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Células Procariontes VS Eucariontes

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Estudos
 BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR 
 Teoria Celular
Proposta em meados do século XIX pelo botânico alemão Mathias Jakob Schleiden e pelo zoólogo também alemão Theodor Schwann, a Teoria Celular estabelece que a célula é a unidade fundamental da vida, sendo assim, que tudo o que se considera vivo é composto e estruturado por células, seja por trilhões delas ou por uma apenas.
A teoria celular se sustenta em três grandes pilares:
1. “A vida existe somente nas células”: todos os seres vivos são compostos de células, ou seja, todas as reações do organismo dependem estritamente da atividade celular, e é através da célula que toda a energia necessária para o funcionamento do organismo é obtida, convertida, armazenada e aplicada.
2. “As células provêm somente de células preexistentes”: uma célula se origina apenas da reprodução de outras células, havendo assim, a transmissão de material genético.
3. “A célula é a unidade de reprodução e transmissão das características hereditárias.”: todos os caracteres genéticos são transmitidos de uma célula para outra no processo de reprodução.
A célula foi descoberta em 1669, pelo cientista inglês Robert Hooke, ao observar um pedaço de cortiça num microscópio de duas lentes. Hooke conseguiu visualizar pequenas cavidades na cortiça, nomeando tais cavidades de células, o que, na realidade, eram uma espécie de “esqueleto das células”, uma vez que cortiças são formadas por células mortas.
Em 1673, o microscopista Antonie von Leeuwenhoeck observou as primeiras células animais: os glóbulos vermelhos do sangue. De início, os glóbulos vermelhos não foram considerados como células, uma vez que, para Leeuwenhoeck, essas células pareciam deficientes de compartimentos básicos. Além disso, não existia sequer a hipótese de que os tecidos fossem estruturados totalmente por células.
Leeuwenhoeck também estudou cuidadosamente o núcleo celular, o que contribuiu significativamente para o entendimento do papel da célula nos seres vivos. Com isso, foi descoberto o nucléolo, núcleo do núcleo, e que todas as células, exceto das hemácias, são dotadas de núcleo.
Somente um século e meio após da descoberta da célula é que a Teoria Celular foi lançada. Antes disso, vários cientistas já se ocupavam de compreender a estrutura e o funcionamento da célula, gerando conhecimentos que se tornaram fundamentais para o desenvolvimento da Biologia, mais especificamente da Citologia, ramo da ciência que estuda a estrutura, as funções e o desenvolvimento celular.
Hoje sabemos que todo ser vivo, seja ele membro do reino Plantae, Animallia, Protista, Fungi ou Monera é composto por célula, alguns por uma única, outros por várias, e que muitas dessas células apresentam diferenças com relação a outras, mas desempenham basicamente o mesmo papel: estruturar, realizar atividade metabólica e transmitir informações genéticas.
Sabe-se também da existência de organismos acelulares, ou seja, que não são compostos por células, os tão conhecidos vírus, que devido a essa característica, não compõem nenhum dos reinos citados. Os vírus são organismos formados por um material genético envolto por uma cápsula proteica, e necessitam de uma célula hospedeira para sobreviver e se reproduzir, por isso, são chamados de parasitas intracelulares obrigatórios. Muitos cientistas ainda discutem se os vírus podem ser, ou não, uma exceção que confirma a regra da Teoria Celular.
 
 Eucariontes VS Procariontes
Células Procariontes
As células procariontes, conhecidas também como procariotas são extremamente diferentes das células eucariontes, mas ambas são de extrema importância para o organismo. A sua principal característica é a falta de carioteca pelo fato da ausência de algumas organelas e pelo seu pequeno tamanho. Acredita-se que isso acontece devido ao fato de não possuírem compartimentos membranosos que são originados pela invaginação, a este grupo pertencem seres unicelulares ou coloniais.
Células Eucariontes
As células eucariontes também conhecidas por eucariotas ou eucélulas, são mais completas que as procariontes, uma grande parte dos animais e plantas que conhecemos possuem essas células, possivelmente as mesmas surgiram de um aperfeiçoamento das células procariontes, mas é impossível avaliar quanto tempo elas levaram para chegar a essas melhoras, o que se torna mais provável é que tenha demorado milhões de anos.
 Reinos
REINO MONERA : Seres unicelulares e procariontes (sem núcleo organizado).
REINO PROTISTA : Seres uni ou multicelulares, eucariontes, autótrofos (algas) ou heterótrofos (protozoários).
REINO FUNGI : Seres uni ou multicelulares, eucariontes aclorofilados e heterótrofos. 
REINO PLANTAE : Seres multicelulares, clorofilados e autótrofos.
REINO ANIMAL!A : Seres multicelulares, aclorofilados e heterótrofos.
 
 
 Membrana Plásmatica
A parede celular é uma camada muito resistente, flexível e ocasionalmente rígida que envolve alguns tipos de célula. Ela envolve a membrana celular e fornece à célula suporte estrutural e proteção. Além disso, ela atua como filtro para a célula. Uma das principais funções da parede celular é atuar como vaso de pressão, evitando a Citólise quando água entra na célula. A parede celular está presente em plantas, fungos, células procarióticas, mas não nas bactérias do gênero Mycoplasma.. 
Observação: Citólise é a destruição de uma célula viva por dissolução dos seus elementos devido ao excesso de água provocado por um desequilíbrio osmótico. A presença de uma parede celular impede que a membrana se desintegre, pelo que a citólise ocorre apenas em células animais e protozoárias que não tenham paredes celulares.
Fungos com quitina: Os fungos são os membros de um grande grupo de organismos eucariotas que inclui micro-organismos tais como as leveduras e bolores,bem como os mais familiares cogumelos. Os fungos são classificados num reino separado das plantas, animais e bactérias. Uma grande diferença é o facto de as células dos fungos terem paredes celulares que contêm quitina, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose. 
A parede celular dos fungos é composta por glicanos e quitina, enquanto os primeiros são também encontrados em plantas e a última no exosqueleto dos artrópodes, os fungos são os únicos organismos que combinam estas duas moléculas estruturais na sua parede celular. Ao contrário das plantas e dos Oomycetes, as paredes celulares dos fungos não contêm celulose.
Observação: A quitina é um polissacarídeo constituído por um polímero de cadeia longa de N-acetilglicosamina. Insolúvel em água e córneo, é o precursor direto da quitosana. Ocorre naturalmente em diversos organismos, sendo o principal componente daparede celulardos fungos e do exoesqueleto dos artrópodes está presente também na rádula dos moluscos, no bico doscefalópodes e na concha dos foraminíferos.
Plantas com celulose: 
Introdução 
 
A celulose é um polímero de "cadeia longa" que é composto por um único monômero, carboidratado (hidratado de carbono), classificado como polissacarídeo. Ela é o componente estrutural primário das plantas e não é digerível pelo homem.
 
Características da celulose 
 
Antes de darmos continuidade no assunto celulose, seria interessante sabermos um pouquinho sobre polímeros, monômeros e polissacarídeos.
Polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular relativa, resultantes de reações químicas de polimerização (reação química que dá origem aos polímeros).
 
Os monômeros são pequenas moléculas que podem ligar-se a outros monômeros formando moléculas maiores denominadas polímeros, que já vimos no parágrafo anterior.
 
Polissacarídeos são carboidratos que, através de hidrólise, originam uma grande quantidade de monossacarídeos. Eles são polímeros naturais, por exemplo, a celuloseé um polímero da glicose (Celulose + n H2O → n glicose). 
 
Podemos entender, então, que os polissacarídeos são macromoléculas formadas pela união de muitos monossacarídeos.
 
Como vimos acima, a celulose é um polímero da glicose. Ela é comumente encontrada nas paredes celulares dos seres vivos do Reino Vegetal. 
 
A textura fibrosa da celulose permite que ela seja utilizada na indústria têxtil em tecidos como algodão, linho e seda sintética.
 
Onde é encontrada
 
De forma geral, podemos entender que a celulose encontra-se naturalmente na maioria das fibras puras de algodão, sendo encontrada em toda planta na combinação de lignina (polímero tridimensional amorfo encontrado nas plantas terrestres) com qualquer hemicelulose (polissacarídeos).
Bactérias:
As bactérias são os mais simples organismos encontrados na maioria dos ambientes naturais. Elas são células esféricas ou em forma de bastonetes curtos com tamanhos variados, alcançando às vezes micrômetros linearmente. Na maioria das espécies, a proteção da célula é feita por uma camada extremamente resistente, a parede celular, havendo imediatamente abaixo uma membrana citoplasmática que delimita um único compartimento contendo DNA, RNA, proteínas e pequenas moléculas.
A microscopia eletrônica, o interior celular aparece com uma matriz de textura variada, sem, no entanto, conter estruturas internas organizadas.
 As bactérias são pequenas e podem multiplicar-se com rapidez, simplesmente se dividindo por fissão binária.
Quando o alimento é farto, "a sobrevivência dos mais capazes" em geral significa a sobrevivência daqueles que se dividem mais rapidamente. Em condições adequadas, uma simples célula procariótica pode dividir-se a cada 20 minutos, dando origem a 5 bilhões de células (número aproximadamente igual à população humana da terra) em pouco menos de 11 horas.
À habilidade em dividir-se de maneira rápida possibilita populações de bactérias a se adaptar às mudanças de ambiente. Sob condições de laboratório por exemplo, uma população de bactérias mantida em uma dorna evolui dentro de poucas semanas por mutações de seleção natural para utilização de novos tipos de açúcares como fonte de carbono e de energia.
Na natureza, as bactérias vivem em uma enorme variedade de nichos ecológicos e mostram uma riqueza correspondente na sua composição bioquímica básica. Dois grupos de bactérias distantemente relacionados são reconhecidos:
· as eubactérias, que são os tipos comuns encontrados na água, solo e organismos vivos maiores.
· as arquibactérias, que são encontradas em ambientes realmente inóspitos, como os pântanos, fontes termais, fundo do oceano, salinas, vulcões, fonte ácidas, etc.
Existem espécies bacterianas que utilizam virtualmente qualquer tipo de moléculas orgânicas como alimento, incluindo açúcares, aminoácidos, gorduras, hidrocarbonetos, polipeptídeos e polissacarídeos. Algumas podem também obter seus átomos de carbono do gás carbônico e o seu nitrogênio do N2.
Apesar de sua relativa simplicidade, as bactérias são os mais antigos seres que se tem notícias e também são os mais abundantes habitantes da terra.
 Mebrana Celular
A membrana celular é uma fina película lipoprotéica formada por fosfolipídios e proteínas, cuja espessura varia entre 7,5 a 10 nanômetros, delimitando o citoplasma de todos os tipos de células (bactérias, algas, fungos, protozoários, animais e vegetais), recebendo variadas denominações: plasmalema, membrana plasmática ou membrana citoplasmática. 
No interior das células eucariontes o citoplasma apresenta organelas e canais constituídos por membranas semelhantes às que envolvem a célula, sendo responsável pela seleção de tudo o que entra e sai da célula. 
Esse envoltório foi visualizado pela primeira vez durante a década de 1950, somente possível devido o aprimoramento do microscópio eletrônico. A partir de então, o crescente desenvolvimento tecnológico e o refinamento de técnicas citológicas, possibilitaram aos cientistas S. J. Singer e G. Nicolson (1972), proporem uma estrutura padrão − O modelo do mosaico fluido − representando esquematicamente a membrana plasmática. 
Por esse modelo, a melhor proposta aceita atualmente, demonstra que a membrana possui duas camadas de fosfolipídios, formada por uma molécula de glicerol, duas cadeias de ácidos graxos, sendo uma saturada e a outra insaturada, uma coligação fosfato e um grupamento polar. 
Portanto, uma molécula anfipática, ou seja, com uma extremidade polar ou hidrofílica, tendo afinidade por água; e a outra extremidade, caudalosa, com propriedades apolares ou hidrofóbicas, manifestando aversão à molécula de água. 
Segundo os pesquisadores, essa bicamada lipídica teria em sua composição algumas proteínas, dispostas na superfície da membrana (incrustadas) e outras inseridas de tal forma que transpassavam a bicamada (proteínas transmembranares), comunicando a face interna e externa da célula, formando poros capazes de permitir a passagem de substâncias e partículas. 
Tal composição química favorece a importante função da membrana, no controle que media o fluxo de solvente e soluto específicos e em quantidades necessárias ao metabolismo das células, recebendo denominação de permeabilidade seletiva ou semipermeabilidade.
 Funções da Membrana Plasmática
A membrana plasmática possui mecanismos que permitem a entrada e a saída de substâncias.
Dizemos que a membrana plasmática seleciona a passagem destas substâncias e que ela possui desta forma uma permeabilidade seletiva, que é uma camada fosfolipídica da membrana plasmática que funciona como uma barreira fluida (maleável) e permite a passagem de substâncias diretamente através dela.
Outras funções estão atribuídas á membrana plasmática, como conservar a forma das células, auxiliarem no deslocamento e transportação.
A mambrana plasmática é denominada uma das superfícies da célula, e essa superfície precisa de especializações da membrana, e são elas:
Microvilosidades: Mais comuns no revestimento da mucosa intestinal, e age na superfície celular fazendo crescer ainda mais a absorção da célula.
Interdigitações: faz com que haja um melhor agrupamento das células entre si.
Desmossomos: são responsáveis por uma maior fixação de uma célula às outras. Os Desmossomos contém duas partes divididas chamadas de hemidesmossomos.
Cilios e Flagelos: São expansões celulares finas e altamente móveis que contribuem para a movimentação celular.
Glicocálice
O glicocálice é uma região rica em carboidratos considerada por muitos autores como uma extensão da membrana plasmática.
Todos os organismos vivos são formados por células, estruturas compostas basicamente pormembrana plasmática, citoplasma e material genético. A membrana plasmática regula o que entra e sai de uma célula e é constituída de uma bicamada de fosfolipídios com proteínas nela inseridas.
É possível encontrar, além dos fosfolipídios e das proteínas, carboidratos ligados a essas moléculas formando glicolipídios e glicoproteínas. Além desses carboidratos, glicoproteínas e proteoglicanos secretados pela própria célula compõem essa região denominada glicocálice ou glicocálix, que se caracteriza pela sua grande quantidade de carboidratos.
Muitas pessoas acreditam que o glicocálice é uma região à parte da membrana, porém o mais correto é considerar essa porção como uma extensão dessa importante estrutura. Ele varia muito de célula para célula e forma uma espécie de emaranhado, uma vez que os glicídios que formam as glicoproteínas, glicolipídios e proteoglicanos entrelaçam-se e formam uma espécie de camada protetora.
O glicocálice apresenta diversas funções importantes para a célula, sendo uma delas a proteção contra lesões de natureza química e mecânica. Esses carboidratos também evitam ligações indesejáveis com outras células e ajudam na movimentação graças à sua capacidade de adsorver água.
Outra função extremamente importante do glicocálice é o reconhecimento entre células e a adesão celular, que permite que as células unam-seumas às outras e também a outras moléculas. Dentre as glicoproteínas presentes no glicocálice que ajudam na união das células, destacam-se a fibronectina, vinculina e laminina.
Além das funções citadas, devemos lembrar que o glicocálice das hemácias determina os grupos sanguíneos (A, B, AB ou O), uma vez que esses glicídios funcionam como marcadores de determinados tipos de célula. O reconhecimento do tipo sanguíneo é fundamental para a realização de transfusões e para o tratamento de alguns problemas imunológicos.
 BIOGEOGRAFIA E ECOLOGIA GERAL
 Teoria de Lamarck
Antes que a teoria da evolução de Charles Darwin fosse aceita como correta pelo meio científico (e isso só aconteceu uns cem anos depois de sua morte) vários outros pesquisadores (alguns nem tanto...) criaram teorias para tentar explicar a evolução dos seres vivos. Um deles foi Jean – Baptiste Pierre Antoine de Monet (1744-1829).
Também conhecido como Chevalier de Lamarck, o naturalista francês que ainda estudou medicina, física e meteorologia, publicou a teoria que hoje chamamos de “lamarckismo” no seu livro “Philosophie Zoologigue” (1809).
A teoria de Lamarck baseou-se em dois princípios básicos: o conceito de que é uma característica intrínseca dos seres vivos evoluírem para um nível de complexidade e perfeição cada vez maiores, motivo pelo qual Lamarck acreditava que os seres haviam evoluído de microorganismos simples originados de matéria não viva (teoria da geração espontânea, bastante popular na época de Lamarck), para organismos mais complexos; O segundo princípio foi o do “uso e desuso”, que o foi o ponto crucial da teoria de Lamarck e dizia, basicamente, que o que não é usado atrofia e o que é usado se desenvolve sendo passado para as gerações futuras. Ou seja, órgãos, membros e outras características dos seres vivos que fossem usadas acabariam se desenvolvendo e passando de geração para geração. Ocorrendo a transmissão hereditária das características adquiridas.
Entretanto a publicação em 1859 de “A origem das espécies” , de Charles Darwin, abalou o fundamento principal da teoria de Lamarck afirmando que a evolução das espécies se daria pelo processo de seleção natural e não pelo uso e desuso. Segundo a teoria de Darwin algumas pequenas variações nos organismos surgiriam ao acaso e, caso essas variações os tornassem mais aptos que os outros organismos estes sobreviveriam transmitindo suas características aos seus descendentes. Ou seja, na teoria de Lamarck o uso acarretaria a evolução, já na teoria de Darwin a evolução se daria pelo acaso aliado a seleção natural.
Para simplificar, vamos usar um exemplo bastante comum para explicar a teoria de Lamarck: imagine que as girafas, antigamente, tinham pescoços bem menores que o das girafas atuais e que, por isso, elas tivessem que esticar seus pescoços repetidamente para alcançar as copas das árvores e se alimentar. Esse movimento constante de estiramento do pescoço (uso) teria causado um alongamento no pescoço das primeiras girafas e, por isso, seus descendentes teriam nascido com pescoços mais longos que seus pais e assim sucessivamente até originar as girafas de pescoço longo que vemos atualmente.
Já Darwin explicaria de outra forma: segundo sua teoria entre as girafas de antigamente com pescoços pequenos teriam nascido, aleatoriamente, alguns indivíduos com pescoço mais longo o que faria com que conseguissem alcançar a comida na copa das árvores. Já as girafas que nasceram com pescoço pequeno não conseguiriam alcançar a comida e morreriam de fome ou simplesmente ficariam em desvantagem na hora de acasalar. Assim, apenas as girafas de pescoço longo conseguiriam procriar transmitindo suas características para seus descendentes e estes para as próximas gerações.
Aqui, ambas as teorias concordam que as características seriam transmitidas para as gerações posteriores e gradativamente sendo aperfeiçoadas. Ou seja, Lamarck não estava completamente errado, mas seu erro foi crucial para que sua teoria caísse por terra.
O fato é que a teoria de Lamarck caiu em descrédito e a teoria da evolução de Darwin, hoje chamada de “Teoria da Evolução Sintética” é que foi aceita como verdadeira pelos cientistas.
 Fixismo
O fixismo, tal como a palavra indica, considera que as espécies são fixas, permanecendo imutáveis ao longo do tempo sem se modificarem (ver Evolucionismo). As hipóteses fixistas de imutabilidade consideram que as espécies permanecem iguais desde o momento em que surgiram até aos dias de hoje.
Na Antiga Grécia, alguns filósofos defendiam esta ideia de fixismo dos seres vivos, como Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.). Aristóteles defendia que os seres vivos eram criados a partir de matéria inanimada e que um “princípio activo” a transformava em matéria viva – Teoria da Geração Espontânea. Em 1668, Francesco Redi, realizou uma experiência onde colocou bocados de carne e de peixe crus em recipientes diferentes, uns cobertos com gaze para que houvesse apenas circulação de ar e outros em frascos abertos. Ao fim de alguns dias as amostras nos frascos abertos tinham larvas de mosca enquanto as cobertas com gaze não. Embora refutasse a ideia de geração espontânea, esta ideia de que a matéria viva era gerada de matéria inanimada perdurou até 1864 quando Pasteur (1822-1895) provou o contrário com a descoberta do processo de pasteurização.
O criacionismo, referido na Bíblia, no Livro do Génesis, defende que os seres vivos foram criados por uma entidade divina, num único acto de Criação e com as mesmas características dos seres vivos actuais. A diversidade biológica é vista como uma evidência de que o Criador terá planeado cada espécie com um determinado fim, sendo estas perfeitas e imutáveis.
Carl Linnaeus (1707-1778) foi um fixista convicto e um importante pilar nos estudos da sistemática dos seres vivos.
Outra teoria fixista é o Catastrofismo preconizado por Georges Cuvier (1769-1832). Baseando-se em dados paleontológicos de escavações na bacia sedimentar da região de Paris, terá concluído que as diferenças no aspecto dos fósseis encontrados nos vários estratos rochosos e dos seres vivos actuais poderiam ser explicadas por eventos de repovoamento dos locais com novas espécies provenientes de outras áreas e de outros eventos de criação, após extinção dos organismos causada por catástrofes naturais.
As ideias de Cuvier foram contestadas por Charles Lyell (1797-1875) que apresentou uma explicação para as diferenças encontradas entre os estratos rochosos. O geólogo britânico defendia que os processo erosivos actuais seriam os mesmos no passado, sendo esta a razão para a ausência de fósseis em alguns estratos – lacunas estratigráficas. Segundo Lyell os eventos geológicos são o resultado de processos naturais lentos e graduais. Apesar desta visão do gradualismo nos acontecimentos geológicos, Lyell não aceitava o gradualismo para as espécies.
No final do século XVIII o Fixismo englobando as ideias Criacionistas era aceite assumindo um carácter dogmático. À medida que novas observações eram efectuadas os dados recolhidos na natureza levaram à contestação da imutabilidade das espécies.
 Efeito Coriolis
 O efeito Coriolis é resultante de uma força inercial que se aplica a corpos que se movimentam sobre uma superfície em rotação, como a Terra. Ele foi descrito pela primeira vez em 1835 pelo cientista francês Gustave-Gaspard Coriolis. A força inercial atua à esquerda da direção do movimento para rotação em sentido horário e à direita para rotação em sentido anti-horário.
O efeito Coriolis causa uma deflexão aparente na trajetória de um objeto que se move em linha reta em um sistema de coordenadas em rotação. O objeto na verdade não se desvia da linha reta, mas aparenta fazê-lo em função do movimento da superfície sob ele.
A magnitude da força Coriolis na Terra é proporcional ao seno da latitude no local. É igual a zero no equador e máxima nos pólos.
Uma das melhoresformas, e também uma das mais simples, de sentir a magnitude e a direção única de uma força Coriolis é com um Carrossel. Fique em pé próximo à borda externa de um Carrossel rodando lentamente, virado para o centro, e não se esqueça de segurar as barras de proteção durante todo o tempo. Se você se inclinar rapidamente em direção ao centro, você sentirá uma força lateral – a força Coriolis. A potência da força é proporcional à velocidade do Carrossel e à velocidade com que você se inclina. Alternativamente, tente rolar uma bola por um Carrossel em movimento, como neste filme no site da Universidade de Illinois (em inglês).
O Efeito Coriolis influencia padrões climáticos. O vento é devido ao movimento do ar de uma área de alta pressão para uma área de baixa pressão. Se a Terra fosse imóvel, isso seria uma linha reta, mas, em uma Terra em rotação, o Efeito Coriolis tende a defletir a direção do vento em sentido anti-horário sob baixa pressão no hemisfério norte, e em sentido horário no hemisfério sul. Observe as direções do vento e os padrões de nuvens em áreas de alta e baixa pressão em mapas climáticos no site weather.com (em inglês).
Outra manifestação do Efeito Coriolis é o pêndulo de Foucault, usado por Jean Bernard Leon Foucault em 1851 para provar a rotação da Terra. O pêndulo é um objeto grande balançante segurado por um longo fio preso ao teto. A direção do balanço muda no decorrer do dia. Veja estas fotos de um Pêndulo de Foucault na Universidade de New South Wales, Austrália (em inglês).
 Células de Hadley
Quando falamos de circulação atmosférica, estamos nos referindo à dinâmica que coordena a variação e dispersão dos ventos ou correntes de ar pelo globo terrestre. Sabemos que a movimentação do ar ocorre em função das variações de pressão atmosférica, de forma que o ar que se encontra em uma região de maior pressão tende a se deslocar para zonas de menor pressão.
O mecanismo básico que articula a circulação das massas de ar no planeta é o das variações de temperatura. O ar mais frio é mais denso e desce, enquanto o ar quente é mais leve e sobe. Ao alcançar altitudes maiores, o ar quente, que estava subindo, começa a se esfriar, ficando mais pesado e descendo novamente, dando continuidade ao ciclo. Essa dinâmica, associada às variações de latitude, dá origem às células de circulação atmosféricas. Observe o esquema abaixo:
Esquema simplificado da circulação atmosférica global
A formação das diferentes células, além das variações de pressão, decorre do fato de a incidência dos raios solares não ser homogênea. Próximo à Linha do Equador, o calor do sol é mais forte e, à medida que se aproxima dos polos, essa intensidade vai diminuindo.
Como podemos notar no esquema acima representado, existem três tipos principais de células de circulação atmosférica: célula de Hadley, célula de Ferrel e célula polar.
Na Célula de Hadley, também chamada de Célula Tropical, o ar circula em direção à Linha do Equador em baixas altitudes e retorna para a direção dos trópicos nas elevadas altitudes, com o predomínio de ventos alísios e contra-alísios.
Na Célula de Ferrel, também conhecida como Célula de Latitudes Médias, o ar movimenta-se em direção aos polos, onde se resfria e retorna para as faixas tropicais. Os ventos são predominantes de oeste e sopram em direção oposta aos ventos alísios.
Por fim, na Célula polar, os ventos deslocam-se dos polos em direção aos trópicos, onde se aquecem e retornam novamente às zonas polares. Os ventos são polares de leste e carregam sempre muita umidade, baixas temperaturas e elevada pressão atmosférica.
A circulação atmosférica é responsável pela dinâmica de circulação dos ventos, pela alteração das pressões atmosféricas, pela distribuição do calor e, consequentemente, interferem diretamente no clima da Terra.
Ventos alísios e ventos predominantes de oeste
O aquecimento desigual da atmosfera provoca um desbalanceamento da energia absorvida pela atmosfera. Nas zonas tropicais, que recebem mais energia do que emitem, há um balanço positivo, enquanto que nas zonas polares, que emitem mais calor do que recebem, há um balanço negativo. Essa diferença térmica ocasiona a movimentação das massas de ar atmosféricas caracterizando o chamado efeito de “circulação geral da atmosfera”.
Nesta circulação geral da atmosfera são gerados sistemas de ventos conhecidos como “estes polares”, “ventos de oeste” e “ventos alísios”.
Os ventos alísios são originados do deslocamento das massas de ar frio das zonas de alta (trópicos) para as zonas de baixa pressão (equador). Devido a um efeito ocasionado pelo movimento de rotação da Terra, o efeito de Coriolis, os ventos nas faixas intertropicais sopram no sentido leste-oeste no hemisfério sul, e no sentido oeste-leste no hemisfério norte.
Na região da linha do Equador, devido ao aquecimento constante e quase uniforme é formada uma zona de baixa pressão (chamada de ZCIT – Zona de Convergência Intertropical) para a qual se deslocam os ventos alísios de sudeste, vindos do hemisfério sul, e os ventos alísios de nordeste, vindos do hemisfério norte. Ambos formam-se a latitudes de cerca de 30º em ambos os hemisférios.
Ao chegar á zona de baixa pressão do equador, os ventos alísios ascendem provocando o resfriamento dos níveis mais altos e perdendo umidade por condensação e precipitação. É aí, então, que surgem os ventos “contra-alísios”, quando estes movem-se em sentido contrário até as zonas dos cinturões anticiclônicos mantendo-se assim, o sistema de circulação entre zonas tropicais e subtropicais e a zona equatorial.
Os ventos alísios são os responsáveis por transportar umidade das zonas tropicais para a zona equatorial provocando chuvas nessa região. Enquanto que os ventos contra-alísios levam ar seco para as zonas tropicais, ficando , os maiores desertos da Terra justamente nessa zona, principalmente no hemisfério norte.
 
 Solstício 
Na astronomia, solstício (do latim sol + sistere, que não se mexe) é o momento em que o Sol, durante seumovimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em dezembro e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.
No hemisfério norte o solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho e o solstício de inverno por volta do dia 21 de dezembro. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério. Já no hemisfério sul, o fenômeno é simétrico: o solstício de verão ocorre em dezembro e o solstício de inverno ocorre em junho. Os momentos exatos dos solstícios, que também marcam as mudanças de estação, são obtidos por cálculos de astronomia (consulte a tabela abaixo para os valores de alguns anos).
Devido à órbita elíptica da Terra, as datas nas quais ocorrem os solstícios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol viaja mais velozmente do que quando está mais longe, em conformidade com a segunda lei de Kepler.
Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função dos solstícios. No solstício de verão do hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra no Trópico de Capricórnio. No solstício de verão do hemisfério norte, ocorre o mesmo fenômeno no Trópico de Câncer.
 QUÍMICA GERAL E EXPERIMENTAL

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