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Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano - Gastroenterologia → Características: Causas mais comuns de doença hepática infecciosa. São vírus que causam danos hepáticos. Refere-se principalmente aos 4 vírus: A, B, C, D, E São classificados em 2 grupos: Parenterais (o sangue envolve a circulação) = a A e E e; Enterais = são as B,C,D potencialmente evolutivo para hepatite crônica, cirrose, e carcinoma hepatocelular Hepatite A e E são hepatites enterais e tendem a ser auto limitadas - são por meio de oral-fecal - e não cronificam exceto uma exceção na H. E Outros vírus que podem acometer o fígado como uma de suas manifestações, tem tropismo pelo fígado: ● CMV, H. vírus simples, Epstein-barr, rubéola, febre amarela, dengue, varicela → Apresentam síndrome sistêmica ampla associada a um quadro de lesão hepatocelular As hepatites virais representam a maior causa de hepatopatia aguda e crônica em nosso meio. → Quadro Clínico: As manifestações clínicas NÃO são patognomônicas dessa enfermidade. A distinção entre os cinco tipos de vírus é impossível de ser feita apenas com base nos sinais e sintomas clínicos , embora alguns dados possam favorecer a suspeita de um ou outro tipo. Para qualquer tipo de vírus as manifestações clínicas se assemelham, e são muito variáveis. Podem ter formas leves ou oligossintomáticos, e até formas agudas graves que evoluem para hepatite fulminante e insuficiência hepática. Curso clínico se desenvolve em 3 fases: Fase prodrômica: ● 2-3 semanas antes da icterícia ● Os sintomas são inespecíficas, sistêmicas e gastrointestinais ● Síndrome gripal ● Mal estar, astenia, anorexia, náuseas, vômitos e diarreia! artralgia, mialgia, tosse, coriza, cefaléia, fotofobia Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano - Gastroenterologia ● Febre baixa (não costuma ser febre alta, se aparecer febre alta pensamos naqueles outro grupo de vírus como a dengue.) ● Dor em HD - hepatomegalia ● Artrite por depósito de imunocomplexos ● Manifestações cutâneas - rash cutâneo ● Às vezes a fase prodrômica pode aparecer assintomática (fase de maior replicação viral) ● Aparecimento dos anticorpos específicos nesta fase (elevação das aminotransferases) Fase ictérica: ● 2-3 semanas depois do período prodrômico ● Icterícia pode estar associada ou não a síndrome cólica: colúria (urina escura), hipocolia fecal e prurido ● Os sintomas prodrômicos tendem a desaparecer com o início da icterícia (com exceção dos sintomas gastrointestinais como as náuseas) ● Exame físico: icterícia e dor a palpação de hipocôndrio direito, hepatomegalia e esplenomegalia podem estar presentes. ● A forma ictérica pode não acontecer ● Exames laboratoriais: hiperbilirrubinemia (a custa de bilirrubina conjugada), e as aminotransferases elevadíssimas. Fase de convalescença: ● Icterícia começa a desaparecer em alguns dias a semana ● Os sintomas começam a desaparecer ● Sensação de bem estar retorna, junto com o apetite ● Normalização sérica de bilirrubinas e aminotransferases e depuração viral ● Esta fase e pode durar algumas semanas ● Terminou esta fase que marca o fim da hepatite aguda: pode ir para cura (principalmente a hep. A e E) ou cronicidade (no caso 55-80% da hep. C e 2-10% da hep. B) ● quando passar essas 3 fases a fase aguda passou, e pode ocorrer 2 coisas: a cura, ou evoluir para a cronicidade → Complicações da infecção aguda: ● Cronificação ● Insuficiência hepática fulminante ● Hepatite recorrente ou colestática ● Síndromes extra-hepáticas Manutenção de sinais e sintomas após 6 meses de evolução - hepatite crônica → Formas clínicas de apresentação: Hepatite anictérica: ● Forma predominante ● Em geral, mais leve contrapartida sugerida = doença aguda subclínica pode ter maior propensão à evolução para doença crônica do que a forma Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano - Gastroenterologia ictérica (principalmente H.C O paciente com poucos sintomas, podem ser por uma pouca ativação do sistema imune, tendendo a ir para cronificação com mais facilidade) Hepatite Fulminante: ● Forma menos comum ● Falência hepática abrupta - até semanas ● Com alta mortalidade ● Quadro clínico rápido com poucos sintomas ● Ou após pródromos fazem icterícia intensa e sinais de falência hepática, com vômitos, náuseas ,... ● Mais frequentes nas formas B e D, e bem menos frequentes na C. Hepatite Colestática: ● Mais frequente na hepatite A e E ● Sinais clínicos (icterícia e prurido intenso) e laboratoriais importantes de colestase (bilirrubina, …) ● Evolução favorável ● Início típico com melhora satisfatória porém persistência da icterícia por 8-29 semanas acompanhada de hepatomegalia ● Recuperação é completa Hepatite recorrente: ● 2-15% ● Hepatite A e C ● Ocorre uma melhora clínica (passando pela fase prodrômica, ictérica ) e laboratorial, e assim voltando os sintomas Obs¹: A avaliação minuciosa é super importante nesses pacientes, precisamos saber a área de procedência, contato com portadores, exposição a indivíduos infectados, fatores de risco (como transfusão ou procedimento invasivo, quadro anterior de icterícia, imunodeficiências, doenças de base, medicamentos em uso, comportamento sexual e uso de drogas). O exame físico deve avaliar o estado nutricional, sinais periféricos de hepatopatia como telangiectasias e eritema palmar, características físicas do fígado (tamanho, forma, textura,...), e do baço se é palpável, presença de ascite, edema ou circulação colateral. Obs²: Na hepatopatia aguda o fígado é doloroso, elástico, homogêneo e com bordas lisas. → Achados Laboratoriais: ● Leucopenia evoluindo com linfocitose atípica ● Leucocitose neutrofílica é rara - hepatite fulminante ● Hepatograma: injúria dos hepatócitos ● Grande aumento de transaminases (ALT / AST) > 500UI/L ou 10X à normalidade (esse aumento indica lesão dos hepatócitos) ● ALT> AST (TGP>TGO) ● Magnitude da evolução não guarda relação com a gravidade ou prognóstico bilirrubina predominante → bilirrubina direta ( Pq o mecanismo mais comprometido na Hep. viral é o mecanismo de excreção, acumulando bilirrubina direta, consumindo muita energia) Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano - Gastroenterologia ● Colestase intra-hepática - aumento de F.A, GGT (Hep. A) ● Paciente evoluindo com confusão mental ou torpor: avaliar síntese / função hepática → medir albuminas e tempo e atividade de protrombina (TAP) = são eles que mostram a função hepática, se apresentar baixa albumina e o alargamento da atividade da protrombina mostra falência hepática. ● Prognóstico ruim, bilirrubinas e dosagem de amônia sérica ● Quem avalia colestase → bilirrubina, fosfatase alcalina e Gama Gt, → Síndrome pós-hepatite: Pode ocorrer a persistência de sinais e sintomas mesmo após a cura do quadro aguda (ou seja, evoluiu para a cura,mais ainda há sinais e sintomas, isso é chamada a síndrome pós hepatite). Há dor em HD e aminotransferases discretamente aumentada. E o Prognóstico é bom! As vezes é necessário até realizar uma biópsia hepática para descartar uma evolução para hepatite crônica. → Hepatite A: Vírus RNA - enterovírus (ou seja, entra pelo tubo digestivo, e sobrevive ali) Transmissão: oral-fecal; Faixa etária: crianças 5-14 anos e adultos; Atualmente no Brasil crianças abaixo de 10 anos; Contágio: basicamente fecal-oral (más condições sanitárias ou de higiene, agrupamentos como creches e asilos); Países em desenvolvimento - adulto já teve contato com o vírus NÃO existe portador crônico assintomático!!! A hep. A NUNCA cronifica ! Hep. A é resistente ao suco gástrico. Após ser ingerido, penetra na mucosa intestinal, e ganha circulação entero-hepática. Lesão hepatocelular ocorre por resposta imune do paciente - linfócitos T. Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano - Gastroenterologia Quadro clínico: Diagnóstico: Período de incubação varia 15-45 dias (média 28 dias). E o pico de viremia: 2-4 semanas → eliminação viral nas fezes (antes dos sintomas). Anti HAV aumenta poucos dias antes do surgimento dos sintomas. ANTI HAV IgM = marcação da infecção aguda (permanece elevado em algumas semanas até vários meses 3-6 meses depois sua concentração diminui). ANTI HAV IgG = pode ser encontrado na mesma época que o anti HAV IgM - porém perdura indefinidamente = classicamente encontrados na fase de convalescença (ou seja, ele começa a ser produzido junto com o ANTI HAV IgM, mas IgM diminui sua produção tendendo a desaparecer no futuro da doença, e o IgG não, ele perdura sua concentração alta, sendo assim uma cicatriz sorológica). Tratamento: ● Repouso relativo e sintomático ● Aumento de ingestão calórico (melhorar o aporte nutricional) ● Evitar drogas hepatotóxicas (Ex: paracetamol) ● Evitar consumo de álcool por pelo menos 6 meses ● Evolui para cura a maioria das vezes ● Raramente evolui para hepatite fulminante → transplante hepático ● Excelente prognóstico ● Imunização Ativa = Vacina ● Vírus inativo ● Efeito colaterais incomuns ● Soroconversão 4 semanas ● Ministério saúde: dose única 15 meses de vida ● Rede privada e em outros países: 2 doses uma 12 meses ● Também existe a imunoglobulina, que pode ser usada logo antes da exposição ou logo após – até duas semanas após o contato. Ela não Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano - Gastroenterologia impede a infecção, mas suaviza as manifestações clínicas. Prevenção = isolamento não se justifica!! (até porque quando o paciente está assintomático, ele já passou da fase de infectividade). Quem deve fazer isso? Criança (porque ela não tem cuidado e consciência com a higienização). Imunização para pacientes acima de 2 anos: ● Doença hepática pré existente ● Coagulopatias ● Crianças menores de 13 anos com HIV ● Doenças genéticas ● Imunossupressão por drogas ● Candidatos a transplantes de órgãos sólidos ● Transplantados ● Homossexuais masculinos → Hepatite E: RNA vírus semelhante ao vírus A. Transmissão: fecal-oral (relacionada a más condições de higiene e baixos níveis sociais). NÃO evolui para cronicidade! Tem 4 genótipos: ● Genótipos 1 e 2 = contamina o ser humano - forma clássica epidêmica (África e Ásia) por meio de transmissão fecal oral ● Genótipo tipo 3 e 4 = contamina suínos - rebanho de porcos em todo o globo Casos de humanos com hepatite 3 e 4 = hepatite e autóctone (humano se contamina com a alimentação e manutenção da carne de porco). Na maioria dos casos, o curso é assintomático, ou insidioso e autolimitado. IgM surgem nos primeiros sintomas e desaparecem em alguns meses. IgG imunidade definitiva. Genótipo 1 e 2: ● Contaminam o homem ● Quadro clínico se assemelha a hepatite A ● Período de incubação: assintomático → fase de viremia ● Fase Ictérica: manifestações secundárias à lesão hepatocelular (pode ter fase colestática. Nessa fase surgem os anticorpos) ● Algumas semanas depois aparece a fase de convalescência (melhora dos sinais) ● IgM permanece positivo por 3-12 meses ● IgG positivo indeterminado ● É comum na Ásia, África e América Central ● Não existe relato de cronificação da hepatite epidêmica, logo NÃO cronifica ● Acomete mais adolescentes e adultos jovens ● Condições relativamente agressivas - muito sintomática ● Letalidade de 5% Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano - Gastroenterologia ● Gestantes no 3 semestre tendem a evoluir formas mais graves = hepatite fulminante 20-30% dos casos ● Isso ocorre devido às alterações de citocinas na gravidez e alterações nutricionais Hep. E Autóctone (genótipo 3 e 4) : ● Infecção transmitida ao homem por meio de um hospedeiro animal ● Principal contágio = ingestão de carne de porco mal cozida ● Pode ser por contato direto tipo os trabalhadores rurais (Porque ele lida com as fezes do porco diariamente. Existe outra forma de contaminação é pela água contaminada, pelas fezes do porco chegando a um local da região, contaminando o lago, ou rio da região) ● Predominante em pessoas mais velhas ● Podem acometer jovens porém, geralmente é subclínica ou assintomática ● Predominante em homens (3:1) ● Formas de apresentação da Hep. E autócrina: ○ Fenótipo de hepatite crônica agudizada (é um paciente de hepatopatia crônica, que se contaminar pelo vírus do hep E, e ocorre uma descompensação de uma doença que ele já tinha) ○ Achados extra-hepáticos: ■ Neurológica é mais frequente ■ Síndrome de Guillain-Barré ■ Polineuropatia periférica ■ Ataxia ■ Encefalopatia ■ Estes achados podem se sobrepor aos sintomas de hepatite ■ Os sinais neurológicos melhoram quando a infecção viral é contida pelo sistema imune ○ Outras manifestações extra-hepáticas: artrite, pancreatite, aplasia de medula. ● A hepatite E autóctone pode cronificar principalmente em indivíduos imunocomprometidos → Diagnóstico : ● Elisa ANTI HEV ● Não padronizado e não liberado pelo FDA ● HEV-RNA por PCR (sangue e fezes) método ideal, porém também não é padronizada ● Suspeição de HEP E - contactar departamento DST, AIDS, Hepatites virais - laboratoriais de referência → Tratamento: ● Não padronizado ● Estratégias em Hep e Autóctone (pode cronificar, não existe tratamento definido, porém varios Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano - Gastroenterologia estudos mostraram que podemos lançar mãos de cuidados e medicamentos que podem diminuir a cronicidade da doença) ● Diminuir imunossupressão farmacológica ● Ribavirina + peg-interferon ● Estudos hep e crônica: ribavirina isolada 600-800 mg/dia 12 semanas Ra ya nn e P ers i Transcrição Rayanne Persi - ano - Gastroenterologia
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