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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3 2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...................................................... 4 3. DIRETRIZES GERAIS ................................................................................................ 5 3.1 - Avaliação do Desempenho Ambiental da Unidade de Produção Laticínio. ........ 5 3.2 - Políticas Ambientais ............................................................................................ 10 3.2.1 - Estabelecendo a Política Ambiental ............................................................. 10 4 - PLANEJAMENTO AMBIENTAL ........................................................................... 11 4.1 - Aspectos Ambientais ........................................................................................... 11 4.2 - Requisitos Legais e Outros .................................................................................. 12 4.3 - Objetivos e Metas ............................................................................................... 20 4.3.1 Objetivos ......................................................................................................... 20 4.3.2 Metas .............................................................................................................. 20 4.4 - Programa de Gerenciamento Ambiental ............................................................ 21 4.4.1 - Gerenciamento da Qualidade do Ar ............................................................. 21 4.4.2 - Gerenciamento da Qualidade da Água para posterior lançamento no corpo receptor. ................................................................................................................... 21 4.4.3 Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Perigosos ........................................... 22 4.5 - Planejamentos do sistema de gestão ambiental (SGA) ....................................... 23 4.6 - Fluxograma Da Unidade De Produção Laticínio ............................................... 34 4.6.1 - Tecnologia De Fabricação Dos Principais Queijos Produzidos Na Unidade De Produção Laticínio ............................................................................................ 35 4.6.1.1 - Tecnologia de fabricação do queijo Minas Frescal .................................. 35 4.6.1.2 - Tecnologia de fabricação de Ricota Fresca ............................................... 36 4.6.1.3. Tecnologia de fabricação do queijo Minas Padrão .................................... 38 4.6.1.4. Tecnologia de fabricação Queijo tipo mussarela ........................................ 39 5 - IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO ....................................................................... 40 5.1-Estrutura e Responsabilidade ................................................................................ 40 5.2 - Treinamento, Conscientização e Competência .................................................. 42 5.2.1- Implementação da CIPA ............................................................................... 50 5.2.1.1 – Objetivo .................................................................................................... 50 5.2.1.2 – Da Constituição ........................................................................................ 50 5.2.1.3 – Da organização ......................................................................................... 51 5.2.1.4 – Das Atribuições ........................................................................................ 52 5.2.1.5 – Do Funcionamento ................................................................................... 52 5.2.1.6 – Do Treinamento ........................................................................................ 52 5.2.1.7 – Do Processo Eleitoral ............................................................................... 53 5.2.1.8 – Atribuições dos membros da CIPA .......................................................... 54 5.2.1.9. Registro da CIPA ...................................................................................... 55 5.3 - Comunicação ...................................................................................................... 55 5.4 - Documentações do Sistema de Administração Ambiental ............................ 56 5.6 - Preparação e Resposta para Situações de Emergências ................................. 57 6 - VERIFICAÇÃO E MONITORAMENTO ................................................................. 58 6.1 - Formas / Ações Preventivas ................................................................................ 58 6.1.2 - Descrever todas as ações corretivas para SGA ............................................58 6.1.2.1 - Verificação da Estrutura e Responsabilidade ............................................ 58 6.1.2.2 - Verificação das Medidas Mitigadoras ....................................................... 59 6.1.3 - Verificação da Implementação da CIPA ...................................................... 59 6.1.3.1 - Verificação da organização da CIPA ........................................................ 59 1 6.1.4 - Verificação do Treinamento, Conscientização e Competência dos Colaboradores .......................................................................................................... 59 6.1.5 - Verificação da Implementação de medidas mitigadoras; ............................. 62 Quadro: 15 Verificação da Implementação de medidas mitigadoras ...................... 62 6.1.6 - Verificação da Comunicação ...................................................................... 64 6.1.7 - Verificação da Documentação do Sistema de Administração Ambiental ... 65 6.1.8 - Preparação e Resposta para Situações de Emergências .............................. 65 6.2 - Sistema De Monitoramento / Medições Parâmetro ............................................. 65 6.3 - Forma De Tratamento Das Não Conformidades E Ações Preventivas Para O Sga ..................................................................................................................................... 66 6.4 - Descrever Formas De Registro (Ação Preventiva E Ação Corretiva) ................ 71 6.4 – Descrição Do Programa De Auditoria Periódica ................................................ 74 7 - CRITÉRIOS ADOTADOS PARA PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E REVISÃO DO PROGRAMA ............................................................................................................ 78 7.1 - Análise Critica ..................................................................................................... 78 7.2 - Análise crítica pela alta direção .......................................................................... 78 7.2.1 - Descrição da atividade ................................................................................ 79 7.2.2 - Critérios a serem verificados no SGA .......................................................... 79 7.1.3 - Competências no programa do SGA/SSO .................................................. 79 8- VERIFICAÇÕES DOS ASPECTOS ANALISADOS ................................................ 84 8.1- Política ambiental ................................................................................................. 84 8.2 - Planejamento ...................................................................................................... 85 8.3 - Implementação e Operação ................................................................................ 86 9 - PROGRAMA DAS REUNIÕES DE ANÁLISE CRÍTICA PELA ALTA DIREÇÃO ......................................................................................................................................... 88 9.1 - Relatório de análise crítica pela alta direção ..................................................... 88 9.2 - Ata de reunião de análise crítica pela alta direção .............................................. 89 10 - MELHORIAS CONTÍNUAS ................................................................................. 90 11 - RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS .......................................................................... 93 11 - RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELA ELABORAÇÃO DO SGA ....................... 116 2 1. INTRODUÇÃO A visão contemporânea das organizações com relação ao meio ambiente insere-se no processo de mudanças que vem ocorrendo na sociedade nas últimas décadas e que, segundo Donaire (1999), faz a empresa ser vista como uma instituição sociopolítica com claras responsabilidades sociais que excedem a produção de bens e serviços. Portanto, segundo Longenecker (1981), esta responsabilidade social implica em um sentido de obrigação para com a sociedade de diversas formas, entre as quais, a proteção ambiental. A preocupação que a sociedade vem demonstrando com a qualidade do ambiente, com a utilização sustentável dos recursos naturais e com a saúde e bem estar do profissional tem-se refletido na elaboração de leis ambientais cada vez mais restritivas à emissão de poluentes, à disposição de resíduos sólidos e líquidos, à emissão de ruídos, à exploração de recursos naturais, à disposição de EPI’s aos trabalhadores e seguro contra acidentes. Acrescente-se a tais exigências, a existência de um mercado em crescente processo de conscientização ecológica e social, no qual mecanismos como selos verdes e Normas, como a Série ISO 14000, e a Série OHSAS 18000 passam a constituir atributos desejáveis, não somente para a aceitação e compra de produtos e serviços, como também para a construção de uma imagem ambientalmente positiva junto à sociedade. A implantação sistematizada de processos de Gestão Ambiental e Ocupacional tem sido algumas das respostas das empresas a este conjunto de pressões. Assim, a gestão ambiental e ocupacional no âmbito das empresas tem significado a implementação de programas voltados para o desenvolvimento de tecnologias, a revisão de processos produtivos, o estudo de ciclo de vida dos produtos e a produção de “produtos verdes”, a certificação de EPI’s, elaboração de mapas de riscos aos quais os funcionários estão expostos entre outros, que buscam cumprir imposições legais, aproveitar oportunidades de negócios e investir na imagem institucional (Donaire, 1999). As ações de empresas em termos de preservação, conservação ambiental e competitividade estratégica – produtos, serviços, imagem institucional e de responsabilidade social - passaram a consubstanciar-se na implantação de sistemas degestão ambiental aliado a segurança e saúde ocupacional para obter reconhecimento da 3 qualidade ambiental de seus processos, produtos e condutas, obtidos por meio de certificação voluntária, com base em normas internacionalmente reconhecidas. O presente trabalho trata da elaboração de Sistema de Gestão Ambiental e Segurança e Saúde Ocupacional, baseado nas Normas Série ISO 14001 e OHSAS 18001, para sua posterior implantação na unidade de produção Laticínio, localizada na Fazenda experimental do IFSULDEMINAS-Campus Inconfidentes / MG. 2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A Unidade de Produção Laticínio segundo a Deliberação Normativa n° 74/04 (DN 74/04) que regulamenta o licenciamento ambiental em Minas Gerais, aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), se enquadra sendo de pequeno porte e pequeno potencial poluidor. Instalada na Fazenda Experimental de Inconfidentes/MG, a Unidade de Produção Laticínio caracteriza-se por consumir grande quantidade de água para operações de processamento e limpeza, tendo por outro lado, a geração de vazões elevadas de efluentes, (uma vez que há o processamento diário) e contendo nutrientes, poluentes orgânicos persistentes e agentes infectantes. Neste cenário, considera-se como atitude necessária à implementação de sistemas de tratamento de efluentes otimizados e integrados com a identificação dos pontos críticos de geração dos despejos líquidos no processo produtivo, justificando assim a implantação do Sistema de Gestão Ambiental na Unidade de Produção Laticínio , na tabela 1 a caracterização do empreendimento. TABELA 1. Caracterização da Unidade de Produção Laticínio Nome: Unidade de Produção Laticínio CNPJ: 73.920.001/0001-28 Ramo de atividade: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Sul de Minas Gerais Grau de Risco: 2 CNAE: 85.41-4-00 Número de colaboradores: Em média seis alunos . dia-1 Uma coordenadora do Curso de Agroindústria Uma técnica responsável pelo setor da Unidade de Produção Laticínio Um técnico em Agroindústria e Geomática Um operador de caldeira Endereço: Fazenda Experimental do IFET - Sul de Minas Gerais – Campus Inconfidentes 4 3. DIRETRIZES GERAIS Durante os trabalhos de implantação do Programa de Qualidade Total e dos estudos para o Planejamento Estratégico do laticínio do IFSULDEMINAS, Campus Inconfidentes, verificou-se que o comprometimento dos alunos do curso de Gestão Ambiental do Instituto com a questão ambiental dos Projetos existentes na instituição apresentou-se satisfatório. No momento da exposição dessa problemática pelo grupo responsável do Programa de Qualidade à Alta Direção do Projeto do laticínio, esta se sensibilizou da importância de assumir a sua parcela de responsabilidade, mais não depende somente da vontade da direção, sendo que, estando inserida numa instituição educacional na qual depende de fatores externos a administração do projeto para a condução da implantação do SGA, com mecanismos de licitações de produtos e dificuldade de obtenção de documentos específicos da unidade de produção laticínio. Este projeto alcançará um duplo objetivo, pois irá tratar as questões relativas aos processos internos e externos para viabilizar o trabalho, e deverá agir e influenciar àqueles que fazem uso de seus serviços. Este comprometimento duplo dar-se-á, pois os clientes da empresa, que são os moradores da cidade, alunos e visitantes outorgam para a instituição todas as responsabilidades sobre esse setor, inclusive questões relativas aos programas de educação, conscientização ambiental, programas alternativos de destinação de resíduos, saúde e segurança nos processos produtivos e etc. Com este comprometimento solidificado nas gerências do projeto, a mesma delegou o comando da implantação do SGA e Saúde Ocupacional ao responsável pela coordenação do Programa de Qualidade Total na Instituição. A Instituição sabe que deverá refletir sobre vários aspectos durante a implantação deste SGA, entre eles ressaltamos: os aspectos sociais, culturais e participativos da comunidade; educação, saúde e saneamento; poluição do ar, água e do solo. 3.1 - Avaliação do Desempenho Ambiental da Unidade de Produção Laticínio. Para que possamos identificar no projeto oportunidades de melhoria do desempenho ambiental, primeiro situaremos a empresa em relação às questões 5 pertinentes ao meio ambiente e em relação á saúde e segurança dos colaboradores durante os processos produtivos da mesma. Foi distribuído em alguns setores do projeto questionário cujo conteúdo está baseado nas diretrizes do Sistema de Gestão Ambiental. As questões são relacionadas à questões ambientais e a Saúde e Segurança Ocupacional, da ISO série 14001 e da série OHSAS 18000, respectivamente. Este questionário foi respondido por gerentes, técnicos e colaboradores das áreas de produção e administrativa. Abaixo mostraremos como os profissionais pesquisados, vêm o comprometimento da empresa frente às questões propostas. 1 - Política Ambiental – A Unidade de Produção Laticínio não possui uma política definida e voltada para o meio ambiente nem ao menos para Saúde e Segurança Ocupacional. Não têm conhecimento do comprometimento da alta direção. 2 - Aspectos Ambientais - Vêm que a Unidade de Produção Laticínio necessita identificar as atividades que causam impactos ao meio ambiente e quais são os processos que expõem seus colaboradores a maiores probabilidades de sofrerem acidentes, mas não têm conhecimento se todos os serviços considerados críticos foram levantados. 3 - Requisitos Legais e outros - Sabem que a empresa tem identificado grande parte da Legislação Ambiental e Trabalhista, mas não possui um sistema capaz de atualizar as leis periodicamente. 4 - Objetivos e Metas - Vêm que os planejamentos realizados pela Unidade de Produção Laticínio não contemplam ações voltadas à preservação do meio ambiente e saúde dos colaboradores. Entre as políticas ambientais da Unidade de Produção Laticínio está o compromisso da mesma com a melhoria continua, buscando por meio dos resultados de desempenho ambiental, cumprir e melhorar os objetivos e metas traçados. 5 - Programas de Gerenciamento Ambiental – A Unidade de Produção Laticínio não mantém programas voltados para o controle das emissões atmosféricas nem para a qualidade das águas que é lançada nos receptores, sendo que a única forma de tratamento existente na unidade é considerado ainda, como um protótipo em teste, e que trata apenas parte do efluente líquido (20 %) que é gerado durante o processo de produção, devendo o mesmo ser expandido assim que o apresentar-se satisfatório tanto no âmbito da empresa como também ao atendimento das legislações pertinentes ao 6 lançamento de efluentes líquidos aos corpos receptores mais próximos. Não há ação no que tange a economia com gastos com energia elétrica e também se sabe da necessidade de reduzir os resíduos produzidos, mas não há nenhum planejamento efetivo para esta questão, apenas ações que visão mitigar o problema. Os produtos perigosos não recebem tratamento especial, os empregados são treinados, mas os equipamentos utilizados não atendem aos requisitos de segurança e proteção contra possíveis danos ao meio ambiente. 6 - Alocação de Recursos - A Unidade de Produção Laticínio não direciona recursos financeiros para programas ambientais e ocupacionais, uma vez dependente de licitações, o que dificulta tais alocações de recursos, porém, o Instituto no qual a mesma está inserida, possui curso na área ambiental,com alunos capacitados à desenvolver programas nesse sentido. 7 - Estrutura e Responsabilidades - A Unidade de Produção Laticínio possui colaboradores (alunos) que podem receber várias atribuições para desenvolverem ações pertinentes ao meio ambiente e saúde e segurança necessitando de um profissional habilitado para auxiliá-los, mas como não há um direcionamento nesse sentido eles acabam realizando outras tarefas. 8 - Treinamentos, Conscientização e Competência - A Unidade de Produção Laticínio não investe em treinamento conscientização ambiental de seus colaboradores. 9 - Comunicação Interna - A Unidade de Produção Laticínio não possui um sistema de comunicação interna (rádio e jornal), e não divulgam as ações e aspectos ligados ao meio ambiente. 10 - Comunicação Externa - A Unidade de Produção Laticínio não divulga sobre os aspectos ligados ao meio ambiente e saúde e segurança ocupacional de seus colaboradores. 11 - Documentação – Existem poucos documentos referentes à unidade de produção laticínio e pela falta de um sistema de gerenciamento da documentação, as informações acabam se perdendo. Sabe-se que a unidade de produção possui apenas um Selo de Inspeção Municipal (SIM) para que possa comercializar os seus produtos. 12 - Controle Operacional - A Unidade de Produção Laticínio realiza controle apenas dos produtos que são produzidos diariamente, e este controle é feito manualmente através de anotações em sistema dos produtos que deveram ser produzidos em determinado dia, para que não aconteçam perdas de matéria- prima 7 13 - Planos de Emergência – Não há planos de emergência na Unidade de Produção Laticínio, tanto para contaminações ambientais, quanto para os colaboradores, que manipulam produtos químicos. Adotar uma metodologia de treinamento, visando preparar e tornar apto um grupo de empregados à agir quando qualquer tipo de acidentes, independente da magnitude e natureza aconteça. 14 - Medições - A Unidade de Produção Laticínio só realiza medições quando sob pressão. 15 - Avaliações Ambientais - Não há avaliações para verificar o desempenho ambiental. 16 - Melhoria Contínua - Devido a não conscientização de sua responsabilidade ambiental não foi dado ênfase, durante os estudos visando a elaboração do Planejamento Estratégico, à variável ambiental e suas conseqüências à vida da Unidade de Produção Laticínio, empregados, clientes e a toda sociedade, proporcionando melhorias na qualidade de vida. Vide tabela 2, a verificação do desempenho ambiental da Unidade de Produção Laticínio. 8 TABELA 2. Verificação do Desempenho Ambiental da Unidade de Produção Laticínio ITEM A SER VERIFICADO Sim Não 1. No empreendimento estão definidos os princípios ambientalistas a serem seguidos? X 2. Os princípios ambientalistas tem sido respeitados? X x 3. As pessoas do empreendimento conhecem a legislação ambiental aplicável ao seu funcionamento (negócio)? X x 4. No empreendimento são feitas campanhas voltadas à preservação da natureza, evitando desperdícios e práticas poluentes? X x 5. Seus colaboradores têm participado de treinamentos, seminários ou palestras sobre a preservação ambiental? X x 6. O empreendimento estabelece como prioridade a compra de produtos ambientalmente corretos? Xx 7. O empreendimento procura influenciar seus fornecedores para a adoção de práticas ambientais responsáveis? X x 8. Os resíduos porventura produzidos no empreendimento são reciclados ou reutilizados? Xx 9. A utilização do papel no empreendimento é feita em ambos os lados? X 10. No empreendimento é estimulado o uso de e-mail em vez de se imprimir cópias? X 11. São reaproveitados formulários antigos, sem uso, para a produção de x correspondência interna? X 12. Quando possível são utilizados produtos feitos com papel reciclado? X x 13. Você compra outros produtos reciclados, caso os mesmos estejam competindo favoravelmente em termos de preço e qualidade? X 14. No empreendimento é evitado o uso de produtos menos duráveis ou não recicláveis tais como: copos de plástico, de papel etc.? X x 15. É evitado ao máximo o uso de produtos tóxicos na empresa? X x 9 3.2 - Políticas Ambientais A norma NBR Série IS0 14001 ,define Política Ambiental como “a declaração da organização, expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que provê uma estrutura para a ação e definição de seus objetivos e metas ambientais”. A política ambiental estabelece, dessa forma, um senso geral de orientação e fixa os princípios de ação para a organização”. 3.2.1 - Estabelecendo a Política Ambiental Após a sensibilização da alta gerência sobre a necessidade de investirmos em um Sistema de Gerenciamento Ambiental, a direção do projeto viu-se imbuída de estabelecer uma política, voltada, a posicionar a empresa na busca da excelência ambiental. Sendo a mesma descrita abaixo: • A Unidade de Produção Laticínio acredita ser seu compromisso compatibilizar suas atividades com a conservação do Meio Ambiente, procurando diminuir os impactos gerados pela produção de resíduos líquidos e sólidos no município. Propiciando a todos que a aqui residem e aqueles que aqui vêm em busca dos seus produtos e serviços em harmonia com o Meio Ambiente. Buscando seu desenvolvimento sustentável, conservação e melhorias na qualidade de vida das gerações futuras. Compromete-se também buscar excelência em seus sistemas e serviços internos e atingir o nível de acidente zero dentro dos processos realizados e procurar estabelecer sempre a saúde e segurança ocupacional de seus funcionários e servidores. • A Unidade de Produção Laticínio compromete-se a incorporar o pleno compromisso com a qualidade ambiental saúde e segurança ocupacional em todas as suas atividades. Para isto, estabelecerá e manterá um Sistema de Gestão Ambiental e Segurança e Saúde Ocupacional, que assegure atender a legislação e os requisitos legais e entusiasmar os nossos empregados a formarem uma consciência ecológica e ocupacional dentro e fora da mesma. 10 • A Unidade de Produção Laticínio buscará os recursos tecnológicos disponíveis no mercado nacional e que estejam dentro de suas possibilidades de investimento, uma vez que depende de recursos advindos do Instituto, por intermédio de licitações, onde o adquirido é o mais barato e não o de melhor qualidade, reduzindo a qualidade e segurança do sistema, processo, etapa, produto, serviço e ambiente de trabalho. Nesse sentido especificaremos características de produtos solicitados ao uso da unidade, uma vez não atendidos pela licitação serão vetados ao uso. • A Unidade de Produção Laticínio entende ser sua função promovero esclarecimento de seus clientes, para tanto, buscará formas de manter constantemente um canal de comunicação aberto com a população. Procurará uma sintonia com os responsáveis pelo meio ambiente no município e no estado, compondo parcerias na construção do conhecimento sobre o meio ambiente e os impactos ambientais que afetam o equilíbrio harmonioso da região. • Constituir na Unidade de Produção Laticínio , grupo de estudo e pesquisa, que possibilite colocá-la na vanguarda, da busca de alternativas, de sistemas de gestão para os resíduos sólidos e implantação de sistemas de gestão ambiental. 4 - PLANEJAMENTO AMBIENTAL A Organização Internacional de Padronização publicou as normas sobre padrões ambientais internacionais ISO série 14000, que incluem o planejamento ambiental como um dos requisitos para desenvolvimento de um sistema de gestão ambiental. O procedimento adotado para o levantamento dos aspectos baseou-se no detalhamento das atividades executadas em cada unidade operacional visando relacionar as fontes de geração de efluentes e resíduos, bem como as operações que demandam a utilização de recursos naturais e os pontos de situação de risco ambiental à segurança e saúde ocupacional. 4.1 - Aspectos Ambientais 11 É definido pela ISO 14001 como sendo: “Elementos das atividades organizacionais, produtos e serviços que podem interagir com o ambiente”. Para identificarmos esses elementos deveremos conhecer o conjunto de atividades que são necessárias para que os processos de coleta possam ocorrer. Os lixos produzidos na unidade de produção Laticínios são dispostos, em latões comuns, posteriormente recolhidos pela prefeitura. Os resíduos sólidos e líquidos do sistema de produção, em parte tratados em protótipo, parte para o tanque de soro onde é recolhido por terceiros e o restante lançado no curso d’água. Gases e materiais particulados emitidos pela caldeira, como subproduto do processo de combustão da madeira, sendo lançados diretamente na atmosfera. Esses resíduos provocarão os seguintes impactos ambientais: Poluição do ar, contaminação do solo, do manancial d'água. 4.2 - Requisitos Legais e Outros A unidade, embora tenha autonomia política administrativa, necessita para agir, antes de mais nada, observar os princípios e normas constitucionais e a legislação federal, estadual e municipal. Por tais razões, os projetos e programas que envolvam o gerenciamento dos resíduos devem estar adequados às normas e às leis. • Constituição Federal de 1988 Art. 200 - Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; 12 VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o trabalho. Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. • Direito Ambiental Internacional: Assembléia-Geral das Nações Unidas (Resoluções nº 2.994/XXVII e 2.996/XXVII, de 15 de dezembro de 1972 - aprova a Conferência sobre o Meio Ambiente Humano, Estocolmo, de 16 de junho de 1972. • Resolução nº 3.281 (XXIX) da ONU - "Carta dos Direitos e Deveres Econômicos dos Estados"- art. 3º - reitera os princípios de informação e consulta prévia adotados pela Resolução 3.129 (XXVIII), e de "não causar danos aos legítimos interesses de outros Estados". 13 • Resolução 37/7 da Assembléia-Geral das Nações Unidas, de 28.10.1982 - aprova a "Carta Mundial da Natureza" - dispõe sobre as Diretrizes e Princípios de Direito Ambiental. • Lei nº 6803, de 2 de julho de 1980, dispõe sobre as diretrizes básicas para o Zoneamento Industrial, prevê que os Estados estabeleçam leis de zoneamento, nas áreas críticas de poluição, que compatibilize as atividades industriais com a proteção ambiental. • Lei nº 6938, de 31 de agosto de 1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação, e dá outras providências. No art. 2 - dispõe que a Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivos a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental. No art. 14 $ 3º - Princípio de Poluidor Pagador ou da Responsabilidade - "sem obstar a aplicação de penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade". • Lei nº 7347, de 24 de julho de 1985 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, histórico, turístico e paisagístico, e dá outras providências. • Lei n° 9.433/97 que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). • Lei n° 9.605/98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e da outras providencias. • Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. • RESOLUÇÃO CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Define Impacto Ambiental, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental e demais disposições gerais. • RESOLUÇÃO CONAMA nº 1-A, de 23 de janeiro de 1986 - Estabelece normas ao transporte de produtos perigosos que circulem próximos a áreas densamente povoadas, de proteção de mananciais e do ambiente natural. 14 • RESOLUÇÃO CONAMAnº 6, de 15 de junho de 1988 - No processo de Licenciamento ambiental de Atividades Industriais os resíduos gerados e/ou existentes deverão ser objetos de controle específico. • RESOLUÇÃO CONAMA n°357. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e da outras providencias. • RESOLUÇÃO nº 7, de 28 de novembro de 2000. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO. SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA. DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL. • RESOLUÇÃO - RDC nº 91, DE 11 DE MAIO DE 2001 - ANVISA. Aprova o Regulamento Técnico - Critérios Gerais e Classificação de Materiais para Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos constante do Anexo desta Resolução. • RESOLUÇÃO nº 10, DE 22/05/2003 – DIPOA/MAPA. Institui o Programa Genérico de Procedimentos – Padrão de Higiene Operacional – PPHO, a ser utilizado nos Estabelecimentos de Leite e Derivados que funciona sob o regime de Inspeção Federal, como etapa preliminar e essencial dos Programas de Segurança Alimentar do tipo APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Gerais • NBR 10.004 - Resíduos Sólidos - Classificação ; • NBR 10.005 - Lixiviação de Resíduos e Procedimentos; • ABNT/CB-10 - Comitê Brasileiro de Química. CE-10:101.05 - Comissão de Estudo de Informações sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente Relacionados a Produtos Químicos. Dispõe sobre procedimentos em caso de acidentes com produtos químicos. • PORTARIA N.º 1469, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. 15 • PORTARIA N.º 518, DE 25 DE MARÇO DE 2004. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. • PORTARIA Nº 1428, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1993 – MS. Aprova o Regulamento Técnico para a inspeção sanitária de alimentos, as diretrizes para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na Área de Alimentos e o Regulamento Técnico para o estabelecimento de padrão de identidade e qualidade para serviços e produtos na área de alimentos. • PORTARIA Nº 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004 - ANVISA. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. • PORTARIA Nº 24, DE 29 DE DEZEMBRO 1994. Ministério do Trabalho Esta norma regulamentadora – NR 07 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. • PORTARIA 326/97 e 368/97, do Ministério da Saúde, estabelecem o "Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores de Alimentos". • PORTARIA INTERMINISTERIAL MPS/MF nº 48, de 12 de fevereiro de 2009. Dispõe sobre o reajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e dos demais valores constantes do Regulamento da Previdência Social e dá outras providências. • Deliberação Normativa n.º 74, de 09 de setembro de 2004 (publicada no “Minas Gerais” de 02/10/2004). Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível 16 estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de autorização e de licenciamento ambiental, e dá outras providências. • Decreto Estadual 44.309/06, que dispõe sobre o licenciamento e as infrações administrativas ambientais, ficam asseguradas aos fiscais da FEAM a entrada e permanência, pelo tempo que for necessário, em estabelecimentos e propriedades públicas ou privadas. É garantido poder de polícia ao fiscal para que possa agir nos casos em que for constatada irregularidade e, conforme previsto na legislação, aplicar as penalidades previstas. • ISO 9001:2008 tem como objetivo clarificar os requisitos existentes da ISO 9001:2000 e melhorar a compatibilidade com a ISSO 14001:2004. As alterações introduzidas na norma têm um impacto limitado nos utilizadores. Para refletir as diferenças entre esta nova edição o termo implementação foi adaptado de forma a distinguir claramente do período de transição da edição de 2000. • ISO 3100:2008 esta norma pode ser aplicada a qualquer tipo de risco, seja qual for a sua natureza, sejam elas positivas ou negativas a mesma descreve o processo sistemático e lógico em detalhes é uma norma internacional que prevê um conjunto de princípios que devem ser atendidos antes da gestão eficaz dos riscos; recomenda que as organizações devem desenvolver, implementar e melhorar continuamente um quadro que visa integrar o processo de gestão de risco na gestão global da organização, planejamento e estratégia, gestão, processos de informação, políticas, valores e cultura. • ISO 22000:2005 – Sistema de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização da cadeia produtiva de alimentos. • Código de Defesa do Consumidor, lei n°8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. • ANVISA: Lançado o Centro Integrado de Monitoramento e Qualidade do Leite, que visa promover a integração do Ministério da Agricultura, do Departamento de 17 Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na fiscalização da qualidade do leite. APPCC contribui para uma maior satisfação do consumidor, torna as empresas mais competitivas, amplia as possibilidades de conquista de novos mercados, nacionais e internacionais, além de propiciar a redução de perdas de matérias- primas, embalagens e produto. • Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 - Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. • NR 5. Comissão interna de prevenção de acidentes - Portaria Nº 08 de 23 de fevereiro de 1999. Altera a Norma Regulamentadora – NR 5, que dispõe sobre a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e dá outras providências. QUADRO 1 Dimensionamento de CIPA 18 • NR 6. Equipamento de proteção individual – EPI; • NR 7. Programa de controle médico de saúde ocupacional; • NR 9. Programa de prevenção de riscos ambientais; • NR 10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade; • NR 13. Caldeiras e vasos de pressão; • NR 15. Atividades e operações insalubres; • NR 17. Ergonomia; • NR 23. Proteção contra incêndios; • NR 26. Sinalização de segurança; • INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51 DE 18/09/2002 Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a produção, a identidade e a qualidade do leite tipo A. Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a produção, a identidade e a qualidade do Leite Cru Refrigerado tipo B e Leite Pasteurizado tipo B; 19 Fixar os requisitos mínimos que deve ser observado na identidade e na qualidade do Leite Cru tipo C, do Leite Cru Refrigerado tipo C e do Leite Pasteurizado tipo C, enquanto perdurar a produção desse tipo de leite. Fixar a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deve ter o Leite Pasteurizado, sendo permitida a produção de outrostipos de leite pasteurizado desde que definidos em regulamentos técnicos de identidade e qualidade específicos. 4.3 - Objetivos e Metas 4.3.1 Objetivos 1 - A Unidade de Produção Laticínio entende que uma opção viável para a diminuição na geração de resíduos, seria a separação do mesmo na fonte geradora. Por isso, estimulará a coleta seletiva. Os cestos serão separados por cores de acordo com a resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 275 de 25 de abril de 2001. 2- Implantar programas de manutenção preventiva de equipamentos/caldeira, visando com isto, reduzir a emissão de gazes para a atmosfera e proporcionar uma economia no uso de água, energia. Visando o controle das emissões para o meio ambiente e principalmente o aumento da produtividade. 3- Implantar sistemas para tratamento das águas contaminadas, seja advinda do processo produtivo, de análises físico-químicas, de sanitização do local, atendendo aos padrões da legislação. 4- Promover programas de conscientização dos empregados, à economizarem os recursos energéticos que a empresa consome. Ex.: Energia elétrica, água, etc. 5 - Promover programas de redução, reutilização e reciclagem dos materiais de consumo administrativo. 6 - Na aquisição de novos equipamentos, buscados aqueles que apresentem menor impacto ambiental (ruídos, odores, vazamentos de líquidos e emissão de poluentes atmosféricos). 4.3.2 Metas 1 - Promover intensivos programas de conscientização dos colaboradores que exercem função no laticínio, dos problemas gerados ao meio ambiente, decorrente da produção de resíduos. Alcançar em 12 meses até 85 % dos colaboradores. 20 2 - Implantação da coleta seletiva, possibilitando atender em no mínimo 80% do resíduo sólido gerado (papel, plástico etc) em um prazo de 8 meses. 3 - Reduzir o consumo de água em 5% em um prazo de 6 meses. 4 - Atender aos requisitos legais quanto aos padrões exigidos para lançamentos de resíduos, poluição atmosférica, advindos do laticínio em um prazo de 3 anos. 5 - Reduzir em 3% o consumo de energia elétrica em um prazo de 6 meses. 6 - Reduzir em 95% o desperdício de embalagens plásticas no empacotamento do leite em um prazo de 3 meses. 4.4 - Programa de Gerenciamento Ambiental 4.4.1 - Gerenciamento da Qualidade do Ar Será instalado na caldeira da Unidade de Produção Laticínio do IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes, filtros para minimizar os passivos ambientais oriundos da emissão de gases gerados pelo mesmo equipamento em questão. Segundo a NR 13, parágrafo 13.2.3 onde, caldeiras instaladas em áreas abertas, a área de Caldeira deverá obedecer os seguintes quesitos: a) distancia mínima de 3 (três) metros de outras instalações; b) dispor de duas saídas de emergência; c) dispor de acesso fácil e seguro para a manutenção e operação da caldeira; d) ter sistema de capitação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação; e) iluminação adequada; f) iluminação de emergência, para operações realizadas em períodos noturnos. 4.4.2 - Gerenciamento da Qualidade da Água para posterior lançamento no corpo receptor. Em atendimento às determinações da RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como, estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, com fulcro no artigo 34, § 4º, incisos I, II, III ,IV, consideramos o protótipo de tratamento de efluentes com a utilização de Taboas, que já existente na unidade, alterando assim, suas dimensões adequando à necessidade de tratar 100% dos efluentes gerados, protegendo o meio ambiente. 21 Uma outra forma de contribuição para o gerenciamento da qualidade da água, pode vir a partir de programas de conscientização dos empregados, como por exemplo a aplicação do princípio dos “5 S” onde os empregados ao aplicarem as etapas de descarte, organização, limpeza, higiene, ordem mantida, já estarão promovendo a mitigação deste problema; trabalhos voltados à padronização nos setores da manutenção, procurando estabelecer uma ordem correta na execução das tarefas, bem como, o uso adequado dos equipamentos. Os efluentes oriundos dos esgotos sanitários também deverão sofrer um tratamento adequado, ou seja, a sua condução à rede apropriada, onde a concessionária local, COPASA, será responsável em realizar o tratamento do mesmo, tendo que partir da Unidade de Produção Laticínio a responsabilidade em solicitar a concessionária local o tratamento do esgotamento sanitário. 4.4.3 Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Perigosos A Unidade de Produção Laticínio neste ponto tem certa ambiguidade, pois ao mesmo tempo em que ela tem que preocupar-se com os resíduos provenientes de seu processo de trabalho e de todas as atividades que a envolve, a mesma tem que preocupar-se em implementar medidas que visem reduzir a quantidade dos resíduos coletados gerados. Será criada uma área de coleta seletiva, que será denominada “Área de descarte”, esta área será separada do setor de produção e do setor administrativo, conterá nesta área de descarte cesto para a coleta seletiva, estes cestos serão separados por cores de acordo com a resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 275 de 25 de abril de 2001, onde o cesto de cor Azul que é destinado aos papéis, o de cor Vermelha que é destinado ao plástico, o de cor Marrom é destinado para resíduos orgânicos, o de cor Verde é destinado vidro, o de cor Preta será destinado aos resíduos de madeira, o cesto de cor Amarela será destinado aos metais e o cesto de cor Cinza que será destinado aos resíduos não recicláveis. O destino final para os resíduos recicláveis será a venda dos mesmos para empresas que comercializam estes subprodutos como fonte de matéria prima. Os resíduos orgânicos serão utilizados para a produção de composto orgânico, que será obtido através do processo de compostagem e posteriormente utilizado nos setores agrícolas do IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes. 22 Para os resíduos sólidos provenientes do processo produtivo, será reutilizado o mesmo protótipo de tratamento, o qual já existe no empreendimento, porém, trata apenas uma porcentagem dos resíduos gerados. De acordo com a Lei Estadual nº 18.031, de 12/01/2009, publicada no jornal de Minas Gerais, instituiu o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é um documento integrante do processo de licenciamento que apresenta um levantamento da situação, naquele momento, do sistema de manejo dos resíduos sólidos, a pré-seleção das alternativas mais viáveis e o estabelecimento de ações integradas e diretrizes relativas aos aspectos ambientais, educacionais, econômicos, financeiros, administrativos, técnicos, sociais e legais para todas as fases de gestão dos resíduos sólidos, desde a sua geração até a destinação final. O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), a ser elaborado pelo gerenciador dos resíduos e de acordo com os critérios estabelecidos pelos órgãos de saúde e do meio ambiente, constitui documento obrigatoriamente integrante do processo de licenciamento das atividades e deve contemplar os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final, bem como a eliminação dos riscos, a proteção à saúde e ao ambiente, devendo contemplar em sua elaboração e implementação. Os resíduos sólidos (resquícios de queijos), serão destinados ao processo de compostagem e posteriormente utilizados nos setoresagrícolas do IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes. 4.5 - Planejamentos do sistema de gestão ambiental (SGA) A coleta de dados na Unidade de Produção Laticínio foi efetuada entre os dias 26 de maio e 25 de junho de 2010. Algumas observações foram efetuadas durante a etapa de coleta de dados: - Falta mão-de-obra com conhecimento técnico suficiente; - Inexistência de padronização de rotinas de trabalho; - A Unidade de Produção Laticínio normalmente não mantêm registros de dados e informações sobre os equipamentos; - Não há uma programação formal das tarefas a serem realizadas diariamente; - Muitos desperdícios de matéria-prima e insumos como água, energia, detergentes, embalagens etc. - Nenhum registro ambiental nos arquivos da empresa; 23 - Não há práticas de gestão ambiental adotadas, quanto à redução de consumo da água, reutilização de produtos químicos e aproveitamento de subprodutos que podem ser consideradas incipientes diante das inúmeras oportunidades de melhoria; - Os requisitos legais relativos ao meio ambiente são pouco conhecidos; - A manutenção preventiva é pouco utilizada. Todos os problemas detectados na etapa de coleta de dados demonstram que a pequena Unidade de Produção Laticínio, por um lado não consegue gerenciar o próprio processo produtivo, o que coloca em risco a sua competitividade e sobrevivência. Por outro lado, as questões ambientais ainda não são priorizadas, mas a implantação do presente SGA, possibilita futuros enquadramentos à legislação, buscando alternativas mais adequadas à sua realidade. Quanto à operação anormal, verificou-se que os escoamentos, vazamentos, transbordamentos de leite e de soro, foram os aspectos ambientais mais encontrados. Outro aspecto ambiental que chamou a atenção na Unidade de Produção Laticínio foi o gasto excessivo de água, tanto por esquecimento dos colaboradores de fechar o registro da água que alimenta as mangueiras, quanto por vazamentos nas tubulações. O fato de não haver cobertura para o armazenamento da lenha também foi verificado na Unidade. Na tabela 3, os aspectos e impactos ambientais encontrados na Unidade de Produção Laticínio. TABELA 3. Aspectos e impactos ambientais encontrados na Unidade de Produção Laticínio. Unidade operacional Aspectos ambientais Impactos ambientais Recepção Escorrimento de leite pelo piso e vazamento de leite pelas conexões Poluição hídrica Pasteurização Vazamento de água no pasteurizador Processamento1 Escorrimento do soro na operação de prensagem Transbordamento de leite nos tanques de fabricação de queijo Processamento2 Encaminhamento de pedaços de massa de queijo e outros resíduos sólidos para a canaleta de efluentes Poluição do solo Escorrimento e vazamentos na condução do soro para a Poluição hídrica 24 fabricação de ricota Descarte da salmoura Caldeira Consumo de água e lenha para a operação da caldeira Uso de recurso natural Geração de resíduos sólidos na forma de cinzas Poluição do solo Geração de emissões atmosféricas Poluição atmosférica Todas Mangueira escoando água sem utilização Poluição hídrica e uso de recurso natural Em termos de risco ambiental, um dos aspectos mais importantes está relacionado ao descarte de subprodutos (soro) e produtos químicos (soda cáustica e ácido sulfúrico). Todos os aspectos ambientais levantados estão diretamente relacionados aos impactos de poluição hídrica, atmosférica, do solo e o uso de recurso natural. Os impactos mais comuns levantados foram classificados pela equipe do projeto e pelos membros da administração da Unidade de Produção Laticínio, por meio dos questionários. Os impactos considerados críticos e moderados foram transformados em objetivos, e as ações propostas para a sua redução foram identificadas, e relatadas na tabela 4. Tabela 4. Objetivos, ações e indicadores de desempenho que podem ser adotados na elaboração do Programa de Gestão Ambiental para a Unidade de Produção Laticínio. Objetivo Ação Proposta Indicador de Desempenho Reduzir a geração de efluentes líquidos na limpeza dos latões, do piso e dos equipamentos na plataforma de recepção do leite Reutilização da água de enxágüe dos latões para a pré-lavagem de outros equipamentos ou do piso da unidade Consumo de águaInstalação de bicos de fechamento (gatilho) nas mangueiras Utilização de um sistema de limpeza de equipamentos e pisos com água pressurizada Eliminar a incidência de transbordamento de leite e soro nos tanques de fabricação de queijo e de ricota Colocação de um medidor de nível flutuante Anotar as incidências de derramamento de leite e soro e a razão deste Graduação do tanque Treinamento e conscientização dos funcionários Reduzir os escoamentos de leite pelo piso Treinamento e conscientização dos funcionários Fazer fichas de treinamento Reduzir a geração de resíduos sólidos das embalagens de materiais e insumos e/ou destiná-los apropriadamente Estabelecimento de procedimentos padronizados para operação de equipamentos, na forma de esquemas e afixados em local visível Verificação de quantidade de embalagens reutilizadas e recicladas Treinamento e conscientização dos funcionários sobre a importância da redução dos resíduos Reutilização das embalagens Envio para indústrias de reciclagem 25 Eliminar a possibilidade de derramamento de óleo no tanque de armazenamento Construção da bacia de contenção para o tanque Fazer fichas de treinamento de procedimentos de emergência para funcionários Preparação e treinamento dos funcionários para procedimentos de emergência Reduzir o consumo de água e lenha para a operação da caldeira Criação de uma Comissão Interna de Combate ao Desperdício, promovendo a conscientização e treinamento do pessoal responsável Consumo de lenha e águaProgramação e otimização da produção, promovendo o uso racional do vapor para evitar picos na demanda Programação das operações de manutenção para os períodos de parada ou de menor produção Tratamento da água que alimenta a caldeira Não deixar mangueiras escoando água sem utilização Conscientização dos funcionários Consumo de água Instalação de bicos de fechamento (gatilho) nas mangueiras Reduzir o contato de operadores com materiais nocivos à saúde no laboratório Promovendo a conscientização dos funcionários quanto ao uso dos EPI's Índice de acidentes (queimaduras e outros) no laboratório Reduzir a exposição dos funcionários ao ruído na área de produção Utilização de EPI's Número de reclamações dos funcionáriosPromovendo a conscientização dos funcionários quanto ao uso dos EPI's e os problemas causados pelo ruído Como a prioridade da Unidade de Produção Laticínio no momento, não é a certificação, mas sim a melhoria ambiental procurou-se identificar impactos comuns e propostas de minimização desses impactos, por meio de disciplinas estudadas, para servir como orientação a elaboração do Programa de Gestão Ambiental na Unidade. Não se esquecendo de incorporar no SGA a Saúde e Segurança do Trabalhador (OHSAS 18001), que consiste em um Sistema de Gestão, assim como a ISO 9000 e ISO 14000, porém com o foco voltado para a saúde e segurança ocupacional, é uma ferramenta que permite uma organização atingir e sistematicamente controlar e melhorar o nível de desempenho em Saúde e Segurança do Trabalho. Parte interessada: Indivíduo ou grupo, dentro ou fora do lugar de trabalho preocupado com ou afetado pelo, desempenho da Saúde e Segurança no Trabalho e Sistema de Gestão Ambiental de uma organização. Na Unidade de Produção Laticínio as partes interessadas na implantação do SGA e preocupações com as questões relacionadas a SST estão descritas nas tabelas 5, 6 e 7 a seguir. TABELA 5. Exposição ao risco da alta administração Função: Professora Verônica (Coordenadora)Descrição do Local: Paredes em alvenaria pintadas, cobertura em concreto, piso em cerâmica, iluminação artificial e natural, ventilação natural. 26 Turno de Trabalho: 07h00min. às 11h00min. / 13h00min. às 17h00min. Descrição da Atividade: Descrição da Atividade: Ministrar aulas teóricas, avaliar o processo de ensino-aprendizagem; preparar aulas Agente Fontes Geradoras Trajetória e Meios de Propagação Possíveis Danos à Saúde Histórico Medidas de Controle Existentes Não foram detectados riscos ocupacionais para esta função -------- -------- -------- -------- -------- TABELA 6. Exposição ao risco dos técnicos e alunos Função: Técnico em Agroindústria e Alunos Descrição do Local: Paredes em alvenaria pintadas, cobertura em concreto, piso em cerâmica, iluminação artificial e natural, ventilação natural. Turno de Trabalho: 07h00min. às 11h00min. / 13h00min. às 17h00min. N° de Trabalhadores Expostos: em média seis alunos.dia Descrição da Atividade: controlar a qualidade dos laticínios nas etapas de produção, supervisionando processos produtivos e de distribuição, verificar condições do ambiente, equipamento e produtos (in natura e preparados). Agente Fonte Geradora Trajetória e Meios de Propagação Possíveis Danos à Saúde Histórico Medidas de Controle Existentes Físico Ruído Através do ar Dores de cabeça, estresse, perda auditiva. Não EPI’s Frio Câmaras Frias Choque térmico, resfriados Não Casaco e calças térmicas 27 Químico Cloro, soda cáustica, ac. Sulfúrico, guaiacol Contato, Inalação Intoxicações, alergias, dermatoses, queimaduras, químicas, etc. Sim Óculos de segurança, luvas descartáveis, bota PVC. Biológico Pombos Contato, inalação Doenças Não Dedetização, telas em janelas, vedação de fretas Gatos, baratas Acidente Queda Piso molhado Fraturas, entorses, luxações, contusões Não Capacitação, atenção Facas, estiletes. Cortes de alimentos Queda, cortes, perfurações, lacerações, perda de membros. Não Luvas de malha de aço Caráter de Exposição: Permanece Habitualmente Exposto ao Risco TABELA 7. Exposição ao risco do operador da caldeira Função: Operador de Caldeira Descrição do Local: local aberto, com cobertura em telhas, iluminação natural, ventilação natural. Turno de Trabalho: 06h30min. às 11h00min. e 13h00min. às 16h00min. Descrição da Atividade: Preparar e controlar o funcionamento da caldeira, abastecer a caldeira utilizando madeira, realizar manutenção de rotina. Agente Fonte Geradora Trajetória e Meios de Propagação Possíveis Danos à Saúde Histórico Medidas de Controle Existentes Físico Ruído Através do ar Dores de cabeça, estresse, perda auditiva. Não EPI’s 28 Frio Câmaras Frias Choque térmico, resfriados Não Casaco e calças térmicas Químico Cloro, soda cáustica, ac. Sulfúrico, guaiacol Contato, Inalação Intoxicações, alergias, dermatoses, queimaduras, químicas, etc. Sim Óculos de segurança, luvas descartáveis, bota PVC. Caráter de Exposição: Permanece Habitualmente Exposto ao Risco Os riscos relacionados a Saúde e Segurança do Trabalhador na Unidade de Produção Laticínio, foram levantados em visitas a mesma e conversas com a técnica responsável e alunos que trabalham no setor, dentre vários riscos encontrados (vide tabela 8), os mais eminentes foram: • Riscos Físicos, como temperaturas extremas (caldeira, câmara fria) e ruídos, que no setor de processamento, quando utilizando vapor e vários equipamentos ao mesmo tempo, chegam a atingir níveis altos de ruído, sendo necessário até mesmo o uso de protetores auriculares. • Riscos Ergonômicos, relacionados a postura dos alunos no fabrico do queijo e esforço repetitivo. • Riscos Acidentais, em se tratando de materiais biológicos, que são escorregadios, o risco de queda na Unidade de Produção, tem maior probabilidade de ocorrência; além do risco com as fiações elétricas expostas, em se tratando de um setor onde há muita umidade, devido a utilização de vapores durante o processo, o risco se evidencia. • Riscos Biológicos, a grande umidade do setor, trás grande problemática com relação ao aparecimento de fungos, que trás conseqüências diretas a saúde dos alunos; não se esquecendo da presença diária de animais indesejados (gatos, pombos), quando se fala de produção de alimentos. • Riscos Químicos, os acidentes com ácido sulfúrico foram os únicos mencionados pela técnica responsável pela Unidade de Produção, onde há histórico de queimaduras devido a má utilização de reagentes, falta de conhecimento e cuidados relacionados aos mesmos. 29 TABELA 8. Tipos de riscos ambientais na Unidade de Produção Laticínio 4.5.1. Classificação do empreendimento segundo DN nº 74/04 A caracterização do empreendimento quanto sua classificação assume um grande e importante papel quanto ao cumprimento dos requisitos legais e principalmente quanto ao licenciamento ambiental do empreendimento. A Deliberação Normativa n° 74/04 (DN 74/04) que regulamenta o licenciamento ambiental em Minas Gerais, aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), estabelece normas e critérios para a classificação dos empreendimentos e atividades que interferem no meio ambiente, de acordo com seu porte (tamanho) e potencial poluidor, onde são considerados empreendimentos ou atividades de impacto ambiental não significativo àqueles que se enquadrar nas classes 1 e 2, conforme estabelecido pela Deliberação Normativa 74/04, onde devem requerer a Autorização Ambiental de Funcionamento para regularização, já para as demais classes 3 a 6, o caminho para regularização ambiental é o processo de licenciamento, como requerimento da Licença Prévia, Licença de Instalação, e Licença de Operação. Para 30 cada empreendimento, dependendo do porte e do potencial poluidor, têm-se as definições a seguir. TABELA 9. D-01-06-6 Preparação do leite e fabricação de produtos de laticínios. TABELA 10. Classes que conjugam o porte e o potencial poluidor ou degradador do meio ambiente. O potencial poluidor/degradador da atividade é considerado pequeno (P), médio (M) ou grande (G), em função das características intrínsecas da atividade conforme as listagens A,B,C,D,E,F,G (tabela 7). O potencial poluidor é considerado sobre as variáveis ambientais: ar, água e solo. Para efeito de simplificação incluem-se no potencial poluidor sobre o ar os efeitos de poluição sonora, e sobre o solo os efeitos nos meios biótico e sócio- econômico, conforme tabela 6. TABELA 11. Listagem das atividades Listagem A Atividades Minerárias Listagem B Atividades Industriais / Indústria Metalúrgica e Outras Listagem C Atividades Industriais / Indústria Química Listagem D Atividades Industriais / Indústria Alimentícia Listagem E Atividades de Infra-Estrutura Listagem F Serviços e Comércio Atacadista Listagem G Atividades Agrossilvipastoris 31 TABELA 12. Potencial/poluidor/degradador de acordo com as variáveis ambientais. Para melhoria contínua ao implantar o SGA na Unidade de Produção Laticínio, foram realizadas visitas, com propósito de se entender o processo e etapas de produção, com o intuito de elaboração do Check list ambiental, onde verificou-se a Unidade de Produção Laticínio no geral, descritos na tabela 13A e 13B . TABELA 13A. Check list ambiental da Unidade de Produção Laticínio GERAL Pontos S N Na A - Existe identificação de todos os postos/áreas de trabalho? 2 X B - Existe limpeza de todos os bebedouros e lavatórios exteriores? 1 X C - Os setores têm boa iluminação? D- Está organizado e limpo? 3 X 3 X E - As informações técnicas nos setores estão atualizadas? 1 X Almoxarifado, corredores e armários A - Todos os corredoresestão marcados? 1 X B - Os corredores estão obstruídos? 2 X C - Têm largura suficiente para atividades normais? 2 X D - Estão limpos - sem lixo e papéis no chão? 2 X E - Existem deficiências visíveis no piso (buracos,obstáculos)? 3 X F - Todos os materiais estão devidamente identificados? 2 X G - Todos os materiais estão devidamente acondicionados? 2 X H - As caixas/paletes estão higienizadas? 1 X I - As caixas/paletes estão empilhadas ordenadamente? 2 X J - Todos materiais estão armazenados - condições de segurança? 3 X L - Os materiais excedem a altura permitida? 2 X Ambiente 32 A - O acondicionamento de resíduos têm caixas separação? 2 X B - O acondicionamento de outros resíduos tem caixa de separação? 2 X C - Todos os contentores de resíduos estão adequados (forma/estado/tipo)? 1 X D - Todos os resíduos estão bem identificados? 2 X E - Todas as etiquetas são legíveis? 2 X F - Existe qualquer derramamento de resíduos não controlado? 3 X G - Os contentores de produtos químicos estão devidamente rotulados? 3 X H - Existe no local ficha de segurança dos produtos químicos? 3 X I - A ficha de segurança está acessível e em boas condições? 3 X J - Os contentores de produtos químicos estão boas condições? 3 X K – Os extintores são de fácil acesso? 2 X TABELA 13B. Check list ambiental da Unidade de Produção Laticínio CHECK LIST AMBIENTAL Área de logística Pontos S N Na A - Existe a divulgação correta de todos os segmentos/trabalho no laticínio? 1 X B - A comunicação interna é realizada de forma contínua ou periódica? 1 X C - A comunicação externa atinge seus objetivos (missão e valores)? 1 X D - A responsabilidade sócio-ambiental é trabalhada continuamente? 1 X Área de trabalho A - O chão está limpo (sem lixo e papéis)? 2 X B - Nas bancadas ficam apenas os materiais para o trabalho em curso? 1 X C - A roupa de trabalho é a adequada? 2 X D - O posto de trabalho está iluminado? 2 X E - Os equipamentos e as lâmpadas estão limpos e com manutenção? 2 X F - Existe manutenção contínua nos equipamentos? 2 X G - Os equipamentos estão protegidos (sistema de segurança)? 3 X H - Todos os documentos/relatórios estão atualizados? 1 X I - É orientado de forma correta o uso dos equipamentos? 2 X J - O operador teve preparação para executar o trabalho? 3 X L - A documentação está legível e em bom estado para consulta? 2 X Área de segurança A - Todos os painéis dos quadros elétricos estão bem fechados? 2 X B - Plugs e tomadas estão em boas condições gerais? 3 X C - As portas abrem facilmente pelo interior? 2 X D - As portas são adequadas? 2 X 33 E - Os WC estão identificados? 1 X F - Os extintores estão inspecionados? 2 X G - Os extintores estão em carga? 3 X H - Os extintores e mangueiras estão facilmente acessíveis? 2 X I - Os equipamentos de segurança estão funcionando (limpo:acessíveis)? 3 X J - Há sinalização de segurança? 2 X K - A caixa de primeiros socorros é de fácil acesso e o conteúdo adequado? 2 X Impressão Geral do Departamento * X Melhoria contínua no processo 2 X TOTAL 100 0 0 4.6 - Fluxograma Da Unidade De Produção Laticínio 34 Legenda: Critérios de avaliação 1. Importante 2. Muito importante 3. Crítico Chegada do Leite Recepção do Leite Tanque de Recepção Pasteurização Empacotamento do Leite Fabrico do Queijo Fabrico de doce de Leite Fabrico de Yogurte Queijo Minas Frescal Ricota Minas Padrão Mussarela Cooperativa Morango Pêssego Coco Banana Cooperativa e/ou Refeitório 4.6.1 - Tecnologia De Fabricação Dos Principais Queijos Produzidos Na Unidade De Produção Laticínio 4.6.1.1 - Tecnologia de fabricação do queijo Minas Frescal • Pasteurizar o leite (pasteurização lenta, Consiste no aquecimento lento do leite até a Temperatura de 63ºC e na manutenção dessa temperatura por 30 minutos); • Adicionar cloreto de cálcio de 40ml de solução a 50%. 100L.leite-1 ; • Temperatura de coagulação de 35 a 37° (quando se usa fermento), ou 42° (quando se usa ácido lático); • Coagulação de 30 a 40 minutos; • Fazer o corte em cubos grandes, no sentido vertical e horizontal, • Utilizando a faca ou o par de liras; • Virar a massa lentamente utilizando uma pá; • Deixar em repouso por 03 minutos; • Agitar a massa por 25 minutos até obter firmeza nos grãos, • Dado o ponto, eliminar a maior parte do soro e proceder a enformagem; 35 Cooperativa e/ou Refeitório Refeitório (leite in natura) Cooperativa e/ou Refeitório • Após repouso de 10 a 20 minutos, virar todos os queijos. Cerca de 30 minutos mais tarde, virar novamente e conduzir os queijos a câmara fria (12°C). • No dia seguinte os queijos poderão ser salgados em salmoura a 10°C com 20% de sal, em média por uma hora e trinta. • Após a salga, deixar escorrer e secar, e proceder à embalagem. Pontos críticos • Uso de fermento ou ácido lático (influencia a umidade final, o sabor, além de afetar o rendimento e a durabilidade); • pH final do produto (susceptibilidade à contaminações). Queijos feitos com ácido lático têm pH de 6,3-6,5 com 24 horas e um alto resíduo de lactose. Assim, são muito mais sensíveis mesmo a pequenas contaminações com coliformes (os quais são inibidos pelo pH alto e tem lactose para produzir gás); • Umidade final do produto (rendimento e durabilidade); • Condições de estocagem e comercialização (durabilidade). 4.6.1.2 - Tecnologia de fabricação de Ricota Fresca A ricota é um tipo de queijo denominado albuminoso, elaborado a partir do soro de queijos o qual é rico em albumina (proteína). Do processamento do leite para a fabricação de queijos obtém-se o soro. Embora o soro contenha substâncias de alto valor nutritivo, esse se torna um dos maiores problemas nos laticínios, por não possuir um sistema de tratamento adequado para o mesmo. O soro é uma matéria-prima pouco aproveitada nos laticínios, o mesmo é mais utilizado na alimentação de suínos, uma pequena parte é empregada na produção de bebida láctea e fabricação de ricota. Quando esse subproduto não é utilizado para nenhuma dessas finalidades é lançado em partes no protótipo já existente na Unidade de Produção Laticínio e o restante. A ricota é de origem italiana, é também conhecida por “queijo albumina”, por constituir-se basicamente desta e de lactoglobulina (principais componentes protéicos do soro). É um produto com baixo teor de gordura e é considerado um produto dietético e de fácil digestibilidade. A fabricação deste produto é uma das formas mais simples e econômica para o aproveitamento do soro proveniente de queijos comuns. 36 Segundo o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA art. 610 - “Ricota fresca é o produto obtido da Albumina do soro de queijos, adicionado de leite até 20% do seu volume, tratado convenientemente e tendo o máximo de três dias de fabricação. Deve apresentar: • Formato: cilíndrico; • Peso: 0,300g a 1.000kg (trezentos gramas a um quilograma); • Crosta: rugosa, não formatada ou pouco nítida; • Consistência: mole, não pastosa e friável; • Textura: fechada ou com alguns buracos mecânicos; Etapas do fabrico de Ricota • O soro fresco é colocado em um tanque que permita o aquecimento a vapor direto ou indireto; • Adiciona-se entre 10% e 15% de leite desnatado (ou integral) ao soro e misturar bem; • Aquecer até 80-85°C e iniciar a acidificação que poderá ser feita de diversas maneiras; • Com soro ácido (acima de 100°D); • Ácido cítrico (500g.1000 L de soro); • Ácido lático (80-100 ml para cada 100 L de soro); • Interromper o aquecimento (em cerca de 90) quando os primeiros flocos aflorarem a superfície do soro; • Aguardar o tempo necessário para que a massa floculada se firme e proceder, então, à sua coleta
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