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petição 12 - apelação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 40ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO PARANÁ
Processo nº ...
LEONARDO, já qualificado nos autos em epígrafe, inconformado com a sentença proferida às fls. ..., por intermédio de seu advogado, conforme procuração anexa..., com endereço profissional ..., para fins do artigo 77, inc. V do CPC, vem a este juízo, tempestivamente interpor 
APELAÇÃO
Com fulcro no artigo 1009 do CPC, esperando que V. Exa. Determine o requerimento da intimação do recorrido para oferecer contrarrazões e, que os autos sejam remetidos para o Tribunal de Justiça do Estado...
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local... e data...
Advogado...
OAB nº...
AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...
APELANTE = Leonardo
APELADO = Gustavo
RAZÕES DA APELAÇÃO
I – DOS FATOS
	Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho.
	Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. 
	Em consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia. 
	Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com medicamentos. 
	Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. 
	O juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos. 
	Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. A sentença foi publicada e, após uma semana, Leonardo, não se conformando com a sentença, procurou advogado.	
II – DA TEMPESTIVIDADE
	O presente recurso é tempestivo, tendo em vista que foi interposto no prazo de 15 dias, previsto no art. 1003, §5º do CPC.
III – DO CABIMENTO
	O recurso cabível em face de sentença de juiz de primeiro grau é a apelação, conforme disposto no art. 1009 do CPC. 
	Assim, tendo em vista que o 	juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando o apelante a indenizar o apelado pelos danos materiais, será cabível o presente recurso.
III – DO PREPARO 
	O preparo e o porte de remessa e de retorno foram devidamente recolhidos, na forma do art. 1007 do CPC.
IV – DOS FUNDAMENTOS
IV.1) DA CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO
	No decorrer da audiência de instrução e julgamento, as testemunhas corroboraram a alegação do apelante, dispondo que o ataque ocorrera por provocação do apelado, que jogava pedras no cachorro antes do evento lesivo. 
	Em que pese o artigo 936 do Código Civil consagrar uma responsabilidade objetiva, será afastada se provado fato exclusivo da vítima ou força maior.
	Neste sentido a jurisprudência se posiciona:
Direito Civil. Responsabilidade civil. Ataque de animal. Responsabilidade objetiva, por força do art. 936 do Código Civil. Alegação de violação do dever de cuidado por parte da dona do animal. Fato e dano incontroversos. Alegação de culpa exclusiva da vítima por ter invadido a residência. Depoimentos que comprovam a invasão por parte do apelante. Obrigação de indenizar afastada devido à culpa exclusiva da vítima. Recurso a que se nega provimento. 0011360-25.2008.8.19.0202 - APELAÇÃO 1ª Ementa Des(a). ALEXANDRE ANTÔNIO FRANCO FREITAS CÂMARA - Julgamento: 05/02/2014 - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
	Assim, não há que se falar na responsabilidade do apelante, uma vez que se trata de fato exclusivo da vítima, já que o próprio apelado provocou o cachorro ao jogar pedras em sua direção, havendo, portanto, rompimento do nexo causal.
IV.2) DA NULIDADE DA SENTENÇA
	Conforme infere-se, apesar de o apelado ter ingressado com ação de danos materiais, o juiz, na sentença, concedeu danos morais no valor de R$6.000,00 (seis mil reais).
	Neste caso, é evidente que se trata de sentença extra petita, uma vez que a decisão judicial deferiu coisa diversa da formulada, causando, consequentemente, a sua nulidade, já que o magistrado não pode conceder o que não foi pedido, devendo se ater ao que é dado na contestação e na petição inicial.
	Gonçalves (2018, p. 573) dispõe que sentença extra petita é aquela que o juiz julga ação diferente da que foi proposta, sem respeitar as partes, a causa de pedir ou o pedido, bem como que o juiz só pode inovar em relação aos fundamentos jurídicos do pedido, já que ele os conhece (jura novit cúria), mas não em relação aos fáticos, nem em relação aos pedidos.
	Portanto, requer a nulidade da sentença, uma vez que se trata se sentença extra petita, nos termos do art. 492 do CPC.
IV.3) DA TEORIA DA CAUSA MADURA
	De acordo com a Teoria da Causa Madura, em se tratando de sentença terminativa sem resolução do mérito, matéria exclusivamente de direito e em condições de imediato julgamento, o Tribunal poderá apreciar desde logo o pedido, sem que isso configure supressão de instância.
	Assumpção Neves (2017, p. 1652) entende que o tribunal passar ao julgamento originário do mérito da ação e dispõe que o Superior Tribunal de Justiça entende da mesma forma ao reconhecer que a teoria da causa madura não afronta o princípio da ampla defesa, ou sequer impede a parte de obter prequestionamento 
	Ainda, cita-se a jurisprudência:
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE DO NCPC. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACESSÃO. CONTRATO DE LOCAÇÃO. TEORIA DA CAUSA MADURA. JULGAMENTO IMEDIATO DA DEMANDA NO ÂMBITO DA APELAÇÃO, NOS TERMOS DO ART. 515, § 3º, DO CPC/73. PROCESSO SUFICIENTEMENTE INSTRUÍDO. ALTERAÇÃO DAS CONCLUSÕES DO TRIBUNAL. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 7 DO STJ. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.
1. Aplica-se o NCPC a este recurso ante os termos do Enunciado Administrativo nº 3, aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016: Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC.
2. O art. 515 do CPC/73 estabelecia que a apelação devolvia ao Tribunal o conhecimento da matéria impugnada, tratando do seu efeito devolutivo, sendo forçoso reconhecer que, no caso dos autos, o tema recorrido se referia a possibilidade de indenização pelas acessões.
3. A jurisprudência do STJ consolidou o entendimento de que o art. 34 da Lei 6.766/79 prevê o direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis levadas a efeito no lote, na hipótese de rescisão contratual por inadimplemento do adquirente, regra essa aplicada também às acessões (art. 1.255 do CC/02), mas o legislador, no parágrafo único do mesmo dispositivo legal, fez a ressalva de que não serão indenizadas as benfeitorias - ou acessões - feitas em desconformidade com o contrato ou com a lei.
4. Não sendo a linha argumentativa apresentada capaz de evidenciar a inadequação dos fundamentos invocados pela decisão agravada, o presente agravo não se revela apto a alterar o conteúdo do julgado impugnado, devendo ele ser integralmente mantido em seus próprios termos.
5. Agravo interno não provido (STJ - AgInt no REsp 1487000 SC 2014/0158107-6)
	
	Desta forma, requer a reforma da sentença para queo pedido seja desde logo apreciado, em se tratando de a causa encontrar-se madura para o julgamento, segundo o Art. 1013, § 3º, do CPC, ou, alternativamente, a sua reforma, mediante o reconhecimento da legitimidade passiva do comerciante, e o afastamento da decadência, determinando-se o retorno dos autos ao juízo de primeira instância, para prosseguimento do feito.
V – DO PEDIDO
	Diante do exposto requer que o presente recurso seja conhecimento e ao final dê provimento para reformar a sentença que condenou o apelante ao pagamento de danos materiais, bem como a sua invalidação parcial para excluir deste a condenação por danos morais, isto é, julgando totalmente improcedente o pedido do apelado e, ainda, sua condenação nas despesas e honorários de advogado em 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa;
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local... e data...
ADVOGADO...
Nº OAB...

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