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Recorrência, operações nos naturais e relação de ordem. Apresentação: Johnattan B. Prates Definição por Recorrência: • Relação de recorrência (ou passo recorrente) é uma técnica matemática que permite definir uma sequência, conjuntos ou até mesmo algoritmos partindo de problemas particulares para problemas genéricos, ou seja, por intermédio de uma regra pode-se calcular qualquer termo em função do(s) antecessor(es) imediatos(s); • As relações de recorrência são compostas por duas partes importantes: a(s) condição(ões) inicial(is) que deve(m) ser conhecida(s) e a equação de recorrência que é a regra que permitirá calcular os próximos termos em função dos antecessores; • A equação de recorrência não pode definer sequências sem as condições iniciais, isto é, não é uma relação de recorrência. Definição por Recorrência: • Para resolver esses problemas recorremos a outros recursos: as recursões ou recorrências. A principal ideia por trás das recorrências é expressar uma quantidade �� em função de quantidades anteriores ����, ����, … , ��. • Uma sequência é definida recursivamente se ela for dada por uma regra (recorrência) que permite calcular um termo qualquer por meio de um ou mais termos anteriores. Por exemplo: Progressão Aritmética, Progressão Geométrica, potências com expoente maior do que 1, como, por exemplo: 1. Progressões Aritméticas: � = ��� + �; 2. Progressões Geométricas: � = ��� ; Exemplos por Recorrência: 1. A sequência (��) dos números naturais ímpares 1,3,5,7, … pode ser definida por ���� = �� + 2 � ≥ 1 , com �� = 1 . Assim, �� = 2� − 1 para todo � ∈ ℕ é solução dessa recorrência. 2. Qualquer Progressão Aritmética (��) de razão � e primeiro termo pode ser definida por ���� = �� + � � ≥ 1 , com �� = . 3. Qualquer Progressão Geométrica (��) de razão e primeiro termo pode ser definida por ���� = �� (� ≥ 1), com �� = . 4. Define-se o fatorial �! de um número natural � como:1! = 1, � (� + 1)! = �! · (� + 1). O que é uma sequência: Uma sequência, como sugere o nome, é uma “coleção de elementos” de natureza qualquer, ordenados. Na verdade, trata-se apenas de elementos de um conjunto etiquetados com os números naturais. O que é uma sequência: • Etiquetar com os números naturais os elementos de um conjunto A, significa dar uma função: : ℕ → !� → (�) • A definição formal de uma sequência em um conjunto A é apenas uma função de ℕ em !. • Como uma função é dada quando se conhece a imagem de todos os elementos do seu domínio, uma sequência a pode ser representada como: 1 , 2 , … , � , … • ou ainda, denotando (�) por � , podemos representá-la por: �: �, �, … , �, … Propriedades da potência: • Seja a um elemento de um conjunto A munido de uma multiplicação sujeita às leis básicas da aritmética. Vamos definir as potências � , com� ∈ ℕ, por recorrência. • Ponhamos � = . Supondo � definido, defina ��� = � ∗ • Vamos estabelecer, por meio de indução, as propriedades usuais das potências. • Sejam , # ∈ ! e $, � ∈ ℕ. Então: 1. % ∗ � = ��% 2. % � = %� 3. ∗ # � = � ∗ #� % ∗ � = %�� 1. % ∗ � = ��% Hip: % ∗ � = ��% Tese: %���� Fixemos ∈ ! e $ ∈ ℕ, arbitrariamente. Demonstremos a propriedade por indução sobre �: Para � = 1, a propriedade é válida, pois, pelas definições, % ∗ � = % ∗ = %�� Por outro lado, supondo que % ∗ � = ��%, temos que: % ∗ ��� = ∗ � ∗ = % ∗ � ∗ = %���� prova a nossa propriedade. % � = %� 2. % � = %� Hip: % � = %� Tese: %∗ ��� Fixemos ∈ ! e $ ∈ ℕ, arbitrariamente. Demonstremos a propriedade por indução sobre �: Para � = 1, a propriedade é válida, pois, pelas definições, % � = % Por outro lado, supondo que % � = %�, temos que: % ��� = % � ∗ % = %� ∗ % = %��% = %∗ ��� prova a nossa propriedade ∗ # � = � ∗ #� 3. ∗ # � = � ∗ #� Hip: ∗ # � = � ∗ #� Tese: ��� ∗ #��� Fixemos ∈ ! e $ ∈ ℕ, arbitrariamente. Demonstremos a propriedade por indução sobre �: Para � = 1, a propriedade é válida, pois, pelas definições, ∗ # � = ∗ # Por outro lado, supondo que ∗ # � = � ∗ #�, temos que: ∗ # ��� = ∗ # � ∗ ∗ # � = � ∗ #� ∗ ∗ # = ��� ∗ #��� prova a nossa propriedade Provar que 3 divide 5� + 2 · 11�: • Vamos provar que 3 divide 5� + 2 · 11� , nos inteiros, para todo � ∈ ℕ. • De fato, para � = 1, temos que 3 divide 5� + 2 ∗ 11� = 27. • Suponha, agora, que, para algum � ≥ 1, saibamos que 3 divide 5� + 2 ∗11�. Logo, existe um número inteiro tal que 5� + 2 ∗ 11� = 3 • Para � + 1, temos: 5��� + 2 ∗ 11��� = 5 ∗ 5� + 2 ∗ 11 ∗ 11� =5 ∗ 5� + 5 ∗ 2 ∗ 11� − 5 ∗ 2 ∗ 11� + 2 ∗ 11 ∗ 11�5 ∗ 5� + 2 ∗ 11� + 2 ∗ (11 ∗ 11� − 5 ∗ 11�)= 5 ∗ 5� + 2 ∗ 11� + 6 ∗ 2 ∗ 11' • O 6 ∗ 2 ∗ 11' é divisivel por 3 e 5 ∗ 5� + 2 ∗ 11� é divisivel por 3, por hipotese de indução. Provar que 3 divide 5� + 2 · 11�: • Cujo segundo membro é divisível por 3 por ser igual a 3 ∗ (5 + 4 · 11� ) • Assim, provamos que 3 divide 5��� + 2 ∗ 11��� , o que, acarreta que 3 divide 5� + 2 ∗ 11�, para todo número natural �. Como provar que a desigualdade 2� > )* é verdadeira para todo valor de � natural maior do que ou igual a 5? • Fazemos isso baseados na seguinte pequena generalização: • Seja + � uma sentença aberta sobre ℕ, e seja ∈ ℕ. Suponha que: 1. +( ) é verdadeira, e 2. Qualquer que seja � ∈ ℕ, com � ≥ , sempre que +(�) é verdadeira, segue-se que + � + 1 é verdadeira. Então, +(�) é verdadeira para todo número natural � ≥ . Como provar que a desigualdade 2� > )* é verdadeira para todo valor de � natural maior do que ou igual a 5? • Vamos mostrar que a desigualdade na sentença aberta +(�) ∶ 2� > �� é verdadeira, para todo número natural � ≥ 5. • Note que +(1) ∶ 2� > 1� é verdadeira, +(2) ∶ 2� > 2� é falsa, +(3) ∶ 2. > 3� é falsa e +(4) ∶ 2/ > 4� é falsa. Tudo isso não importa, pois queremos verificar a veracidade dessa desigualdade para � ≥ 5. • De fato, temos que +(5) ∶ 20 > 5� é verdadeira. Seja � ≥ 5 tal que 2� > �� .para n + 1 temos: 2��� > � + 1 �. Como provar que a desigualdade 2� > )* é verdadeira para todo valor de � natural maior do que ou igual a 5? • Transitividade da desigualdade (rascunho):2��� > � + 1 �2��� > �� + 2� + 12��� > 2�� > �� + 2� + 1 Precisamos provar que: 2�� > �� + 2� + 1�� > 2� + 1�� − 2� > 1� � + 2 > 1 Isso é verdade para � ≥ 5. Progressões: • Iremos agora, usando recorrência, definir Progressões Aritméticas e Progressões Geométricas: Exemplo: Uma Progressão Aritmética (P.A.) é uma sequência de números ( �) tal que, a partir do segundo termo, cada termo � é igual ao anterior ��� somado a um número fixo � chamado de razão. Método da galinha: • A indução empírica foi batizada, de modo irônico, pelo matemático, filósofo e grande humanista inglês do século passado, Bertrand Russel (1872-1970), de indução galinácea, com base na seguinte historinha: • Havia uma galinha nova no quintal de uma velha senhora. Diariamente, ao entardecer, a boa senhora levava milho às galinhas. No primeiro dia, a galinha, desconfiada, esperou que a senhora se retirasse para se alimentar. No segundo dia, a galinha, prudentemente, foi se alimentando enquanto a senhora se retirava. No nonagésimo dia, a galinha, cheia de intimidade, já não fazia caso da velha senhora. No centésimo dia, ao se aproximar a senhora, a galinha, por indução, foi ao encontro dela para reclamar o seu milho. Qual não foi a sua surpresa quando a senhora pegou-a pelo pescoço com a intenção de pô-la na panela. Progressões: • Portanto, é dado o primeiro termo � e define-se recorrentemente: � = ��� + � se � ≥ 2. • Para achar uma fórmula fechada para o termo de ordem � da sequência, observe que: � = � + �, . = � + � = � + 2�, / = . + � = � + 3� • Pelo “método da galinha” de Bertrand Russel, já podemos adivinhar os próximos termos: 0 = / + � = � + 4�, 7 = � + 5�, … , � = � + � − 1 �, … • Portanto, parece plausível que a fórmula para o termo geral de uma P.A. de primeiro termo � e razão � seja � = � + � − 1 �, para todo� ∈ ℕ Progressões: • Vamos agora demonstrar essa fórmula por indução. Hip: � = � + � − 1 ∗ � Tese: ��� = � + �� • Inicialmente, observe que a fórmula é verdadeira para � = 1, pois ela se reduz à igualdade � = �. • Suponha agora que a fórmula seja correta para algum � ∈ ℕ; isto é, que � = � + (� − 1)�. Temos que: ��� = � + � = � + � − 1 � + � = � + �� • O que mostra que a fórmula é verdadeira para � + 1. Portanto, ela é correta para todo � ∈ ℕ. Progressões: • Agora, nos propomos a achar uma fórmula para a soma:8� = � + � + ⋯ + � dos n primeiros termos de uma P.A. ( �) • Vamos usar, para isso, o método de Gauss: • Somando a igualdade acima, membro a membro, com ela mesma, porém com as parcelas do segundo membro em ordem invertida, temos: A soma ( � + �) se repete � vezes: • Daí, segue-se que 28� = � + � ∗ � e, portanto, 8� = � + � ∗ �2 Progressões: • Uma Progressão Geométrica (P.G.) é uma sequência de números ( �) tal que, a partir do segundo termo, cada termo � é igual ao anterior ��� multiplicado por um número fixo chamado de razão. • Portanto, é dado o primeiro termo � e define-se recorrentemente � = ��� ∗ , se � ≥ 2. • Para achar uma fórmula fechada para o termo de ordem � da sequência, observe que: • � = � , . = � = � �, / = . = � ., 0 = / = � / • Novamente, pelo “método da galinha” de Bertrand Russel, podemos adivinhar os próximos termos: 7 = � 0, : = � 7, … , a' = a�q'��, … Portanto, é plausível que a fórmula para o termo geral de uma P.G. de primeiro termo � e razão q seja � = � ���, para todo � ∈ ℕ. Progressões: • Vamos demonstrar essa fórmula por indução. Inicialmente, observe que a fórmula é verdadeira para � = 1, pois ela se reduz à igualdade � = �. • Hip: � = � ��� • Tese: ��� = � � • Suponha, agora, que a fórmula seja correta para algum � ∈ ℕ,isto é, que � = � ���. Multiplicando por q ambos os lados dessa igualdade, segue que ��� = � = � ��� = � � • o que mostra que a fórmula é correta para � + 1. Portanto, ela é correta para todo� ∈ ℕ Progressões: • Vamos, a seguir, achar uma fórmula para a soma 8� dos primeiros termos de uma P.G. • Escreva: 8� = � + � + � � + ⋯ + � ��� • Note que: 8� = � + � � + ⋯ + � ��� + � � 8� = 8� − � + � � 8� − 8� = � � − �8� − 1 = � � − � 8� = � � − � − 1 Portanto, 8� = � � − � − 1 = � − � − 1 Exercícios: • Ache uma fórmula fechada para a soma 2 + 4 + · · · + 2�: • Podemos definir a sequência (2,4,6, … , 2�) como progressão aritmética com � = 2 e � = 2�, que tem como soma é: 8� = � + � ∗ �2 8� = 2 + 2� ∗ �2 8� = 2� + 2� � 2 8� = 2 ∗ (� + � �) 28� = � + �� Exercícios: • Ache uma fórmula fechada para a somas 2 + 4 + · · · + 2� • Podemos definir a sequência (2,4,8, … , 2�) como progressão aritmética com � = 2,q = 2 e � = 2�, temos que a soma é: 8� = � − � − 1 8� = 2 � ∗ 2 − 2 2 − 18� = 2 ∗ 2� − 2 Exercícios: • Uma vitória régia encontra-se em um tanque de água. Sabendo que ela dobra de área a cada dia e que, no final de 20 dias, ocupa toda a superfície do tanque, em qual dia ela ocupará a metade da superfície do tanque? Exercícios: • Em uma cidade de 5.000 habitantes, alguém resolve espalhar um boato. Considerando que, a cada 10 minutos, uma pessoa é capaz de contar o caso para 3 pessoas desinformadas, determine em quanto tempo toda a cidade fica conhecendo o boato. • 1,3,9,27, … • � = 1 = 3 ?� = 5000 8� = � ∗ ( � − 1) − 1 5000 = 1 ∗ (3� − 1)3 − 13� − 1 = 100003� = 9999� ≅ 8,38 Aproximadamente 83 minutos Recorrência, operações nos naturais e relação de ordem. Apresentação: Johnattan B. Prates Adição nos naturais: • Definição: (Adição em ℕ) Seja ?: ! → ! a função dada pelo axiomas de Peano. Dados $, � ∈ ℕ, sua soma $ + � ∈ ! é definida por$ + � = ?�($) • A definição diz que somar $ com � é tomar o natural $ e iterá-la � vezes. Da definição de soma e (1) temos,$ + 1 = ?� $ = ?($) Definição: B $ + 0 = $$ + ? � = ?($ + �) Isto é, fixado $, se C = 0, $ + C = $ e se C ≠ 0, C = ?(�) para algum � ∈ !, daí $ + C = $ + ?(�) = ?($ + �) Ou ainda, $ + ? ? 0 = ? $ + ? 0 = ?(? $ ), E assim por diante. Esta é a ideia intuitiva que iremos formalizar a seguir utilizando o Princípio da Indução, que mostra que $ + � está definido para todos $, � ∈ !. Adição nos naturais: • Preposição: A soma $ + � está definida para todo par $, � E� !. Demonstração: De fato, vamos definir o conjunto 8% = {� ∈ !|$ + � �?Há E�JK�KE }, para cada $ ∈ ! fixado arbitrariamente. 1. $ + 0 está definido, portanto, 0 ∈ 8%. 2. Seja M ∈ 8%, isto é, $ + M está definido. Temos que $ + ? M = ?($ + M) está definido, logo ?(M) ∈ 8%. Logo, por indução, 8% = !. Como $ é arbitrário, 8% = ! para todo $ ∈ !. Sendo assim,$ + � está definida para todo par $, � E� !N!, o que significa que a adição é, de fato, uma operação em !. Adição nos naturais: • Introduziremos agora a notação para os números naturais que é conhecida desde o ensino básico. • Definição: Indica-se por 1 e lê-se um o elemento de ! que é sucessor de 0, ou seja,1 = ? 0 . • Preposição: Para todo $ ∈ !, tem-se ?($) = $ + 1 e ?($) = 1 + $. Portanto $ + 1 = 1 + $. Provemos as duas igualdades: Temos que $ + 1 = $ + ?(0) = ?($ + 0) = ?($), ou seja, $ + 1 = ?($) Adição nos naturais: • Consideremos agora o conjunto O = {$ ∈ ! | ?($) = 1 + $} e provemos por indução que O = !: 1. Claramente 1 + 0 = 1 = ?(0), sendo assim, ?(0) = 1 + 0 e portanto, 0 ∈ O. 2. Seja, agora, $ ∈ O, isto é, ?($) = 1 + $. Daí ?(1 + $) = ?(?($)) e como ?(1 + $) = 1 + ?($), obtemos P� ?(?($)) = 1 + ?($) e, portanto, ?($) ∈ O. Sendo assim, O = !. Adição nos naturais: • Já temos as notações 0 e 1 = s(0). Vamos definir, agora, a continuação: ?(1) = 2 (EQK?), ?(2) = 3 (H�ê?), ?(3) = 4 ( P H�Q), ?(4) = 5 (SK�SQ) • E assim sucessivamente. Esta é a notação indo-arábica de base dez para os elementos de ! . Dessa forma, A contém o seguinte conjunto:{0, ?(0), ?(?(0)), ?(?(?(0))), . . . } = {0, 1, 2, 3, . . . }. Adição nos naturais: • O teorema seguinte mostra que os axiomas de Peano formalizam a ideia intuitiva do conjunto dos números naturais, isto é, A não contém elementos além desses: • Teorema: ! = {0, 1, 2, 3, . . . } • Demonstração. Seja ℕ = {0, 1, 2, 3, . . . } subconjunto de !. Verifiquemos por indução que ℕ = !: 1. Por construção 0 ∈ N; 2. Novamente por construção,ℕ contém o sucessor de qualquer elemento contido nele, ou seja, se � ∈ ℕ, então ?(�) ∈ ℕ. Logo,ℕ = !. Adição nos naturais: • Definição: Chamaremos este conjunto ! de Conjunto do Números Naturais e denotaremos, a partir daqui, por ℕ . Utilizando a notação anterior, temos as seguintes adições em ℕ: 1. 1 + 1 = ?(1) = 2; 2. 2 + 1 = ?(2) = 3; 3. 3 + 1 = ?(3) = 4; 4. 3 + 2 = 3 + ?(1) = ?(3 + 1) = ?(4) = 5; 5. 0 + 2 = 0 + ?(1) = ?(0 + 1) = ?(1 + 0) = ?(1) = 2. Adição nos naturais: • Vamos enunciar e demonstrar agora uma proposição que será fundamental para a prova do próximo teorema. • Proposição: Para todo $ ∈ ℕ, temos que $ + 0 = $ = 0 + $. Demonstração. Por definição $ + 0 = $. Provemos agora que 0 + $ = $. De fato, consideremos o conjunto !U = {$ ∈ ℕ| 0 + $ = $}. 1. Por definição 0 + 0 = 0, portanto 0 ∈ !U; 2. Suponhamos M ∈ !U, isto é, 0 + M = M e provemos que ?(M) ∈ !U. Com efeito, 0 + ?(M) = ?(0 + M) = ?(M), ou seja, ?(M) ∈ !U. Logo, por indução, concluímos que !U = ℕ. Adição nos naturais: • O seguinte teorema mostra as propriedades da adição que são admitidas intuitivamente desde a escola. • Teorema: Se $, � � C são números naturais arbitrários, temos que as seguintes armações são verdadeiras: 1. Propriedade associativa da adição: $ + (� + C) = ($ + �) + C. 2. Propriedade comutativa da adição: � + $ = $ + �. 3. Lei do cancelamento da adição: $ + C = � + C ⇒ $ = �. Propriedade associativa da adição: 1. Propriedade associativa da adição: $ +(� + C) = ($ + �) + C. Para esta prova, consideremos o conjunto !(%,�) = {C ∈ ℕ| $ + (� + C) = ($ + �) + C} com $ � � naturais fixados arbitrariamente. Vamos aplicar indução sobre este conjunto: a) Temos que $ + (� + 0) = $ + � = ($ + �) + 0, logo, 0 ∈ !(%,�) ; b) Suponhamos que M ∈ !(%,�) , isto é, $ + (� + M) = ($ + �) + M. Agora, provemos que ?(M) ∈ !(%,�) . De fato,($ + �) + ?(M) = ?(($ + �) + M), e por hipótese, ($ + �) + ?(M) = ?($ + (� + M)), daí, por definição da soma dos naturais, ($ + �) + ?(M) = $ + ?(� + M), o que significa, por definição da soma dos naturais ($ + �) + ?(M) = $ + (� + ?(M)), logo, ?(M) ∈ ! %,� . Propriedade comutativa da adição: 2. Propriedade comutativa da adição: � + $ = $ + �. Para esta prova, consideremos o conjunto !� = {$ ∈ ℕ| � + $ = $ + �}, com � fixado arbitrariamente e provemos que ℕ = !� Temos, pela proposição anterior, que � + 0 = 0 + �, portanto, 0 ∈ !�; Suponhamos que M ∈ !�, ou seja, � + M = M + �, e provemos que ?(M) ∈ !�. De fato,� + ?(M) = ?(� + M) = ?(M + �) = (M + �) + 1 , daí, pelo primeiro item deste teorema, a propriedade associativa: � + ?(M) = M + (� + 1), e por proposição anterior (n + 1 = 1 + �), obtemos � + ?(M) = M + (1 + �) = (M + 1) + � e assim, � + ?(M) = ?(M) + �, o que significa que ?(M) ∈ !� Concluímos assim, por indução, que !� = ℕ. Assoc. Lei do cancelamento da adição: Consideremos o conjunto !($, �) = {C ∈ ℕ| $ + C = � + C ⇒ $ = �}. Provemos agora que !%,� = ℕ. Temos que 0 ∈ ! %,� , CQK? $ + 0 = � + 0 ⇒ $ = �, pela proposição. Suponhamos M ∈ ! %,� , isto é, $ + M = � + M ⇒ $ = �. Temos que$ + ?(M) = � + ?(M) ⇒ ?($ + M) = ?(� + M) , def. soma dos naturais⇒ ($ + M) + 1 = (� + M) + 1 , Associativa dos naturais e preposição (M + 1 = 1 + M)⇒ $ + (1 + M) = � + (1 + M) Associativa dos naturais⇒ $ + 1 + M = � + 1 + M ⇒ ? $ + M = ? � + M, por hipótese de indução⇒ ?($) = ?(�)⇒ $ + 1 = � + 1 ⇒ $ = � Logo, $ + ?(M) = � + ?(M) ⇒ $ = �, ou seja, ?(M) ∈ ! %,� . Desta forma, concluímos que ! %,� = ℕ. Multiplicação nos naturais: • Assim como foi definida a adição, definiremos agora a operação que chamaremos de multiplicação: • Definição: Dado $ ∈ !, definimos recursivamente: B $ ∗ 0 = 0$ ∗ � + 1 = $ ∗ � + $ • Ou seja, fixado $, se C = 0, $ · C = 0 e se C ≠ 0, C = � + 1, para algum � ∈ W, daí$ · C = $ · (� + 1) = $ · � + $. • Para designar $ ∗ �, usaremos a notação de justaposição $�. Será enunciado e provado, a seguir, um teorema com as propriedades da multiplicação, mas antes disso, enunciaremos duas proposições que serão úteis para a demonstração de tal teorema. Multiplicação nos naturais: • Preposição: Para todo $ ∈ ℕ, temos que 0 · $ = 0. Demonstração: Consideremos o conjunto 8 = $ ∈ ℕ 0 ∗ $ = 0} e utilizemos indução para mostrar que 8 = ℕ. 1. 0 · 0 = 0 por definição, portanto, 0 ∈ ℕ; 2. Suponhamos que M está em 8, ou seja, 0 · M = 0 e provemos que ?(M) ∈ 8. De fato, 0 · ?(M) = 0(M + 1) = 0M + 0, por definição, e ainda, 0M + 0 = 0M = 0, por hipótese de indução. Logo, 0 · ?(M) = 0, ou seja, ?(M) ∈ 8. Dessa forma, concluímos que S = ℕ. Def mult Prepo. $ + 0 = $ e def. mult. Multiplicação nos naturais: • Preposição: Sejam $, � ∈ ℕ tais que $ + � = 0. Então $ = � = 0. • Demonstração: • Suponhamos � ≠ 0, isto é, � = ?(��) = �� + 1, para algum �� ∈ ℕ. Sabemos que 0 = $ + � = $ + (�� + 1) = ($ + ��) + 1 = ?($ + ��), pela associativa. O que é um absurdo pois 0 não é sucessor de nenhum elemento de ℕ. Logo, � = 0, sendo assim, $ + � = 0 ⇒ $ + 0 = 0 ⇒ $ = 0, como queríamos. Assoc. adição nos ℕHip Multiplicação nos naturais: • Teorema: Sejam $, �, C ∈ ℕ, então são válidos os itens abaixo: 1. $� ∈ ℕ, isto é, a multiplicação é uma operação em ℕ; 2. Existe um elemento neutro multiplicativo: 1 · � = � · 1 = �; 3. Distributividade: $(� + C) = $� + $C e ($ + �)C = $C + �C; 4. Associatividade: $(�C) = ($�)C; 5. $� = 0 ⇒ $ = 0 QP � = 0; 6. Comutatividade: $� = �$ $� ∈ ℕ, isto é, a multiplicação é uma operação em ℕ; • Consideremos o conjunto 8% = {� ∈ ℕ | $� �?Há E�JK�KEQ} para $ ∈ ℕ fixado arbitrariamente. • $ · 0 = 0 está definido, logo, 0 ∈ 8%; • Suponhamos M ∈ ℕ e provemos que ?(M) ∈ ℕ. De fato, $ · ?(M) = $(M + 1) = $M + $. Por hipótese de indução $M está definido e, como visto na seção anterior, a soma de quaisquer dois naturais também. Logo, $ · ?(M) = $M + $ está definido, o que significa que ?(M) ∈ 8%. • Sendo assim, por indução 8$ = ℕ. Como $ foi fixado arbitrariamente, a igualdade vale para qualquer $ ∈ ℕ. Def. mult. nos ℕ Existe um elemento neutro multiplicativo: 1 · � = � · 1 = �: • Temos que � · 1 = �(0 + 1), e por definição �(0 + 1) = � · 0 + � = �, logo, � · 1 = �. Agora, para mostrar que 1 · � = � para todo � ∈ ℕ, consideremos o conjunto 8 = {� ∈ ℕ| 1 · � = �}, e mostremos que ℕ = 8. • Temos que 1 · 0 = 0, por definição, logo, 0 ∈ 8; • Suponhamos que M ∈ 8, ou seja, 1 · M = M. Sabemos que 1 · (M + 1) = 1 · M + 1, daí, por hipótese de indução, 1 · (M + 1) = M + 1. Portanto, M + 1 ∈ 8. • Sendo assim, por indução 8 = ℕ. Def. mult. nos ℕ Distributividade: $(� + C) = $� + $C e $ + � C = $C + �C: • Sejam m, n naturais fixados arbitrariamente e usemos indução sobre C . Seja!%,� = {C ∈ ℕ| $(� + C) = $� + $C}. • De fato, 0 ∈ !%,� pois $(� + 0) = $� e $� + $ · 0 = $�, ou seja, $(� + 0) = $� +$ · 0; • Mostremos agora que, se M ∈ !%,�, isto é, $(� + M) = $� + $M, então (M + 1) ∈ !%,�. Com efeito, $ � + M + 1 = $ � + M + 1 = $ � + M + $ = $� + $M + $ = $� + ($M + $) = $� + ($(M + 1)). Todas estas igualdades se justificam com base em propriedades estabelecidas anteriormente. Sendo assim, (M + 1) ∈ !%,�. • Assim, concluímos, por indução, que !%,� = ℕ. Assoc. adição nos ℕ Def. mult. nos ℕ Def. mult. nos ℕ Assoc. adição nos ℕ Def. mult. nos ℕ Associatividade: $(�C) = ($�)C; • Novamente, consideremos $, � ∈ W fixados arbitrariamente e apliquemos indução sobre C. Seja 8%,� = {C ∈ ℕ| $(�C) = ($�)C}: • $(� · 0) = $ · 0 = 0 � ($�) · 0 = 0, logo, $(� · 0) = ($�) · 0. Assim, 0 ∈ 8%,�; • Suponhamos que M ∈ 8%,� , isto é, $(�M) = ($�)M . Consideremos as seguintes igualdades: • $(�(M + 1)) = $(�M + �) = $(�M) + $� = ($�)M + $� = ($�)(M + 1). • Dessa forma, M + 1 ∈ 8%,�. • Logo, 8%,� = ℕ. Def. mult. nos ℕ Dist. mult. nos ℕ Hip Dist. mult. nos ℕ $� = 0 ⇒ $ = 0 QP � = 0; • Seja $� = 0. Suponhamos � ≠ 0. Então � = �� + 1 para algum �� �$ ℕ. Assim, $� = 0 ⇒ $(�� + 1) = 0 ⇒ $�� + $ = 0, daí, por proposição anterior ($ + � = 0. Então $ = � = 0), $�� = $ = 0. Da mesma forma, supondo $ ≠ 0, concluímos que� = 0. Como queríamos. Def. mult. nos ℕHip Comutatividade: $� = �$ • Suponhanhamos 8% = {� ∈ ℕ| $� = �$}, para um $ ∈ ℕ fixados arbitrariamente. Mostremos que 8% = ℕ: • Por definição, $ · 0 = 0 e, pela proposição anterior, 0 · $ = 0, logo, $ · 0 = 0 · $, isto é, 0 ∈ 8%; • Suponhamos M ∈ 8%, ou seja, $M = M$. Temos que $(M + 1) = $M + $ = M$ + $, por hipótese de indução, e ainda, M$ + $ = (M + 1)$. Sendo assim, $(M + 1) = (M + 1)$, que significa M + 1 ∈ 8%. • Logo, por indução, 8% = ℕ . Como m é arbitrário, a igualdade vale para todo$ �$ ℕ. Def. mult. nos ℕ Hip Dist. mult. nos ℕ Relação de ordem em N: • A ideia intuitiva que trazemos desde a escola, de que 0 é menor que 1, que é menor que 2 e assim sucessivamente, vem da relação de ordem que existe nos naturais, que nos permite comparar os números deste conjunto, formalizando a ideia intuitiva. • Definição: Seja X uma relação binária em um conjunto não vazio ! e�, Y, Z elementos quaisquer de !. Dizemos que X é uma relação de ordem em ! quando satisfaz as seguintes condições: 1. Reflexividade:�X�; 2. Antissimetria: se �XY � YX�, então � = Y; 3. Transitividade: se �XY � YXZ, então �XZ • Dizemos ainda que tal ! , diferente de vazio e munido de uma relação X , é chamado de conjunto ordenado Relação de ordem em N: • Vamos definir agora uma relação de ordem em ℕ através da operação adição, o que o torna um conjunto ordenado. • Definição: Dados $, � ∈ ℕ, dizemos que $X� se existir C ∈ W tal que � = $ + C • Exemplo: 1. Temos que 2X7, pois 7 = 2 + 5; 2. 4X4, dado que 4 = 4 + 0 Relação de ordem em N: • Preposição: A relação X da definição do slide anterior é uma relação de ordem emℕ. • De fato, vejamos que valem as propriedades reflexiva, antissimétrica e transitiva: • Reflexiva: dado $ ∈ W, claramente $ = $ + C, para C = 0 ∈ W, logo, $X$; • Antissimétrica: sejam $, � ∈ W, $X� � �X$, isto é, existem C, ∈ W, tais que � = $ + C e $ = � + . Substituindo a primeira igualdade na segunda, obtemos, • $ = ($ + C) + ⇒ $ = $ + (C + ), o que significa que C + = 0, assim, pela proposição já mostrada anterior, C = = 0, logo, $ = �. Assoc. adição nos ℕ Relação de ordem em N: • 3. Transitiva: Sejam [, $, � ∈ W, [X$ � $X�, ou seja, existem C, ∈ ℕ tais que $ = [ + C � � = $ + . Substituindo a primeira igualdade na segunda, obtemos, � = ([ + C) + , ou ainda, � = [ + (C + ). Temos que C + = � ∈ ℕ, portando, podemos reescrever a última equação como segue: � = [ + �. Sendo assim, concluímos que, [X�. • Logo, a relação X é de ordem em ℕ, como queríamos. Relação de ordem em N: • Definição: Sejam $, � ∈ ℕ e X a relação da definição de relação. Se $X�, diremos que $ é menor ou igual a � e passaremos a escrever $ ≤ � no lugar de X, ou seja,$ ≤ � significará $X�. • Seja (!, +) um grupo abeliano e ≤ uma relação de ordem em ! que satisfaz ≤ # ⇔ # = + S para algum S ∈ !. Denotamos por A∗ = ! \{0}, O� = {� ∈ O | � ≥ 0} e O� = {� ∈ O | � ≤ 0}. • Seguem algumas variações desta notação: • $ ≤ � pode ser escrito como � ≥ $. Leremos � é maior ou igual a $; • • Se $ ≤ �, mas $ ≠ �, escrevemos $ < � e dizemos que $ é menor que �; • $ < � pode ser escrito como � > $ e leremos � é maior que $. Relação de ordem em N: • Definição: Sejam $, � ∈ W, dizemos que $ é menor do que �, o que denotamos por $ < �, se, e somente se, existe C ∈ W tal que � = $ + C. • Preposição: (Propriedades da relação de ordem). Sejam $, �, C ∈ W. A relação < tem as seguintes propriedades: • (1) Transitividade. $ < � � � < C ⇒ $ < C. • (2) Tricotomia. Dados $, � ∈ W, uma e apenas uma das seguintes alternativas é valida ou $ = � QP $ < � QP � < $. • (3) Monotonicidade da adição. $ < � ⇒ $ + C < � + C, para todo C ∈ W. • (4) Monotonicidade da multiplicação. $ < � ⇒ $ · C < � · C, para todo C ∈ W. (1) Transitividade. $ < � � � < C ⇒ $ < C • Existem ��, �� ∈ ℕ tal que $ + �� = � e � + �� = C. Assim, existe (�� + ��) ∈ ℕ tal que • $ + �� + �� = $ + �� + �� = � + �� = C. Portanto, $ < C. Assoc. adição nos ℕ Lei da Tricotomia dos Naturais: • Preposição: (Lei da Tricotomia dos Naturais). Para quaisquer $, � ∈ ℕ temos que uma, e somente uma, das relações seguintes ocorre:1. $ < �2. $ = �3. $ > � Demonstração: Vamos mostrar primeiro que duas delas não podem ocorrer simultaneamente e depois mostrar que obrigatoriamente uma delas deve ocorrer. Lei da Tricotomia dos Naturais: 1. $ < �2. $ = �3. $ > � • Claramente, 1 e 2, não podem ocorrer simultaneamente, pois, teríamos � = $ + C com C ∈ ℕ∗ e $ = � , daí, substituindo a segunda igualdade na primeira, obteríamos que, $ = $ + C e disso, C = 0, o que é uma contradição, pois, C ∈ ℕ∗. Da mesma forma, 2 e 3 não podem ocorrer juntas. • Suponhamos agora que 1 e 3 ocorram ao mesmo tempo, isto é, n = $ + C � $ = � + , com C, ∈ ℕ∗. Substituindo a primeira igualdade na segunda, obtemos, $ = ($ + C) + ou ainda, $ = $ + (C + ), que nos remete a 0 = C + . Pela proposição anterior, concluímos que C = = 0, o que é uma contradição, poisC, ∈ ℕ∗. Lei da Tricotomia dos Naturais: Mostremos esta parte por indução. Seja a = {� ∈ ℕ| � = $ QP � > $ QP � < $} com$ sendo um natural qualquer. • Temos que 0 ∈ a, pois 0 = $ ou 0 ≠ $. Se 0 ≠ $, pela proposição anterior, 0 < $. • Suponhamos agora que M ∈ a, isto é, M = $ QP M > $ QP M < $. Analisemos os três casos:a) M = $ ⇒ M + 1 = $ + 1 ⇒ M + 1 > $ ⇒ M + 1 ∈ a;b) M > $ ⇒ M = $ + C para C ∈ ℕ∗ ⇒ M + 1 = $ + C + 1 ⇒ M + 1 = $ + C + 1 ⇒ M + 1 > $ ⇒ M + 1 ∈ a;c) M < $ ⇒ $ = M + C para C ∈ ℕ∗. Como C ≠ 0, temos que C = C� + 1 com C� ∈ ℕ. Logo, $ = M + C ⇒ $ = M + (C� + 1) ⇒ $ = (M + 1) + C� . Se C� = 0 teremos$ = M + 1 � CQ�H �HQ, M + 1 ∈ a. Se C� ≠ 0, então, M + 1 < $, logo, M + 1 ∈ a. Sendo assim, concluímos que, se M ∈ a, então M + 1 ∈ a. Logo, por indução, W = a. (3) Monotonicidade da adição. $ < � ⇒ $ + C < � + C, para todo C ∈ W. • Existe ∈ W tal que $ + = � • $ + C + = $ + + C = � + C. • Ou seja, $ + C < � + C Assoc. adição nos ℕ (4) Monotonicidade da multiplicação. $ < � ⇒ $ · C < � · C, para todo C ∈ W. • Existe ∈ W tal que $ + = � • $ ∗ C + ∗ C = $ + ∗ C = � ∗ C • Ou seja, $ ∗ C < � ∗ C Relação de ordem em N: Concluímos da relação de ordem em N que, se ∈ ℕ, então, < ?( ), pois ?( ) = + 1. Dessa forma 0 < 1 < 2 < 3 < . . .. Notemos, ainda, que não existem naturais entre � ?( ), para todo ∈ ℕ, pois < � < + 1 implicaria, pelo teorema anterior, que + 1 ≤ � < + 1, ou seja, + 1 < + 1, o que não pode acontecer.
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