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Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
 
 
Microeconomia II 
 
 
Unidade 1 - Maximização de lucros e 
ofertas competitivas 
 
 
 
Autora: Elizama do Nascimento Oliveira Campos 
Revisora: Cláudia Katherine Rodrigues 
 
 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
Introdução 
As diferentes estruturas de mercado estão condicionadas por três variáveis 
principais: número de firmas produtoras no mercado, diferenciação de produto e 
existência de barreiras à entrada de novas empresas neste mercado. As estruturas 
também podem se diferenciar a partir de seus objetivos. Existem diversos modelos 
sobre o comportamento das empresas na formação de preços de seus produtos, a 
diferença entre os modelos está no objetivo ao qual a empresa se propõe: 
maximização de lucros, maximização da participação no mercado, maximização da 
margem de rentabilidade sobre os custos. Nesta unidade, vamos supor que o 
principal objetivo das empresas é maximizar o lucro. 
Para tanto, você aprenderá sobre a estrutura de mercado em concorrência 
perfeita, tais como suas principais características, e qual a quantidade ótima 
produzida pela empresa de forma a maximizar o lucro. Além disso, você vai entender 
como se dá a tomada de decisão da empresa em permanecer no mercado, 
considerando uma relação de curto e longo prazo, até que ponto a empresa deve 
produzir e não obter prejuízos neste mercado. 
No segundo ponto desta unidade, você aprenderá como a empresa 
monopolista determina o preço e quantidade de mercado que maximizam o seu 
lucro. Além de entender o conceito de poder de monopólio e como esta estrutura 
de mercado pode gerar ineficiências e perda de bem-estar social. E como o governo 
interfere de forma a minimizar os custos para sociedade causados pela presença do 
monopolista. 
Por fim, aprenderemos as principais características dos mercados em 
concorrência imperfeita, do mercado em concorrência monopolística e o mercado 
oligopolista. 
1. Concorrência perfeita 
O modelo de concorrência perfeita se caracteriza como mercado atomizado, 
com infinitos compradores e infinitos vendedores, em que os agentes são 
considerados como “átomos”, pois isoladamente não conseguem afetar o preço de 
mercado. Neste caso, o preço de mercado é dado como fixo tanto para as empresas 
quanto para os compradores. Assim, uma firma isolada ou um consumidor não é 
capaz de alterar o preço de mercado. 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
Os produtos nesta estrutura são considerados homogêneos, ou seja, todas as 
firmas ofertam produtos semelhantes, sendo indiferente ao comprador consumir da 
empresa A ou da empresa B. Desta forma, esses produtos são denominados 
substitutos perfeitos. 
Além disso, considera-se que os agentes se comportam de forma racional. Os 
empresários buscam a maximização do lucro, enquanto que os consumidores 
buscam maximizar o seu bem-estar, ou seja, sua satisfação, ou ainda a utilidade que 
advém do consumo de um bem. 
A existência de livre entrada e saída tanto de compradores quanto dos 
vendedores também é um comportamento desse mercado, não existem barreiras à 
entrada. 
Destaca-se também a transparência de mercado, em que tanto consumidores 
quanto compradores possuem todas as informações neste mercado, sem inclusão 
de custos. Conhecem os preços, a qualidade dos produtos, os custos, as receitas e 
os lucros dos referidos concorrentes. 
Ademais, na concorrência perfeita não há existência de externalidades. 
Nenhuma firma influencia nos custos das suas concorrentes, tal como nenhum 
consumidor afeta a compra de outro. 
Na concorrência perfeita, uma firma isolada não consegue modificar o preço 
de mercado. Desta forma, a curva de demanda individual é horizontal (infinitamente 
elástica), uma vez que se ocorrerem variações de preços neste mercado, a firma deve 
ajustar suas quantidades produzidas. Isso porque não é capaz de alterar o preço, 
que é dado pelo equilíbrio de mercado. Essa relação pode ser verificada 
graficamente, pelas curvas de demanda individual e de mercado (Figura 1). 
 
 
 
 
 
Figura 1: Curva de demanda de mercado da firma total e individual. 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
 
 
 
 
1.1. Escolha ótima da produção e maximização de lucros 
Partiremos da suposição que as empresas analisadas aqui têm como objetivo 
principal a maximização do lucro. Desta forma, buscaremos entender a decisão da 
firma num mercado competitivo, sobre o quanto produzir para maximizar o lucro (π). 
1.1.1. Receita marginal, Custo marginal e maximização do lucro 
O lucro de uma empresa é dado pela receita total (RT) menos os custos totais 
(CT). Tal que, a RT é igual a quantidade vendida (q) vezes o preço do bem (P). E os 
custos totais dependem da quantidade produzida (q). 
Para alcançar o máximo de lucros, a empresa deve definir qual será a 
quantidade produzida em que a receita seja máxima e os custos sejam mínimos. Na 
concorrência perfeita, essa maximização se dará onde a receita marginal (𝑅𝑚𝑔)for 
igual ao custo marginal (𝐶𝑚𝑔). A (𝑅𝑚𝑔) é o quanto que a receita total varia, dada 
uma unidade adicional a mais na produção. Nesse mercado, a 𝑅𝑚𝑔 é fixa e se iguala 
ao preço de mercado, tendo em vista que o preço não depende da quantidade 
vendida pela empresa. Portanto, a 𝑅𝑚𝑔 é dada por: 
𝑅𝑚𝑔 = 
𝑑𝑅𝑇 (𝑞)
𝑑𝑞
=
𝑑(𝑝𝑞)
𝑑𝑞
= 𝑝 
Enquanto que o (𝐶𝑚𝑔) é o custo proveniente da produção de uma unidade 
a mais na produção total. Logo, podemos definir que 𝐶𝑚𝑔 = 𝑅𝑇 (𝑞) − 𝐶𝑇 (𝑞), em 
que o π, RT e CT estão em função da quantidade. Logo, a maximização do lucro é 
dado por: 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
𝑑 (𝑞)
𝑑𝑞
= 0 ⟹
𝑑𝑅𝑇 (𝑞)
𝑑𝑞
− 
𝐶𝑇 (𝑞)
𝑑𝑞
= 0 ⟹ 𝑅𝑚𝑔 = 𝑅𝑚𝑔 
Assim, o lucro será máximo quando o custo marginal se igualar a receita 
marginal. Graficamente, esta relação ocorre na interseção entre as curvas de 𝐶𝑚𝑔 e 
𝑅𝑚𝑔, conforme a Figura 2. Onde 𝑃𝑐 e 𝑄𝑐 são respectivamente preço e quantidade no 
mercado competitivo. 
 
 
Figura 2: maximização do lucro em concorrência perfeita. #PraCegoVer: gráfico Preço x Quantidade. 
Um ponto Pc na reta de Preço, parte uma linha onde D=RMg. Uma parábola vermelha CMg corta Pc, 
seu ponto mais alto é o ponto Qc, que parte da reta Quantidade. 
Aprendemos que a curva de demanda da firma é horizontal e que a 𝑅𝑚𝑔 = 𝑝 
Assim, o nível de produção ótimo da firma em concorrência perfeita é tal que: 
𝐶𝑚𝑔(𝑞) = 𝑅𝑚𝑔 = 𝑝. Como o preço é fixo, as empresas fazem suas escolhas quanto 
ao nível de produção que maximiza o lucro, que são diferentes dependendo do 
prazo estabelecido, conforme veremos a seguir. 
1.2. Maximização do lucro no curto prazo 
O equilíbrio de uma empresa em concorrência perfeita é dado pela igualdade 
da 𝑅𝑚𝑔 e 𝐶𝑚𝑔. Tendo em vista que o preço é fixo e a maximização do lucro se dará 
na quantidade produzida quando 𝑅𝑚𝑔 = 𝐶𝑚𝑔. Conforme visualizado na Figura 2, isto 
ocorre em dois pontos do gráfico, quando o custo marginal é decrescente e quando 
o custo marginal é crescente. Qual deve então ser o ponto que a empresa deve 
produzir para maximizar seu lucro? Vamos examinar cada ponto, conforme a Figura 
3. 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
 
Figura 3: maximização do lucro no curto prazo. #PraCegoVer: Mesmo gráfico Preço x Quantidade. 
Ao invés de estar relacionada em função de Qc, a parábola CMg está medida a partir de diferentes 
pontos em Quantidade (q1, q2, q3, q4, q5, q6) em diferentes pontos de sua curva. 
Nos pontos 𝑞1, 𝑞2 e 𝑞3 o custo marginal é decrescente, sendo vantajoso para 
a firma aumentar a produção. Como a 𝑅𝑚𝑔 é constante, e os 𝐶𝑚𝑔𝑠 são decrescentes, 
logo, oslucros marginais serão crescentes. 
No ponto 𝑞4 o custo marginal é crescente, entretanto a 𝑅𝑚𝑔 > 𝐶𝑚𝑔, portanto 
ainda é vantajoso para a firma continuar aumentando sua produção. 
No ponto 𝑞5 é o ponto de lucro máximo, sendo esta a quantidade que 
maximiza o lucro, uma vez que neste ponto 𝑅𝑚𝑔 = 𝐶𝑚𝑔 e o 𝐶𝑚𝑔 é crescente. A partir 
daí não é mais vantagem para firma continuar produzindo. 
No ponto 𝑞6 , o 𝐶𝑚𝑔 é crescente e a 𝑅𝑚𝑔 < 𝐶𝑚𝑔, tal que, se a empresa 
continuar produzindo poderá auferir em prejuízos neste mercado. 
No curto prazo, considera-se que um dos insumos da empresa deve ser fixo. 
Neste caso, vamos supor que a empresa opera com quantidade fixa de capital, e os 
níveis de matéria-prima e trabalho são escolhidos pela firma de forma a obter o 
máximo lucro possível. 
A figura 4 mostra como a empresa toma sua decisão de produção de curto 
prazo de forma a maximizar o lucro. De forma que 𝑅𝑚𝑒 é a receita média, que é a 
receita por unidade de produto vendida, 𝐶𝑇𝑚𝑒 é custo total médio e 𝐶𝑚𝑔 o custo 
marginal, 𝑅𝑚𝑔 é a receita marginal. E a 𝑅𝑚𝑒 = 𝑅𝑚𝑔 = P. 
Conforme a figura 4, o lucro é máximo é representado pelo ponto A em que a 
quantidade ótima é igual a 𝑞∗ e o preço de mercado é igual a 𝑃𝑚 . Perceba que para 
quantidades abaixo de 𝑞∗ (q<𝑞∗) a 𝑅𝑚𝑔 será menor que o 𝐶𝑚𝑔, logo é vantajoso para 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
a empresa continuar aumentando a produção até 𝑞∗. A área sombreada entre 𝑞1 e 
𝑞∗ representa o lucro que a empresa deixará de ganhar, caso decida produzir em 𝑞1. 
Figura 4: Maximização de lucro no curto prazo e perda de lucros pelo produtor 
 
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2013). #PraCegoVer: Gráfico Preço x Produção. De Preço partem 
as linhas DA e CB. A parábola CMG corta ambas as linhas. Com o ponto q1 e q*, as retas formam um 
triângulo tendo a hipotenusa a parábola, este é o lucro perdido quando q1<q*. Outro triângulo é 
possível, na marcação mais a frente em Produção, a partir de q2. O triângulo se forma a partir do 
vértice do anterior e representa o lucro perdido quando q2>q*. Outras duas parábolas cortam as 
linhas DA e CB, as CTMe e CVMe. Há ainda o ponto q0 em Produção, no começo da linha. 
Para quantidades acima de 𝑞∗ (q>𝑞∗), a 𝑅𝑚𝑔 será maior que o 𝐶𝑚𝑔, portanto, 
caso a empresa deseje continuar produzindo haverá prejuízos, representado pela 
área sombreada acima de 𝑞2. 
No ponto 𝑞0, o 𝑅𝑚𝑔 é igual 𝐶𝑚𝑔 e igual ao preço. Porém a empresa ainda 
possui incentivos para continuar produzindo e aumentar o lucro, uma vez que o 𝐶𝑚𝑔 
é decrescente, e o máximo lucro se dá quando o 𝐶𝑚𝑔 é crescente e igual a 𝑅𝑚𝑔. 
O lucro da empresa é dado pela área sombreada ABCD com nível de produção 
igual a 𝑞∗. Qualquer nível de produção diferente deste implicará em perdas de lucros 
para a empresa. A área AB representa o lucro médio por unidade produzida dado 
pela diferença entre o preço e o custo médio de produção e BC é o total de unidades 
produzidas. 
As decisões da empresa de permanecer ou não neste mercado dependerá se 
ela está obtendo prejuízos ou não. Essa relação pode ser descrita pela curva de 
oferta da firma no curto prazo. A curva de oferta relaciona o nível de produção da 
firma conforme os níveis de preço no mercado, que descreve até que ponto é eficaz 
para a empresa permanecer neste mercado, conforme a Figura 5. 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
 
Figura 5: Curva de oferta da firma em concorrência perfeita no curto prazo. 
 
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2013). #PraCegoVer: Gráfico Preço x Produção. Três curvas, 
parábolas invertidas. 4 linhas, sendo 3 verticais, paralelas à Produção: DB, CA e FE; 1 horizontal, BE 
(Bq*). Parábola CTMe tangenciona B. Parábola CMg parte de D e tangenciona A. Parábola CVMe 
tangenciona E. 
Aprendemos que no mercado competitivo a empresa deve aumentar 
produção até o ponto que o preço é igual ao 𝐶𝑚𝑔. Entretanto, se o custo for inferior 
ao custo variável médio (𝐶𝑉𝑚𝑒), a empresa deve encerrar suas atividades. Desta 
forma, a curva de oferta da empresa é representada pela parte do ramo crescente 
do 𝐶𝑚𝑔 e quando este é maior que 𝐶𝑉𝑚𝑒. 
Neste caso, se o preço de mercado (𝑃𝑚) for menor que 𝐶𝑉𝑚𝑒 (𝑃𝑚< 𝐶𝑉𝑚𝑒) a 
empresa não deverá produzir, logo não haverá oferta nesta empresa. Uma vez que 
a RT será menor que CT, e a receita não cobrirá nem os custos variáveis. Portanto, 
se a empresa permanecer neste mercado haverá prejuízos. 
Se o preço for maior o custo variável médio (𝑃𝑚 > 𝐶𝑉𝑚𝑒) a empresa deverá 
produzir, pois neste caso a RT pagará os custos variáveis e parte dos custos fixos, 
reduzindo o prejuízo. 
Se o preço for igual ao custo variável médio (𝑃𝑚= 𝐶𝑉𝑚𝑒) será indiferente para 
a empresa produzir ou não, uma vez que a receita total cobre o valor dos custos 
fixos. 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
1.3. Maximização do lucro no longo prazo 
Vimos que no curto prazo pelo menos um dos fatores de produção será fixo, 
o que dependendo do tempo isso pode limitar a flexibilidade da firma e adaptação 
do processo produtivo. Entretanto, no longo prazo a empresa possui mais 
flexibilidade, podendo variar todos os insumos necessários para produção, de forma 
a escolher a quantidade ótima que maximiza o lucro. Essa relação pode ser verificada 
a partir da Figura 6. 
Figura 6: Decisão de produção que maximiza o lucro no longo prazo 
 
 
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2013). #PraCegoVer: Gráfico Preço x Produção. 3 retas exponenciais, 
CMgCP, CMgLP, CMeLP. Uma linha reta em que P=RMg. 
 
Tal como no curto prazo a curva de demanda é horizontal, que é igual a 𝑅𝑚𝑔 
= P, tal que 𝐶𝑇𝑚𝑒 é custo total médio no curto prazo e 𝐶𝑚𝑔𝐶𝑃 é o custo marginal no 
curto prazo. Neste caso, considere que os custos são baixos de forma que a empresa 
auferirá lucros positivos no curto prazo, dado pelo retângulo ABCD, em que o nível 
ótimo de produção é 𝑞1, em que 𝐶𝑚𝑔𝐶𝑃 = 𝑅𝑚𝑔 = 𝑃. 𝐶𝑚𝑒𝐿𝑃 é o custo médio de 
longo prazo e 𝐶𝑚𝑔𝐿𝑃 é o custo marginal de longo prazo. Até o ponto 𝑞2 na curva de 
𝐶𝑚𝑒𝐿𝑃 há presença de economias de escala1 e deseconomias de escala nos pontos 
mais altos de produção. Perceba que 𝐶𝑚𝑔𝐿𝑃 intercepta o 𝐶𝑚𝑒𝐿𝑃 em seu ponto 
mínimo, no ponto 𝑞2. 
 
1 Economias de escala surgem quando uma empresa pode dobrar o nível de produção com menos 
do que duas vezes o custo (PINDYCK; RUBINFELD, 2013) 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
Portanto, se a empresa espera que o preço de mercado não se altere ela irá 
aumentar sua planta até a quantidade 𝑞3, preço em que o 𝐶𝑚𝑔𝐿𝑃 é igual ao preço 
de mercado. Logo, a margem de lucro aumentará e o novo lucro da firma será EFGD. 
A quantidade 𝑞3 será o nível de produção de longo prazo que maximiza o lucro, e, 
portanto, níveis menores ou maiores que 𝑞3 reduzirá os lucros da empresa. Desta 
forma, no longo prazo a quantidade de produção que maximiza o lucro da firma 
competitiva se dá no ponto em que o 𝐶𝑚𝑔 é igual ao preço. 
No longo prazo, a curva de oferta da empresa vai depender dos custos com 
os fatores de produção de cada setor. Se a empresa atua num setor em que os 
custos de produção são constantes, a curva de oferta neste caso será horizontal, 
tendo em vista que um aumento na demanda por insumos (relacionadas à demanda 
do bem) não irá influenciar os preços. Nos setores de custos crescentes, nos quais a 
demanda por insumos de produção afetará os preços, levando a aumento de preços, 
a curva de oferta de longo prazo neste setor será ascendente. O inverso ocorre para 
setores com custos decrescentes, sua curva de oferta será descendente (PINDYCK; 
RUBINFELD, 2013). 
Para Praticar: A estrutura de mercado em concorrência perfeita se 
caracterizapelo grande número de firmas que produzem bens semelhantes, e 
não existem barreiras à entrada e saída de firmas neste mercado, tal que o 
objetivo principal das firmas é a maximização do lucro. Sobre a maximização no 
longo prazo, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) A curva de oferta da empresa vai depender dos custos com os insumos 
de cada setor. 
b) A quantidade de produção que maximiza o lucro da firma competitiva se 
dá no ponto em que o é igual ao preço. 
c) Tal como no curto prazo a curva de oferta é horizontal, que é igual a = P. 
d) Se a empresa acredita que o preço de mercado se manterá, ela irá 
aumentar sua planta, produzindo mais. 
 
Gabarito: letra c. No longo prazo, a curva de oferta da empresa vai 
depender dos custos com os fatores de produção de cada setor. Se a empresa 
atua num setor em que os custos de produção são constantes, a curva de oferta 
neste caso será horizontal, tendo em vista que um aumento na demanda por 
insumos (relacionadas à demanda do bem) não irá influenciar os preços. Nos 
setores de custos crescentes, onde a demanda por insumos de produção afetará 
os preços, levando a aumento de preços, a curva de oferta de longo prazo neste 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
setor será ascendente. O inverso ocorre para setores com custos decrescentes, 
sua curva de oferta será descendente. 
 
2. Monopólio 
O monopólio representa a inexistência de concorrência e competição, pois 
uma única firma domina este mercado. Desta forma, o monopolista tem o poder de 
elevar o preço do bem e administrar a quantidade ofertada deste produto. 
Neste mercado, três características são importantes: 1) uma única firma é 
produtora de um bem ou serviço; 2) não há existência de substitutos próximos; e 3) 
existência de barreiras à entrada, que é o que caracteriza a própria existência dos 
monopólios. As barreiras à entrada podem se dar de diversas formas, conforme 
destacadas a seguir. 
1) Monopólio natural ou puro: se refere ao tipo de empresa que já está 
estabelecida no mercado, de forma que sua operação se dá com baixos 
custos, implicando na dificuldade de outras firmas neste mercado para 
fornecer o mesmo bem ou serviço, caracterizando uma barreira à entrada. 
O setor de energia elétrica é um exemplo de monopólio natural. 
2) Proteção de patentes: neste caso, a empresa monopolista detém, 
unicamente, os direitos legais para produzir determinado bem ou serviço, 
caracterizado como monopólio legal. 
3) Controle sobre fornecimento de matérias-primas chaves: desta 
forma a empresa detém o fornecimento exclusivo dos insumos para 
produção do bem/serviço, que são os recursos chaves nesta produção. 
4) Tradição de mercado: no curto prazo, devido aos altos preços e lucros 
elevados, serão atraídas novas firmas para esse mercado. Entretanto, no 
longo prazo, devido aos altos custos para se manter, essas empresas não 
continuarão. Assim, a tradição de mercado da empresa monopolista afasta 
as demais, como uma espécie de barreira à entrada no mercado. 
5) Existe ainda o tipo de monopólio estatal ou institucional, em que se 
possui por lei uma proteção para se atuar sozinho no mercado. 
2.1. Maximização de lucro e Escolha ótima da produção 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
Tal como você aprendeu na concorrência perfeita, o monopolista também 
busca maximizar o lucro onde a 𝑅𝑚𝑔 é 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎𝐶𝑚𝑔, determinando qual o nível de 
produção ótima que irá maximizar os lucros. 
Vimos que o monopolista é único neste mercado, logo a quantidade produzida 
é igual a quantidade de mercado, dada por Q. Logo, 𝑄∗é a quantidade que maximiza 
o lucro. O mesmo é válido no monopólio, em que o lucro é igual a𝑅𝑇 (𝑄) − 𝐶𝑇 (𝑄), 
tal que π, RT e CT estão em função da quantidade. E a condição de maximização de 
lucro é dada por: 
𝑑 (𝑄)
𝑑𝑄
= 0 ⟹
𝑑𝑅𝑇 (𝑄)
𝑑𝑄
− 
𝐶𝑇 (𝑄)
𝑑𝑄
= 0 ⟹ 𝑅𝑚𝑔 = 𝐶𝑚𝑔 
Logo, a quantidade ótima que maximiza o lucro no monopólio se dá no ponto 
em que 𝑅𝑚𝑔 = 𝐶𝑚𝑔. A figura 7 ilustra graficamente esta situação. 
 
Figura 7: Nível ótimo de produção que maximiza o lucro no monopólio. 
 
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2013). #PraCegoVer: Gráfico Preço x Produção. Duas retas que vão do 
maior preço à maior produção: RMe e RMg. Duas curvas, uma que vai do menor ao maior preço 
e outra que equilibra o preço enquanto aumenta a produção: CMg e CMe, respectivamente. Entre 
as 4 linhas, a partir dos pontos p1, p*, p2, q1, q*, q2, formam-se duas áreas triangulares 
representando o lucro perdido na diferença entre os momentos 1 e 2. 
 
Perceba que para quantidades abaixo de 𝑄∗, a empresa deixará de ganhar 
parte dos seus lucros, uma vez que a 𝑅𝑚𝑔 > 𝐶𝑚𝑔 e ainda é benéfico para empresa 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
continuar aumentando a quantidade produzida e aumentar os lucros. Portanto, se a 
empresa escolhe produzir no ponto 𝑄1, por exemplo, a empresa perderá lucro ao 
vender por um preço muito alto. Quantidades produzidas acima de 𝑄∗ também 
resultam em redução do lucro, uma vez que 𝑅𝑚𝑔 < 𝐶𝑚𝑔, e caso a empresa produza 
no ponto 𝑄2, por exemplo, haverá prejuízos para o monopolista. Logo, o ponto de 
produção do monopolista não deve ser diferente de 𝑄∗. 
2.1.1. Poder de monopólio e determinação de preços 
O poder de monopólio de uma empresa advém da capacidade dos 
vendedores ou compradores afetar o preço de mercado de um bem/serviço. 
Portanto, o poder de mercado se dá quando as empresas conseguem cobrar um 
preço acima do 𝐶𝑚𝑔, dependendo da proporção de quão maior seja esse preço 
maior será o poder de monopólio que essa empresa terá. 
Dizemos ainda que quanto mais próximo no “monopólio puro” maior será o 
poder de mercado que a empresa obterá e maior a margem de determinação de 
preço neste mercado. O poder de monopólio, entretanto, depende da elasticidade 
da demanda, de forma que quanto menor a elasticidade de demanda neste mercado 
maior será o poder de monopólio. 
A principal diferença entre a concorrência perfeita e o monopólio é que no 
mercado competitivo o preço de mercado é igual ao 𝐶𝑚𝑔 da empresa, enquanto que 
uma empresa com poder de monopólio o preço é superior ao 𝐶𝑚𝑔, conforme a 
Figura 7. 
Portanto, uma forma natural de medir o poder de monopólio é examinar a 
medida pela qual o preço que maximiza o lucro excede o custo marginal. Em 
particular, podemos utilizar a relação de markup, ou seja: preço menos custo 
marginal, dividido pelo preço. 
A relação de mark-up é utilizada para medir o poder de monopólio de uma 
empresa e foi desenvolvida pelo economista Abba Lerner em 1934, sendo definida 
como Índice de Lerner de Poder de Monopólio. Matematicamente, expressa por: 
𝐿 = 
(𝑃 − 𝐶𝑚𝑔)
𝑃
 
O índice de Lerner varia entre zero e um. Numa empresa competitiva, o 𝑃 =
 𝐶𝑚𝑔, desta forma 𝐿 será igual a zero. Quanto menor 𝐿 menor será o poder de 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
monopólio e mais próximo de zero. Quanto maior o poder de monopólio mais perto 
de 1 o 𝐿 estará. 
2.1.2. O custo do bem-estar social 
Na concorrência perfeita, o preço mercado se iguala ao 𝐶𝑚𝑔. No monopólio, os 
preços cobrados são maiores que o 𝐶𝑚𝑔, pois o monopolista tem certo poder de 
margem de preço, uma vez que é o único produtor neste mercado. Assim, o 
monopolista lucra com preços mais altos, o que é desejável para ele. Por outro lado, 
os consumidores têm uma piora da situação, pois os preços mais altos são 
indesejáveis para eles. 
Supondo que o bem-estar dos proprietários seja igual ao dos consumidores, o 
monopólio será desejável ou indesejável do ponto de vista social? Para analisar essa 
questão vamos recorrer ao excedente total, dado pela soma do excedente do 
consumidor mais o excedente do produtor,conforme a Figura 8. 
Figura 8: Peso morto do poder de monopólio. 
 
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2013). #PraCegoVer: Gráfico Preço X Quantidade. 4 Pontos Pm e 
Pc (em Preço); Qm e Qc (em Quantidade). CMg é uma curva que vai da menor à maior quantidade, 
aumentando o preço. Duas retas (RMe e RMg) descendentes partem do maior preço a maior 
quantidade. Com uma linha que parte de Pm e forma um ângulo reto com Qm; outra que parte de 
Pc e faz o mesmo com Qc; RMe e RMg formam dois triângulos, ambos representando o peso morto. 
A diferença entre Pm e PC é o excedente perdido do consumidor. 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
Você sabia? o excedente do consumidor é a disposição para pagar do 
consumidor menos a quantia efetivamente paga. O excedente do produtor é a 
quantia que os consumidores recebem menos o custo de produção (MANKIW, p.327) 
 
A maximização do lucro em concorrência perfeita é dada na interação entre o 
𝐶𝑚𝑔 e 𝑅𝑚𝑔, tal que 𝑃𝑐 e 𝑄𝑐 são, respectivamente, o preço e quantidade no mercado 
competitivo. Enquanto que no monopólio a maximização do lucro se dá na 
quantidade 𝑄𝑚 e no preço 𝑃𝑚 . O monopolista cobra preços mais altos, assim parte 
dos compradores consomem menos. Desta forma, os consumidores têm uma piora 
na sua situação, resultando numa perda do seu excedente, representado pela área 
A. Outra parte dos consumidores não irão consumir no preço 𝑃𝑚 , mas somente no 
preço 𝑃𝑐 , implicando em perda do excedente equivalente a área B. Logo, a perda total 
do excedente do consumidor é dado pela soma das áreas A e B. 
Por outro lado, os produtores ganham parte do excedente, referente a área A, 
pelos preços mais altos cobrados, mas perdem o referente a área C, que se deve ao 
lucro adicional caso tivessem vendido pelo preço 𝑃𝑐 (𝑄𝑐 − 𝑄𝑚). Logo, a área ganha 
pelo produtor é dada por A – C, sendo este o excedente total do produtor. A 
quantidade produzida e vendida pelo produtor é inferior ao nível socialmente 
eficiente. 
A perda líquida é dada pela perda do excedente do consumidor e ganho do 
excedente do produtor, representada pela área B+C, denominado como peso morto 
do poder de monopólio, que é uma medida da perda da eficiência do monopólio. 
2.1.3. Regulamentação de preços 
Como forma de controlar o poder de monopólio e reduzir os custos do bem-
estar social e a perda do bem-estar da sociedade, o governo limita essa prática a 
partir da regulamentação de preços. Neste caso, a regulamentação de preços é bem-
vinda, pois pode eliminar o peso morto advindo do poder de monopólio. 
Caso não exista intervenção estatal a quantidade produzida e o preço 
cobrado no monopólio será 𝑄𝑚 e o preço 𝑃𝑚 . Caso o governo imponha um preço 
máximo 𝑃1, a 𝑅𝑚𝑒 e 𝑅𝑚𝑔 serão constantes e iguais ao preço máximo para 
quantidade produzida 𝑄1. Para níveis de produção acima de 𝑄1 permanecem 
originais as curvas de receita média e receita marginal. A linha mais escura, que 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
intercepta a curva de custo marginal em 𝑄1, representa a nova curva de 𝑅𝑚𝑔 (Figura 
9). 
Para preços menores que 𝑃1, supondo uma redução para 𝑃𝑐 , o novo nível de 
produção do monopolista será 𝑄𝐶 , que é o nível máximo de produção. E o equilíbrio 
se dará na intercessão das curvas de custo marginal e receita marginal. Este seria o 
nível ótimo de produção obtido num mercado competitivo. 
 Por outro lado, para preços ainda menores, supondo uma nova redução para 
o preço 𝑃3, isso levaria a uma redução na quantidade produzida, e o novo nível de 
produção será dado por 𝑄3, implicando numa escassez equivalente a 𝑄′3 − 𝑄3, além 
da perda de bem-estar social provocada pela regulamentação de preços. Se o preço 
continuar reduzindo haverá mais redução na quantidade produzida e 
consequentemente maior escassez neste mercado. Até o ponto em que o preço 
reduza para 𝑃4, sendo igual ao custo médio da firma, e a empresa obterá prejuízos, 
não conseguindo mais continuar suas atividades e deverá mudar de ramo. 
Figura 9: Regulamentação de preços 
 
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2013). #PraCegoVer: Gráfico Preço x Quantidade. 4 Pontos em cada: Pm, 
P1, P3 e P4; Qm, Q2, Q3, Q4, Q’3. Forma-se uma curva da receita marginal quando se regulamenta 
que o preço não deve ultrapassar P1. 
A regulamentação de preços ocorre sobretudo em monopólios naturais, em 
que existem grandes economias de escala e maiores barreiras à entrada. 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
2.2. Discriminação de preços e captura do excedente do 
consumidor 
Até agora trabalhamos com a hipótese de que a empresa monopolista cobra 
o mesmo preço para todos os clientes. Entretanto, na prática a empresa vende o 
mesmo produto para diferentes clientes a diferentes preços. Essa prática é 
denominada discriminação de preços. 
Existem três tipos de discriminação de preços no monopólio: 1) primeiro grau: 
se refere a prática de diferentes preços num mesmo mercado; 2) segundo grau: 
cobrança de preço diferenciados, conforme a quantidade consumida e 3) terceiro 
grau: diferentes preços cobrados para diferentes pessoas em um mesmo mercado. 
2.2.1. Discriminação de preços de primeiro grau 
A principal característica de um discriminador de preços de primeiro grau é 
que aumentos nas quantidades vendidas não levam a reduções de preços, advindos 
das vendas das quantidades do bem já vendidas (VASCONCELLOS, 2011). Logo, a 
receita marginal no monopólio com discriminação de primeiro grau será igual preço 
de demanda. Portanto, a quantidade produzida deve ser aquela que iguala o custo 
marginal ao preço de demanda. De forma a operar de modo eficiente no mercado. 
 A discriminação de preços de primeiro grau é a prática de diferentes preços 
a diferentes consumidores num mesmo mercado, de forma que cada consumidor 
irá pagar seu preço reserva pelo bem/serviço, que é o preço máximo que o 
consumidor está disposto à pagar pelo produto. Essa discriminação é descrita como 
uma discriminação perfeita de preços, uma vez que o produtor consegue cobrar de 
cada consumidor exatamente o que cada um está disposto a pagar. Na prática esta 
relação tem um custo, vejamos então qual seria. 
Se o monopolista cobrar o mesmo preço para todos os consumidores o 
excedente total neste mercado será igual a soma do excedente do produtor (dado 
pelo lucro total da empresa) e o excedente do consumidor, conforme o gráfico (a) da 
Figura 10. Caso o monopolista efetue a discriminação de preços perfeita, não haverá 
excedente do consumidor, neste caso será igual a zero e o excedente total será igual 
ao excedente do produtor. Desta forma todo o excedente será lucro da empresa, 
conforme o gráfico (b) da Figura 10. 
Figura 10: Bem-estar social, com e sem discriminação de preços. 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
 
 
Fonte: Pindyck e Rubinfeld (2013). #PraCegoVer: Dois Gráfico Preço x Quantidade, a diagonal de 
Demanda, descendo do maior ao menor preço, se encontra com a reta custo marginal, crescendo 
no eixo da produção. No primeiro triângulo formado, três divisões: excedente do consumidor, Lucro 
e Peso Morto - demonstrando o que ocorre quando a quantidade vendida não é total. Já o segundo 
triângulo, toda sua área é de lucro, pois a quantidade vendida foi ideal. 
Perceba que, comparando os dois gráficos quando o monopolista pratica a 
discriminação de preços perfeita, haverá aumento de lucro, aumento do excedente 
total e redução do excedente do consumidor. 
2.2.2. Discriminação de preços de segundo grau 
A discriminação de preços de segundo grau ocorre quando o monopolista 
cobra diferentes preços para diferentes quantidades de um produto, compradas 
pelo consumidor. Por exemplo, compras por atacado, tarifas por faixa de consumo. 
Os descontospara quantidades são um exemplo de discriminação de preços 
de segundo grau. Uma detergente, por exemplo, se comprado a unidade pode custar 
R$2,00, se for comprada uma caixa com seis detergentes do mesmo tipo pode custar 
R$ 9, indicando uma média de R$ 1,50 por detergente. Da mesma maneira, o preço 
por quilo do arroz, por exemplo, pode ser menor para um pacote de 10kg do que 
para um de 2kg. 
As tarifas por faixa de consumo são praticadas normalmente por empresas 
que fornecem algum tipo de serviço, como energia elétrica, gás natural e água. Neste 
caso, a cobrança por “faixas de consumo” se dá pela existência de um preço diferente 
para cada porção ou faixa de fornecimento do produto/serviço ao consumidor 
(PINDYCK e RUNDIFELD, 2013). 
2.2.3. Discriminação de preços de terceiro grau 
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Já a discriminação de terceiro grau ocorre quando monopolista cobra 
diferentes preços a diferentes pessoas. Considerando que cada consumidor possui 
uma demanda específica com diferentes elasticidades, portanto o monopolista 
poderá cobrar diferentes preços. 
Supondo que o monopolista seja capaz de cobrar diferentes preços em dois 
grupos de consumidores que constituem dois mercados, conforme a Figura 11. Os 
preços cobrados em cada mercado são dados por 𝑃1 𝑒 𝑃2, enquanto 𝑅𝑚𝑔1 𝑒 𝑅𝑚𝑔2 
são suas respectivas receitas. Já é de conhecimento que a maximização do lucro se 
dá no ponto em que a 𝑅𝑚𝑔 se iguala ao 𝐶𝑚𝑔 . Portanto, quando o monopolista atua 
em dois mercados ele deve igualar as receitas marginais neste mercado. De forma 
que se a 𝑅𝑚𝑔1 > 𝑅𝑚𝑔2, a receita no monopólio poderá ser aumentada a partir da 
realocação das vendas do mercado 2 para o mercado 1. Neste caso, maiores receitas 
se darão sem aumentos na produção e nos custos, logo o monopolista terá 
aumentos dos lucros. Logo, quando as receitas marginais se igualam não será 
possível auferir aumentos nos lucros do monopolista (VASCONCELLOS, 2011). 
Figura 11: Discriminação de terceiro grau 
 
Fonte: Vasconcellos (2011). #PraCegoVer: Três gráficos (Preço x Quantidade). O primeiro na base de 
RMg1, o segundo em RMg2, ambos em descendente. O terceiro representa a quantidade Q+Q em 
que CMg cresce. 
Conforme a Figura 8, a curva de receita marginal no monopólio com 
discriminação de terceiro grau é dada pela soma horizontal das receitas marginais 
de cada mercado. A quantidade que será produzida pelo monopolista será dada pela 
interseção entre as curvas de 𝐶𝑚𝑔 e 𝑅𝑚𝑔. De tal forma que, a quantidade total 
produzida seja dividida para ambos os mercados, garantindo que as receitas 
marginais individuais sejam iguais a receita marginal total. O preço cobrado em cada 
mercado é o mesmo obtido de forma usual, a partir da curva de demanda de 
mercado. 
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Para Praticar: Sobre a estrutura de mercado monopolista, é correto afirmar 
que: 
a) A discriminação de preços de segundo grau ocorre quando 
monopolista cobra diferentes preços a diferentes pessoas 
b) A discriminação de preços de primeiro grau ocorre quando o 
monopolista cobra diferentes preços para diferentes quantidades de 
um produto, compradas pelo consumidor. 
c) O peso morto do poder de monopólio é uma medida da perda da 
eficiência do monopólio. 
d) O monopolista maximiza o lucro onde a , determinando qual o nível de 
produção ótima que irá maximizar os lucros. 
e) Há existência de substitutos perfeitos e existência de barreiras à 
entrada, que é o que caracteriza a própria existência dos monopólios. 
 
Gabarito: letra c. A perda liquida é dada pela perda do excedente do consumidor 
e ganho do excedente do produtor, representada pela área B+C, denominado como 
peso morto do poder de monopólio, que é uma medida da perda da eficiência do 
monopólio. 
 
3. Concorrência Monopolística e Oligopólio 
Neste ponto serão estudadas as principais características das estruturas de 
mercados em concorrência imperfeita. Inicialmente, entenderemos a estrutura de 
mercado na concorrência monopolística, que se assemelha ao mercado em 
concorrência perfeita, pela existência de muitas empresas na produção de um bem 
ou serviço e baixas barreiras e limitações de novos ofertantes neste mercado. Por 
outro lado, a concorrência monopolística se difere da estrutura em concorrência 
perfeita por sua diferenciação dos produtos, o que lhe permite certo poder de 
monopólio. 
A segunda estrutura que será analisada nesta unidade é o oligopólio. No 
mercado oligopolista algumas empresas são responsáveis por grande parte da 
produção de mercado. No oligopólio, existem três características principais: existem 
impedimentos à entrada de novas firmas nesse mercado, logo as firmas que 
participam ou dominam este mercado competem entre si; segundo, o produto nesta 
estrutura pode ser diferenciado; e terceiro, o poder de monopólio e lucro neste setor 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
vai depender da interação entre as empresas, ou seja, a decisão das empresas leva 
em consideração como as demais concorrentes tomam suas decisões. 
3.1. Concorrência monopolística 
Este modelo se encontra no meio-termo entre a concorrência perfeita e o 
monopólio, agregando características dessas duas estruturas de mercado. A 
concorrência monopolística se comporta como um mercado em concorrência 
perfeita pela livre entrada e saída de concorrentes, enquanto que se caracteriza 
como uma estrutura monopolista, devido à sua diferenciação de produto, o que lhe 
dá certa margem de poder de mercado. 
A diferenciação dos produtos se dá em diversos setores na economia. Logo, 
os compradores atribuem uma peculiaridade à marca de cada empresa, 
diferenciando-as das demais empresas. Um exemplo típico é o mercado de 
sandálias, em que a diferenciação do produto pode se dar pela marca, pelo design 
ou pelo conforto e durabilidade, por exemplo, que é a imagem que o consumidor 
possui (seja ela correta ou não) com relação a este produto. O mercado de sandálias 
apresenta produtos similares, que desempenham funções semelhantes, no entanto, 
existe uma diferenciação do produto, que permite com que sejam cobrados 
diferentes preços neste mercado. Logo, alguns consumidores terão uma disposição 
a pagar a mais (que outros consumidores) com relação a este produto. 
É o caso da Havaianas, por exemplo. Esta marca de sandálias costuma cobrar 
um preço acima das suas concorrentes. Assim, pode-se dizer que ela tem certo 
poder de monopólio, entretanto se o preço da sandália Havaianas aumentar acima 
da disposição a pagar dos consumidores, o produto será substituído por outras 
marcas. Portanto, por mais que o indivíduo prefira uma “Havaianas” a outras 
sandálias, ele não pagará um valor muito maior. Desta forma a Havaianas tem certa 
margem de aumento de preço, porém pouco acima de seu custo marginal, uma vez 
que ela tem limitado poder de monopólio (PINDYCK; RUBINFELD, 2013). Outro 
exemplo típico desta estrutura de mercado é do refrigerante Coca-Cola, e também 
da toalha de papel Scott Pano Duramax. 
Outro exemplo prático, que você já deve ter se deparado ao ir ao 
supermercado é quanto à escolha do sabão em pó. Em um primeiro momento você 
deve acreditar que este mercado se trate de uma estrutura em concorrência perfeita, 
por possuir diversos ofertantes deste produto. Entretanto, você se depara com 
diversos questionamentos que definirão a sua escolha: marca, perfume, preço, o que 
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lhe faz indagar e se deparar com um dilema de qual comprar. Logo, você percebe 
que os diferentes sabões em pó possuem diferenciais entre eles, concluindo que os 
produtos não seguem um padrão e se caracterizam como uma estrutura em 
concorrênciamonopolística. Logo, dentro dessa indústria, pode-se dizer que o sabão 
em pó OMO possui um diferencial com relação às demais marcas, o que indica que 
a empresa Unilever Brasil, que produz este sabão em pó, possui certo poder de 
monopólio, podendo cobrar um preço maior que as demais. Porém não muito maior 
que seu custo marginal, pois conforme já falado, se o preço estiver acima do que o 
indivíduo esteja disposto a pagar, ele comprará em outras empresas. 
Na concorrência monopolística é possível identificar três características que 
definem essa estrutura de mercado. 
1) Muitas empresas ofertando um bem ou serviço e muitos consumidores; 
2) A competição entre as empresas se dá pela diferenciação do produto, que 
são substitutos, entretanto, não são substitutos perfeitos. 
3) Livre entrada2 e saída de empresas no mercado. 
3.2. Oligopólio 
A estrutura de mercado oligopolista se caracteriza pela presença de poucos 
vendedores com substitutos próximos, que dominam o mercado. Nestes mercados, 
os preços e as quantidades de equilíbrio dependem das decisões das outras 
empresas concorrentes. As decisões desta empresa levam em consideração as 
possíveis escolhas das demais empresas, com relação a preço e quantidade. Essa 
situação é semelhante ao equilíbrio de Nash, onde cada empresa busca fazer o 
melhor que pode, em função do que seus concorrentes estão fazendo. 
 
VOCÊ SABIA? O equilíbrio de Nash é um resultado no qual ambos os 
jogadores corretamente acreditam estar fazendo o melhor que podem, dadas as 
ações do outro participante. Um jogo está em equilíbrio quando nenhum jogador 
possui incentivo para mudar suas escolhas, a menos que haja uma mudança por 
 
2 SAIBA MAIS: O conceito de livre entrada pode ser melhor compreendido a partir de 
exemplos específicos de diferentes estruturas de mercado. Para compreendê-lo melhor, você pode 
consultar Pindyck e Rubinfeld (2013, p. 449), disponível na Biblioteca virtual da Laureate. 
 
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parte do outro jogador. A principal característica que distingue um equilíbrio de Nash 
de um equilíbrio em estratégias dominantes é a dependência do comportamento do 
oponente. Um equilíbrio em estratégias dominantes ocorre quando cada jogador faz 
sua melhor escolha, independente da escolha do outro jogador. Todo equilíbrio em 
estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash, porém, o contrário não é verdadeiro 
(PINDYCK; RUBINFELD, 2013) 
 
O oligopólio pode ainda ser puro ou diferenciado. O oligopólio puro, ou com 
produto homogêneo, são aqueles que se diferenciam exclusivamente pelo fator 
preço, sendo esta a única variável a afetar os compradores. Ou seja, não existe 
diferenciação do produto neste mercado. Estes serviços podem ser encontrados na 
indústria de cimento ou alumínio, por exemplo. Já no oligopólio diferenciado, como 
o próprio nome já diz, os consumidores possuem alguma preferência com relação 
ao produto de uma determinada empresa, ou seja, as escolhas dos compradores se 
dão pela diferenciação do produto. Como, por exemplo, a indústria automobilística. 
As estruturas oligopolistas partem do pressuposto que a competição entre as 
firmas se dá entre preço e quantidade vendida de seu produto. Além disso, cada 
empresa tem o domínio de apenas uma dessas variáveis, tal que a outra é 
determinada pela interação das forças no mercado. Logo, haverá competição entre 
as firmas via alterações nas quantidades produzidas, ou via determinação do preço 
do produto (VASCONCELLOS, 2011). Ademais, a tomada de decisão das firmas deve 
levar em consideração a reação das empresas concorrentes, ao determinar preço e 
quantidade produzida, caracterizando uma interdependência mútua. 
Outra característica do oligopólio são as barreiras à entrada de novas firmas, 
que é limitada nesta estrutura de mercado. Existem diferentes níveis de barreiras 
que podem impedir a entrada de novas firmas. Essas barreiras podem ser de 
diversas formas, vejamos algumas delas, a seguir: 
1) Economias de escala: A existência de economias de escala ocorre 
quando os custos médios de longo prazo caem à medida que a produção 
aumenta. Logo, caso uma nova empresa decida ingressar neste setor, suas 
atividades iniciais serão com produção reduzida e baixo percentual da 
parcela de mercado. As empresas entrantes terão custos muito superiores 
aquelas já estabelecidas no mercado, o que implicará em uma dificuldade 
de atrair clientes, e provavelmente não sobreviverá neste mercado. 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
2) Reputação ou marcas: Para entender este tipo de barreira, suponha que 
no mercado de automóveis existam apenas duas empresas dominantes, 
Fiat e Volkswagen. Sendo que os compradores são fiéis a essas empresas 
por apresentarem certa margem de reputação neste mercado, devido ao 
tempo que elas atuam na indústria automobilística. Agora, suponha que 
uma nova empresa deseje ingressar nesta indústria, para tanto ela deverá 
efetuar altos investimentos em propaganda, publicidade e marketing, uma 
vez que ela é nova neste setor, e os consumidores, provavelmente irão 
preferir as empresas já estabelecidas e que já são conhecidas por eles. A 
propaganda, por exemplo, poderá chamar a atenção do consumidor para 
esta nova empresa. Desta forma, essa nova competidora, poderá adquirir 
uma parcela deste mercado, entretanto, ele arcará com altos custos e 
baixas receitas por um período considerável. O investidor, entretanto, 
decidirá se o risco inicial vale a pena para ingressar nesta indústria. 
3) Barreiras estratégicas: São barreiras criadas pelas firmas já 
estabelecidas no mercado, como uma forma de estratégia de mercado. 
Que podem ser: 
● Excesso de capacidade instalada: quando as empresas 
estabelecidas ameaçam inundar o mercado com seus produtos, 
para que o preço caia, dificultando a entrada e estabelecimento de 
novas firmas neste setor. 
● Acordos especiais: por já atuarem certo tempo neste mercado e 
já estarem estabelecidas, as empresas atuantes firmam acordos 
com os fornecedores de insumos, garantindo parcela no mercado 
desses fornecedores. Desta forma, a entrada de novas firmas será 
mais difícil na obtenção de insumos. 
● Publicidade: a diferenciação do produto, neste setor, pode ser via 
investimento em publicidade, dificultando a entrada de novas 
empresas. 
4) Barreiras criadas pelo governo: O objetivo dessas barreiras é proteger 
a indústria interna da competição com produtos internacionais. Essas 
barreiras podem ser via imposição de alíquotas, de quotas de importação 
e normas para importação, por exemplo. 
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Para entender melhor as diferentes estruturas de oligopólio, na próxima 
unidade partiremos de uma situação hipotética de duopólio, em que se considera a 
existência de apenas duas firmas neste mercado, um oligopólio com apenas duas 
firmas. Cada empresa leva em consideração a tomada de decisão de apenas mais 
uma empresa concorrente. Logo, os resultados podem ser aplicados a economias 
mais reais, com a existência de mais de duas firmas nesse mercado. Nas unidades a 
seguir, apresentaremos os principais modelos de concorrência oligopolista, via preço 
e via quantidade, a partir do duopólio. 
Para praticar: O oligopólio e a concorrência monopolística são estruturas de 
mercado mais comuns de nos depararmos no nosso dia-a-dia. Sobre essas 
estruturas, NÃO é correto afirmar que: 
a) A estrutura de mercado oligopolista se caracteriza pela presença de 
poucos vendedores com substitutos próximos, que dominam o 
mercado. 
b) Nos mercados oligopolistas os preços e as quantidades de equilíbrio 
dependem das decisões das outras empresas concorrentes. 
c) A concorrência monopolística se comporta como um mercado em 
concorrência perfeita pela livreentrada e saída de concorrentes. 
d) Muitas empresas ofertando um bem ou serviço e muitos consumidores 
são características de um mercado oligopolista. 
e) A concorrência monopolística se caracteriza como uma estrutura 
monopolista, devido à sua diferenciação de produto, o que lhe dá certa 
margem de poder de mercado. 
 
GABARITO: letra d. Muitas empresas ofertando um bem ou serviço e 
muitos consumidores são características de um mercado em concorrência 
monopolística, no oligopólio existem poucos ofertantes que dominam o 
mercado. 
 
Síntese 
 Nesta unidade aprendemos sobre as principais estruturas de mercado. Vimos 
que estas estruturas estão condicionadas a algumas características, como número 
de empresas que atuam neste mercado, diferenciação do produto e existência de 
barreiras à entrada de consumidores e compradores. Vimos que o principal objetivo 
das firmas é maximizar o lucro, e que a maximização do lucro se dá no ponto em que 
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o custo marginal se iguala a receita marginal. Além disso, neste ponto é onde as 
empresas produzem uma quantidade ótima de produção. Inicialmente você 
aprendeu as principais características do mercado em concorrência perfeita, como 
se dá o equilíbrio neste mercado e como se dá as decisões de produção de curto e 
longo prazo nesta economia. 
Aprendemos também que o mercado monopolista existe apenas um 
vendedor e devido a esta característica ele tem certo poder de mercado e uma 
margem de determinação de preço para o seu produto, entretanto, o governo 
intervém de forma que o monopolista não cobre preços exorbitantes neste mercado, 
de forma a reduzir a perda de bem-estar social. Além disso, vimos as principais 
características dos mercados em concorrência imperfeita e como essas estruturas 
estão presentes no nosso dia-a-dia. 
 
Microeconomia II - Unidade 1 - Maximização de lucros e ofertas competitivas 
 
Bibliografia 
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo: Pearson, 2013. 
VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de; OLIVEIRA, Roberto Guena de; 
BARBIERI, Fabio. Manual de Microeconomia. 3ª ed.: São Paulo, Editora Atlas S.A. 
2011.

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