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Nome: Rodrigo Barbosa Blois Cruz Matrícula: 201703408772 AULA 4 MERITÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA 2ªVARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS DO ESTADO DE SANTA CATARINA Processo nº xxxxxxx-xx.xxxx.x.xx.xxxx PEDRO DE CASTRO, brasileiro, estado civil, profissão, portador do documento de identidade nº xxxxx, inscrito no CPF sob o nº xxxxx, residente e domiciliada no endereço xxxxx, cidade xxxxx, Estado xxxxx, vêm, por meio de seu advogado constituído, perante V. Exa., com fulcro no art. 77, inciso V do Código de Processo Civil c/c o art. 914 e seguintes do mesmo código, interpor: EMBARGOS À EXECUÇÃO em face de BANCO QUERO SEU DINHEIRO S.A. inscrito no CNPJ nº xxxxx, com sede na cidade do Rio de Janeiro/RJ, com o endereço eletrônico xxxxx, nos seguintes termos: I – DOS FATOS A parte autora, em agosto de 2015, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais), a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas. Em março de 2016, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2015. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, Pedro quitou a dívida em 03/04/2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado. Para seu espanto, há poucos dias, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, Pedro descobriu que o Banco Quero Seu Dinheiro havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis. Acreditando tratar-se de um equívoco, Pedro compareceu no dia seguinte ao Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, tendo verificado o que o Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que ele não possuí qualquer garantia e, apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no pólo passivo. Ainda, o Banco requereu a penhora do consultório de Pedro, situado na rua Nóbrega n. 36, sala 801, Centro, Florianópolis, o que foi deferido pelo juiz. Logo, aproveitando a ida de Pedro ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da penhora que incide sobre seu imóvel. II – DO DIREITO Conforme o regulado no art. 337, inciso XI do Código de Processo Civil, há ausência de legitimidade ou de interesse processual, pois o embargante de forma alguma deu causa para que fosse executado, não devendo assim, ser figura do polo passivo da mesma, de acordo com o art. 917, inciso VI do Código de Processo Civil: art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. Dessa forma, o réu requereu a penhora do consultório da parte autora, mediante outro empréstimo contraído por Laura, o qual nem ao menos estava vinculado à nota promissória assinada pela parte autora por esta ter sido quitada. Portanto, caberá efeito suspensivo, pois, a parte autora está sendo responsabilizado por uma dívida que não contraiu e ainda foi penhorada para pagamento da mesma sala comercial, onde fica sem consultório. Logo, conforme o art. 919, §§ 1° e 2°, o juiz poderá atribuir efeito suspensivo aos embargos à execução quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficiente: Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo. § 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. § 2º Cessando as circunstâncias que a motivaram, a decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. III - CONSIDERAÇÕES FINAIS E PEDIDOS Ex positis, confiante no notório conhecimento jurídico do qual se reveste V. Exa., bem como no mais alto espírito de Justiça que sempre imperou em suas decisões, espera e confia o autor: I - Que seja atribuído efeito suspensivo aos embargos à execução com a suspensão da execução ensejada contra o embargante; II - Que seja ouvido o embargado no prazo de prazo de 15 dias; III - Que seja reconhecida a ilegitimidade passivo do embargado com a consequente extinção da execução em face do mesmo bem como que seja desconstituída a penhora que incide sobre a sua sala comercial; IV - Condenação do embargado aos ônus de sucumbência. IV – VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). Nestes termos, Pede deferimento. Florianópolis, XX de XXXX de XXXX. ADVOGADO OAB/SC – xxx.xxx
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