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10 curiosidades sobre a Psicanálise 2 Essa é uma das grandes curiosidades que intrigam a todos! Embora a Psicanálise seja parte da grade do curso de Psicologia, não é necessária a formação em Psicologia de outras áreas, que se especializam em Psicanálise Clínica estão aptos para considerarem as técnicas psicanalíticas em seus consultórios. Embora isso seja um pouco estranho para algumas pessoas, é natural que correntes de pensamento ou Por exemplo, autores freudianos e pós-freudianos são Você sabia que para ser psicanalista não é preciso, necessariamente, ser formado em Psicologia? 01 310 curiosidades sobre a Psicanálise legado é útil também em outros saberes. Para ser Psicanalista, porém, é necessário mais do que a graduação, pois Freud, “pai da Psicanálise”, deixou claro que é imprescindível os três pontos abaixo: • Percurso Teórico (e é aqui que entra a pós-graduação da Sanar Saúde Pós, por exemplo); • Estar em análise; • Ter uma supervisão clínica. E isso, Freud chamou de Tripé da Psicanálise. 4 Não existe valor fixo da sessão de análise! 02 O valor da sessão deve ser negociado entre o analisado e o analista. A Ordem Nacional dos Psicanalistas têm uma tabela de sugestão, baseada em um cálculo médio, porém ela não indica um teto máximo ou mínimo, eles deixam claro relativa e depende muito de muitos outros fatores, como tempo, frequência e gravidade. Cada caso é único. 5 É diferente de psicologia! 03 Diferente e talvez na contramão da Psicologia, pois a Psicanálise não trabalha com métodos sugestivos, como a Psicologia propõe. A Psicanálise atua sobretudo com o desejo, e o desejo é intransferível e subjetivo. Já a Psicologia foca no sujeito. Essa explicação também ajuda a esclarecer o item 1! 6 Freud não falava só de sexo 04 Freud falou sobre sexualidade! É diferente. Sexualidade para Freud é a base das nossas estruturas. Quando em sua teoria Freud fala sobre sexualidade, ele está se referindo principalmente à libido, que atravessa e forma a constituição psíquica de cada um. Podemos ver isso de forma clara quando estudamos as fases do desenvolvimento psicossexual, por exemplo. Ou seja, sexualidade, da maneira explorada pela Psicanálise, não se relaciona ao genital, é uma construção relacionada a desejos, e é maior do que a simplicidade 7 A psicanálise é considerada por Freud "a cura pelo amor" 05 Para que uma análise aconteça, é necessário que haja o que Freud chamou de transferência, entre analisando e analista. A transferência é considerada um fenômeno universal, e Freud denominou a transferência como Amor, pois é a repetição, a atualização das histórias dos nossos amores, dos nossos encontros. Assim, o que se faz em análise é repetir modalidades, afetos, demandas. Quem faz análise pode se lembrar de quantas vezes não sentiu medo ou receio de seu analista se decepcionar com alguma decisão que tomou? Essa ação é muito parecida com as relações fraternas e até amorosas. 8 Psicanalista NÃO trabalha com hipnose 06 A hipnose foi deixada por Freud em 1889, pois ele percebeu que os sintomas dos pacientes eram deslocados e não eliminados. Desde então, a Psicanálise só trabalha com o método de associação livre – falar tudo que vem à mente, sem censura. 9 O divã é um móvel que Freud começou a utilizar para que os pacientes pudessem associar livremente 07 Usar um móvel confortável facilita para que o paciente se mova para algo que é íntimo e interno. Muitas pessoas se sentem constrangidas em falar olhando para o analista, assim, o divã ajuda no método de associação livre. 10 simbó lic o imaginário Lacan, o Freudiano que deu sequência a obra psicanalítica 08 Fazendo uma releitura da obra freudiana, Lacan chegou ao seu mais citado aforismo nos dizendo que: “O inconsciente é estruturado pela linguagem”. Deste modo, ele traz a teoria psicanalítica para algo mais inteligível, mas sem abandonar os conceitos da psicanálise. Lacan facilita o impasse clínico, trazendo à tona três registros do nosso psiquismo: • o real • o simbólico • o imaginário Ele trabalha esses três registros no formato de um nó borromeano. nó borromeano real 11 O famoso Édipo 09 Freud parte do mito, assim como em vários outros conceitos de sua teoria, para falar da constituição do sujeito. O Complexo de Édipo não deve ser visto de uma forma simplista como ouvimos por aí “a menina se apaixona pelo pai e o menino pela mãe”, e sim, deve ser entendido da forma como nós, no começo da nossa vida, entre os 3 e 6 anos, aprendemos a nos relacionar. Aqui é importante lembrar que, em Psicanálise, quando se fala de pai e mãe, refere-se às funções tanto maternas quanto paternas, e é por isso que toda criança passa pelo édipo, independente do meio a que ela está inserida. Sempre há alguém que faça esse papel. É a partir do Édipo que podemos ver a questão do limite do sujeito, que sempre 1210 curiosidades sobre a Psicanálise nomeamos como castração. O Complexo de Édipo é uma história para que possamos dar conta disso que todos nós passamos, que é a forma que aprendemos a amar, a nos relacionar e inclusive perder. 13 Identificar as estruturas de personalidade 10 A Psicanálise não deixa de lado a ideia de diagnóstico, pelo contrário, considera de extrema importância. Porém o entende de uma forma diferente. Freud se baseou na psiquiatria clássica para os termos estruturais. A primeira questão sobre diagnósticos é o manejo clínico. É necessário que se saiba a estrutura do sujeito para manejar uma análise possível. A Psicanálise utiliza a linguagem da psiquiatria para dar nome a essas estruturas, sendo elas: neurose, psicose e perversão. Todos nós, segundo a Psicanálise, somos constituídos em uma dessas estruturas, e uma das grandes diferenças em cada uma delas são as formas que os sintomas vão surgindo. 1410 curiosidades sobre a Psicanálise Referências bibliográficas FREUD, Sigmund. (1912a) A dinâmica da transferencia. Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago, 1976, 129-143. (Edição Standard Brasileira, Vol. XII. FREUD, Sigmund. (1912b) Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago, 1976, 145-159. (Edição Standard Brasileira, Vol. XII. FREUD, Sigmund. (1915) Observações sobre o amor transferencial (Novas recomendações sobre a técnica da psicanálise III). Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago, 1976, 205-223. (Edição Standard Brasileira, Vol XII) LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J.-B. Vocabulário de psicanálise. Trad. Pedro Tamen. São Paulo: Martins Fontes, 1998. ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de psicanálise. Trad. Vera Ribeiro e Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. Feita para o seu tempo. Somos um pólo avançado de pós-graduação do Centro Universitário Dom Pedro II. A Sanar Saúde Pós é uma que buscam uma especialização que garanta não só conhecimento técnico na área, mas que desenvolva A UniAmérica - Centro Universitário possui um canal de comunicação exclusivo voltado aos órgãos de imprensa, com profissionais e jornalistas destinados à prestação de serviços e informações demandadas pela imprensa.
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