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Aula 7 - Módulo mão - Síndromes Compressivas

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Módulo mão – Síndromes 
compressivas do membro superior 
As principais patologias não traumáticas 
encontradas são: Síndrome do túnel do 
carpo, tendinite de Quervain, dedo em 
gatilho e cisto sinovial. 
Compressões do membro superior 
Sd. Do desfiladeiro torácico, Sd. do 
espaço quadrilátero, Compressão do N. 
supraescapular, Sd. compressivas do N. 
mediano, Sd. Pronador, Sd. do interosseo 
anterior. 
Sd. do desfiladeiro torácico 
O desfiladeiro torácico é a região de 
transição entre a região cervical e o tórax 
é uma área estreita na qual o feixe 
vasculho nervoso é representado pelo 
plexo braquial, artéria subclávia e veia 
subclávia. 
A compressão pode acontecer na região 
cervical, triângulo escaleno, 
costoclavicular ou no espaço 
quadrilátero. 
Quando esse plexo se divide em nervo 
ulnar, mediano e radial, também existem 
pontos críticos de compressão. 
Nervo radial 
Quando comprime próximo ao punho, na 
região dos tendões extensores irá ocorrer 
uma compressão sensitiva no dorso da 
mão (primeiro, segundo, terceiro e 
metade do quarto dedo); 
Quando existe uma compressão na 
região do túnel radial, ocorrerá uma 
compressão motora; 
Uma compressão alta, na região do terço 
médio do úmero, é responsável pela 
síndrome/paralisia do sábado à noite ou 
“paralisia dos amantes”; 
Nervo ulnar 
Na região do punho, próximo ao canal de 
Guyon, acarreta na síndrome do túnel de 
Guyon. Também pode ser comprimido 
no túnel cubital. Quando ocorre uma 
compressão mais severa, além dos 
sintomas sensitivos (parte dorsal e volar 
da metade do quarto dedo e quinto dedo), 
podem ocorrer sintomas motores (atrofia 
dos interósseos, atrofia da região 
hipotênar e deformidade do quarto e 
quinto dedos “mão papal” ou “mão em 
garra ulnar”); 
Nervo mediano 
Podem ocorrer em áreas altas (acima do 
cotovelo), na região do pronador 
redondo (Síndrome do pronador 
redondo), na região do arco do flexor 
superficial dos dedos que acomete o 
interósseo anterior ou na região do túnel 
do carpo. 
 
Síndrome do Túnel do Carpo 
É a síndrome mais comum das 
compressões no membro superior. 
Mais frequente nas mulheres na quarta e 
sexta décadas de vida. 
O assoalho do túnel do carpo é formado 
pelos ossos do carpo e o teto é formado 
pelo ligamento carpal ou ligamento 
transverso do carpo. O conteúdo são os 
quatro tendões flexores superficiais dos 
dedos, os quatro tendões flexores 
profundos dos dedos, o flexor longo do 
polegar e o nervo mediano. 
Fatores predisponentes 
Qualquer alteração que causar um 
aumento do conteúdo do túnel do carpo, 
por exemplo, edema causado por 
alterações hormonais (menopausa, 
hipotireoidismo, diabetes) ou tudo que 
diminuir o túnel (fratura de rádio distal 
que consolidou viciosamente); 
Quadro clínico 
Parestesia na mão, acompanhada ou não 
de dor, inicialmente de caráter noturno, 
sendo que, o comprometimento 
unilateral é mais frequente e mais 
comum na mão dominante. 
Exame físico 
Alteração sensitiva na área do mediano, 
em casos mais graves observa-se a 
atrofia tênar e fraqueza na pinça. Pode 
irradiar proximalmente até o ombro. 
Teste de Phalen 
Mantem o membro em flexão durante 1 
minuto, positivo reproduz os sintomas; 
O Phalen invertido realiza com o punho 
em dorsiflexão; 
Sinal de Tinel 
Realiza a digito percussão no nervo e o 
paciente refere uma irradiação nas 
pontas dos dedos; 
Teste de Durkan 
Digitocompressão na região do túnel do 
carpo. É o teste mais específico e mais 
sensível. 
Diagnóstico 
É basicamente clínico. 
Pode-se contar com 
eletroneuromiografia (padrão-ouro e 
confirma o diagnóstico clínico); 
radiografias (Túnel view, e auxilia muito 
pouco. Realizada para descartar 
anormalidades ósseas); laboratoriais 
para avaliar doenças sistêmicas. 
Classificação 
Leve: Teste provocativos positivos e 
sintomas transitórios; 
Moderada: Sintomas constantes, 
paresia e hipoestesia; 
Grave: Hipotrofia e alteração grave da 
sensibilidade; 
Tratamento 
É cirúrgico, o tto conservador é um 
tratamento de exceção. 
Realiza-se a abertura do ligamento 
transverso do carpo. 
Acesso longitudinal tradicional: 
utilizando como referência a borda radial 
do dedo anular entre a região tênar e 
hipotênar; 
Ziguezague: Incisão um pouco maior e 
é utilizada em casos de recidivas, em 
pacientes com túnel do carpo atípico, 
quando possui alterações anatômicas 
(para retirada de cisto, tumor, 
consolidações viciosas). Possui maior 
morbidade e pode ver todas as estruturas 
e alterações anatômicas. 
Mini open: Incisão pequena de dois a três 
centímetros. É a mais utilizada; 
Endoscópica: Maior curva de 
aprendizagem, alto curso, mais 
complicações, desnecessária; 
Conservador 
Nos quadros leves e recentes, sem 
paresia ou atrofia muscular; 
Repouso, AINEs e tala em leve extensão, 
fisioterapia; 
EVITAR infiltração com corticoide; 
Em gestantes pode melhorar com o fim 
da gestação; 
Complicações 
Em casos de alívio incompleto pode 
indicar diagnóstico incompleto, como 
em casos de compressão duplas; distrofia 
simpático-reflexa; sensibilidade cicatriz; 
rigidez; neurites. 
 
Tenossinovite de Quervain 
É a tenossinovite do primeiro 
compartimento extensor que é composto 
pelo abdutor longo do polegar e extensor 
curto do polegar e acomete mais as 
mulheres entre 30 a 50 anos; 
Etiologia 
A maior parte é idiopática, possui 
relação com movimentos repetitivos e 
sequelas de fraturas de rádio distal. 
40% da população possui algum tipo de 
variação anatômica nessa área, sendo a 
mais comum a duplicação do abdutor 
longo do polegar, ou até a septação no 
compartimento, podendo levar a falhas 
no tratamento. 
Clínica 
Dor em região do estiloide radial, edema, 
ressalto e espessamento. Em alguns 
pacientes pode-se escutar um rangido. 
Teste de Finkelstein é patognomônico; 
Rx: Exclui outras causas de dor 
(artroses) 
USG: Avalia o processo inflamatório e 
quantifica tendões extra-numerários e 
septos; 
O diagnóstico é clínico; 
Tratamento 
Cirúrgico 
Acesso longitudinal/oblíquo: Cuidado 
com o ramo N. sensitivo radial, risco de 
cicatriz hipertrófica; 
Falha do tto cirúrgico: Aderência, 
formação de neuroma, subluxação volar 
dos tendões, cicatriz hipertróficas ou não 
liberação das septações; 
Conservador 
Exceção. Utiliza-se imobilização, 
AINEs e fisioterapia. 
Não realizar infiltração. 
 
Dedo em gatilho 
Inflamação da bainha dos tendões 
flexores. É uma tenossinovite 
estenosante com bloqueio progressivo. 
Acomete mais vezes as mulheres entre 
40 a 60 anos, e a ordem de incidência é o 
polegar > 4º dedo > 2º dedo > 3º dedo e 
5º dedo; 
Etiologia 
Nodulação sinovial, o local mais 
frequente é proximal a art. 
Metacarpofalangeana; 
Possui associação com DM insulino 
dependente e doenças do colágeno; 
Clinica 
Varia de uma sinovite até a deformidade 
fixa; 
Graus 0: Dor e crepitação sob a polia; 
Grau 1: Bloqueio esporádico; 
Grau 2: Bloqueio constante com 
redução ativa 
Grau 3: Bloqueio constante com 
redução passiva 
Grau 4: Deformidade fixa; 
Tratamento 
Cirúrgico 
Abertura da polia A1 + Tenólise dos 
flexores 
Liberação da polia A1: Diversas incisões 
na pele, todas sobre a polia, dissecção 
romba e cuidado com o feixe vásculo-
nervoso no polegar; 
Conservador 
Diminuir o processo inflamatório local, 
AINEs, repouso; 
Evitar infiltração com CTC na reg A1; 
Evitar liberação percutânea; 
 
Cisto sinovial 
É um tumor benigno preenchido por 
líquido sinovial. Dilatação anormal da 
membrana sinovial, a qual recobre 
articulações e tendões. 
Clínica 
Nódulo geralmente indolor, no dorso da 
mão, punho, região radial volar; 
Tratamento 
Conservador 
AINEs, repouso, observação. Evitar 
punção/infiltração; 
Cirúrgico 
Se dor, aumento progressivo e estética;

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