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FARMACOLOGIA Filtros solares e fotoprotetores mais utilizados nas formulações no Brasil

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FFIILLTTRROOSS SSOOLLAARREESS EE FFOOTTOOPPRROOTTEETTOORREESS MMAAIISS 
UUTTIILLIIZZAADDOOSS 
NNAASS FFOORRMMUULLAAÇÇÕÕEESS NNOO BBRRAASSIILL 
 
 
Lorena Dias da Silva Cabral 
(Farmacêutica graduada na FAHESA/ITPAC) 
Samara de Oliveira Pereira 
(Farmacêutica graduada na FAHESA/ITPAC) 
Anette Kelsei Partata 
(Doutora, Docente da FAHESA/ITPAC) 
E-mail: anettepartata@hotmail.com 
 
 
Os protetores solares têm o intuito de proteger contra as radiações, sendo a melhor prevenção contra o 
fotoenvelhecimento e o câncer de pele. O cuidado em se proteger com chapéu ou guarda-sol não protege 
a pele contra a ação difundida ou refletida dos raios. O mercado tem oferecido preparações com maior 
eficácia, e tem exigido dos formuladores grande aperfeiçoamento técnico e dos fabricantes de matéria-
prima, pesquisa e desenvolvimento de novos filtros solares. É necessária uma melhor compreensão do 
comportamento fisico-químico das moléculas utilizadas como filtros solares. O tema é com ênfase aos 
filtros e fotoprotetores mais utilizados nas formulações no Brasil. Com o objetivo de entender os 
fenômenos que envolvem os filtros solares, a revisão apresenta a classificação, o mecanismo de ação e os 
métodos de avaliação da proteção solar, ressaltando a importância do uso do filtro na prevenção do 
fotoenvelhecimento e do câncer de pele. Foram utilizadas obras de referências e artigos científicos 
atualizados e periódicos disponíveis nas bibliotecas virtuais e do ITPAC. Os protetores têm a capacidade 
de absorver e/ou dispersar a radiação solar conforme suas estruturas se comportam diante a um 
determinado veículo que atenuam o efeito carcinogênico. 
Palavras-Chave: Filtro Solar. Fotoprotetores. Radiação Ultravioleta. 
 
Sunscreens are intended to protect against radiation, and the best prevention against skin cancer and 
photoaging. Care to protect themselves with hats or umbrellas will not protect the skin against the action 
of the rays scattered or reflected. The market has provided preparations more effectively, and has 
required great technical development from formulators and manufacturers of raw materials, research and 
development of new sunscreens. We need a better understanding of the physiochemical behavior of 
molecules used as sunscreens. The theme is with the emphasis on sunscreens and photoprotective most 
used at the formulations in brazil. Aiming to understand the phenomena involving the sunscreen, the 
review shows the classification, mechanism of action and methods of evaluation of sunscreen, 
highlighting the importance of sunscreen in the prevention of photoaging and skin cancer. We used 
reference works and scientific articles and updated journals available in libraries and virtual ITPAC. The 
protectors have the ability to absorb and / or scatter solar radiation as its structures behave with respect a 
specific vehicle that attenuate the carcinogenic effect. 
Key Words: Sunscreen. Sunscreens. Ultraviolet Radiation. 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Brasil está localizado com grande parte 
de sua superfície demográfica entre o trópico de 
Capricórnio e o Equador. Por isso é uma região 
que recebe a maior intensidade de radiações 
solares, o que torna o país de maior área 
intertropical. É nesta área que existe um aumento 
do número de pessoas com câncer de pele. 
O fotoenvelhecimento consiste no exagero 
das alterações cutâneas resultantes da exposição 
solar. É denotado como causa de rugas, manchas, 
LL.. DD.. SS.. CCaabbrraall eett.. AAll.. IISSSSNN 11998833--66770088 
 
Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.4, n.3, Pub.4, Julho 2011 
aspereza, telangiectasias e cor amarela na pele. A 
prevenção é o tratamento mais eficaz, sendo 
importante principalmente para as pessoas de 
pele clara. 
Além da ação direta dos raios solares na 
pele, existe, também, a ação exercida pela difusão 
e reflexão. O cuidado em se proteger com chapéu 
ou guarda-sol não protege a pele contra a ação 
difundida ou refletida dos raios. A radiação 
ultravioleta também atravessa vidros e é 
importante proteger-se. 
Conhecendo os mecanismos de ação e 
formulação dos filtros solares é possível verificar-
se a sua eficácia e segurança. A maioria dos filtros 
solares necessita ser aplicada várias vezes ao dia e 
alguns são à prova de água. 
 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 Efeitos Bioquímicos de Radiação Solar na 
Pele 
 Os efeitos bioquímicos da radiação solar 
sobre a pele são causados, principalmente, pelas 
radiações UVA e UVB (RIBEIRO; OHARA, 2003). 
A radiação UVA bronzeia por ser mais 
penetrante, atinge a derme profunda, tornando-se 
o principal responsável pelo fotoenvelhecimento 
(alteração das fibras de colágeno, elastina e 
formação de radicais livres), fotossensibilização 
(danos ao DNA) e o aparecimento de rugas e 
flacidez. A radiação UVB, apesar da penetração 
através da pele ser menor, pode chegar até a 
derme papilar e com isto provocar alterações às 
fibras de elastina e de colágeno. Portanto, os raios 
UVB também participam do processo de 
fotoenvelhecimento, são mais nocivos, provocam 
a formação de queimadura, câncer de pele e 
catarata; e além disso, atingem a epiderme, 
provocando a sensação de ardência, vermelhidão 
e queimaduras (QUÍMICA HOJE, 2008). 
A curto e médio prazos as radiações UV 
provocam perda de água e ressecamento da pele, 
deixando-a com aspecto opaco, fazendo-a perder 
elasticidade, provocando eritema, descamação e 
manchas. A longo prazo, a diminuição da 
imunidade favorecerá a proliferação das células 
anormais, podendo ocorrer câncer de pele 
(SOUZA; ANTUNES JUNIOR, 2006). 
2.2 Classificação dos Filtros Solares 
 
2.2.1 Filtros Solares Físicos ou Inorgânicos 
 Filtro solar físico ou inorgânico é aquele 
que funciona como barreira (STEINER, 
1997/1998). 
Os principais representantes dessa classe 
de produto são: dióxido de titânio e óxido de 
zinco. Menos importantes, pode-se citar ainda: o 
talco, o carbonato de cálcio, o caolin, o óxido de 
ferro, o petrolato vermelho etc (FERREIRA, 2008). 
A forma natural rutilo do dióxido de 
titânio é considerada a forma cristalina mais 
fotoestável, além de possuir um índice de refração 
maior que o anatase – motivos pelos quais é o 
mais usado em formulações fotoprotetoras 
(RIBEIRO, 2006). 
Estas substâncias possuem baixo potencial 
alergênico, podendo ser especialmente importante 
para formulações de produtos infantis, para uso 
diário e para indivíduos com peles sensíveis 
(RIBEIRO; OHARA, 2003). 
 
2.2.1.1 Mecanismo de Ação 
Agentes físicos são impermeáveis à 
radiação, refletindo-a em sua maior parte 
(MOURA, 1996). Na reflexão/dispersão, a luz 
incidente nas partículas inorgânicas é 
redirecionada, refletindo de volta ou se 
espalhando por diferentes caminhos. Este 
processo é responsável pela translucidez e 
opacidade das partículas de filtros inorgânicos 
aplicadas sobre a pele (RIBEIRO, 2006). 
O dióxido de titânio, o óxido de zinco e os 
óxidos de metais coloridos interam o grupo que 
refletem a radiação e absorvem determinados 
comprimentos de onda da luz. Os óxidos de 
metais coloridos vermelho, preto e amarelo 
exibem absorção eletrônica de algumas bandas na 
região do visível, no entanto, devido a baixa 
absorção nas regiões UV, não são recomendados 
como filtros solares potenciais. O dióxidode 
titânio e o óxido de zinco exibem grande absorção 
semicondutora de radiação UV e refletem e 
espalham a radiação na região do visível e UV. 
Por isso, são considerados os filtros físicos mais 
eficientes, justificando o emprego destas 
substâncias com maior freqüência nas preparações 
LL.. DD.. SS.. CCaabbrraall eett.. AAll.. IISSSSNN 11998833--66770088 
 
Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.4, n.3, Pub.4, Julho 2011 
solares (SALGADO; GALANTE; LEONARDI, 
2004). 
Os filtros inorgânicos são constituídos de 
partículas, de preferência com tamanhos de ordem 
da radiação que se quer espalhar. Por tratar-se de 
partículas, os filtros inorgânicos com tamanhos 
adequados de partículas, além de absorção, 
apresentam espalhamento da luz UV (FLOR; 
DAVOLOS; CORREA, 2007). 
O dióxido de titânio é capaz de absorver o 
UVB, mas não o UVA, e dependendo do tamanho 
da partícula deste filtro inorgânico, é refletido. Por 
outro lado, o óxido de zinco tem a capacidade de 
absorver a radiação UV em toda sua extensão 
(RIBEIRO, 2006). 
 
2.2.2 Filtros Solares Químicos 
Filtros solares químicos absorvem 95% da 
radiação UV nos comprimentos de onda de 290 a 
320nm. Esse é o espectro UV, conhecido como a 
variação da queimadura solar desde que esses 
comprimentos de onda de energia de luz 
produzem eritema de pele e enrugamento 
(DRAELOS, 1999). 
Os filtros orgânicos são compostos 
aromáticos conjugados com um grupo carbonila. 
Em muitos exemplos, há um grupo doador de 
elétrons (amina ou metoxila) nas posições orto ou 
para do anel aromático. Estes produtos, diferentes 
dos anteriores, têm a vantagem de formar filme 
totalmente transparente após a aplicação 
(RIBEIRO, 2006). 
Filtros químicos podem ser utilizados nas 
formas farmacêuticas creme, óleo, loção, spray ou 
gel (SALGADO; GALANTE; LEONARDI, 2004). 
Segundo Mendonça, Shaat e Gasparro 
(Citado por SALGADO; GALANTE; LEONARDI, 
2004), os filtros químicos são classificados em: 
• Para-aminobenzóico (PABA e derivados): O PABA 
(ácido para-aminobenzóico) é uma das 
moléculas mais antigas utilizadas como filtro 
solar UVB. Apesar da sua excelente 
substantividade, possuem diversos inconve-
nientes: facilmente oxidável e mancha os 
tecidos; pode recristalizar no produto acabado; 
tendência em formar ligações de hidrogênio 
com certos solventes podendo acarretar 
diminuição da atividade; capaz de induzir a 
eczema de contato e sensibilização cruzada 
com outros derivados para-aminados, como 
anestésicos locais (benzocaína, procaína), 
sulfamidas, anti-histamínicos, tinturas 
capilares. 
• Cinamatos: A presença de ligações duplas 
conjugadas nesta série permite maior 
deslocamento eletrônico. O máximo de 
absorção se situa próximo a 308nm. Quando 
utilizados sozinhos não permitem que seja 
atingido um coeficiente de proteção elevado 
porque são pouco estáveis fotoquimicamente. 
O p-metoxicinamato de octila, sob efeito da 
radiação UV, transforma-se no isômero CIS, 
cujo pico de absorção é mais baixo (265nm), 
diminuindo sua eficácia. Por isto, geralmente 
são associados a filtros com espectro mais 
amplo ou aos filtros, quando se deseja maior 
proteção. 
• Salicilatos: São compostos orto disubstituídos 
lipossolúveis. Devem ser utilizados em 
quantidades elevadas para atingir uma certa 
eficácia. Absorvem na zona de 300nm. São 
muito estáveis, não interagem com os 
solventes e são bem tolerados. Apresentam 
melhor ação quando associados com outros 
filtros. Os salicilatos foram os primeiros filtros 
UV usados em protetores solares. O salicilato 
de octila é um salicilato substituído, que 
efetivamente absorve luz no espectro do UVB, 
absorve pouco ou não absorve UVA. É o éster 
do 2-álcool-etilhexil e ácido salicílico. 
• Benzimidazóis: O representante mais 
importante deste grupo, por sua grande 
utilização e hidrossolubilidade é o ácido-2-
fenil-benzimidazol 5-sulfônico. São filtros 
hidrossolúveis eficazes para UVB. 
Adicionando à fase aquosa das formulações, 
pode completar a atividade dos filtros 
lipossolúveis. Seu uso necessita neutralização 
a pH 7,0. 
• Derivados do benzilideno cânfora: Compostos de 
estrutura bicíclica são excelentes filtros UVB 
cujo máximo de absorção situa-se perto de 
300nm. Permitem a absorção de FPS elevado 
com baixas concentrações. Reações negativas 
são raras. 
• Benzofenas: As benzofenas cobrem a totalidade 
das UVB e grande parte das UVA. A 
oxibenzona (benzofenona-3) apresenta 
LL.. DD.. SS.. CCaabbrraall eett.. AAll.. IISSSSNN 11998833--66770088 
 
Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.4, n.3, Pub.4, Julho 2011 
excelente estabilidade fotoquímica. São mal 
toleradas e responsáveis por inúmeras reações 
alérgicas ou dermatite de contato. 
 
2.2.2.1 Mecanismo de Ação 
 A estrutura dos filtros orgânicos permite 
que absorvam os raios UV nocivos ao ser humano, 
ou seja, radiação com alta energia, convertendo-a 
numa radiação inócua com baixa energia 
(RIBEIRO, 2006). 
Segundo Mendonça (Citado por 
SALGADO; GALANTE; LEONARDI, 2004), as 
moléculas dos filtros absorvedores contidos no 
protetor solar possuem numerosas duplas ligações 
em sua configuração, seja no anel benzênico ou na 
cadeia linear. Este arranjo permite que muitos dos 
elétrons que se encontram em orbitais de mais 
baixa energia absorvam a radiação UV incidente e 
sejam excitados para orbitais de mais alta energia, 
realizando a conversão das radiações de alta 
energia e pequenos comprimentos de onda, que 
são altamente danosas, em radiações de pequena 
energia e altos comprimentos de onda. 
A energia UV absorvida por uma molécula 
é liberada quando esta retorna ao seu estado de 
repouso. Todavia, a liberação da mesma se dá na 
forma de luz fluorescente ou fosforescente e calor, 
podendo, ainda, se decompor e formar 
fotoprodutos. Portanto, um filtro solar absorve 
energia prejudicial e a transforma em formas de 
energia não agressivas para pele (RIBEIRO, 2006). 
 
2.2.3 Filtros Orgânicos Permitidos no Brasil 
A resolução RDC n°47 de 16 de março de 
2006 lista os filtros UV permitidos para produtos 
de higiene pessoal, cosméticos e perfumarias no 
Brasil, bem como a concentração máxima de uso 
permitida para cada um deles (Tabela 1) 
(RIBEIRO, 2006). 
 
Tabela 1. Lista de filtros solares permitidos no Brasil e 
suas concentrações máximas. 
 
 
SUBSTÂNCIA/ 
NOME 
COMERCIAL 
 
NOMECLA-
TURA 
(INCI**) 
 
CONCEN-
TRAÇÃO 
MÁXIMA 
AUTORI-
ZADA 
Sulfato de metila 
de N, N, N- trimetil 
- 4 - (2, oxobrn - 3 - 
ilidenometil) 
anilínio/ Mexoryl 
SO 
Camphor 
benzalkoniu
m 
methosulfate 
6% 
3, 3’ - (1,4 - 
fenilenodimetileno)
bis (ácido 7, 7 - 
dimeti - 2 - oxo - 
biciclo - (2.2.1) 1- 
heptilmetanosulfôn
ico e seus 
sais/Mexoryl SX 
Terephtalylid
ene 
dicamphor 
sulfonic acid 
(e salts) 
10% 
(expresso 
como ácido) 
1 - (4 - terc - 
butilfenil ) - 3 - (4 - 
metoxifenol) 
proano - 1, 3 - 
diona 
(avobenzona)/Pars
ol 1789,Eusolex 
90020, Uvinul 
BMBM 
Butyl 
methoxy 
dibenzoil 
methane 
 
5% 
Ácido alfa - (2 - 
oxoborn - 3 - 
ilideno) tolueno - 4 
- sulfônco e seus 
sais de potásso, 
sódio e 
trietanolamina/Me
xoryl SL 
Benzylidene 
camphor 
sulfonic acid 
e salts 
6% 
(expresso 
como ácido) 
2 - Ciano - 3, 3’ - 
difenilacrilato de 2 
- etilexila 
(octocrileno)/Parso
l 340, Eusolex OCR, 
Uninul N 539T, 
Escalol 597, Neo 
Heliopan 303 
Octocrylene 
10% 
(expresso 
como ácido) 
4 - Metoxicinamato 
de 2 – etoxietila 
Cinoxate 
3% 
2, - dihidroxi - 4 – 
metoxibenzofeno-
ma 
Benzophenon
e – 8 3% 
Antranilato de 
mentila/ Neo 
Heliopan MA 
Methyl 
antranilate 5% 
 
Salicilato de 
trietanolamina 
 
Tea salicilate 
12% 
LL.. DD.. SS.. CCaabbrraall eett.. AAll.. IISSSSNN 11998833--66770088 
 
Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.4, n.3, Pub.4, Julho 2011 
2, 2’, 4, 4’ 
Tetrahidroxibenzof
enona/Uvinul D 50 
Benzophenon
e – 2 
10% 
Ácido 2- 
fenilbenzofenona - 
5 - sulfônico e seus 
sais de potássio, 
sódio e 
trietanolamina/Par
sol HS, Eusolex 
232, Neo Heliopan 
Hidro 
Phenylbenzyl
imidazol 
sulfonic acid 
(e sodium, 
potassium,te
a salts) 
8% 
(expresso 
como ácido) 
4 - etoxicinamato 
de 2 - 
etilhexila/Parsol 
MCX,Eusolex 2292, 
Uvinul MC80, 
Escalol 557, Neo 
Heliopan AV, 
Tinosorb OMC 
Octyl (ou 
ethylhexyl) 
methoxycinn
amate 
10% 
2 - Hidroxi - 4 - 
metoxibenzofenona 
(Oxibenzona)/Eus
olex 4360, Uvinul 
M40, Escalol 567, 
Neo Heliopan BB, 
Tinosorb B3 
Benzophenon
e – 3 
10% 
Ácido 2 - hidroxi - 
4 
metoxibenzofenona 
- 5 - sulfônico e seu 
sal sódio 
(Sulisobenzona e 
Sulisobenzona 
sódica)/Uvinul MS 
40, Escalol 577, 
Uvasorb SS 
Benzopheno
me - 4 (acid) 
Benzophenon
e - 5 (Na) 
10% 
(expresso 
como ácido) 
Ácido 4 - 
aminobenzóico 
PABA 
15% 
Salicilato de 
homomentila/Euso
lex HMS, Neo 
Heliopan HMS 
Homosalate 
15% 
Polímero de N - {(2 
e 4)[(2 - oxoborn - 3 
- ilideno) metil] 
benzil} 
acrilamida/Mexory
l SW 
Polyacrylami
domethyl 
benzylidene 
camphor 
6% 
N - Etoxi - 4 
aminobenzoato de 
etila/Uvinul 
PEG – 25 
PABA 10% 
P - 25, Unipabol U- 
17 
 
 
4 - Dimetil - 
aminobenzoato de 
2 - etilhexila 
(Padimato 
O)/Escalol 507, 
Eusolex 6007 
Octyl (ou 
ethylhexyl) 
dimethyl 
PABA 
8% 
Salicilato de 2 - 
etilhexila/Neo 
Heliopan OS, 
Escalol 587, 
Eusolex OS 
Octyl (ou 
ethylhexyl) 
salicilate 5% 
4 - Metoxicinamato 
de isopentila/Neo 
Heliopam E1000 
Isoamyl p – 
methoxycinn
amate 
10% 
3 - (4’ - 
metilbenzilideno) - 
d - I - cânfora/Neo 
Heliopan MBC, 
Parsol 5000, 
Eusolex 6300, 
Uvinul MBC 95 
4 – Methyl 
benzylidene 
camphor 
4% 
3 - Benzilideno 
cânfora/Mexoryl 
SD 
3- 
Benzylidene 
camphor 
2% 
2, 4, 6 - Trinilin - (p 
- carbo - 2’ - etil - 
hexil - 1’ - oxi) - 1, 
3, 5 - 
triazina/Uvinul 
T150 
Octyl ( ou 
ethylhexyl) 
triazone 
5% 
2 - (2H - 
benzotriazol - 2 - il) 
- 4 - metil-6-{2-
metil-3-(1,3,3,3,-
tetrametil-1-
((trimetilsilil)oxi)-
disiloxanil) propil} 
fenol/Mexoryl XL 
Drometrizole 
trisiloxane 
15% 
Ácido 
benzóico,4,4’-[[6-
[[4-[[(1,1- dimetil - 
etil) amino] 
cabonil] fenil] 
amino]-1,3,5-
triazina-2,4-diil] 
bis-,bis(2-etilhexil) 
Dioctyl (ou 
diethylexyl) 
butamidotria
zone 
10% 
2,2’ –metileno-bis-
6-(2H-benzotriazol-
2-il)-4-(tetrametil-
butil)-1,1,3,3-fenol 
Metileno bis-
Methylene 
bis-
benzotriazon
yl 
tetramethylb
10% 
LL.. DD.. SS.. CCaabbrraall eett.. AAll.. IISSSSNN 11998833--66770088 
 
Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.4, n.3, Pub.4, Julho 2011 
benzotriazolil 
tetraetil butil 
fenol/Tinosorb M 
utyphen-ol 
Sal monosódico do 
ácido 2,2’-bis-(1,4-
fenileno)- 1H-
benzimidazol-4,6-
dissulfônico/Neo 
Heliopan APC 
Bisimidazylat
e 
10% 
(expresso 
em ácido) 
(1,3,5)-triazina-2,4-
bis{[4-(2-etil-
hexiloxi)-2-
hidróxi]-fenil}-6-(4-
metoxifenil)/Tinos
orb S 
Anisotriazine 
10% 
Dimeticodietilbenz
almalonato/ 
Parsol SLX 
Polysilicone-
15 10% 
Éster helílico do 
ácido 2-[4-
(dietilamino)-2-
hidróxibenzoil]-
benzóico/ Uvinul 
A Plus 
Diethylamino 
hydroxy 
benzoyl 
hexyl 
benzoate 
10% 
Dióxido de titânio Titanium 
dioxde 
25% 
Óxido de zinco Zinc oxide 25% 
 
Fonte: Ribeiro, 2006 
 
**INCI: International Nomenclature Cosmetic 
Ingredients. 
 
 
2.2.3 Filtros Solares Naturais 
São derivados de óleos vegetais, extratos 
glicólicos ou fluídos que absorvem a radiação 
UVA/UVB. Têm absorção considerada baixa. 
Como a fotoestabilidade do produto ainda não é 
totalmente conhecida, é necessário ter cautela 
quanto a sua utilização. O recomendado é utilizá-
los como coadjuvantes aos filtros químicos físicos. 
Extratos glicólicos dos seguintes ingredientes têm 
ação de proteção solar: alecrim, amor-perfeito, 
babosa, camomila, café-verde, algodão, 
amendoim, côco e gergelim (SOUZA, 2003). 
A utilização de filtros naturais é ainda 
discutível. Além das variações do conteúdo de um 
mesmo extrato em função do modo de extração, 
tipo de solução extrativa, fonte etc. A ausência de 
informações inerentes a sua estabilidade frente à 
radiação UV são fatores que determinam bastante 
cautela quanto à sua utilização como filtro solar; 
entretanto, esses extratos podem ser utilizados de 
forma positiva e preparações protetoras como 
coadjuvantes, associações aos dos filtros sintéticos, 
pois, independentemente de seus efeitos filtrantes, 
tais produtos apresentam enormes vantagens 
eudérmicas (FERREIRA, 2008). 
 
2.3 Combinação de Filtros Solares 
 Segundo Mendonça (Citado por 
SALGADO; GALANTE; LEONARDI, 2004), é 
tendência do mercado o uso de protetores solares 
contendo filtros químicos tanto para UVA e UVB, 
de amplo espectro de absorção, associados a filtros 
físicos ultrafinos ou micronizados e anti-radicais 
livres, bem como, outros componentes tais como 
extratos, óleos vegetais, e outros que 
potencializam FPS. A combinação destes 
componentes representa a mais moderna geração 
de fotoprotetores. 
Segundo Santos, Gasparro e Nicol (Citado 
por SALGADO; GALANTE; LEONARDI, 2004), 
atualmente, os protetores solares apresentam 
associação de agentes químicos e físicos micro-
particulados; entretanto, a simples adição de um 
fotoprotetor físico ao produto pode não melhorar 
o seu desempenho e até mesmo prejudicá-lo. Os 
filtros químicos geralmente são utilizados em 
combinação, porque sozinhos não atingem as 
determinações de FPS determinadas pelo FDA e 
em associação, muitas vezes ocorre sinergismo. 
Combinações específicas de filtros químicos são 
frequentes, dependendo do uso do produto 
(recreativo ou uso diário) e se resistente a água ou 
não. Associação de filtros químicos e físicos talvez 
seja a melhor opção, uma vez que há necessidade 
de adição de uma quantidade menor de cadatipo 
de filtro para alcançar um valor de FPS maior, 
diminuindo, assim os efeitos indesejáveis isolados 
de cada filtro. 
A associação dos filtros inorgânicos 
dióxido de titânio e óxido de zinco permite obter 
formulações finais com baixo potencial alergênico 
e irritante, o que é especialmente importante para 
formulações de produtos infantis, para uso diário, 
para indivíduos com peles sensíveis e área dos 
olhos. Além desta vantagem consegue-se 
produtos com amplo espectro de ação utilizando-
se apenas filtros inorgânicos, uma vez que o 
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dióxido de titânio atenua, principalmente, a 
radiação UVB, enquanto o óxido de zinco atenua a 
radiação UVA (RIBEIRO, 2006). 
2.4 Formulações Resistentes ou Muito 
Resistentes à Água e Suor 
 
Segundo Masson (Citado por SALGADO; 
GALANTE; LEONARDI, 2004), os produtos 
solares não oferecem proteção absoluta nem 
permanente. Após aplicação do protetor solar na 
pele, numerosos fatores ligados ao próprio 
usuário, às condições de uso e ao ambiente irão 
alterar o nível de proteção. 
A presença na formulação de substâncias 
hidrofóbicas e ou hidrorrepelentes é fundamental 
para esta ação. Um filtro solar pode ser 
classificado como resistente à água e como muito 
resistente à água. Os ingredientes 
hidrorrepelentes devem ser preferencialmente 
citados no rótulo, uma vez que o fato de ser 
resistente ou à prova d’água não elimina a 
necessidade da reaplicação, embora esta possa ser 
realizada em intervalos maiores (FERREIRA, 
2008). 
Para conseguir resistência à água ou suor 
devem ser adicionados às formulações agentes 
filmógenos que fixam os filtros na pele, 
impedindo sua retirada ao entrarem em contato 
com a água. Os formadores de filme que conferem 
resistência à água são os copolímeros de polivinil 
pirrolidona (PVP) eicosano, hexadeceno e 
tricotanil. Também é preciso tomar cuidado com 
os olhos. Este tipo de formulação pode aderir à 
membrana mucosa dos olhos causando 
prolongada irritação devido à dificuldade de 
retirá-la (RIBEIRO, 2006). 
 
2.5 Determinação do FPS 
Após o desenvolvimento de uma 
formulação de filtro solar faz-se necessário a 
determinação do FPS, uma vez que seu valor deve 
constar no rótulo, conforme normas da resolução 
nº 237, de 22 de agosto de 2002 (RIBEIRO, 2006). 
A necessidade de FPS mais altos 
determinou a necessidade de associações de filtros 
UVB (bronzeadores) ou a introdução de filtros 
UVA ou mesmo a presença dos bloqueadores 
solares, resultando então nos chamados protetores 
solares (FERREIRA, 2008). 
O FPS mede o grau de proteção na pele 
que um produto oferece contra os raios UVB, 
indicando quanto tempo uma pessoa pode ficar 
exposta ao sol usando um cosmético protetor solar 
sem formar eritema (RIBEIRO, OHARA, 2003; 
MENDONÇA; KEDOR, 1996). 
Se um indivíduo pode ficar ao sol por 10 
minutos sem nenhuma proteção, com filtro de FPS 
15 este tempo irá se prolongar 15 vezes, isto é, 150 
minutos (2 horas e 30 minutos). Lembrando que 
os filtros solares devem ser reaplicados em 
intervalos de 3-4 horas (SOUZA, 2003). 
A escolha adequada do FPS, para cada tipo 
de pele, é de fundamental importância. Não se 
deve levar em consideração as partes do corpo 
mais expostas ao sol, como braços ou rosto, pois 
tais regiões estão em contato direto e constante 
com o sol e, portanto, respondem de forma 
diferente aos seus efeitos (INMETRO, a). 
A associação do tipo de pele com o tempo 
em que o indivíduo pode ficar exposto ao sol, sem 
sofrer danos à pele pode ser observada na tabela 
2. Esse é o tempo máximo para se expor ao sol, 
diariamente. Após esse período deve-se voltar ao 
sol somente no dia seguinte, sempre respeitando o 
limite (SOUZA, 2004). 
 
 
Tabela 2. Uso de Fotoprotetores 
 
Sem 
Proteção 
 
Pele 
Clara 
 
Pele 
Morena 
Clara 
 
Pele 
Morena 
 
 
Pele 
Negra 
 
 
 
10 min 15 min 20 min 25 min 
FPS 3 30 min 45 min 1 h 
1h 
15 min 
FPS 5 50 min 
1h 
15 min 
1h 
40 min 
2h 
05 min 
FPS 8 
1h 
20 min 
2 h 
2h 
40 min 
3h 
20 min 
FPS 15 
2h 
30 min 
3h 
45 min 
5 h 
6h 
15 min 
FPS 20 
3h 
20 min 
5 h 
6h 
40 min 
8h 
20 min 
FPS 30 5 h 
7h 
30 min 
10 h 
12h 
30 min 
 
Fonte: Souza, 2004 
 
 
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2.6 Propriedades dos Princípios Ativos 
Associados aos Fotoprotetores 
 
 Os princípios ativos que podem ser 
associados aos filtros solares devem ser estáveis à 
luz e ao calor; não podem variar de cor, não 
devem manchar a roupa e muito menos a pele. 
Devem, ainda, manter a sua eficácia por períodos 
prolongados, ser solúveis em solventes não-
comedogênicos e ter boa fixação na pele, mesmo 
após banho de mar e piscina, esportes e suor. Os 
silicones contribuem significativamente para este 
fim (SOUZA, 2003). 
O fluído de silicone é ideal para permitir 
fácil espalhabilidade às formulações, formando 
um filme emoliente e protetor; além de funcionar 
como uma barreira oclusiva (SOUZA, 2003). 
Outros ativos comuns em formulações 
fotoprotetoras: 
• Sais de ácidos carboxílicos; 
• Aminoácidos e derivados; 
• Uréia; 
• Antioxidantes (vitamina E, vitamina C, 
betacaroteno, superóxido dismutase); 
• Helioxine; 
• Photosomes; 
• Nitreto de boro. 
 
 Estão surgindo “fotoprotetores noturnos”, 
isto é, para agir na reparação do DNA 
previamente lesado através da ação da enzima 
endonuclease, podendo ser usado independente 
da presença dos raios UV. Os ultrassomas contêm 
estas enzimas em lipossomas que permite uma 
ação prolongada e eficaz na reparação do DNA e, 
ainda, tem a propriedade de estimular a produção 
de melanina celular proporcionando assim, um 
bronzeamento “mais saudável” (OLIVEIRA, 
1996). 
 
2.7 Veículos Utilizados nos Fotoprotetores 
A escolha deve subordinar-se à 
solubilidade dos produtos, tempo de ação 
pretendida, tipo de pele e preferência da pessoa 
que vai usar o tópico anti-solar (FONSECA; 
PRISTA, 2000). 
Os mais utilizados são: os não-iônicos, 
emulsões água/óleo (A/O) ou óleo/água (O/A) e 
os géis não-iônicos, que dão sensação lubrificante 
sobre a pele; e o carbômero, iônico, que possui 
toque seco. As emulsões A/O ou O/A ajudam, 
inclusive, a diminuir a agressão do sol na pele, 
pois possuem agentes emolientes e hidratantes na 
formulação (SOUZA, 2003). 
Os óleos, suspensões e, sobretudo, os 
cremes, são mais aderentes, especialmente os 
últimos, se forem muito gordurosos, sendo, 
portanto, menos facilmente removíveis pela água; 
têm, porém, o inconveniente de darem brilho à 
pele, sujarem a roupa, prenderem areia e poeira e 
serem, por vezes, de difícil remoção (FONSECA; 
PRISTA, 2000). 
 
2.8 AconselhamentoFarmacêutico ao 
Usuário de Fotoprotetores 
 
Os filtros solares são classificados como 
cosméticos de acordo com a RDC n°47 de 16 de 
março de 2006. Mesmo não sendo um 
medicamento, o filtro solar deve ter uso adequado 
por inúmeros fatores, devendo ser considerados 
tanto aqueles relacionados ao paciente, que busca 
proteção, quanto àqueles relacionados à própria 
formulação (RIBEIRO, 2006; SOUZA, 2005). 
 Em relação ao paciente, deve-se considerar 
o tipo de pele, o fototipo (é a caracterização 
da pele quanto sua coloração e reação à exposição 
solar), a idade, o grau de exposição e hábitos de 
vida, a latitude e altitude em que se encontra, o 
histórico de exposição solar e antecedentes 
individuais ou familiares de doenças de pele 
relacionadas à exposição solar, com especial 
atenção às lesões malignas ou benignas, entre 
outros (SOUZA, 2005). 
Abaixo estão algumas informações que o 
farmacêutico pode repassar ao paciente no ato do 
aconselhamento farmacêutico, que o orientará a se 
proteger e como este deverá agir para evitar os 
possíveis danos como o fotoenvelhecimento e o 
câncer de pele: 
• Aplicar o fotoprotetor 20 a 30 minutos 
antes de se expor ao sol. Esse é o tempo 
necessário para se formar um filme 
protetor homogêneo, que produza o efeito 
desejado (SOUZA, 2004). 
• O filtro solar deve ser repassado a cada 2 
ou 3 horas, de modo especial se a 
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exposição for mais permanente. Depois, na 
hora da retirada, é importante que se lave 
bem o corpo, retirando os resíduos 
químicos (STEINER, 1997/1998). 
• Pessoas que se expõem diariamente ao sol 
devem fazê-lo pela manhã cedo. Deve-se 
evitar o sol entre 10 horas e 16 horas. Os 
olhos devem ser protegidos utilizando 
óculos de sol com 100% de proteção contra 
UVA e UVB (FERREIRA, 2008). 
• Proteger crianças e jovens, pois, em geral, 
quando se cuida da pele até os 18 anos, 
cerca de 85% dos casos de câncer podem 
ser evitados. Tomar cuidado também com 
certos medicamentos, como o ácido acetil-
salicílico, por exemplo, que em contato 
com o protetor solar e o sol podem causar 
reações alérgicas (INMETRO, b). 
• Mesmo em dias nublados, cerca de 80% 
dos raios UV atravessam as nuvens e a 
neblina. Cuidado com a luz refletida, pois 
a luz do sol reflete na areia, na neve, nas 
salinas, no concreto e na água, atingindo a 
pele, mesmo na sombra (QUÍMICA HOJE, 
2008). 
• O uso de filtros solares durante a gravidez 
não somente é seguro como é também 
recomendado, em razão dos riscos 
elevados de discromias hiperpigmentares 
nessa fase. Para as gestantes de peles mais 
sensíveis, que possam apresentar 
hipersensibilidades aos componentes 
químicos dos fotoprotetores, indicam-se os 
filtros físicos, os quais são isentos de 
potencial alergênico (GALENA, 2006). 
• Sempre utilizar filtros solares que protejam 
tanto do UVA como UVB (OLIVEIRA 
FILHO, 1997/1998). 
 
 
3. CONCLUSÃO 
Os filtros solares e os fotoprotetores são 
classificados conforme o tipo de proteção que 
oferecem bloqueio físico ou absorção química da 
radiação UV. Assim, pode-se definir os 
fotoprotetores como agentes que atenuam o efeito 
carcinogênico, por mecanismo de absorção, 
reflexão ou dispersão da radiação e, 
possivelmente, prevenção do fotoenvelhecimento 
da pele exposta. São considerados fenômenos 
físicos desde que não haja uma reação química os 
processos de absorção e reflexão de radiação. 
No Brasil, 28% de todos os tumores 
malignos são de pele. Constata-se uma tendência 
de o câncer de pele atingir pessoas cada vez com 
menor idade. Hoje, as pessoas se expõem 
excessivamente ao sol desde a infância. Já não são 
raros tumores de pele em pessoas de 25 a 30 anos. 
Felizmente, trata-se de um tumor relativamente 
fácil de diagnosticar precocemente, porque está 
exposto e facilmente visível. 
O fotoenvelhecimento sobrepõe-se ao 
envelhecimento intrínseco, e ocorre em áreas 
expostas sem proteção ao sol. A radiação UV é um 
acelerador do envelhecimento cutâneo e o 
fotodano é cumulativo ao longo de toda a vida de 
um indivíduo, pois danos causados na 
adolescência se acumulam e se manifestam no 
futuro. No entanto, pouco se discute e pouco se 
propaga em relação à necessidade da aplicação 
devidamente correta do filtro solar sobre a pele, 
tanto do ponto de vista qualitativo como 
quantitativo. 
 
 
4. REFERÊNCIAS 
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em Dermatologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 
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Paulo: Roca, 2000. 
 
GALENA, Notícias. Filtros solares químicos e 
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