CONTRAÇÃO E GERAÇÃO DE TRABALHO DO MÚSCULO CARDÍACO - RESUMO FISIOLOGIA

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N I C O L E M A L H E I R O S - M E D I C I N A 
N I C O L E M A L H E I R O S - M E D I C I N A 
Produtora Verificada
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
CONTRAÇÃO E GERAÇÃO DE TRABALHO DO 
MÚSCULO CARDÍACO 
 
. Coração direito: bombeia sangue para os 
pulmões 
. Coração esquerdo: bombeia sangue para 
as regiões periféricas 
. Átrio D e E: é uma bomba mais fraca que 
ajuda o ventrículo a propelir sangue para o 
seu interior 
. Ventrículo: fornecem força de 
bombeamento principal que propele o 
sangue através da circulação pulmonar (VD) 
e da circulação periférica (VE). 
. Fibras especializadas excitatórias e 
condutoras: se contraem fracamente pois 
possuem poucas fibras contráteis, mas são 
elas que conduzem os potenciais de ação 
que são responsáveis pelo controle dos 
batimentos rítmicos. 
- O MIOCÁRDIO COMO UM SINCÍCIO: os 
discos intercalados ajudam na união das 
células do tecido muscular, ajudando 
também na propagação dos impulsos 
elétricos, já que formam as “junções gap” 
(fusão das membranas intercalares através 
dos discos), as quais permitem rápida 
difusão dos íons. Essa interconexão é o que 
permite uma propagação do potencial de 
ação de célula a célula, depois que ela é 
excitada. 
O coração é composto por 2 sincícios, o 
atrial e o ventricular. 
 
Os átrios são separados por um tecido 
fibroso, barreira que os potenciais não 
conseguem atravessar. Em vez disso, eles 
passam pelo feixe A-V, um sistema 
especializado de condução. Essa divisão 
permite que os átrios se contraiam pouco 
antes dos ventrículos, situação importante 
para o bombeamento cardíaco. 
- POTENCIAIS DE AÇÃO NO MÚSCULO 
CARDÍACO: tem em média 105 
milivolts, apresentam um platô, o qual faz 
a contração muscular ventricular durar cerca 
de 15 vezes mais que as contrações do 
musculo esquelético. 
(1) O que causa o potencial de ação 
prolongado e o platô é a presença dos 
canais lentos de cálcio/ canais de 
cálcio-sódio, que são mais lentos para 
abrir e para fechar. Durante esse tempo 
mais prolongado uma quantidade maior de 
íons de cálcio e sódio penetram as fibras 
miocárdicas, prolongando o processo de 
despolarização, causando o platô. 
Os íons de cálcio que entram durante a fase 
de platô, ativam o processo de contração 
muscular. 
(2) A permeabilidade da membrana celular 
cardíaca aos íons de potássio DIMINUI 
cerca de 5 vezes, o que não ocorre nos 
músculos esqueléticos. Essa redução na 
permeabilidade pode ser o resultado do 
influxo excessivo de cálcio pelos canas 
cálcio-sódio e diminui a saída dos íons de 
potássio, impedindo assim o retorno rápido 
do potencial para o nível basal. 
A velocidade de condução nas fibras de 
Purkinje (sistema condutor especializado 
do coração) chega a 4m/s. 
- Fibras de Purkinje: são muito calibrosas, 
o que permite uma transmissão quase 
instantânea do impulso cardíaco por quase 
todo o músc. Ventricular. Há também uma 
grande quantidade de junções comunicantes 
nos discos intercalares, por isso os íons são 
transmitidos com mais facilidade de uma 
célula para outra, aumentando a velocidade 
dessa transmissão. O fato delas terem 
poucas miofibrilas, faz com que elas se 
contraiam mto pouco durante a transmissão 
do impulso. 
 NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 
 
 
 
- A FUNÇÃO DOS ÍONS DE CÁLCIO E 
TÚBULOS TRANSVERSOS (TÚBULOS T): 
mecanismo pelo qual o potencial de 
ação provoca a contração das 
miofibrilas. 
No músculo o potencial de ação se difunde 
para dentro das fibras musculares, 
passando pelos túbulos T, agindo 
posteriormente nas membranas dos túbulos 
sarcoplasmáticos longitudinais, para causar 
a liberação dos íons de cálcio no 
sarcoplasma muscular, eles interagem com 
a troponina formando pontes cruzadas 
(cross-bridges) causando assim, a 
contração muscular. 
. A força de concentração cardíaca depende 
muito da concentração dos íons de cálcio nos 
líquidos extracelulares. Já que, as aberturas 
do Túbulos T passam diretamente através 
da membrana da célula miocárdica para o 
espaço extracelular, dessa forma a 
quantidade dos íons de cálcio no sistema de 
túbulos T (para ocasionar a concentração 
cardíaca) depende da concentração de Ca+ 
presente no LEC. 
 
 
 
- PRODUÇÃO DE TRABALHO PELO 
CORAÇÃO: o trabalho sistólico do coração é 
a quantidade de energia que o coração 
converte em trabalho a cada batimento, ao 
bombear sangue pelas artérias. 
Tem dois componentes: 
(1) Trabalho volume-pressão ou 
externo: consome maior parte da energia e 
é utilizado para propelir o sangue venoso 
para o arterial, de pressões elevadas. 
(2) Energia cinética de fluxo sanguíneo: 
consome pouca energia e é utilizado para 
acelerar o sangue até a sua velocidade de 
ejeção, pelas valvas A-P