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Especialização Ensino de Química Aula 3 – Nanomateriais Aluno: Rogério Suzarte de Lima Tarefa: Relato de experiência pessoal / profissional No conteúdo apresentado até agora em nossa disciplina, vimos alguns exemplos sobre os desafios que os cientistas precisaram superar para compreender a matéria em escala manométrica. Inspirado pela abordagem que explica como a ciência buscou “enxergar” o mundo nanométrico, apresente um relato pessoal sobre experiências já vivenciadas por você nas seguintes situações: I – Quando você precisou apresentar aos alunos um conteúdo em que não era possível realizar uma demonstração visual do conteúdo abordado. Neste caso, relate como você superou este desafio, e que estratégias foram empregadas por você para convencer seus alunos de que o fato apresentado, mesmo que não fosse possível de ser "enxergado", é verdadeiro. II - Apresente um relato de seu envolvimento com qualquer aplicação de nanomateriais (nanotecnologia). Pode ser um relato sobre um questionamento que alunos realizaram em sala de aula, ou uma experiência pessoal já vivenciada, ou algo interessante que você tenha lido ou visto. Se você nunca passou por nenhuma experiência relacionada à nanomateriais, você pode, por exemplo, realizar uma pesquisar sobre a aplicação da nanotecnologia na agricultura e nos apresentar um relato de seus aprendizados. III – Suas ideias para trabalho de TCC têm alguma relação com a nanotecnologia? Apresente em 3 a 5 linhas qual é sua principal ideia para o trabalho do TCC, mesmo que você ainda não esteja completamente decidido sobre como será o trabalho. RESPOSTAS l) No ensino de Química não tem sido muito eficaz no preparo do aluno para ingressar em cursos superiores e no mercado de trabalho. É preciso capacitar o aluno para avaliar alternativas, agir criticamente ou trabalhar em grupos. O uso de atividades experimentais consiste em prática nas aulas que mostra a relação entre teoria e resultados experimentais, o que a torna muito produtiva, já que fornece aos alunos modelos de observação, raciocínio e interpretação. Através dessa estratégia de ensino é possível ao aluno formar seu próprio critério científico, onde este fará uso de seus conhecimentos teóricos e intuição para chegar a uma compreensão das experiências, ou seja, reforçar a aprendizagem. Como se vê, é uma excelente alternativa para o ensino de Química, mas infelizmente a falta de laboratórios consiste num empecilho. Por outro lado, é comum confundir atividades práticas com a necessidade de um ambiente todo equipado com materiais caros. Mas sabe-se que não é bem assim que funciona, o laboratório é um aliado para o ensino de Ciências, e por ser tão importante podemos fazer uso de um laboratório alternativo para a execução de tal atividade. Porém no ensino de química temos que lidar na aprendizagem em que consiste o olhar macroscópico e microscópico relacionando as atividades experimentais onde ajuda a diferenciar e entender os dois critérios de entendimento. ll) Nanotecnologia na agricultura. A nanotecnologia na agricultura é a prova de que os avanços tecnológicos tem revolucionado a forma com que os produtores lidam com o campo. No entanto, na mesma velocidade que essas soluções surgem, a população cresce e a alta demanda por alimentos se torna um grande desafio mundial. De acordo com dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a estimativa é que no ano de 2050 a população mundial atinja a marca de 10 milhões de habitantes. A grande pergunta é: como produzir mais para abastecer o mundo e manter a sustentabilidade da produção a longo prazo? O uso de inovações, como a nanotecnologia na agricultura, serão grandes aliados dos produtores rurais nessa missão. A tecnologia tem mudado completamente a forma com que o mundo lida com tudo a sua volta. Superando qualquer limite, a nanotecnologia é um conjunto de atividades que acontecem em escalas extremamente pequenas. Um nanômetro equivale a bilionésima parte de um metro. Ou seja, a nanotecnologia trabalha com partículas minúsculas que fogem dos olhos humanos. Os telefones celulares e computadores atuais que possuem chips, por exemplo, são exemplos simples do uso amplo da nanotecnologia. A nanotecnologia trabalha e manipula materiais em escala atômica, macromolecular e molecular. Em geral, esses materiais apresentam tamanhos menores que 100 nanômetros (nm). Na imagem a seguir é possível entender melhor como o universo vai muito além do que enxergamos todos os dias, e como os estudos e avanços científicos são importantes para a evolução da tecnologia. Funcionamento da nanotecnologia na agricultura. A manipulação dos átomos e moléculas abre um leque de opções para melhorar manejos, cultivares, maquinários e implementos agrícolas, insumos, rastreabilidade de produtos e até mesmo técnicas de produção e produtividade. Os avanços da nanotecnologia podem beneficiar não só as etapas no campo, dentro da porteira, mas também todos os setores ligados direta ou indiretamente a agroindústria. Já imaginou se você, produtor rural, pudesse ter um maior controle sobre todos os eventos que acometem sua lavoura? Saber exatamente como está a saúde das plantas e o que fazer para alcançar o máximo de produtividade e qualidade em todas as safras. E tudo isso, aproveitando de forma racional os recursos naturais, preservando o equilíbrio agroambiental, o uso do solo e os nutrientes para que seja possível produzir a longo prazo de maneira sustentável e econômica. Essas são algumas das vantagens que as inovações da nanotecnologia na agricultura podem trazer para o campo, para os produtores e também para os consumidores. Exemplos de nanotecnologia na agricultura. A nanotecnologia na agricultura já é algo real e aplicável. No entanto, ainda há um universo inteiro a ser explorado, principalmente para viabilizar os projetos desafiadores de alimentar o mundo de acordo com o crescimento populacional constante. As principais linhas de pesquisa atualmente no Brasil, desenvolvidas pela EMBRAPA, são: Estudo de biomoléculas, fibras, células e demais materiais, por meio da microscopia de força atômica (MFA) O estudo de novas fibras a partir de materiais vegetais tem como objetivo substituir os de origem petrolífera, revolucionando a maneira com que as indústrias desenvolvem seus produtos atualmente de fibra sintética, como as fibras de vidro que são utilizadas em materiais plásticos e fábricas de carro e maquinários. Os impactos desse estudo beneficiam o meio ambiente e promovem a sustentabilidade, além de criar um novo leque de oportunidades para produtores rurais com ótimas oportunidades de negociação no mercado interno e exportação. Desenvolvimento de sensores e dispositivos para monitoramento e controle de pragas e doenças Os sensores e dispositivos integrados a maquinários, implementos e drones já são realidade no campo, principalmente em sistemas de cultivo de agricultura de precisão (AP) e manejo integrado de pragas (MIP). Chamados pelos pesquisadores da Embrapa de “olhos”, “bocas” e “narizes” eletrônicos, esses itens carregados de nanotecnologia são capazes de quantificar e identificar a presença de insetos pragas, contaminantes e patógenos na lavoura. Ao investir nessa inovação, o produtor rural, conseguirá agir antecipadamente, reduzindo os riscos de danos e prejuízos relacionados a esses vilões da produtividade. Aperfeiçoamento das técnicas de modificação genética entre organismos a partir de nanopartículas, nanotubos e nanocápsulas. A transgenia demonstrou como os estudos e avanços tecnológicos podem ajudar os produtores a superarem seus maiores desafios e manterem a produtividade, como é o exemplo do uso de cultivares resistentes tratadas com a tecnologia Bt. Com o aperfeiçoamento dessas técnicas a partir de nanopartículas,a segurança alimentar e as combinações genéticas serão extremamente úteis na missão de alimentar o mundo respeitando o meio ambiente. Ao modificar variáveis como resistência a seca, temperatura, pragas, doenças, entre outras características, é possível ter maior controle sobre eventos comuns no campo, alcançando altos níveis de produtividade e maior qualidade do produto final. Desenvolvimento de revestimentos comestíveis e superfícies funcionais Com o uso dessa estratégia será possível resolver o problema relacionado ao uso de embalagens, ganhando mais uma vez na sustentabilidade e na abertura de novos mercados promissores. O aperfeiçoamento das embalagens também traz ganhos significativos para produtores, que reduzem as perdas e danos no transporte, no armazenamento e na comercialização in natura. Inovação em insumos, como fertilizantes e bioestimulantes. A nanotecnologia na agricultura também pode tornar o processo de fertilização mais eficiente e otimizado. Por meio da aplicação foliar de bioestimulantes, por exemplo, é possível ter efeitos como: Indução de resistência a doenças; Estimulação do crescimento das raízes; Redução do estresse devido a fatores bióticos e abióticos; Redução da abscisão foliar; Liberação lenta de íons e princípios ativos de acordo com as necessidades da lavoura. Aprimoramento dos insumos nacionais para reduzir a dependência do Brasil de produtos de outros países A grande taxa de importação do Brasil de produtos e matéria-prima para a produção de insumos agrícolas faz com que a alta do dólar e variação na disponibilidade dos elementos encareçam os custos de produção dos produtores rurais. Com o objetivo de reduzir os impactos ambientais e os custos com insumos, instituições como a Embrapa tem desempenhado papel fundamental nos estudos e pesquisas nanotecnológicas no setor. Em relação aos produtos fitossanitários, também há grande pressão para a criação e melhora das fórmulas para reduzir os gastos e os impactos em superfícies e organismos que não sejam alvo da aplicação. Transformação de resíduos em matéria-prima. Outra grande revolução da nanotecnologia está relacionada a destinação correta e sustentável dos materiais que atualmente são tratados como resíduos dentro das cadeias de produção. A tendência é que os materiais que hoje são descartados pela indústria possam se tornar reutilizáveis na agricultura, principalmente na composição de novos insumos agrícolas. Viabilização da rastreabilidade de produtos, maior segurança alimentar e valor agregado para o produtor A rastreabilidade já está sendo aplicada nos produtos agrícolas. Através de QR codes nas embalagens, é possível conferir informações importantes como onde tal alimento foi produzido e demais dados. Com a ampliação dessa técnica através da nanotecnologia, outras questões relevantes poderão integrar essa rastreabilidade, como a qualidade do produto e informações externas, como temperatura, umidade, níveis de oxigênio, níveis de gás carbônico, entre outros. Por meio disso, os consumidores conseguirão saber de onde veio o alimento e em quais condições ele foi cultivado, gerando agregação de valor para o produtor. Além disso, as indústrias também poderão ter fácil acesso a esses dados, otimizando processos laboratoriais, como análises trabalhosas. Vida útil prolongada para os produtos na prateleira O desenvolvimento de novas embalagens ecológicas já é uma grande vantagem para a produção sustentável. Mas, além disso, o estudo de embalagens proporcionará também uma vida útil maior para os alimentos comercializados in natura ou em processo de transporte e armazenamento. Esse benefício será possível graças a nanotecnologia que ajudará a regular as taxas de respiração dos produtos vegetais, aumentando o tempo de prateleira, flexibilizando a estocagem e retendo agentes microbianos e a perda de nutrientes. A melhoria de cor, sabor, textura e odor também é algo passível através de investimentos em nanotecnologia na agricultura. lll) Meu trabalho de TCC está relacionado ao ensino de Química ligado à tecnologia , onde o ensino precisa melhorar adequadamente e interligar à melhoria da ferramenta tecnológica , onde se embasa à realidade dos jovens que temos atualmente , sempre logado aos aparelhos tecnológico. Porém pretendo desenvolver minha pesquisa enfatizado neste ambito tecnologico. REFERÊNCIAS Almeida, P. R. de (2005) "O Brasil e a Nano tecnologia: Rumo à Quarta Revolução Industrial". Revista Espaço Acadêmico. Maringá, PR, vol. 5, no. 52. Capturado em abril de 2008. Leite, J. R. (2002) "Nanotecnologia Brasileira Ddeve Aliar Investimentos em Ciência Básica e Aplicada" Revista Comciencia. Capturado em abril de 2008. Martins, P. R. (2006) "Introdução à Nanotecnologia". Cibéria, ano 8, n. 29, out/nov/dez.
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