CHISTES PSICANALISE I

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Chistes
O texto de Freud fala sobre os chistes e sua relação com o inconsciente foi publicado em 1905. Freud relata que os chistes são vários mecanismos de humor que associam os sonhos no processo de condensação e deslocamento. A representação também está presente e é através dela que as palavras ganham duplos sentidos ou jogos de palavras, o aparente monsense, a ausência de sentido.
A principal característica de um chiste não está em seu conteúdo, mas em sua técnica no processo de sua formação, o chiste de certa forma surge no momento em que o sujeito ao mesmo tempo necessita e faz uso da palavra, deixa escapar seus conteúdos inconscientes. O chiste não se realiza sozinho só se conclui com a comunicação da ideia a alguém, na própria estruturação do chiste encontramos três pessoas, o autor: aquele a quem o chiste vem a segunda pessoa sobre quem o chiste versa ou seu objeto, e a terceira pessoa aquela que escuta, acontecendo assim à elaboração do prazer e é na terceira pessoa que é comunicado o resultado do chiste. Existem chistes de palavras e de pensamentos (QUINODOZ, 2007), isso faz que a graça se encontre na percepção desse jogo mental, e da sua compreensão dentro de um contexto social. Os atos falhos se apresentam sob forma de lapsos, esquecimentos, falsa leitura, falsa audição, descumprimento de uma intenção, incapacidade de encontrar objetos, perdas, pequenos acidentes etc. Para Freud não existe acaso em se tratando de processos psíquicos, todo ato falho pode estar a serviço do inconsciente e de uma realização ou mesmo defendendo lembranças que acarretariam o mau funcionamento do aparelho psíquico.
Portanto há uma relação do chiste com o inconsciente, pois processos parecidos com a sua formação ocorrem nos sonhos, mas á diferença é que os chistes necessitam de uma audiência, possui uma função social, eles acabem por gerar uma economia do gasto psíquico ao possibilitar que tenhamos prazer de assuntos retraídos. O chiste seria a forma de fazer piada com assuntos sérios e até mesmo diminuir outras pessoas, de acordo com as limitações e fraquezas.