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Trabalho para composição de nota N1, valendo até 2 (dois) pontos. 1- Pesquise e aponte o que se entende por dogmática jurídica e por zetética, e o que as diferencia. 2- Diferencie, explicando, direito natural, direito positivo, jusnaturalismo e juspositivismo. 3- Explique e diferencie moral e ética Zetética deriva de zetein, que significa *perquirir, questionar, a zetética tem como perspectiva desintegrar e dissolver as opiniões, pondo-as em dúvida, exercendo função especulativa explicativa e infinita. O refletir zetético liga-se as opiniões pela investigação e seu pressuposto principal é a dúvida. O método zetético é analítico, sendo assim, para resolver algum problema ou investigar a razão das coisas, questiona as *premissas de argumentação, ou seja, é *cético. Dogmática advém de dokein, que significa ensinar, doutrinar, a dogmática releva o ato de opinar e ressalva algumas das opiniões e seu desenvolvimento, o pensamento dogmático é uma forma de enfoque teórico no qual as *premissas de sua argumentação são inquestionáveis, como por exemplo, ocorre com a religião por ser a fé inquestionável. A dogmática em contraposição a zetética (que possui caráter amplo), é mais fechada, presa a conceitos fixos e adapta os problemas as premissas. A relação entre zetética e dogmática pode ser enfatizada na questão da diferenciação das premissas. A primeira parte do princípio é que suas premissas são dispensáveis. Se as premissas não servirem, elas podem ser trocadas. Já a segunda, por estar “presa” a conceitos já fixados, se as premissas não se adaptam aos problemas, esses são vistos como “pseudoproblemas” e assim, substituídos. Um dogma é inquestionável não porque ele é verdadeiro, mas porque ele impõe uma certeza sobre algo que continua posto como dúvida. Sintetizando, podemos dizer que a zetética parte de evidências, e a dogmática de dogmas. Questões zetéticas têm uma função especulativa explicita são infinitas. Questões dogmáticas tem uma função diretiva explicita e são finitas. Nas primeiras, o problema tematizado é configurado como um ser (que é algo?). Nas segundas, a situação nelas captada configura-se como um dever-ser (como deve ser algo?). Por isso, “o enfoque zetético visa saber o que é uma coisa, já o enfoque dogmático preocupa- se em possibilitar uma decisão e orientar a ação” (FERRAZ JR,2003). Apesar de não haver uma divisória projetando uma radical distinção entre os dois tipos de enfoque, a diferença entre eles é importante. Os enfoques zetéicos tem uma função especulativa explicita e são infinitos, pois admitem uma questão sobre a própria questão e suas premissas são dispensáveis. Já o enfoque dogmático, em contraposição, tem uma função diretiva explicita e são finitos, pois parte de uma premissa inatacável, sendo assim o questionamento dogmático definido como finito. A zetética tem como âmbito investigativo parâmetros amplos, como característica principal o constante questionamento, ou seja, a zetética não se limita. O fato de ele ser descompromissada com a solução de conflitos (acentuando a pergunta), ela pode ser definida como especulativa. O enfoque zetético pode ser classificado de diversas formas: zetética empírica pura (a investigação não visa a aplicação), zetética empírica aplicada (a investigação tem como princípio conhecer o objeto para mostrar como este atua), a zetética analítica pura (em que a pesquisa é feita no plano logico) e, por último, a zetética analítica aplicada (em que há a aplicação técnica da investigação). Quanto a finalidade a que se destinam, o pensamento dogmático se propõe a refletir sobre uma opinião inquestionável, porém dotada de legitimidade a qual foi assentada a priori. Em detrimento a isso, o modo de pensar zetético tem por finalidade o que é rejeitado e vedado no pensamento dogmático como a inquirição e a crítica. Entende-se então, que a Filosofia seja zetética. Para Aristóteles (1969), a Filosofia surge do assombro motivado pelas * vicissitudes do mundo, daquilo que é inesperado, do * devir. O Direito em sua vez é mais dogmático, porém as transformações no mundo moderno possibilitaram uma compreensão mais especifica das necessidades humanas, ressalta-se assim, a importância da Filosofia para o Direito. O Direito precisa desvencilhar-se dos preconceitos atribuídos pelos dogmáticos jurídico, para então, acompanhar a evolução social. REFERENCIAS ARISTÓTELES, Metafísica. Tradução Leonel Valandro. Porto Alegre: Globo, 1969.p.11 FERRAZ JÚNIOR, T. S. Introdução ao estudo do Direito. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2003.p.41. SEVERINO, E. A filosofia antiga. Tradução José Eduardo Rodil. Lisboa: Edições 70,1986. V.1.p.19 *perquirir = efetuar investigação escrupulosa; inquirir de maneira minuciosa; esquadrinhar, indagar. *cético = aquele que não confia, duvida; descrente. *premissas = ponto ou ideia de que se parte para armar um raciocínio. * vicissitudes = sucessão de mudanças ou de alternâncias. * devir = vir a ser; tornar-se, transformar-se, devenir. A diferença entre direito natural e o direito positivo é que o direito natural independe do Estado ou de leis. Por isso, é considerado autônomo. O direito positivo, por outro lado, depende de uma manifestação de vontade, seja da sociedade ou de autoridades. O Direito Positivo é o conjunto de regras elaborados de vigentes num determinado país em determinada época, são as normas, as leis, todo o sistema normativo posto, ou seja, vigente no país. Possui como características: o caráter temporal, territorial, formal (tem origem nas fontes formais), revogável, variável e mutável. Surge também como outra forma de fundamentar a natureza do direito, o direito positivo. Protágoras (481 a. C. – 411 a. C.) pode ser considerado o pensador que antecipou as opiniões dos positivistas modernos. Sustentava que as leis feitas pelos homens eram obrigatórias e validas, sem considerar o seu conteúdo moral. O Positivismo Jurídico deve muito da construção de seus principais postulados a Hobbes, que teve influências indeléveis nas obras de Bentham, Austin, Kelsen e Schmitt. Sem dúvida, a maior contribuição da Sociologia para o Direito foi o Positivismo. Nas palavras de seu fundador, Auguste Cmte, o Positivismo era a forma superior e final de uma concepção histórica de devir humano, cuja evolução deixará para trás a Teologia e a Metafisica (Discurso Sobre o Espírito Positivo). Direito positivo consiste no conjunto de todas as regras e leis que regem a vida social e as instituições de determinado local e durante certo período. Para os positivistas, a lei é um produto do Direito que age como um mecanismo de organização social, firmada a partir de um “Contrato Social”. O Direito positivo é aquele estabelecedor de ações que, antes de serem reguladas, podem ser cumpridas indiferentemente de um modo ou outro, mas, uma vez reguladas pela lei, importa que sejam desempenhadas do modo prescrito por ela. Direitos Naturais são direitos que nascem da condição humana. A corrente que defende essa ideia, chamada de jus naturalista, afirma que os seres humanos tem direitos inalienáveis e irrevogáveis, que independem de qualquer legislação criada por governos. O direito natural, ou Jus naturalismo, supõe a existência de um direito universal, estabelecido pela natureza. Seu fundamento é o da lei natural, e não o da lei humana, que rege os acordos e contratos sociais. O Direito Natural é a ideia universal de justiça. É o conjunto de normas e direitos que já nascem incorporados ao homem, como o direito a vida. Pode ser entendido como os princípios do Direito e é também chamado de Jus naturalismo. O Direito Natural tem seus valores estabelecidos por ordem divina, assim como pela razão. Arriscamo-nos a uma conclusão simples, posto deva ser a conclusão lógica: o direito natural origina-se da naturezahumana. Mas isso seria a negação do homem, e, por conseguinte, do direito. O direito só existe porque existe o homem. E porque é um ser racional. As principais características do Direito Natural são a estabilidade e imutabilidade. Ou seja, não sofre alterações ao longo da história e do desenvolvimento da sociedade, diferente das teorias do direito posterior. John Locke, pensador iluminista e considerado o pai do liberalismo, escreve em O Segundo Tratado Sobre o Governo que os direitos naturais são os direitos à vida, liberdade e propriedade: um governo legitimo seria um que preservasse esses direitos. A diferença entre direito natural e direito positivo é que o direito natural independe do Estado ou de leis. Por isso, é considerado autônomo. O direito positivo, por outro lado, depende de uma manifestação de vontade, seja da sociedade ou de autoridades. A Constituição Federal é um exemplo de direito positivo, pois assim como as outras leis e códigos escritos, serve como disciplina para o ordenamento de uma sociedade. A teoria do juspositivismo determina que, para se solucionar lides sejam utilizados textos legais que julguem casos iguais ou idênticos. O Juspositivismo socorre o Jusnaturalismo quando este não é observado, e vice-versa, pois quando se tornam ultrapassados e inviáveis os textos legais recorrem-se à jurisprudência. REFERENCIAS BOBBIO, N. Teoria da Norma Jurídica. São Paulo: Édipo, 2001. , O Positivismo Jurídico: Lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone,2006. COMTE, Auguste. Catéchisme positiviste. Paris: chez I’auter, 1852. , Cours de philosophie positive. 5. Ed Paris: Schleicher, 1907-1908. 6v. HOBBES, T. Leviatã. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997. KELSEN, H. A Justiça e o Direito Natural. 2. Ed. Tradução de João Baptista Machado. São Paulo: Studium, 1979. LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. Trad. Alex Marins. São Paulo: Martin Claret, 2006. NADER, P. Filosofia do Direito. Rio de Janeiro: Forense, 1996 REALE, M. Filosofia do Direito, São Paulo: Saraiva, 2000. Ética e Moral Desde o surgimento do homem ele vem sofrendo influência seja do ambiente em que vive e também a influência através dos seus comportamentos e atitudes que a cada momento é modificado, o mesmo convive e organiza-se em sociedade, com essa conduta acaba formando um conjunto de práticas ou regras que o ajudam na relação com o meio e com o seu semelhante. Porém, ele escolhe algumas dessas regras ou práticas para ele atribuir aos outros e esquece que elas também são aplicáveis a ele. Será que podemos criticar os outros se não agirmos com princípios éticos, morais? Ou fazemos isso para justificar nossa falta de princípios¿ Ou até mesmo por que é mais rápido apontar o dedo para as atitudes dos outros? Conceitos de ética e de moral. Segundo o dicionário Aurelio (1999), a ética é o “estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”. A ética vem da conduta, do próprio ser humano, que se aprende em casa, ou seja, ser ético seria fazer o certo mesmo que não haja ninguém para vangloriar-se e por motivo plausível e justo. “A moral é um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual e social dos homens”. (VAZQUEZ, 2003, P. 63) Tanto a ética quanto a moral são responsáveis por construir os alicerces que vão nortear a conduta do homem, definindo seu caráter e virtudes, e ensinar como ele poderá se comportar em sociedade. Logo, a moral possui um caráter social que envolve o comportamento moral dos indivíduos e dos grupos sociais, cujos atos têm caráter coletivo, porém livre e consciente. Mesmo os atos sendo individuais de uma forma ou de outra acaba afetando alguém, e por isso se torna objeto de reprovação ou aprovação. Segundo Vazquez (2003, p.69) “a função social da moral consiste na regulamentação das relações entre os homens ( entre os indivíduos e entre o indivíduo e a comunidade) para contribuir assim no sentido de manter e garantir uma determinada ordem social”. Ética e Moral na Sociedade Desde o nascimento nos é ensinado o que é certo e errado e a partir daí reproduzimos valores impostos pela sociedade. Isto quer dizer que agimos conforme regras impostas, sendo recompensados quando seguimos as regras e castigados quando infringimos. Mesmo assim, somos livres para agirmos dentro dos limites impostos pela ética e pela moral. Esta liberdade parte do princípio do respeito aos direitos alheios. Entretanto, na vida prática não existe o respeito ao homem em si, o que existe na consciência humana é o respeito a si mesmo, a busca constante para si próprio; não nos faltam exemplos em nossa vida cotidiana; todos nos deparamos e ouvimos por noticiários comportamentos reprováveis, e aí pensamos, será que ainda há uma sociedade que valoriza princípios éticos e morais? Se estes valores se perdem que tipo de sociedade teremos? Ou o que podemos esperar das futuras gerações? Principais Virtudes Profissionais Várias são as profissões que possuem código de ética profissional com o objetivo de formar uma consciência profissional sobre os padrões de conduta. Uma delas é a ADVOCACIA que exige conduta compatível com os preceitos do estatuto da OAB, além dos princípios da moral, social e profissional. Para que um profissional desenvolva com eficiência seu trabalho se faz necessário que o mesmo faça uso de algumas virtudes básicas como: Zelo, Honestidade, Virtude do Sigilo e da Competência, Prudência, Coragem, Perseverança, Compreensão, Humildade, Imparcialidade e Otimismo. É preciso que o profissional realize sua tarefa com perfeição, para a produção favorável de sua própria imagem, e isto com uma responsabilidade individual. Se um profissional não se acha capaz para executar certo trabalho, melhor será que o recuse e esclareça sobre a inviabilidade em cumprir o que é requisitado. O respeito é por quem dela necessita, é algo que precisa ser priorizado. Razão pela qual, existe entre as partes um contrato determinando todos os detalhes como: natureza do serviço contratado, honorários, forma de pagamento. O Advogado é responsável pelos seus atos no exercício de sua profissão, contudo quando toma para si a responsabilidade perante o bem e a felicidade de terceiros. É necessário ser honesto, parecer honesto e ter ânimo de selo, para que exista a prática do respeito ao direito alheio. Um profissional comprometido com a Ética não se deixa corromper em nenhum ambiente, ainda que seja obrigado a viver e conviver com ele. O profissional ao violar o princípio da honestidade, não prejudica só seu cliente, mas pode também prejudicar sua classe, tão influi negativamente sobre a sociedade em geral. Esta é uma das razões pelas quais o código de ética precisa ser cumprido. O sigilo eticamente assume o papel de algo que é confiado e cuja presença de silencio é obrigatória revelar o que se sabe a respeito de alguém que pediu reserva e quebra de sigilo. A prudência faz com que o profissional avalie as situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e minuciosa, contribuindo assim para maior segurança, sobretudo das decisões a serem adotadas; pois evita julgamentos apressados e conflitos ou discussões desnecessárias. A compreensão é uma qualidade que quando bem aceita facilita a aproximação e o diálogo, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que o profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, validas para eficiência do seu trabalho. Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A imparcialidadeé uma qualidade que assume as qualidades do dever, pois se propõe a se contrapor aos preconceitos, “a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a justiça depende muito da imparcialidade”. Estas são algumas das virtudes que se deve esperar no mínimo de um profissional, principalmente de um Advogado. Aliás estar na hora de se operar o resgate do prestígio da advocacia, faz-se necessário superar a noção que já se espalhou no seio da sociedade de que advogado é um ladrão. Essa péssima imagem que a sociedade nutre dos advogados opera em desfavor da cidadania e da democracia, visto que uma parcela considerável da sociedade prefere amargar a injustiça, pelo receio de procurar seus direitos e se deparar com um aproveitador disposto a fazer de tudo para arrancar até o último centavo de seus clientes, e exemplos assim não faltam. Em face dessa imagem da classe acaba trazendo prejuízos a tantos outros profissionais que se esforçam para exercer a profissão com dignidade. Diante disto, não se pode aceitar uma postura de tolerância com relação aos maus advogados, mas do que nunca é preciso puni-los adequadamente e quando for o caso, retirar-lhes o direito de exercer a profissão. Agir com afeição nestes casos é praticar suicídio profissional coletivo. Coopera também para tal descredito a infindável espera pela manifestação do Poder Judiciário cuja fama quanto á celebridade processual também não é lá das melhores. Conclusão Gostaria de salientar alguns exemplos que deixam claro as sanções recebidas de acordo com a infração cometida. Se uma pessoa fura a fila, ela recebe sanções morais; caras feias; rejeição e até xingamentos. De forma similar, se ultrapassarmos a velocidade máxima permitida, receberemos uma sanção coercitiva jurídica: “Multa”. Ainda tratando do assunto em tela, podemos citar: uma sanção moral religiosa, quando um cidadão deixa de cumprir uma promessa realizada em face de uma graça obtida. Desta forma podemos concluir que toda ação negativa, vai gerar uma sanção, seja jurídica, moral, religiosa etc. Moral é a prática de uma ética. Ética é o princípio e moral e a prática. REFERENCIAS SÁ, Antônio Lopes de. Ética Profissional. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 1998. Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999; Sanchez Vázquez, Adolfo, Ética / Adolfo Sanchez Vázquez; tradução de João dell’ anna. Ed. 24ª rio de janeiro: civilização brasileira, 2003. Vade Mecum Compacto / Obra coletiva de autoria da editora saraiva com colaboração de Luiz Roberto Cúria, Lívia Céspedes e Juliana Nicolau. 11 ed. Atual e Ampl. – São Paulo : Sarai
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