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TCC - Artigo Ergonomia

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1 
Analise Ergonômica em uma Lavanderia Hospitalar 
Ergonomic Workplace Analysis 
Emillye Parreira Ito, Rafaela Veruska Alves dos Santos Rosa 
Prof. Dr. Vidal Dias da Mota Junior 
 
 
Resumo 
O presente artigo propõe o desdobramento dos conceitos de Ergonomia, e do 
estudo centralizado no ambiente de trabalho, quais seus impactos na saúde 
mental e física do trabalhador no ambiente de uma lavanderia hospitalar. 
Através desse estudo propomos quais melhorias devem ser tratadas e realizadas 
a fim de melhorar a qualidade e a segurança do trabalhador. A metodologia 
utilizada foi pesquisa bibliográfica fundamentada na literatura especifica e na 
realização de visitas técnicas em uma lavanderia hospitalar, estudo de caso 
direcionado na observação não participativa, podemos concluir da real 
importância do estudo ergonômico e das adaptações s necessárias nos postos de 
trabalho e adequações para garantir o melhor e mais saudável ambiente. 
 
Palavras-chave: Ergonomia; Lavanderia; Hospitalar; Saúde; Posto de Trabalho; 
 
Abstract 
This article proposes the unfolding of health concepts, and the centralized study 
in the work environment, which are their care in the mental and physical health 
of the worker in the environment of a hospital laundry. This study proposes 
which should treats and farms to better quality and the security of worker. 
Bibliography, based on bibliographical literature and bibliographic studies of a 
specific series of didactic practices, cannot be completed, can be completed 
randomly and need not be adapted. the best environment and healthier. 
 
Keywords: Ergonomics; Laundry; Hospital; Health; Work Place; 
 
 
2 
 
1.INTRODUÇÃO 
Nos últimos anos cada vez mais as organizações estão se preocupando 
com o bem-estar dos colaboradores em seu ambiente de trabalho, devido a isso 
nos últimos anos estudos mostram que um funcionário que trabalha em um 
estado de bem-estar, produz com maior qualidade (VENANZI,2017). 
Como descrito por Silva e Paschoarelli (2010) existe um momento 
histórico da ergonomia que constituía em testes empíricos estritamente 
relacionados a tentativas e erros, apesar de apresentar seu marco histórico o ano 
de 1949. Muito antes já estavam sendo realizados estudos sobre ergonomia e 
podemos citar Philibert Patissier1 como um dos estudiosos que dedicou sua vida 
tentando relacionar doenças ocupacionais com o ambiente de trabalho. 
Então surgem os estudos voltados à ergonomia do trabalho, através da 
aplicação de teorias, princípios e técnicas a fim de aperfeiçoar o bem-estar do ser 
humano e seu desempenho, dessa forma adaptá-lo as características e 
variabilidade do processo produtivo (VENANZI, 2017). 
A palavra ergonomia tem sua base nas ‘leis para o trabalho’ que em 
grego é a união das palavras ‘ergon’ que significa trabalho, e ‘nonos’ que 
significa leis. Sendo um estudo cientifico que busca adequar, com base nas 
qualidades humanas o ambiente de trabalho. Ela busca compreender as 
interações entre o sistema e seus elementos e os seres humanos, o 
relacionamento entre o homem e seu trabalho (VENANZI, 2017). 
Desde 1700 existem estudos relacionados ao ambiente de trabalho e suas 
doenças ocasionadas por más condições de trabalho onde um médico chamado 
Bernardino Ramazzini visitava os locais de trabalho de seus pacientes, para 
 
1Philibert Patissier : Francês, nascido em 1781 doutor em medicina pela faculdade de Paris. Foi interessado pelas 
doenças após estudos feitos indicando precauções (prevenção e tratamentos) a serem tomadas nas fábricas pelos 
fabricantes, pelos chefes de oficinas. Realizou sua primeira estatística sobre mortalidade e morbidade da população 
operária. Em 1822, publicou novo tratado sobre as doenças dos artesãos e aqueles de várias outras profissões. 
(Disponível: A Evolução Histórica da Ergonomia no Mundo e Seus Pioneiros, pág. 34 https://books.google.com.br ) 
 
https://books.google.com.br/
 
3 
identificar a causa de suas enfermidades, porém o termo ergonomia só foi 
adotado a partir de 1950, em Oxford pela Associação Internacional de 
Ergonomia – AIE (DINIZ, 2013). 
Segundo Rossete (2015) a origem da ergonomia é estritamente ligada à 
revolução social, econômica e tecnológica ligadas ao trabalho. E suas aplicações 
incluem: Interface com equipamentos, mobiliários e instalações, questões 
ligadas ao físico biológico, análise de espaço físico para a realização do trabalho. 
Esses conceitos deram origem ao estudo de análise de repetição, monotonia e 
desempenho de tarefas, levando em consideração turno, frequência, ritmo. Os 
conceitos se expandiram tanto que hoje temos no conceito de produtos 
ergonômicos como: sapatos, carros, equipamentos etc. Porém não serão 
abordados nesse trabalho esses conceitos de produtos. 
Para Grandjean (2001) independente do autor que conceitue ergonomia 
na sua essência, o objetivo da ergonomia é elimina riscos e esforços do ambiente 
de trabalho, e buscar o conforto e a eficiência do sistema. 
Advoga Rossete (2015) para que uma tarefa seja executada de maneira 
excelente, suas condições de trabalho têm que ser adequadas aos trabalhadores, 
além da necessidade de arrumar elementos ao processo a fim de garantir a 
configuração adequada do sistema, além disso, podem-se especificar arranjos 
físicos, disposição de pontos de manipulação, áreas de deposito, espaço livre 
entre outros. 
Na opinião de Cybis e Holtz (2015) a ergonomia é a adaptação de uma 
atividade ou equipamento ao seu operador, sendo um problema ergonômico 
quando esse aspecto está em desacordo com as características do seu usuário. 
 
 Segundo Motta (2009) a ergonomia procura pela segurança, bem-estar, 
satisfação dos trabalhadores no seu convívio com os sistemas produtivos. 
Compreendendo que os sistemas produtivos vão se evoluindo com o 
desenvolvimento da tecnologia, à medida que as máquinas assumem o trabalho 
pesado, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, ao homem é 
designado o esforço mental e dos sentidos. Sendo assim, gradativamente, o 
 
4 
homem foi migrando seu trabalho para tarefas que as máquinas ainda não são 
capazes de executar. 
 Santos e Fialho (1997) posicionam que a análise ergonômica do trabalho 
atinge três fases: análise da demanda, análise da tarefa e análise das atividades. 
Na análise da demanda determina que o problema a ser pesquisado com os 
atores envolvidos. A análise da tarefa dispõe-se que o trabalhador deve suceder 
as situações ambientais técnicas e organizacionais. E a análise das atividades 
conduz efetivamente o que é executado pelo trabalhador, o comportamento do 
homem no trabalho. 
 Para se adquirir um posicionamento correto de um espaço de trabalho é 
necessário considerar: a postura, o tipo de atividade manual e o vestuário (IIDA, 
2000). 
 Advoga Iida (2000), que existem duas perspectivas para observar o 
posto de trabalho: o tradicional e o ergonômico. No tradicional estudam-se os 
movimentos corporais fundamentais para desempenhar um trabalho e a medida 
de tempo gasta em cada movimento, também é chamado de estudo de tempos e 
movimentos. É baseado na economia de movimentos e busca o menor tempo 
gasto para desempenhar a atividade. Já o enfoque ergonômico busca desenvolver 
postos de trabalho que reduzam as exigências biomecânicas, colocando o 
operador em uma postura adequada de trabalho, os objetos ao alcance dos 
movimentos corporais e facilidade de percepção de comunicações. 
 O objetivo da análise ergonômica desta pesquisa é analisar um posto de 
trabalho da lavanderia hospitalar - EAT2. Busca-se observar, analisar e avaliar as 
possíveis causas de doenças, acidentes e produtividade com as condições de 
trabalho dos trabalhadores que exercem as funções na lavanderia, desde o 
processo inicial até o seu processo final, através de conteúdosteóricos 
pesquisados na literatura sobre ergonomia e orientando as possibilidades de 
melhorias para a empresa. 
 
 
2AET- Análise Ergonômica do Trabalho. 
Disponível livro: “Ergonomia: Trabalho Adequado e Eficiente” pág. 255 
 
5 
 Segundo Cunha (2011) Lavanderia Hospitalar é um local, onde há o 
processamento de roupas de cama e uniforme a serem utilizados no ambiente 
hospitalar, as roupas que incluem o enxoval hospitalar são: lençóis, edredons, 
colchas, fronhas e além de roupas cirúrgicas, aventais e entre outros. 
 O estudo de caso foi realizado na lavanderia hospitalar do Hospital Municipal 
Dr. Lauro Roberto Fogaça, situado no município de Votorantim-SP. As 
especialidades de atendimento são; ambulatório, maternidade, psiquiatria, clínica 
médica, centro cirúrgico e UTI. O horário de funcionamento do hospital é de 24 
horas, com número médio de atendimentos e cirurgias por mês de: 
• 300 Atendimentos clínicos; 
• 690 Atendimentos ambulatorial; 
• 90 Cirurgias gerais; 
• 130 a 190 Partos. 
 
Hospital Municipal Dr. Lauro Roberto Fogaça 
 
 Fonte: Google imagens. 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
O estudo de caso foi desenvolvido através de uma pesquisa qualitativa 
com base em uma análise do posto de trabalho em uma lavanderia hospitalar 
para entender e comparar a relação entre o ambiente de trabalho e o ser humano 
em seu estado de bem-estar social e físico e qual a relação desse sistema em sua 
atividade diária. 
 
6 
Foi utilizada pesquisa bibliográfica em livros, artigos e pesquisas online e 
a consulta a NR17 norma regulamentadora relacionada à ergonomia para 
apresentar os conceitos teóricos e definições sobre o impacto em postos de 
trabalho, a seguir algumas bases teóricas apresentadas. 
Segundo Gil (2002), para se atingir as metas desejadas é importante que 
as buscas sejam necessárias de acordo com: elaboração do problema; descrição 
das estimativas, definição do tipo da pesquisa; recolher dados; buscam por 
métodos de ferramentas avaliativas, análise e conceitos dos resultados obtidos e 
finalização com produção escrita. 
A pesquisa qualitativa coleta os dados do ambiente natural, focalizando 
no empenho dos processos, manifestando o interesse pelos conhecimentos e 
assim os resultados são importantes e descritivos. (MERRIAM, 1998). 
Na visão de Yin (2010) a pesquisa qualitativa oferece uma liberdade 
maior no campo de pesquisa, através de capturar eventos da vida real, perante a 
observação dos participantes do estudo. Também afirma que pessoas que fazem 
pesquisa qualitativa têm que possuir certas características para que sua pesquisa 
tenha sucesso sendo elas: escutar, realizar boas perguntas, conhecer seu tema de 
estudo, cuidar dos dados coletados, executar tarefas paralelas, perseverar. 
Esta análise busca apresentar a situação global da tarefa, analisando o 
posto de trabalho, cargas e densidades, o modo operatório da atividade e o ritmo 
de trabalho. Coleta de dados deu-se por meio de técnica direta a partir da 
observação dos movimentos realizados pelo operador em seu devido posto de 
trabalho, seus movimentos foram analisados e comparados com padrões 
definidos em bibliografia e na norma 3NR17 – ergonomia. Para que seja possível 
analisar se os movimentos apresentados podem causar danos físicos no operador 
durante ou após sua jornada de trabalho. 
Além disso Rossete (2017) afirma que se pode citar a 4NR32 – Norma 
Brasileira que define serviços de saúde esta norma define as diretrizes básicas 
 
3 NR17- Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho. 
Disponível livro: “Introdução À Engenharia de Produção Conceitos e Casos Práticos” pág. 268; Capítulo 8. 
Autores do capítulo: Lilian de Fátima | Délvio Venanzi. 
4 NR32 – Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho. (Disponível: Manual de Normas Técnicas) 
 
7 
para a implementação de medidas de proteção à saúde e segurança dos 
trabalhadores aos riscos biológicos no ambiente de trabalho. 
Neste caso, utilizou de registro para está análise na lavanderia hospitalar, 
vídeos; fotos e técnica subjetiva checklist de Couto que é uma avaliação 
simplificada do fator biomecânico, no risco para distúrbios musculoesqueléticos 
de membros superiores relacionados ao trabalho e perguntas dirigidas aos 
colaboradores. 
3.RESULTADOS E DISCUSSÃO 
3.1 Ambiente Lavanderia Hospitalar 
A lavanderia hospitalar é um dos serviços de apoio ao atendimento dos 
pacientes, responsável pelo processamento da roupa e distribuição em perfeitas 
condições de higiene e conservação, em quantidade adequada a todas às 
unidades do hospital, por se tratar também de um ambiente de alto risco de 
contaminação por agentes biológicos e possibilidade de desenvolvimento de 
LER através de movimentos repetitivos em seus processos. A lavanderia está 
localizada na área térrea do prédio, junto a área de serviços gerais sendo 
classificada como área suja e área limpa. 
 
 3.2 Normas para coleta da roupa suja. 
O manual da Anvisa5 estabelece que cada setor do hospital como uma 
“unidade geradora”. Por convenção, é a partir dela que o processo se inicia. 
Deve haver o mínimo de agitação e manuseio. A roupa utilizada deverá 
imediatamente colocada em saco hamper, que permanecerá até a chegada do 
serviço de processamento. Recomenda-se transferir de forma dobrada ou 
enrolada a partir da área sujidade para menor sujidade e colocar em saco aquelas 
que estiverem molhadas ou mais sujas, evitando vazamento de líquidos e a 
 
5 Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Disponível: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/processamento_roupas.pdf 
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/processamento_roupas.pdf
 
8 
contaminação do ambiente e dos funcionários ou até mesmo em pacientes 
(ANVISA, 2009). 
 
Exemplo de hamper do hospital Dr. Lauro Roberto Fogaça 
 
Imagem 1 
 
3.1.2 Processo de Recebimento dos Tecidos e Processo de 
Lavagem 
 
O recebimento das roupas para iniciar o processo de lavagem, acontece através 
de duas tubulações e esses tecidos permanecem em sacolas plásticas, sendo 
classificadas em áreas: centro obstétrico; maternidade e centro cirúrgico. Na 
segunda tubulação; clínica médica e UTI conforme a imagem abaixo: 
 
Tubulações de recebimento das roupas sujas e infectadas 
 
Imagem 2 
 
9 
 
Tubulações de recebimento das roupas/ área suja 
 
Imagem 3 
 
A área suja é destinada a receber as roupas hospitalares infectados ou sujos; 
necessariamente ser separadas e classificadas de acordo com o grau de sujidade 
tipo de tecido e cor, é a fase do processamento que oferece maior risco aos 
trabalhadores sob o ponto de vista de infecção e saúde ocupacional, 
seguidamente serem lavados nos modos mais apropriados. As etapas de 
processamento de roupas na área suja, podemos verificar o ciclo conforme 
ilustração abaixo: 
 
Ciclo área suja 
 
Imagem 4 
 
 
 
 
10 
 
 Classificação das roupas e retirada de resíduos/Área suja 
 
Imagem 5 
 
 
 
Imagem 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Classificação das roupas e retirada de resíduos 
 
Imagem 7 
 
Área limpa: Local em que são recebidas as roupas que passaram pelo processo 
de lavagem e necessariamente deverão sofrer outra inspeção visando separar e 
reprocessar as roupas que ainda tem manchas ou resíduos de sujeira, sendo que 
imediatamente após as mesmas serão encaminhadas para as centrífugas para 
passar por processo de secagem, e após são novamente inspecionadas e se 
necessário a reforma, são encaminhadas para o setor de costura ou encaminhadas 
para calandra para serem passadas. 
As etapas de processamento de roupas na área limpa, podemos verificar o seu 
ciclo conforme ilustração abaixo: 
Ciclo área limpa 
 
Imagem 812 
3.1.3 Processo de lavagem de roupa com sujidade leve e pesada. 
 
- Acidulação;
- Amaciamento/desinfecção.
Ciclos de lavagem de roupa com sujidade leve 
Operação/Sequência do processo utilizado. 
- Lavagem
- Alvejamento/desifecção;
- 1º enxague;
- 2º enxague;
 
 
 3.1.4 Processo de lavagem de roupa com sujidade pesada. 
 
- Amaciante/desinfecção;
- Lavagem;
- 1º enxague;
- 2º enxague;
- Acidulação;
- Amaciante/desinfecção;
- 1º enxague;
- 2º enxague;
- Pré-lavagem;
- Acidulação;
- Enxague;
- Alvejante/desinfecção;
- Lavagem;
- 1º enxague;
- 2º enxague;
Ciclos de lavagem de roupa com sujidade pesada
Operação/Sequência do processo utilizado. 
- Umectação
 
 
Após esse processo de operações, toda área é desinfetada e lavada. 
 
 
 
 
13 
Área limpa/ desinfetada e lavada. 
 
Imagem 9 
 
3.2 Máquinas existentes na lavanderia e seu processo. 
Na lavanderia hospitalar, utiliza-se: 
• Carros de transporte, os carros são elaborados em diferentes materiais 
como alumínio, aço, fibra de vidro e entre outros. Nesta lavanderia hospitalar é 
utilizado três carros de transporte sendo um para área limpa, o funcionário faz o 
manuseio de uma máquina a outra retirando os tecidos lavados e levar para os 
próximos processos e um para a coleta de roupas sujas, o funcionário leva as 
roupas sujas até a sala de tubulações para fazer o despacho e um para o setor do 
almoxarifado. 
Carrinho de transporte das roupas/ Funcionário retirando as roupas da lavadora 
 
Imagem 10 
 
14 
 
 
• Duas máquinas Lavadoras, destinado a lavagem de roupas e tecidos hospitalares, 
possui barreira sanitária dividindo o ambiente, é essencial para o controle de 
risco e infecção cruzada. Sobretudo as lavadoras, são formadas por dois cilindros 
horizontais, sendo um interno e giratório(cesto) e um externo fixo, cada vez que 
o funcionário for colocar as roupas, fechar a tampa para evitar que caia roupa no 
esgoto. 
Lavadoras automáticas com capacidade de 50kg 
 
Imagem 11 
 
• Sistema automático para dosagem de produtos para lavagem das roupas. 
Os produtos utilizados são: detergentes; sabões; branqueadores ou alvejantes e 
acidulantes. A lavanderia hospitalar do hospital Dr. Lauro Roberto Fogaça, 
possui uma padronização de produtos para facilitar o uso e a uniformização do 
procedimento, os fornecedores seguem as normas do Ministério da Saúde de 
produtos domissanitários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 Sistema automático com produtos para lavagem 
 
Imagem 12 
 
• Duas máquinas centrífugas, possui dois cilindros, um fixo e um giratório interno 
perfurado, sendo capaz de eliminar até 40% da água da roupa que sai da 
lavadora. 
 Centrífuga 
 
Imagem 13 
 
• Duas máquinas de secar, a secadora dispõe dois cilindros: interno e giratório que 
sacode a roupa pela rotação de pás e outro externo fixo. O funcionário não é 
permitido mexer no seletor de temperatura, somente o setor responsável pela 
manutenção que poderá fazer alterações, caso haja necessidade. Limpar as 
gavetas, se a roupa secada for cobertor e do setor centro cirúrgico, fazer a 
 
16 
limpeza a cada secagem, no caso de lençol fino, a cada 3 operações limpar a tela. 
A secadora possui um dispositivo de segurança na porta. 
 
 Secadoras 
 
Imagem 14 
 
• Uma máquina calandra, é constituída de dois ou mais rolos ou cilindros de 
metal, perfurados ou não, revestidos, que giram dentro de calhas fixas de ferro, 
aquecidas a vapor ou eletricidade. É provida de um dispositivo que desliga 
automaticamente a máquina, evitando acidentes com as mãos do operador, entre 
os rolos. A roupa, passada sob pressão, entre a calha aquecida e o cilindro 
girando, seca e desenruga. cada vez que passar lençóis o funcionário tem que 
levantar o cilindro para não queimar o feltro. Não pode deixar a máquina ligada, 
caso não esteja utilizando. Neste processo é necessários dois funcionários para 
operar. Ao retirar a roupa, é realizado uma seleção das peças que estão 
danificadas que deverão ser encaminhadas à costura para reparo ou dar baixa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 Calandra 
 
Imagem 15 
• Uma máquina embaladora para as roupas que está em conformes, após passar 
pela calandra e dobragem da roupa o funcionário lacra os kits dentro de sacos 
plásticos. 
 Embaladora 
 
Imagem 16 
 
• Máquina de costura, é um equipamento atribuído aos consertos de peças de 
roupas danificadas que necessita o conserto ou à confecção de novas peças. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
Área de Costura 
 
Imagem 17 
 
• Elevador, o elevador é utilizado para enviar as roupas até o setor da rouparia, 
esse setor é o qual armazena os kits que será utilizado pelos profissionais. 
 
Elevador área térrea/lavanderia 
 
Imagem 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Elevador área superior/rouparia 
 
 Imagem 19 
 
• Setor rouparia, neste setor fica armazenado as roupas limpas, o funcionário 
utiliza o carro para descarregar as roupas que saiu do processo da área suja e 
limpa, se mantém para reposição e emergência, tanto roupa em rotatividade 
como em estoque de reserva. Após serem lavadas, secadas e passadas, as roupas 
limpas são separadas por tipo e armazenadas na rouparia da lavanderia. 
 
Rouparia/prateleiras com identificação 
 
Imagem 20 
 
 
20 
 
Rouparia/prateleira com identificação de cada roupa 
 
Imagem 21 
 
 
 
Rouparia/vista frontal 
 
Imagem 22 
 
21 
 
4. Fluxograma do Processo 
1.Coleta de 
roupa suja 
4.Inspecionar para 
ver se à objetos 
cortantes
8.Volta para 
a lavagem?
Sim
Não
9.Carregar o carro
10.Transportar
até a centrifuga
13.Descarregar 
na secadora
14.Secar
15.Retirar
da secadora 
16.Passar na 
calandra17.Dobrar
18.Embalar
19.Transportar 
até o elevador
20.Despachar FIM
2.Transporte
7.Colocar a roupa 
suja na lavadora
3.Retira a roupa
suja do saco
6.Retirar a roupa 
da lavadora
12.Transportar
até a secadora
11.Retirar a roupa 
da centrifuga
5.Inspeção
visual da roupa
 
22 
5. Cálculos para estimativa da capacidade da lavanderia 
 
 Em uma organização da jornada semanal de trabalho é o fator muito importante 
para a estimativa da capacidade da lavanderia hospitalar, caso aconteça de ficar 
dias não trabalhados terás um aumento significativo na capacidade de roupas a 
serem lavadas, ou seja, produzindo uma sobrecarga nos equipamentos. A taxa 
média de ocupação do hospital é em torno de 80%, considerando-se um aumento 
progressivo do uso de roupa no hospital, para uma melhoria de permanência de 
capacidade de segurança da lavanderia, utiliza-se 20% da capacidade da 
lavanderia, que tem por objetivo de compor o déficit de roupa ocasionando pelos 
dias não trabalhados ou quando o regime de trabalho semanal é mais curto. Na 
lavanderia do hospital Dr. Lauro Roberto Fogaça é realizado relatórios mensais 
de roupas a serem lavadas conforme abaixo. 
 
Exemplo de relatório utilizado pela lavanderia 
 
Imagem 23 
 
Total de roupas mês da lavanderia: 8.866 valores base; 
Total de kg/dia: 4,84. 
 
Para se calcular o peso de roupa a ser processada por dia, utiliza-se a seguinte 
fórmula: 
 
 
23 
Total de leitos x kg/leito/dia x dias trabalhados = kg/dia 
jornada de trabalho por semana 
 
61 leitos x 4,84kg/leito/dia x 7 dias trabalhados = 295,24 kg/dia 
7 dias 
 
Para cálculos do peso de roupa por hora, utiliza-se a fórmula com a redução de 
20% na jornada de trabalho, considerando-se a quebra da eficiência real do 
funcionário ou por interrupções inevitáveis. 
 
Total de leitos x kg/leito/dia = kg/h 
jornada (horas) de trabalho - 20% da jornada 
 
61 leitos x 4,84 = 295,24 = 36,905 kg/h aproximadamente de produção diária. 
 10 h – 20% 8h 
 
 
Foi elaborado o cálculo da jornada de trabalho de 10 horas, conforme o horário 
de funcionamento desta lavanderia, sendo ajornada de trabalho de segunda á 
segunda-feira. Esses cálculos são importantes para atender às necessidades do 
hospital e para ampliar no processo de dimensionamento dos equipamentos, 
ampliar ou reduzir a jornada de trabalho. 
 
Sendo assim, não é provável preestabelecer proporções da área da lavanderia, 
devido ter meses com números altos em leitos e consequentemente processo de 
lavagem maiores. 
 
24 
6. Administração da Lavanderia 
 
A administração da lavanderia hospitalar ratifica em contribuir para a segurança 
e bem-estar do paciente e do funcionário da área e priorização do padrão do 
hospital. A estrutura administrativa da lavanderia está representada no seu 
organograma na (imagem 24). A administração é feita pela empresa terceirizada 
no ramo, a NB engenharia e multisserviços obtém contrato com o hospital por 2 
anos, após o vencimento o contrato é renovado de acordo com o trabalho 
prestado ao hospital. 
A administração capta as etapas de planejamento, organização, coordenação, 
direção ou comando e controle das normas. O horário de funcionamento da 
lavanderia é das 06:00 às 18:00 horas de segunda a segunda com 
aproximadamente cinco funcionários e um diretor responsável pela lavanderia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 Hierarquia da administração da lavanderia 
D
is
tr
ib
u
iç
ão
RoupariaÁrea limpa 
C
o
st
u
ra
Es
to
ca
ge
m
Diretor 
C
ol
et
a
Área Suja 
C
en
tr
if
u
ga
ge
m
Se
ca
ge
m
C
al
an
d
ra
ge
m
Se
pa
ra
çã
o
Pe
sa
ge
m
La
va
ge
m
Serviços de apoio
Lavanderia 
Supervisor 
 
Imagem 24 
 
7. Acidentes de Trabalho 
 
Os acidentes de trabalho são ocorrências inesperadas que intervém no 
andamento normal do trabalho e que possa originar-se em lesão ao funcionário. 
Os acidentes de trabalho são causados por ação insegura do funcionário ou pelas 
respectivas circunstâncias de insegurança do trabalho. 
 
26 
Quando nos referimos a prevenção de acidentes é o processo ou sequencias 
tomadas com o propósito de banir ou reduzir os ricos, seja qual for a situação do 
trabalho. 
O objetivo da prevenção de acidentes é a valorização do funcionário, aumento da 
produtividade, redução dos custos e melhoria de qualidade de produto ou 
serviço. As empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais, que obtém 
empregados regidos pela CLT, estão obrigados a gerar e manter em 
funcionamento a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, seu 
objetivo é verificar e mencionar as condições de riscos nos ambientes de 
trabalho, propondo ao empregador as medidas necessárias para reduzir e 
eliminar os riscos existentes, e orientar os funcionários sobre a prevenção de 
acidentes, conforme a Lei nº 6514, de 22.12.77 e a NR-4, do Ministério do 
trabalho (Portaria nº 33, de 27.10.83). 
As normas e rotinas da lavanderia do hospital Dr. Lauro Roberto Fogaça fica no 
painel de comunicação para fácil visualização aos funcionários, como: 
• Não utilizar anéis, pulseiras, relógios e outros adornos; 
• Manter cabelos limpos e quando compridos, mantê-los preso; 
• Manter barba e bigode aparados; 
• Manter unhas cortadas e limpas; 
• Os uniformes devem ser mantidos limpos e em bom estado; 
• Higienizar as mãos ao iniciar as atividades, antes e após o uso de luvas e após o 
término das atividades; 
• Realizar as atividades utilizando o material de EPI adequado; luvas de 
segurança, calçado fechado impermeável ou bota; avental, gorro, óculos e 
máscara de proteção; 
• As luvas de segurança, panos, baldes e outros materiais utilizados para a limpeza 
de pisos e sanitários não deverão ser utilizados para limpeza das demais 
superfícies. 
 
27 
7.1 Condições ambientais de Trabalho 
 
As condições ambientais têm uma enorme influência na prevenção de acidentes, 
tendo a compreensão de medidas de proteção coletiva. Quando nos referimos a 
temperatura, umidade e excesso ou falta de luminosidade, ruídos e vibrações no 
ambiente da lavanderia hospitalar, podem ocasionar tonturas, mal-estar, dores de 
cabeça fadiga e entre outros. Controle adequado como temperatura, umidade, 
luminosidade, insolação, ventos dominantes e renovação do ar para a qualidade 
do funcionário. A iluminação também é um dos fatores importantes a serem 
considerados para uma boa iluminação o uso de lâmpadas fluorescentes 
distribuídas não esgotam a vista e produz menor sombra. No setor da costura 
requer muita atenção maior em iluminação do que nos demais setores, porém 
nesta lavanderia a qualidade de iluminação é baixa. 
Na lavanderia deste hospital, o ruído gera em torno de 84dB tanto para a área 
suja quanto para a área limpa, para as 10 horas trabalhadas, podemos considerar 
que o índice é alto para a ausência do protetor auricular, conforme a NR 15. 
 
 
Fonte: Guia Trabalhista 
 
28 
8. Análise na área suja 
 
Conforme a nossa visita na lavanderia hospitalar, entrevistamos os funcionários 
para saber mais sobre a área suja, eles nos informaram que na classificação das 
roupas para o processo de lavagem se encontra muitos objetos contaminados, ou 
seja, o profissional da área fez o descarte incorreto do objeto, ocasionando risco 
de contaminação ao funcionário da lavanderia, conforme imagens abaixo. 
 
Funcionário encontrou objeto contaminado 
 
Imagem 25 
 
Objeto contaminado/gases 
 
Imagem 26 
 
29 
 
 8.1 Análise área limpa 
 
Nesta fase da área limpa, ainda ocorre o risco de contaminação aos funcionários, 
como podemos verificar nas imagens abaixo, à um risco muito grande ao 
funcionário em relação ao objeto contaminado. O objeto acabou passando 
despercebido aos olhos do funcionário que fez o processo anterior da 
classificação das roupas, na área suja e sendo encaminhado junto com as roupas 
no processo da lavagem. Esse é um exemplo que ocorre no processo da área 
limpa, e a falta de conscientização dos profissionais da área. 
 
Área limpa 
 
Imagem 27 
 
 
Imagem 28 
 
30 
9. Checklist de Couto 
Checklist de Couto 
1.
1.1. Há contato da mão ou punho ou tecidos moles com alguma quina viva de objeto ou ferramenta? Não (0) Sim (1)
1.2. Não (0) Sim (0)
1.3. Não (0) Sim (1)
1.4. Não (0) Sim (1) 
1.5. Não (0) Sim (1) 
2.
2.1. Não (0) Sim (1) 
2.2. Não (0) Sim (1) 
2.3.
Não (1) Sim (0) 
2.4.
Não (0) Sim (1) 
3.
3.1. Não (0) Sim (1) 
3.2. Não (0) Sim (1) 
3.3. Não (0) Sim (1) 
3.4. Não (0) Sim (1) 
3.5. Não(0) Sim(1)
3.6. Não(0) Sim(1)
3.7. Não(0) Sim(1)
4.
4.1. Não(0) Sim(1)
4.2. Não(1) Sim(0)
5.
5.1.
Não(0) Sim(1)
5.2.
Não(0)
Sim(0) ou 
ciclo < 30s 
(1)
5.3. Não(1) Sim(0)
5.4. Não(1) Sim(1)
5.5. Não(0) Sim(1)
6.
6.1.
Não(1 ) Sim ( )
6.2. Não (1) Sim(0)
Entre 7 e 9 pontos: Fator biomecânico de moderada importância : IMPOPROVÁVEL, MAS POSSÍVEL
Entre 10 e 14 pontos: Fator biomecânico significativo: RISCO
Entre 10 e 14 pontos: Fator biomecânico significativo: ALTO RISCO 
25
Critério de Interpretação: 
Somar o total de pontos 
De 0 a 3 pontos: ausencia de fatores biomecânicos: AUSÊNCIA DE RISCO 
Entre 4 e 6 pontos: Fator biomecânico pouco significativo: AUSÊNCIA DE RISCO 
Ferramenta de trabalho
Para esforço de preensão: O diâmetro de manopla da ferramenta tem entre 20 e 25 mm 
(mulheres) e 25 e 35 mm (homens). Para esforços em pinça: o cabo não é muito fino e nem 
muito grosso e permite boa estabilidade da pega? Há ferramenta? 
A ferramenta pesa menos de 1 kg ou, no caso de pesar mais que 1kg, encontra-se suspensa por 
dispositivo capaz de reduzir o esforço humano?
Há necessidade do uso de luvas e, em sequência disso, o trabalhador tem que fazer mais força? 
Existe algum tipo de movimento que é repetivo por mais de 3000 vezes no turno? Ou o ciclo é 
menor que 30 segundos, sem pausa curtíssima de 15% ou mais do mesmo?
No caso de ciclo mais que 30 seg, há diferentes padrões de movimentos ( de forma que 
nenhum elemento da tarefa ocupemais que 50% do ciclo? 
Há rodízio (revezamento) nas tarefas,com alternância de agrupamentos musculares?
Percebem-se sinais de estar o trabalhador com tempo apertado para realizar a tarefa? 
Entre um ciclo e outro há possibilidade de um pequeno descanso? Ou há pausa bem definida 
de aproximadamente de 5 a 10 minutos por hora? 
Posto de Trabalho e esforço estático: 
A atividade é de alta precisão de movimento? Ou existe alguma contração muscular para 
estabilizar uma parte do corpo enquanto outra parte executa o trabalho? 
Repetividade e Organização do trabalho:
Há desvio ulnar ou radial forçado do punho como rotina na execução da tarefa?
Há outras posturas forçadas dos membros superiores?
O trabalhador tem flexibilidade na postura durante a jornada? 
A altura do posto de trabalho é regulável ?
CHECKLIST DE COUTO 
Avaliação Simplificada do fator biomecânico no risco para distúrbios musculoesqueléticos de mebros superiores 
relacionados ao trabalho
Há entensão ou flexão do punho forçada do punho como rotina na execução da terefa? 
Total
Força com as mãos: 
Sobre carga Física: 
Postura 
Há esforço estático da mão ou do antebraço como rotina na realização do trabalho? 
Há esforçoestático no ombro, braço ou do pescoço como rotina na excecução da tarefa? 
Quando usados para apertar botões, teclas ou componentes, para montar ou inserir, ou exercer 
compressão digital, a força de compressão exercida pelos dedos ou pela mão é de alta 
intensidade? 
O esforço manual detectado é feito durante mais que 49% do ciclo ou é repetido mais que 8 
vezes por minuto?
O trabalho exige uso de ferramentas vibratórias? 
O trabalho é feito em condições ambientais de frio ou quente excessivo? 
O trabalhador tem que movimentar peso acima de 300g como rotina em sua atividade? 
Aparentemente as mãos tem que fazer força ? 
A posição de pinça (pulpar, lateral ou palmar) é utilizada para fazer força? 
Há abdução do braço acime de 45 graus ou elevação dos braços a cima do nível dos ombros 
como rotina na execução da tarefa?
 
Imagem 29 
 
 
31 
10. Melhorias 
 
Conforme a pesquisa na lavanderia, foi possível observar que os funcionários 
realizam suas atividades com alta produtividade e condições de trabalho de alto 
risco. A lavanderia hospitalar, não possui uso de ferramentas e programas, para 
conscientização de descarte incorretos dos materiais, treinamentos aos 
funcionários e manutenção dos equipamentos. Logo abaixo, apresentamos as 
melhorias que podemos identificar no setor. 
 
Programa 5S 
 
Para a lavanderia hospitalar, pensamos na ferramenta 5S que é muito importante 
para o serviço hospitalar, como uma das formas de conscientização para os 
profissionais que não faz o descarte correto dos objetos contaminados e 
colocando a vida dos funcionários da lavanderia em risco de pegar 
contaminação. O 5S é uma ferramenta que tem por objetivo tornar o ambiente de 
trabalho organizado, limpo, disciplinado, eficaz e produtivo sendo capaz de 
aplicar em qualquer setor, a ferramenta é baseada em cinco princípios: 
• SEIRI: senso de utilização; facilidade de limpeza e manutenção; 
• SEITON: senso de organização; economia de tempo; facilidade na localização 
das ferramentas; redução de pontos inseguros; 
• SEISO: senso de limpeza; redução da possibilidade de acidentes; melhor 
conservação de ferramentas e equipamentos; 
• SEIKETSU: senso de padronização e saúde; facilidade de localização e 
identificação dos objetos e ferramentas; melhoria nas condições de segurança; 
• SHITSUKE: senso de autodisciplina; melhor qualidade, produtividade e 
segurança no trabalho; valorização do ser humano. 
 
32 
10.1 PLANILHA 5W2H 
 
O método 5W2H representa um formulário que lista as funções e informações 
importantes para a realização do planejamento, atuando como um mapeamento 
de atividades que se deseja atingir os objetivos. A lavanderia hospitalar não 
possui um plano de ação de modo simples e visual para treinamentos aos 
funcionários. Conforme a seguir, podemos verificar um modelo implantado para 
a lavanderia e as etapas do 5W2H. 
 
• WHAT - O que será feito (etapas); 
• HOW – Como deverá ser realizado cada tarefa/etapa (método); 
• WHY - Por que deve ser executada a tarefa (justificativa); 
• WHERE - Onde cada etapa será executada (local); 
• WHEN - Quando cada uma das tarefas deverá ser executada (tempo); 
• WHO - Quem realizará as tarefas (responsabilidade); 
• HOW MUCH - Quanto custa. 
 
Planilha 5W2H 
Unidade: 
Setor: 
Ação O que: Onde: Por quê: Como: Quem: Quando: Custo: 
1 Treinamento Sala de reuniões 
Alto índice de descarte de 
materiais contaminados 
junto as roupas
Reunião com os 
colaboradores
Liderança do setor Novembro 2018
Horas homens 
trabalhadas
2 Treinamento Lavanderia
Postura incorreta de 
trabalho 
Reunião com os 
colaboradores
Fisioterapeutas Novembro 2018
Horas homens 
trabalhadas
3 Treinamento Lavanderia
Prevenção de acidentes 
de trabalho e uso de 
equipamentos EPI's
Reunião com os 
colaboradores
SESMT Novembro 2018
Horas homens 
trabalhadas
4 Treinamento Lavanderia
Forma correta de 
utilização dos 
equipamentos EPI's
Reunião com os 
colaboradores
Supervisor Novembro 2018
Horas homens 
trabalhadas
5 Treinamento Lavanderia Verificar e atualizar 5S
Reunião com os 
colaboradores
Supervisor Novembro 2018
Horas homens 
trabalhadas
Plano de ação: 
Responsável: Alan Barbosa 
Programação dos treinamentos
Lavanderia 
PLANO DE AÇÃO 
Data de validação : 23/10/2018
Nº 001
Hospital Municipal Dr. Lauro Roberto Fogaça
 
Imagem 30 
 
 
 
33 
10.2 Planilhas Controle de Notificação de Materiais 
 
Com a finalidade de melhorias, elaborou-se planilha para notificação de 
materiais contaminados que foram encontrados no meio das roupas, tendo uma 
visão e dados de qual setor faz o descarte incorreto dos materiais contaminados. 
 
Planilha para notificação de materiais 
REFERENTE/MÊS: _____/_____/____
DATA HORÁRIO COLABORADOR MATERIAIS QTD SETOR ORIGEM ASS:. PELA RETIRADA 
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
____/____/____ :
Responsável ciente: Ass:. Data: _____/_____/____
NOTIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
 
Imagem 31 
 
 
 
10.1 Cronogramas de Manutenção dos equipamentos 
 
A lavanderia hospitalar não possui um cronograma de manutenção preventiva 
para as máquinas. Desenvolvemos um modelo de cronograma (imagem 32) 
conforme a norma NR12.112 que relata sobre as manutenções que devem ser 
registradas e estar disponíveis aos funcionários envolvidos nesta operação. A 
manutenção dos equipamentos quando é programada e bem realizada, é algo que 
gera bons resultados para a empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
34 
Registro de manutenção preventiva dos equipamentos 
Imagem 32 
 
 
10.1.2 Planilhas de Manutenção dos Equipamentos Preventiva e Corretiva 
 
Elaborou-se para a lavanderia hospitalar, planilhas para manutenção preventiva e 
corretiva para obter o controle e não ocorrer possíveis falhas no processo. 
 
Planilha de manutenção preventiva 
DATA RESP.
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
Nº de Série: 
REGISTRO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA 
Elaborado: ___________________ Data: _____/_____/____ Aprovação: _______________
REGISTRO DA MANUTENÇÃO REALIZADAASS.: DO EXECUTANTEOCORRÊNCIAS
Nº.: 01
PERIODICIDADEVERIFICAÇÃO
Equipamento: 
Modelo: Ano: 
Ident.:
Fabricante: 
 
Imagem 33 
 
 
 
Quinzenal 
Trimestral
Out Nov Dez
REGISTRO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS 
Nº Folha: 01
Ano: 2018
Abril Maio Junh Jul Ago Set
Máq. Cost Máquina de costura
Elaborado por: Supervisor Data: ____/____/____ Aprovação: Alan Barbosa Data: ____/____/____ 
Calan
Embal
Calandra 
Embalagem
Elev Elevador 
Lavadora 2
Lavadora 1
Centrifuga 1
Centrifuga 2
Secadora 1
Secadora 2 
Lav-01
Lav-02
Cent-01
Cent-02
Sec-01
Sec-02
Identificação Equipamento Jan Fev Mar
 
35 
Planilha de manutenção corretiva 
DATA RESP.
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
____/____/____
Elaborado: ___________________ Data: _____/_____/____ Aprovação: _______________
REGISTRO DA MANUTENÇÃO REALIZADA
OCORRÊNCIAS/MANUTENÇÃO ASS.: DO EXECUTANTE
VERIFICAÇÃO GARANTIA S/N-MESES
REGISTRO DE MANUTENÇÃO CORRETIVA Nº.: 01
Ident.: Equipamento: 
Nº de Série: 
Fabricante: Modelo: Ano: 
Imagem 34 
11. CONCLUSÃO 
Com este arquivo em campo na lavanderia hospitalar do hospital Dr. Lauro 
Roberto Fogaça, mostrou que obtém riscos ocupacionais que se relacionam 
diretamente às condições ambientais e organizacionais desse setor. Identificamos 
através do checklist de couto a percepção dos funcionários dos seguintes 
agravos: riscos ergonômicos, ruído e calor excessivo, risco de acidentes, com 
materiais perfurocortantes que ocasiona estresse e transtornos na vida do 
trabalhador. A falta de treinamentos aos funcionários sobre a utilização correta 
do uso de EPI’S e orientações sobre a postura. 
Observamos a ausência de manutenção dos equipamentos, como corretiva e 
preventiva o que pode ocasionar problemas técnicos e consequentemente, tempo 
ocioso e gerando atrasos no processo das roupas. 
Foi observado também, a falta de demarcação de localização dos equipamentos e 
produtos químicos conforme a NR26. 
Salientamos como melhorias para a lavanderia hospitalar, ferramentas da 
qualidade, treinamentos e reciclagem de conscientização aos profissionais que 
fazem o descarte incorreto dos materiais contaminados. De maneira geral, pode 
 
36 
se afirmar que esses sinais negativos observados são consequência do controle e 
da falta de cobrança de produtividade das chefias. 
 
12.REFERÊNCIAS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Processamento de 
roupas em serviços de saúde: prevenção e controle de riscos.: Anvisa, Brasília 
2009. Disponível em 
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Acesso em 02/09/2018. 
 
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Cientifica, 6ed. São Paulo: Pearson 2006. 
 
CYBIS, A. Walter, HOLTZ Adriana, FAUST, R. Betiol, Ergonomia e 
Usinabilidade – Conhecimentos, Métodos e Aplicações, 3ed. São Paulo: 
Novatec 2015. 
 
DINIZ, P. Denise, Qualidade de Vida saúde e trabalho, 2.ed. São Paulo: Manole 
2013. 
 
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2010.GUIA 
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<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15_anexoI.htm>. Acesso em 
19/10/2018. 
 
KROEMER, K. H. E, GRANDJEAN, E. Manuel de Ergonomia Adaptando o 
Trabalho ao Homem 5.ed. São Paulo: Bookman 2001. 
MASCARENHAS A. Sidnei, Metodologia Cientifica, 1ed. São Paulo: Pearson 
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http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/processamento_roupas.pdf
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15_anexoI.htm
 
37 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Lavanderia Hospitalar.: Centro de 
Documentação do Ministério da Saúde, Brasília 1986. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/lavanderia.pdf> Acesso em 
13/09/2018. 
 
MOTTA, Valentim, Fabrício. Avaliação Ergonômica de Postos de Trabalho no 
setor de Pré-Impressão de uma indústria Gráfica, 2009, Juiz de Fora, MG. 
Disponível em:<http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2009_1_Fabricio.pdf >. 
Acesso em: 28/09/2018. 
 
PEIXE, Miguel, Maria, Adriana, EGGERT, Von, Sawczuk, Neusa, 
TRIERWEILLER, Cristina, Andréa, PEIXE, Severo, Juliano. Abordagem 
Ergonômica do Ambiente de Trabalho na Percepção dos trabalhadores,2014, PR. 
Disponível em: 
<http://www.convibra.com.br/upload/paper/2014/34/2014_34_9178.pdf> 
Acesso em: 28/09/2018. 
 
PESAMOSCA, Daniela. Análise de um Posto de Trabalho (AET) em uma 
empresa de confecções,2014, SC. Disponível em 
<http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/01/Daniela-
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ROSSETE, A. Celso, Segurança e Higiene no Trabalho, 1. ed São Paulo: 
Pearson 2015. 
 
ROSSETE, A. Celso. Biossegurança são Paulo editora Pearson 2017 
SILVA, J. C. Plácido; PASCHOARELLI L. C; A evolução Histórica da 
ergonomia no mundo e seus Pioneiros 1ed. São Paulo: UNESP 2010. 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/lavanderia.pdf
http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2009_1_Fabricio.pdf
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http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/01/Daniela-Pesamosca.pdf
http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/01/Daniela-Pesamosca.pdf
 
38 
VENANZI, D. Introdução a Engenharia de Produção conceitos e casos práticos, 
1.ed. São Paulo: 2017. 
 
YIN, K. Robert. Pesquisa Qualitativa do Inicio ao Fim- métodos de pesquisa 
1ed. São Paulo: Penso 2010.

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