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Avaliação T.I. – Estudos Disciplinares X Pergunta 1 Uma imensa gama de relações sociais acontecendo nas “faixas de pedestres”, perfeitas como laboratório para entender as relações complexas em meio público. Considere a afirmação e as interações aí ocorrentes (nas faixas) e indique a alternativa referente à qualificação das relações sociais. Resposta: As faixas de travessia poderiam ser um espaço de entrosamento e de tomada de consciência da condição social dos seres humanos, quer a pé ou como motoristas, desse modo superando a condição de “armamento” dos veículos. Pergunta 2 Zigmunt Bauman, em livro sobre política (2000), apresenta uma análise sobre as razões de não mudarmos o mundo para melhor, de não o qualificarmos, ao invés de fazermos o contrário; esboça um raciocínio sobre o esvaziamento da política, que estaria cada vez mais sem seu elemento de constituição e alimentação, o poder. E acrescentamos, se na concepção de cidades contemporâneas como lugar de proximidade física entre as pessoas, o outro como destino das ações passa a ser um outro que surge como barreira às relações, também o espaço da vida torna-se apenas fronteira entre endereços; esvai-se de relações integrais, corpóreas. Considerando a reflexão, assinale a alternativa que aponte mais sintomas dos problemas apontados. Resposta: A referência a barreiras nas relações, ao barramento nas interações, também traz a imagem apropriada ao nosso assunto, de solo movediço, inseguro e sem garantias da modernidade (a Unsicherheit, de Zigmunt Bauman). Pergunta 3 Para a qualificação das relações sociais, as situações de interação pública como aquelas dos faróis excessivamente altos nas estradas e ruas, ou mesmo aquela dos usos inadequados das buzinas em logradouros públicos, podem nos servir para entender que: Resposta: a compreensão dos problemas que acometem nossas interações pode auxiliar-nos no projeto de superá-los como obstáculos em direção a relações de maior qualidade social. Pergunta 4 Nosso propósito é a qualificação das relações interpessoais almejando níveis ampliados de convivência, promovendo regiões sociais cada vez mais abertas. Tomados por esse objetivo, é correto afirmar que: Resposta: Grafites, pichações, bem como os “rolezinhos”, como marcas ou signos bem visíveis, são oportunidades científicas, acadêmicas, de decifração de relações psicossociais, conflitantes, de grande importância. Pergunta 5 Todos estamos ligados por laços visíveis e invisíveis, colocando-nos sempre em interação social; e isso já é um pouco mais do que coexistir, é copresença. Assim, quais seriam as principais barreiras à superação da condição estritamente física desse contato, em direção ao exercício pleno da convivência? Resposta: As maiores barreiras ao convívio de melhor qualidade, e aqui a palavra barreira nos dá uma dimensão do “atoleiro” em que nos metemos, decorrem de motivações individualistas de benefícios próprios em meio às relações sociais, expressas em práticas sociais que apresentam afastamento entre as pessoas, cujo contato passa a ser evitado. Pergunta 6 O que torna os padrões de interações, baseados no convívio, tão importantes como condutas desejáveis? Resposta: Coexistir pode ser superado nos termos da copresença e, melhor ainda, como convívio; finalidade maior do progresso, alinhada com a própria ideia de ser humano que é construção, objetivo a ser perseguido com o aprimoramento psíquico e coletivo das relações e formas de sociabilidade. Pergunta 7 No que diz respeito às crenças, do modo como enunciado por José Ortega y Gasset, são ideias que: Resposta: expressam nossa própria condição metafísica e simbólica, o ambiente no qual existimos. Pergunta 8 Há muitas barreiras à intensificação do convívio: 1) estruturais ou externas (que atuam nas ações, vindo de fora), 2) de origem emocional ou interna (cujas determinantes vêm de dentro). Refletindo sobre os maiores problemas ao convívio. Assinale a alternativa que contenha ambos os tipos de obstáculos. Resposta: Atuação sob o impulso das crenças, pois muitas vezes quando estamos em público, nossa humanidade se esvai, assim como aconteceria com a perda de efetividade política para o cidadão em geral (tanto no individual quanto no de Estado), pois esvaziada de poder, segundo Zigmunt Bauman. Pergunta 9 Todos vivemos juntos sob o “senso comum”, e mesmo quando especialistas vivemos a maior parte do tempo nesse mundo cotidiano das ações banais, no qual as relações sociais: Resposta: decorrem de complexas estruturas de poderes, desde determinações nacionais até o plano individual da escolha. Pergunta 10 Algumas “palavras e ordem” do senso comum, de acordo com as crenças em padrões de sucesso comumente aceitos, expressam a ambiguidade com que atuamos em público. “Palavras de ordem”, como: “Não dê esmolas; dê esmolas”! “Não fale com estranhos”! “Seja amável”! “Não use celular na rua; vão roubar”! Compre o último modelo! “Não use roupas ‘extravagantes’ ou chamativas”! “Seja você mesmo”! Considerando as contradições e ambiguidades mencionadas (próprias da nossa cultura do consumo e do medo), assinale a alternativa que corrobore tais temores e desejos: Resposta: Nas ruas e calçadas, há luta diária contra a convivência, contra o convívio, cuja melhor forma se pode vislumbrar no campo do desejo e das utopias políticas, laicas e religiosas.