita marginal mostra como a receita da empresa varia quando a quantidade aumenta em 1 unidade. Como o preço de todas as unidades vendidas caem, se o monopólio aumentar a produção, a receita marginal será sempre menor que o preço. Maximização dos lucros do monopolista Um monopolista maximiza o lucro escolhendo a quantidade em que a receita marginal se iguala ao custo marginal (Ponto a). Então, usa a curva de demanda para determinar o preço que induzirá os consumidores a comprar essa quantidade (Ponto b) Para empresas competitivas: P = Rmg = Cmg Para monopolistas: P > Rmg = Cmg O lucro do monopolista A área da hachura representa o lucro da empresa monopolista. A altura do retângulo (B e C) é o preço menos o custo total médio, que é igual ao lucro por unidade vendida. A largura do retângulo (D e C) é o número de unidades vendidas. O lucro do monopolista X Custo Social Os monopólios obtêm altos lucros por causa de seu poder de mercado. Isso é fato. No entanto, segundo a teoria econômica o lucro do monopólio não é por si só necessariamente um problema para a sociedade. O bem-estar em um mercado em estrutura monopolista, como qualquer outro mercado, inclui tanto bem-estar dos consumidores quanto o dos produtores. Quando um consumidor paga um real a mais a um produtor em função do preço de monopólio, sua situação piora em um real e a do produtor melhora no mesmo valor. O lucro do monopolista X Custo Social A transferência dos consumidores do bem para os monopolistas não afeta o excedente total de mercado. Ou seja, o lucro monopolista por si só não representa uma redução do tamanho do bolo econômico; neste caso, representaria apenas uma fatia maior para os produtores e uma fatia menor para os consumidores. O principal problema do mercado monopolizado surge pelo fato das empresas que atuam nesse tipo de mercado produzir e vender uma quantidade inferior ao nível que maximiza o excedente total. O lucro do monopolista X Custo Social O peso morto mede quanto o bolo econômico se reduziu como resultado disso. Essa ineficiência está ligada ao preço elevado do monopólio (os consumidores compram menos unidades quando a empresa eleva o preço para além do custo marginal). Fim
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