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Fisiologia cardíaca 2 - músculo cardíaco, contração, ciclo cardíaco

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 Estrutura do músculo cardíaco: 
- Estriado e bifurcado (uma única célula vai se 
comunicar com várias outras células) 
 
- Nas junções comunicantes os estímulos elétricos 
conseguem passar de uma célula para a outra 
(comunicação entre eles muito mais rápida) 
- Isso forma o Sincício elétrico: as fibras musculares 
cardíacas são atravessadas por discos intercalares 
(membranas celulares que separam as células 
individualmente) que conectam as células cardíacas 
em série. Este sistema torna o músculo cardíaco 
um sincício, onde o estímulo se propaga de uma 
célula para outra com muita facilidade 
 
 
 Contração do músculo cardíaco: 
 
 
- Dentro dos retículos sarcoplasmáticos contém o 
cálcio que é importante para a contração 
- Túbulos T são fundamentais para quando o 
estímulo chegar na célula ele vai ser distribuído para 
toda a célula igualmente, através deles 
- Sarcômero é a unidade funcional das fibras 
musculares, vai realizar a contração 
 
Cardiovascular 2 
- As estrias presentes no músculo esquelético e 
cardíaco são advindas da região da BANDA A 
 
 
 
- A distribuição de proteínas do citosol é 
responsável pelo padrão de bandas do sarcômero 
 
- Quando o estímulo chegar no túbulo T ele vai 
induzir uma liberação de cálcio no retículo 
sarcoplasmático 
 
 
- No retículo sarcoplasmático tem-se o Canal de 
Rianodina que é sensível a cálcio 
 
- O Canal de Rianodina é como se fosse um 
sistema de chave-fechadura, uma fechadura tem 
uma alta afinidade para o cálcio, quando isso 
acontece começa a abertura desse canal 
- Depois de um tempo, começa a perda de cálcio, 
fazendo com que tenha excesso de cálcio no 
citoplasma. Assim o cálcio começa a se ligar na 
outra fechadura do Canal de Rianodina que tem 
pouca afinidade 
- O retículo sarcoplasmático fecha o canal e o 
cálcio não sai mais 
- A abertura desse canal depende da quantidade 
de cálcio fora da célula 
- O potencial de ação na fase 2 faz com que 
entre Ca²+ dentro da célula (abrindo os canais de 
rianodina), aumentando a concentração do mesmo 
no citoplasma e contraindo o músculo 
 
 
 
 
 
 
- Para a célula relaxar existe uma “bomba” que 
coloca o Ca²+ para dentro do retículo 
sarcoplasmático utilizando ATP 
- Além disso tem-se outros dois trocadores: 
 Coloca Ca²+ para fora da célula e 3Na+ 
para dentro do citoplasma 
 Bomba de sódio e potássio: pegar todo 
o 3Na+ que o trocador anterior colocou 
para dentro do citoplasma e vai colocar 
para fora, e adicionar 2K+ para dentro 
 
 
 
 
 
 
- Os filamentos finos (moléculas de actina) e os 
filamentos grossos (moléculas de miosina) precisam 
se ligar para acontecer a contração 
- Porém, a tropomiosina impede essa ligação 
- A troponina é uma molécula que vai regular a 
posição da tropomiosina 
- Quando se tem a entrada de Ca²+ no citosol (alta 
concentração), faz com que ele se ligue a troponina 
e a tropomiosina sai de cima do local de irrigação da 
actina. Assim, a actina e a miosina podem se 
encontrar levando ao movimento de força 
(encurtando a fibra muscular) 
 
- Diferença do músculo esquelético e do músculo 
cardíaco em relação à contração: 
 
 O período refratário do músculo 
esquelético é curto, por isso ele permite 
que tenha vários estímulos 
 
 O músculo cardíaco por ter seu período 
refratário maior fica impossibilitado de 
chegar na sua tensão máxima, então ele 
não vai parar de contrair 
 
 
 Ciclo cardíaco: conjunto de eventos que 
ocorrem entre o início de um batimento e o 
início do próximo 
- Fases: 
 Sístole (saída de sangue para os 
ventrículos): contração isovolumétrica, 
ejeção ventricular rápida e ejeção 
ventricular lenta 
 Diástole (entrada de sangue no coração): 
relaxamento isovolumétrico, enchimento 
ventricular rápido, enchimento ventricular 
lento e sístole atrial 
- Associação ECG com o ciclo cardíaco: 
 
 
 
 
- Diástole: 
 Enchimento ventricular (FASE A): 
enchimento ventricular rápido e 
enchimento ventricular lento (diástase) 
 Sístole atrial (FASE B): onda p do ECG, 
enche o ventrículo em + 20% a 25% e 
pressão atrial é maior do que a pressão 
ventricular – contração atrial força uma 
pequena quantidade de sangue para 
dentro dos ventrículos 
- Sístole: 
 Contração Isovolumétrica (FASE B – FASE 
C): fechamento da válvula atrioventricular 
e correlação com QRS do ECG – período 
no qual os ventrículos começam a contrair, 
há aumento de pressão intraventricular 
sem alteração no volume de sangue 
 Ejeção Ventricular Rápida (FASE C – FASE 
D): abertura das valvas semilunares e 
ejeção de -70% do volume ventricular 
 Ejeção Ventricular Lenta (FASE D): ejeção 
de -30% do volume ventricular, 
fechamento das valvas semilunares e 
correlação com onda T do ECG 
- Diástole: 
 Enchimento ventricular (FASE D – 
FASE A): período no qual os 
ventrículos relaxam, há diminuição de 
pressão intraventricular sem 
alteração de volume, inicia após o 
fechamento das valvas semilunares e 
termina com a abertura das valvas 
atrioventriculares 
 
- Relação ciclo/pressão/volume/ECG: bulhas 
cardíacas 
 1ª bulha: fechamento das valvas 
atrioventriculares (mitral e tricúspide); 
 2ª bulha: fechamento das valvas 
arteriais (aórtica e pulmonar); 
 3ª bulha: enchimento ventricular 
rápido; 
 4ª bulha: contração atrial 
 
 
 
- Diagrama pressão/volume: 
 
 
 
 
 
 
 
 A: valvas atrioventriculares abertas 
 A – B: enchimento ventricular 
 B – C: sístole atrial 
 C: fechamento das valvas 
atrioventriculares 
 C – D: contração isovolumétrica 
 D: abertura das valvas semilunares 
(aórtica) 
 D – E: ejeção ventricular rápida 
 E – F: ejeção ventricular lenta 
 F: fechamento da valva semilunar 
 F – A: relaxamento isovolumétrico 
 Volume Sistólico Final (VSF): volume de 
sangue no ventrículo esquerdo após 
ejeção (ml) FASE A 
 Volume Diastólico Final (VDF): volume de 
sangue presente no ventrículo ao final da 
diástole (ml) FASE C 
 Débito/Volume Sistólico (DS ou VS): volume 
de sangue ejetado pelo ventrículo em uma 
contração (sístole) (ml): VDF – VSF = VS 
- Fração de ejeção (a porcentagem do quanto de 
sangue que será colocado para fora): 
FE= VS / VDF FE: fração de ejeção 
 VS: volume sistólico 
 VDF: volume diastólico final 
Fração de ejeção normal igual ou maior do que 55% 
- Débito cardíaco (volume de sangue ejetado pelo 
ventrículo por unidade de tempo/ em repouso, 
aproximadamente 5 litros por minuto): 
DC= FC X VS DC: débito cardíaco 
FC: frequência cardíaca (batimentos por minuto) 
VS: volume sistólico (ml) 
- Fatores que determinam o débito cardíaco: 
 Frequência cardíaca 
 Contratilidade 
 Pré-carga (Lei de Frank-Starling) – volume 
 Pós-carga – pressão 
 
- Pré-Carga: 
 Aumento de sangue nos ventrículos no 
final da diástole (e pressão diastólica) 
 Aumentando em: hipervolemia, problemas 
nas válvulas cardíacas e insuficiência 
cardíaca 
- Pós-Carga: 
 Algo que vai dificultar a saída de sangue do 
coração 
 Hipertensão arterial e vaso constrição 
  Trabalho cardíaco

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