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RESENHA TEMÁTICA - AUDITORIA GERAL

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RESENHA TEMÁTICA: AUDITORIA GERAL 
 
Kleber Luis Oliveira Da Costa 
MBA em Auditoria e Finanças 
Disciplina: Auditoria 
 
Em todo o mundo existem milhões de organizações, que realizam diariamente 
serviços e produzem bens de toda natureza. As organizações ganharam o formato 
como é conhecido atualmente, a partir da Revolução Industrial que ocorreu na metade 
do século XVIII (LELIS, 2010). Com o crescimento das pequenas empresas e a 
substituição das empresas familiares por grandes organizações, surgiu a separação 
das funções de gestão e o desenvolvimento das demais atividades empresariais. A 
organização precisa de uma estrutura interna mais forte, bem como da gestão da 
empresa e do controle de processos internos (LELIS, 2010). 
Os gestores passam a apoiar-se nos novos sistemas de decisão e controle, 
devido ao aumento do nível de exigência do mercado, o que levou o mundo 
coorporativo a se tornar mais exigente e competitivo, fato que levou a uma mudança 
na forma de gestão das empresas. A demanda do mercado pelo melhor desempenho 
das empresas no processo de organização e a acirrada competição impõem requisitos 
mais elevados, exigindo empresas mais dinâmicas (PAMPONET, 2009). 
Estes acontecimentos levaram ao surgimento da auditoria, que, devido à 
evolução do sistema capitalista, trouxe consigo a expansão do mercado e o 
acirramento da concorrência. Com o crescimento das organizações surge a 
necessidade de demonstrações contábeis confiáveis, para que futuros investidores e 
acionistas tenham uma posição patrimonial e financeira correta das empresas 
(ALMEIDA, 2010). 
À medida que o mercado se expande, as demonstrações financeiras 
tornaram-se mais importantes porque são uma ferramenta tanto de verificação de 
dívida da empresa, como de investimento de capital. Assim, os futuros investidores 
exigem que essas demonstrações sejam revisadas por profissionais independentes 
com capacidade técnica, ou seja, auditores independentes. No Brasil, a auditoria 
começou na década de 1930, quando empresas internacionais entraram no Brasil. 
Mas ficou nacionalmente conhecida em 1968 através do Banco Central do Brasil 
(Bacen). Tendo maior reconhecimento em 1972 pelo Bacen, Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC) e com a instituição do IBRACON (PAMPONET, 2009). Enfatiza-
se também a necessidade de investidores e proprietários confirmarem se o patrimônio 
apresentado nos relatórios contábeis é verdadeiro. Isso se deve ao crescimento 
econômico e financeiro das empresas e a expansão para outros países. 
A Auditoria pode ser definida como avaliação de rotinas, processos, 
transações e operações de uma entidade, que através de procedimentos técnicos tem 
como objetivo emitir um RAI (relatório de auditoria independente) sobre a adequação, 
de demonstrações e procedimentos (CREPALDI, 2007). 
Em outras palavras a auditoria tem como objetivo verificar se as 
demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes, levando em 
consideração aspectos econômico-financeiros e patrimoniais das entidades para que 
o auditor possa emitir um relatório de auditoria independente sobre as demonstrações 
(CAMARGO; CAMARGO; DUTRA; ALBERTON, 2011). Cabe ressaltar que a auditoria 
não conta como usuários das informações obtidas e relatadas apenas o contratante, 
mas também os usuários externos das informações, para que tenham a segurança 
das informações recebidas da entidade. Além de atentar para a conformidade das 
informações junto às normas e princípios contábeis, o auditor também verifica a forma 
como as demonstrações e informações são comunicadas a terceiros. (PINHO, 2007). 
Pode se dizer então que a auditoria surgiu da necessidade de investidores 
obterem a certeza de que as demonstrações contábeis de uma organização refletem 
a realidade patrimonial da empresa. As informações são utilizadas pela própria 
organização auditada, bem por como administradores e investidores, e por terceiros, 
como órgãos governamentais, sociedade e bancos. 
Além do fato de que as empresas necessitam demonstrar aos stakeholders 
seu real quadro contábil, de maneira transparente, verídica e eficaz, há uma outra face 
da auditoria que visa antecipar o trabalho feito por um órgão externo. Tal 
responsabilidade é atribuída à Auditoria Interna, que tem como objetivos, além de 
avaliar a empresa previamente, auxiliar no processo decisório da gestão, trazer 
estratégias inovadoras para controles internos, tornando as organizações mais 
competitivas e sólidas em conformidade com o modelo de gestão empresarial. Ou 
seja, por meio de controle interno e dos processos, a auditoria interna auxilia a 
estrutura organizacional interna a tornar-se mais forte, contribuindo para a gestão de 
riscos, e a sobrevivência e evolução da empresa no mercado. A auditoria interna tem 
papel fundamental na prestação de contas, medição do desempenho e no sistema de 
informações da empresa, utilizando normas e padrões técnicos e éticos (CREPALDI, 
2007). 
A evolução da auditoria interna dentro das organizações é notória e isto tem 
gerado um maior valor para este setor. O enfoque da auditoria interna nos riscos e na 
gestão corporativa justifica tal importância para as organizações. 
A auditoria interna pode ser conceituada como um procedimento a ser 
seguido, formalizado tecnicamente, e que busca agregar valor a organização. A 
metodologia consiste em aperfeiçoar os processos da empresa para além de dar 
apoio à administração, minimizar a possibilidade de fraudes (ATTIE, 2007). 
O objetivo da auditoria interna emitido pelo Conselho Federal de 
Contabilidade – CFC pela Norma de Brasileira de Contabilidade Técnica – NBC TI 01 
– Auditoria Interna é: 
 A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com 
enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade 
agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o 
aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio 
da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos 
relatórios. 
 
Entende-se a Auditoria interna como uma atividade exercida por funcionário 
da própria instituição, que atue de forma independente, isto é, com liberdade de 
acesso a qualquer setor da empresa, tendo por objetivo adicionar valor e melhorar os 
procedimentos operacionais da entidade. Seu papel principal é atingir seus objetivos 
elaborando relatórios e certificando a credibilidade das informações contábeis e 
operacionais voltadas à tomada de decisões. 
A sua finalidade é de averiguar se as normas internas estão sendo cumpridas 
pelos funcionários, verificando como estão sendo executadas, e havendo necessidade 
sugerir ações para o seu aprimoramento, bem como Franco e Marra definem a 
Auditoria Interna, como aquela exercida por funcionário da própria empresa, em 
caráter permanente. Apesar de seu vínculo à empresa, o Auditor Interno deve exercer 
sua função com absoluta independência profissional, preenchendo todas as 
condições necessárias ao auditor externo, mas também exigindo da empresa o 
cumprimento daquela que lhe cabem. Ele deve exercer sua função com total 
obediência às normas de auditoria e o vínculo de emprego não lhe deve tirar a 
independência profissional, pois sua subordinação à administração da empresa deve 
ser apenas sob o aspecto funcional. (FRANCO; MARRA; 2009) 
Dentre as diversas atividades desempenhadas pela função de auditoria, 
destaca-se a importância da visão do auditor para a continuidade dos negócios da 
organização auditada. A condição da função auditoria não deve ser limitada apenas à 
confiabilidade das demonstrações contábeis e financeiras das Auditorias 
independentes ou à implementação de controles e padrões internos pelo auditor 
interno. 
De modo geral, as auditorias independentes desempenham um papel 
importante na organização. Pois, cabe a ela revisar todo o processo da organizaçãoe avaliar os possíveis riscos que possam vir a existir e de alguma forma afetar os 
negócios do cliente, ressaltando ainda a revisão do Controle interno, onde a auditoria 
irá analisar os resultados das auditorias internas para aferir se pode ser atribuída 
credibilidade às informações fornecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo Textos, 
Exemplos e Exercícios Resolvidos. 7. ed. São Paulo: Atlas S.a., 2010. 517 p. 
ATTIE, William. Auditoria Interna. 2º ed. São Paulo: Atlas S.a., 2007. 
BOYNTON, William C.; JOHNSON, Raymond N.; KELL, Walter G.. Auditoria. São 
Paulo: Ed. Atlas S.a., 2002. 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 4º ed. São Paulo: 
Atlas S.A., 2007. 
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil: Normas de Auditoria, 
Procedimentos e Papéis de Trabalho, Programas de Auditoria, Relatórios de Auditoria. 
4ª Edição, São Paulo: Atlas, 2009. 
JUND, Sergio. Auditoria: Conceitos, Normas, Técnicas e Procedimentos. 4. ed. Rio 
de Janeiro: Impetus, 2002. 513 p. 
LÉLIS, Débora Lage Martins. Percepção de Auditores e Auditados sobre as 
Práticas de Auditoria. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais - Anais, 
2010. 182 p. Disponível em: 
<https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUK
EwiGjvSHzNvwAhUaqZUCHZI3A3UQFjAFegQIChAD&url=https%3A%2F%2Fcepco
n.face.ufmg.br%2Fcursos%2Fmestrado%2Fdissertacoes%2Fcategory%2F43-
2010.html%3Fdownload%3D192%3Apercepcao-de-auditores-e-auditados-sobre-as-
praticas-de-auditoria-interna-em-uma-empresa-do-setor-
energetico&usg=AOvVaw1tFr31Xrm3ROWRPDW2oPL3 >. Acesso em: 20 mai. 2021. 
PAMPONET, Arnaud Velhoso. Auditoria Interna de Processos. Fortaleza: Portal de 
Auditoria, 2009. 15 p. Disponível em: 
<http://www.portaldeauditoria.com.br/artigos/auditoriainternadeprocessos.pdf>. 
Acesso em: 19 mai. 2021. 
CAMARAGO, Rita de Cássia Correa Pepinelli; CAMARGO, Raphael Vinicius Weigert; 
DUTRA, Marcelo Haendchen; ALBERTON, Luiz. A Percepção dos Auditados em 
Relação às Competências Comportamentais dos Auditores Independentes: Um 
estudo empírico na região da grande Florianópolis/SC. São Paulo: 11º Congresso Usp 
de Controladoria e Contabilidade, 2011. 18 p. Disponível em: 
<https://www.revistas.usp.br/rco/article/view/55303/72196>. Acesso em: 20 mai. 
2021. 
PINHO, Ruth Carvalho de Santana. Fundamentos de Auditoria: Auditoria Contábil 
Outras Aplicações de Auditoria. São Paulo: Atlas S.a., 2007. 188 p. 
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade 2011 n. 1.329/11. (2011). NBC TI 
01 – Auditoria Interna. Disponível em: 
<https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_986.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2021.

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