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Hepatites virais

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• São vírus diferentes. Todos com a capacidade de 
infectar hepatócitos – células do fígado e causam 
quadros patogênicos muito semelhantes. 
• Diferenças no contágio e na evolução da doença, 
porém todos esses vírus causam hepatite. 
Fígado 
• O fígado tem um papel essencial no metabolismo. 
• Participa de várias funções como a síntese de 
colesterol, da de-toxificação, do metabolismo do 
glicogênio... uma série de funções que o tornam 
essencial. Uma dessas funções é o metabolismo 
da bilirrubina. 
• Ao participar do metabolismo da bilirrubina, 
quando ele é afetado por uma infecção ou 
inflamação, o metabolismo acaba prejudicado e a 
pessoa passa a apresentar os sintomas 
característicos da hepatite. 
Hepatite 
• Observando os sintomas é possível entender 
como o vírus infecta o fígado e por que é tão 
perigosa a inflamação. 
• A hepatite é toda e qualquer inflamação no fígado 
que leva a uma lesão nos hepatócitos. Ou seja, nas 
células que constituem o fígado. 
• Pode ter várias causas: vírus, medicamentos, 
distúrbios metabólicos, autoimunidade. 
• Devido à perturbação no metabolismo da 
bilirrubina, é que ocorrem os sintomas clássicos 
da hepatite: 
- Icterícia: pele e olhos amarelados. 
 
- Colúria: urina escura. Chamada urina cor de coca-cola. 
 
- Acolia: Fezes muito claras. 
 
• Esses três sintomas são muito característicos. 
Metabolismo da bilirrubina 
 
• A bilirrubina é um produto da degradação dos 
eritrócitos. Quando a hemácia é produzida na 
medula, circulará por cerca de 3 meses e depois 
de 120 são degradadas no baço ou no fígado. 
• O material que compõe essa hemácia, após a 
destruição, é reaproveitado pelo organismo. A 
parte proteica – globina será degradada em 
aminoácidos, os quais serão reutilizados na 
síntese de proteínas; a parte Heme, onde está o 
ferro, haverá uma separação entre o Ferro, que 
volta para a circulação para ser reaproveitado na 
produção de mais hemácias e tem a outra parte, a 
Biliverdina, que precisa ser eliminada, pois não 
tem função no metabolismo. Essa biliverdina é 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
chamada de bilirrubina não conjugada – não 
agregada a nenhuma outra substância. 
• Essa bilirrubina vai para a circulação e é 
direcionada ao fígado, o grande local onde tudo 
que é tóxico e que deve ser descartado será 
eliminado. Para facilitar a eliminação, o fígado 
pendura nessa molécula ácido glicurônico, 
tornando-a uma bilirrubina conjugada – agregada 
a outra substância. Dessa forma, ela fica mais 
solúvel e é mais fácil eliminá-la, jogando-a na 
vesícula biliar, onde a bilirrubina será eliminada 
pelas fezes. 
A cor escurecida do sangue após um tempo é devida a 
essa biliverdina. 
• Nas fezes, é essa bilirrubina conjugada que dará a 
cor acastanhada escura às fezes normais. 
• Essa bilirrubina conjugada não fica circulando 
pelo sangue, logo, não há bilirrubina lançada na 
urina e por isso que ela é mais clara. 
• Esse processo é o normal. : 
• Quando há um quadro de hepatite – inflamação 
no fígado provocada (nesse caso) por um vírus, o 
fígado apresenta problemas, entre eles, a 
dificuldade de eliminação da bilirrubina 
conjugada. O fígado com hepatite não tem 
dificuldade em fazer a conjugação da bilirrubina, 
o problema é eliminar a bilirrubina conjugada por 
meio das fezes. A partir disso, começa o problema 
de eliminação de bilirrubina conjugada. 
• Como não é possível eliminá-la as fezes, começa 
a se acumular no sangue e grandes quantidades 
circulam nos vasos sanguíneos, gerando uma 
deposição nos capilares. A coloração acastanhada 
das fezes não ocorre, deixando as fezes claras, e 
ao mesmo tempo a substância vai sendo deposta 
nos capilares, deixando a pele (próxima a esses 
capilares) com uma coloração amarelada – 
icterícia. Além disso, essa bilirrubina conjugada 
acaba sendo filtrada pelos rins, gerando uma 
coloração escura na urina – a qual normalmente 
estaria nas fezes. 
• A lesão nos hepatócitos começa a se tornar 
bastante intensa, fazendo com que enzimas que 
estavam presentes no interior dos hepatócitos, 
especialmente no interior do citoplasma, 
comecem a ser liberados. Uma delas é a ALT, 
enzima transaminase muito importante, que fica 
muito alta no sangue dos pacientes que estão com 
hepatite. ALT/TGP alta. 
• Então, um paciente com hepatite apresenta como 
sintomas clássicos, a icterícia, urina escura, fezes 
claras, aumento de ALT e aumenta da bilirrubina 
no sangue. 
• Essas características são comuns para qualquer 
tipo de hepatite. 
• O que diagnostica de fato a hepatite de etiologia 
viral é a presença de resquícios de vírus no soro 
do paciente (antígenos virais) e também a 
detecção de anticorpos específicos para cada 
vírus. Então, com base nessas características e na 
presença de antígenos e anticorpos no sangue, 
diagnostica-se a hepatite viral. 
Hepatites virais 
• Existem vários tipos de hepatites virais: 
 
• São de várias famílias diferentes, com diferentes 
genomas... São completamente diferentes, 
inclusive na forma de contágio, mas todos tem a 
capacidade de infectar o fígado e causar os 
sintomas característicos. 
• Diferentes formas de transmissão: sexual, 
parenteral, fecal e oral. 
Histórico das hepatites virais 
• São doenças antigas. 
• Até o século 19, relatos de pacientes com esses 
sintomas eram associados à água, comunidades 
com um mesmo poço. 
• A partir do século 19, começou a ocorrer surtos 
associados com transmissão de sangue, 
especialmente com transfusões sanguíneas. 
• Os vários tipos não eram conhecidos e não havia 
a análise do sangue que seria doado. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• Os associados à água seriam da Hepatite A e ao 
sangue seria a Hepatite B. 
• Na década de 40, McCallum começou a separar 
esses tipos. Ele percebeu que os sintomas tinham 
uma etiologia viral, mas com 2 vírus diferentes: 
- Um com incubação rápida, apresentando sintomas antes 
de 40 dias; com transmissão pela água; chamou esses 
vírus de Hepatite A. 
- Definiu que as hepatites de vírus com incubação lenta e 
sintomas que apareciam só depois de 50 dias, com 
transmissão por sangue, era o Vírus de Hepatite B. 
• Depois, em torno dos anos 80, quando começou a 
aparecer o HIV e pela Hepatite ser transmitida 
pelo sangue os laboratórios começaram a analisar 
o sangue antes de ser doado. Com isso, descobriu-
se que havia pessoas que desenvolviam hepatite 
de incubação lenta mesmo recebendo sangue 
isento do vírus da hepatite B. Descobriu-se um 
terceiro de Hepatite, o Hepatite C. 
• A partir daí, os outros vírus que foram sendo 
descobertos, mantiveram a tradição da ordem do 
abecedário. 
• Atualmente tem também Hepatite D e E. 
Atuação 
• Esses vírus das hepatites virais não destroem os 
hepatócitos. Todo o problema causado o fígado é 
em função da resposta imune direcionada àquele 
hepatócito infectado. 
• O vírus causa desequilíbrio no hepatócito. O que 
pode levar a destruição do órgão e desenvolver 
manifestações clínicas é a resposta imune. 
• A hepatite pode ser aguda ou crônica. 
• O processo agudo aparece, gera infecção, os 
sintomas aparecem rápido, a resposta imune se 
manifesta e o processo é controlado, acabando na 
cura do paciente e desaparecimento total do vírus. 
• No processo crônico, é um processo lento, 
demorado, onde a pessoa permanece muito tempo 
com a infecção e a resposta imune sendo ativada. 
• Sendo assim, a hepatite se estabelece de forma 
aguda, que pode ter uma cura. Caso não, o vírus 
não é eliminado, a resposta imune se estabelece, 
entrando em um processo crônico. 
• O processo crônico pode se estabilizar, com a 
hepatite não agravada nem curada. Permanece 
estável.• Por outro lado, se não estabilizada, pode evoluir 
para uma cirrose hepática. Essa cirrose também 
pode ser estabilizada. Contudo, há uma grande 
propensão do fígado evoluir para um câncer, e a 
pessoa desenvolve um câncer hepático. 
• Existe, ainda, uma possibilidade rara: ocorrência 
de uma hepatite fulminante: a partir do momento 
que a pessoa adquire a infecção, ocorre uma 
interrupção total ou quase total do fígado, pela 
qual muitas vezes a pessoa vem a óbito. Ocorre às 
vezes com Hepatite A. 
Tipos de vírus 
• Focar nos 3 principais tipos de vírus, A, B e C. 
Hepatite B 
• É o que tem uma relevância maior em termos de 
vacinação, contágio etc. 
• Faz parte da família Hepadnaviridae: vírus de 
DNA que infecta o fígado. 
• É envelopado. 
• Possui DNA circulas de fita parcialmente dupla, 
com um trecho de RNA. 
 
• Os vírus não-envelopados costumam ser os mais 
resistentes da natureza. No caso desse vírus, 
mesmo sendo envelopado, é extremamente 
resistente no ambiente. 
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Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
• No ciclo do vírus, ele faz algo que os outros não 
costumam fazer. 
• Ele entra, é adsorvido, perde o envelope, o 
capsídeo degrada e só o material genético entre 
no núcleo da célula. O DNA não se funde ao da 
célula, mas assume uma forma bastante resistente 
– cccDNA: DNA circular covalentemente 
fechado. É uma forma de DNA circular 
responsável pela doença se tornar crônica. Ao 
adquirir esse formato, não sai mais do núcleo. Há 
a cronificação da doença, pela qual o vírus 
produzirá partícula virais durante décadas. 
Patogenia da Hepatite B 
• A transmissão é pelo sangue (mais controlada 
atualmente), por relações sexuais ou uma 
transmissão vertical (mãe para filho). 
• Comum em utilização de seringas para injetar 
drogas. 
• Acidentes com material biológicos tem altas 
chances de contágio por hepatite B. 
• Assim que há a infecção – o vírus entra em 
contato com a corrente sanguínea, circula e 
chega no fígado. Se a pessoa for vacinada ou se 
já teve anteriormente e se curou por anticorpos, 
há uma parada na infecção, já que os anticorpos 
vão eliminar as partículas que estão entrando. 
• Se a pessoa não tem anticorpos, há o 
estabelecimento dessas partículas virais no 
fígado. O vírus entra no hepatócito e começa a 
replicação viral. A partir disso, será possível 
detectar no sangue do paciente os restos virais, 
chamados de antígenos virais. 
• Em 90% das pessoas com hepatite B, a infecção 
é resolvida espontaneamente – a pessoa se cura e 
nem sabe que foi infectada. 
• Em outras pessoas, o vírus se estabelece, começa 
a ocorrer a viremia – grande quantidade de 
partículas virais viáveis são lançadas no sangue. 
Uma vez no sangue, começa a ficar disponível 
também no sêmen, saliva, secreções vaginais, 
leite materno, podendo infectar outra pessoa. 
Antígenos virais 
• Antígenos produzidos ao longo da infecção. 
• No caso da Hepatite B, dependendo dos antígenos 
produzidos (são produzidos muitos) é capaz de 
avaliar em que momento da infecção o paciente 
se encontra. 
• O vírus da hepatite B, quando começa a ser 
produzido e é lançado do fígado para a corrente 
sanguínea, podem ser detectados 3 tipos de 
antígenos no sangue do paciente. 
 
- Um é o chamado antígeno de superfície do vírus da 
hepatite B, porque é o mais externo. HBsAg. 
- Há outro antígeno, que é o do capsídeo/core. HBcAg. 
- E, o HBeAg, tipo de proteína que fica visível quando o 
vírus está se replicando demais. 
• Todo paciente que tem Hepatite B vai ter no 
sangue o HBsAg – não se sabe se é crônica ou 
aguda. Confirma a hepatite. 
• O HBcAg não é encontrado circulando na 
corrente sanguínea, apenas em partes do tecido 
hepático. Não pode ser utilizado como forma de 
diagnóstico, porque não é liberado. 
• O HBeAg pode se encontrado ou não. Se a pessoa 
tiver uma replicação viral intensa, o antígeno é 
encontrado. Se o vírus estiver silencioso, não é 
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encontrado. A presença dele confirma que há 
uma infecção viral acentuada. 
• Se o paciente começar a apresentar anticorpos: 
- Anti-HBS positivo: contra o HBsAg, significa que o 
paciente está curado, pois esse anticorpo é neutralizante e 
confere imunidade. Para saber se o paciente está vacinado 
ou teve a doença e se curou basta olhar o HBcAg. 
- Anti-HBc positivo: indica que a pessoa esteve em 
contato com o vírus, pois esse antígeno só se encontra no 
fígado. 
Tendo esses dois anticorpos, significa que a pessoa está 
imune porque já teve a infecção. 
Se não houver Anti-HBc é sinal de que a pessoa foi 
vacinada, porque a vacina não é feita do vírus inteiro, só 
do HBsAg. 
Se só tiver o Anti-HBc, é provável que seja um paciente 
crônico. Já desenvolveu a doença e anticorpos para o 
HBc, mas não conseguiu desenvolver anticorpos para o 
HBs. 
- AntiHbe: Para saber se a infecção é crônica ou aguda, 
verifica-se se o Anti-HBc é IgM ou IgG. Se for IgM é uma 
infecção recente. Se for IgG, é crônica. 
Com essas análises dá para dizer se a infecção é aguda ou 
crônica, e se o prognóstico é bom ou ruim. Isso porque se 
o paciente tem o HBeAg, tem uma elevada replicação 
viral – o que não é bom, pois haverá cada vez mais lesões. 
Se a pessoa tem HBeAg e não tem AntiHbe é um mal 
prognóstico, com paciente de risco para desenvolvimento 
de cirrose ou carcinoma. 
Se a pessoa fora HBeAg negativo e tiver o AntiHbe, 
significa que a replicação viral está controlada e há um 
bom prognóstico. 
Hepatite B aguda com evolução para cura 
• Acontece em 90% dos casos. 
• Aparecimento dos antígenos em uma hepatite B 
aguda com evolução para cura. 
 
• Cerca de 1 mês ou 2 depois da infecção, o HBsAg 
aparece – marcador da doença. O HBeAg aparece 
também, porque a replicação viral é alta no início. 
• Os sintomas aparecem e não há nenhum 
anticorpo. 
• Conforme o tempo passa, o HBsAg vai caindo, 
até que cerca de 32 semanas/10 meses depois, não 
tem mais o antígeno, o que significa que a pessoa 
está curada. Ficam somente os anticorpos – anti-
HBs, mostrando que a pessoa desenvolveu 
imunidade, anti-HBc indicando que a pessoa 
entrou em contato com o vírus e o anti-HBe 
indicando que a replicação viral ocorreu, mas foi 
suprimida em algum momento. 
• Inicialmente, o anti-HBc que aparece é o IgM e 
depois tem o IgG mais marcante. 
• Então, no início (por até 6 meses) serão 
detectáveis o HBeAg e o HBsAg. Depois, todos 
eles somem, ficando o Anti-HBc IgM que depois 
vira IgG, o anti-Hbe e o Anti-HBs. 
Hepatite crônica 
• Acontece em 10% dos adultos e em 90% das 
crianças menores de 1 ano. 
• Hepatite que não se curou. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• Há uma infecção aguda que dura alguns meses, 
com os sintomas aparecendo, 
• O HBsAg nunca deixa de aparecer, já que ele é 
sinônimo de que o vírus está se manifestando. Se 
ele parar de ser produzido, significa que a pessoa 
foi curada. 
• Há o HBeAg por um tempo, podendo sumir ou 
não. Se aparecer o anti-HBe e o HBeAg sumir é 
um bom prognóstico. 
• O anti-HBc aparece, mas não é neutralizante nem 
capaz de acabar com a infecção. 
• Logo, enquanto a pessoa estiver doente, o HBsAg 
persiste. O HbeAg pode persistir ou sumir. 
• Anti-HBc sempre aparece. 
• Anti-HBs não aparece. 
• Anti Hbe pode aparecer, indicando uma redução 
da replicação e dando bom prognóstico. 
Transmissão 
• Vertical, sexual ou por contato com sangue 
contaminado. 
 
• O vírus mantém-se viável por até 7 dias no 
ambiente. 
• A transmissão é maior quando o paciente é 
HBeAg+ - o que significa que a replicação é 
muito intensa e tem muito vírus no sangue. 
• Há grandes taxas de pessoas infectadas por 
acidente com material biológico. 
• Risco: 
- Acidente comagulha contaminada: 60% (HBeAg +) e 
40% (-). 
- Transfusão de sangue: 70%. 
- Sexual: 45% 
- Vertical: Até 90% (+), 50% (-). 
Prevenção 
• Vacinação: 3 doses. 
- Quem trabalha em ambientes de saúde, além de ser 
vacinado, tem que fazer regularmente a cada 5 anos uma 
dosagem para verificar se os anticorpos estão em nível 
necessário para imunização. Muitas pessoas tomam as 
doses e não gera imunização, precisando de dose de 
reforço. 
- A vacina tem o HBsAg concentrado. 
- Induz a produção de Anti-HBs. 
• Imunoglobulina: Nos casos de acidentes com 
material biológico, vítimas de violência sexual ou 
recém-nascidos de mãe com hepatite devem 
tomar uma imunoglobulina, para bloquear a 
infecção em um possível contato com o vírus. 
• Uso de preservativos, mesmo que a transmissão 
sexual não seja tão efetiva. 
• Testagem de sangue doado: obrigatório a partir da 
década de 70. 
• Evitar compartilhar alicates de unha e lâminas de 
barbear. 
Diagnóstico e acompanhamento 
 
Resumo dos gráficos. 
 
• O diagnóstico pode ser feito com teste rápido, 
disponibilizado pelo SUS. Ele identifica 
HBsAg+. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
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Enfermagem 
Angie Martinez 
• Com resultado positivo, a pessoa deve ser 
encaminhada para programas de hepatite, que os 
municípios possuem ou faz-se o monitoramento 
da infecção: dosagem de ALT e carga viral. 
Tratamento 
• Aguda: 
- Suporte; 
- Repouso; 
- Evitar álcool e medicamentos; 
- Dieta rica em carboidratos – lenda. 
• Crônica: 
- Interferon-alfa – reduz a agressão do sistema imune ao 
fígado. 
- Lamivudina – anti-viral que inibe a DNA polimerase. 
São medicamentos que atuam reduzem a carga viral e as 
lesões hepáticas. 
Possuem efeitos colaterais. Para que a pessoa faça uso 
deve assinar um termo de consentimento. 
Epidemiologia 
• Maior distribuição nos locais mais pobres. 
• Alta prevalência na região amazónica. 
 
• No Brasil: 
 
• A partir dos anos 2000 teve um aumento de 
diagnósticos. 
• Taxa controlada em todas as regiões do Brasil. 
Vírus da Hepatite C 
• Família Flaviviridae – mesmos que causam 
dengue e Chikungunya. 
• Vírus envelopado. 
• Transmissão idêntica à da hepatite B, porém, é 
um vírus muito menos estudado, então há menos 
detalhes. 
• Genoma de RNA. 
 
Patogênese 
• Quando ele causa a infecção, há 10 a 15% de cura 
espontânea e 85% de chance dessa infecção 
cronificar para uma infecção aguda. 
• Possui um prognóstico muito pior que o da B. 
 
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Enfermagem 
Angie Martinez 
• Esse processo de agravamento leva entre 30 e 40 
anos. 
• O curso da doença é mais grave, com maiores 
chances de cirrose e câncer. 
• A lesão celular não é causada pelo vírus, mas pela 
resposta celular do sistema imune. 
• Há manifestações extra-hepáticas, especialmente 
devido à formação de complexos antígenos-
anticorpos. 
• O vírus da hepatite C tem uma tendência de se 
multiplicar intensamente e desencadear a 
produção de anticorpos. Esses anticorpos não são 
neutralizantes, então acaba havendo muitos vírus 
e de anticorpos na corrente sanguínea. Quando 
isso ocorre, forma-se um complexo Ag-Ac que se 
depositam nos capilares. Essa deposição pode 
levar a: 
- Insuficiência renal, quando a deposição é nos rins. 
- Tiroidite auto-imune, quando os Ac gerados se voltam 
contra a tireoide. 
- Crioglobulinemia mista essencial (CME), ocorrência de 
várias lesões na pele pela deposição dos complexos 
quando há muito frio. 
 
- Linfomas. 
Hepatite C com evolução para cura 
 
• Normalmente não evolui para cura. 
• Quando evolui, a carga viral é muito intensa, 
aumento das enzimas hepáticas e depois de um 
tempo os anticorpos começam a aparecer. Não 
são os anticorpos que neutralizam a infecção. 
• A infecção se cura, o vírus vai embora e depois 
os anticorpos aparecem. 
Hepatite C crônica com evolução para cirrose 
 
• Mais comum. 
• O RNA viral continua sendo detectado; aumento 
inicial das enzimas hepáticas, que depois se 
mantem alto por muito tempo e o anticorpo 
aparecendo junto com o vírus. 
• O anticorpo não é capaz de reverter o quadro. 
• Isso prevalece e a partir de 10/15 anos começa a 
ocorrer um processo de lesão cada vez mais 
intenso no fígado, gerando fibrose que pode 
evoluir para cirrose, que pode evoluir para 
carcinoma hepatocelular. 
• Os níveis de ALT estão sempre altos. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
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Transmissão 
• Mesma da hepatite B. 
No Brasil: 
 
Não há nenhum tipo de profilaxia para tratamento contra 
a hepatite C em casos de acidentes hospitalares. 
Prevenção 
• Não tem vacina. 
• Testagem de sague doado. 
• Evitar compartilhamento de seringas. 
• Uso de preservativos (mesmo sendo muito raro 
esse contágio). 
• Evitar acidentes com material biológico. 
Diagnóstico 
• O exame Anti-HVC detecta o anticorpo. Como a 
maior parte tem a hepatite crônica e evoluindo, 
manda o paciente direto para fazer a dosagem e a 
carga viral em um centro de referência, onde 
avaliam se a pessoa tem o vírus realmente ou se é 
um caso curável. 
Tratamento 
• Era extremamente caro e complicado, com 
muitos efeitos adversos. Houve uma mudança 
nele, por conta da adição do Sofosbuvir – 
medicamento muito bom para tratar hepatite C. 
 
• Comparação entre os tratamentos. 
• Tratamento caríssimo. 
Epidemiologia 
 
• Em 13 anos, o SUS notificou e confirmou 120 mil 
casos. Antes não tinha teste rápido. Com a oferta 
do teste, a detecção aumentou. 
• É uma grande causa de câncer de fígado. 
• Responsável por 31% a 50% dos transplantes em 
adultos. 
 
• Acre com maior proporção. 
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Hepatite A 
 
• Família Picoraviridae. 
• Vírus não-envelopado. Facilmente transmitido 
pela água. 
• Genoma de RNA. 
• É uma doença aguda na maioria das vezes, exceto 
em hepatite fulminante. Ela não cronifica nem 
evolui a cirrose nem câncer. 
Patogênese 
• Infecta a pessoa a partir do trato digestivo, pela 
água. 
• Quase todos já tiveram hepatite A, porque ela é 
extremamente comum. Frequente em crianças. 
• O vírus penetra o intestino delgado, atravessa 
pela parede do ID e cai no sangue, causando uma 
viremia primária. Atinge o fígado e é eliminado 
na bile. A partir disso, o vírus é eliminado nas 
fezes. Quando não há saneamento adequado, esse 
vírus contamina a água e infecta outras pessoas. 
• É uma doença que varia entre assintomática – na 
grande maioria dos casos até uma hepatite 
fulminante que pode matar a pessoa (rara). 
• Normalmente, menores de 5 anos, 10% são 
sintomáticos. Adolescentes são 100% 
sintomáticos. Menor a criança, menor a chance de 
sintomas graves. 
Evolução da hepatite A 
 
• Começa no momento da infecção. Logo, o vírus 
começa a ser eliminado nas fezes e a ter uma 
grande circulação na corrente sanguínea. 
• As enzimas ALT altas aparecem. 
• Depois de um tempo, o vírus é eliminado, as 
enzimas hepáticas voltam aos níveis normais e 
ficam os anticorpos: primeiro IgM e depois IgG. 
• Ela não cronifica. 
Diagnóstico 
• Clínico: segundo os sintomas. 
• Laboratorial: com marcadores sorológicos: Anti-
HAV IgM e total (IgG). 
 
Tratamento 
• Suporte. 
• Repouso. 
• Evitar álcool e medicamentos. 
• No caso de uma hepatite fulminante: internação e 
possibilidade de transplante hepático de urgência, 
porque o fígado para de funcionar totalmente. 
Prevenção 
• Acesso à saneamento básico. 
• Consumo de água tratada. 
• Evitar banho em águas poluídas. 
• Vacina do SUS desde 2014. Única dose, sendo 
que está em estudo a possibilidade de segunda 
dose. 
• As crianças de até um ano recebem a vacina. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
Epidemiologia• Associada a países com problemas de água ou 
saneamento básico. 
 
• Segundo dados oficiais, 6,5% dos brasileiros já 
tiveram hepatite A. Subnotificado. 
• 75% dos casos ocorrem em crianças menores de 
13 anos. 
• Incidência maior no Norte e Nordeste, pela falta 
de saneamento básico. 
Hepatites no geral 
 
• A D e E existem, mas há poucos casos. 
• A E está aumentando. 
• São doenças muito complicadas (B e C).

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