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Desconsideração da personalidade Juridica

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A desconsideração da personalidade jurídica é ato jurídico decorrente de decisão judicial
que visa a atacar os bens dos sócios por obrigações de responsabilidade da sociedade.
As pessoas naturais adquirem a personalidade civil no nascimento com vida (mas a lei
garante os direitos do nascituro desde a concepção) e se encerra com a morte, nos termos
do art. 2º do Código Civil.
Já as pessoas jurídicas adquirem a personalidade jurídica com a inscrição dos seus atos
constitutivos no órgão competente.
O QUE É A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: desconsideração da
personalidade jurídica ocorre quando uma sociedade possui limitação de patrimônio dos
seus sócios, no entanto, ainda assim, a personalidade jurídica da sociedade é
desconsiderada para que o patrimônio dos sócios sirva para quitar as obrigações da
sociedade.
Enquanto na desconsideração da personalidade jurídica a pessoa jurídica continua
existindo, apenas não é considerada para fins de responsabilização, na desconstituição da
personalidade jurídica a pessoa jurídica é desconstituída, ou seja, ela é extinta.
Com o passar do tempo, alguns povos intensificaram um pouco mais a troca, como os
Fenícios, o que estimulou a produção especificamente para venda, dando início ao
comércio. A título de curiosidade, “comércio” vem do latim commutatio mercium – troca de
mercadoria por mercadoria. Como nem sempre uma mercadoria equivalia a outra, surgiu
então a moeda, que era um padrão para se fazer as trocas.
Ao produzir muito um único produto ou serviço as pessoas passaram a especializar-se, e,
com isso, os artesãos e os comerciantes começaram a criar as corporações de ofícios.
Essas corporações eram entidades que agrupavam pessoas da mesma classe e elegiam os
consules mercatorum, pessoas que legislavam (faziam o direito dos comerciantes –
sedimentando os usos) e julgavam as relações entre os comerciantes (interpretavam e
julgavam aqueles que faziam uso de sua prática).
A fim de incentivar o empreendedorismo, foi criada a “pessoa jurídica”, ou seja, um ente
fictício nascido da vontade de seus sócios.
As pessoas jurídicas recebiam um capital preestabelecido dos seus sócios (capital social) e
com este valor investiam em uma atividade específica (objeto social).
Isso porque, aqueles que tinham medo de empreender para não perder seu patrimônio
passaram a criar pessoas jurídicas com um valor que estariam dispostas a perder caso o
negócio desse errado.
Este foi, possivelmente, um fato que auxiliou uma mudança de paradigma da época,
facilitando o que posteriormente desencadeou na Revolução Industrial, com a fabricação de
bens em série.
*Surgimento da desconsideração da personalidade jurídica
Aqueles que buscavam empreender limitando seus riscos ao valor investido nas sociedades
passaram a utilizar de pessoas jurídicas para atuar em determinados mercados. Ocorre que
alguns empreendedores não estavam sequer dispostas a sofrer este risco, e passaram a
utilizar as pessoas jurídicas como forma de blindagem patrimonial.
Em 1897 surgiu o primeiro caso de expressão que apreciou a desconsideração da
personalidade jurídica, na Inglaterra.
Como foi o caso
Pouco antes dessa data, Aaron Salomon criou uma empresa, a Salomon Company, e
transferiu um fundo de comércio que possuía para o novo negócio. No entanto, esse fundo
de comércio tinha um valor maior que as cotas, de forma que o próprio sócio se tornou
credor da sociedade com garantia real dos bens
Desta forma, a personalidade jurídica da sociedade foi desconsiderada para que os bens do
seu sócio Aaron pudessem arcar com as dívidas da sociedade e, assim, fazer com que os
outros credores fossem ressarcidos.
Em última instância, a House of Lords apontou que o princípio da autonomia da pessoa
jurídica deveria prevalecer, de forma que Aaron ganhou a causa, contudo nasceu a teoria.
*Limitação de responsabilidade dos sócios nas pessoas jurídicas
No direito brasileiro existe o princípio da tipicidade das sociedades.
Entre os tipos existentes estão: sociedade simples, sociedade comandita simples,
sociedade comandita por ações, sociedade em nome coletivo, sociedade limitada,
sociedade anônima.
Ocorre que apenas na sociedade limitada e na sociedade anônima todos os sócios
possuem responsabilidade limitada aos valores aportados na sociedade para integralização
do capital social.
Os outros tipos societários não protegem todos os sócios, sendo até possível limitar a
responsabilidade de alguns dos sócios e não limitar de outros dependendo do tipo societário
escolhido.
Nela, é possível notar que até o mês de outubro foram constituídas quase 20.000
sociedades limitadas, quase 10.000 Eirelis, pouco mais de 200 Sociedades Anônimas,
frente a quase 100 sociedades dos outros tipos societários.
*Espécies de desconsideração da personalidade jurídica
Ao analisar a desconsideração da personalidade jurídica, deve-se levar em consideração a
existência ou não de culpa, o que faz gerar a existência de duas espécies: subjetiva ou
objetiva.
Espécies de desconsideração da personalidade jurídica Ao analisar a desconsideração da
personalidade jurídica, deve-se levar em consideração a existência ou não de culpa, o que
faz gerar a existência de duas espécies: subjetiva ou objetiva.
Desconsideração da personalidade jurídica no Novo CPC Esta situação também é
razoavelmente nova no ordenamento jurídico brasileiro, uma vez que o novo Código de
Processo Civil, de 2015, previu expressamente como seria o procedimento de
desconsideração da personalidade jurídica nos seus artigos 133 a 137.
incidente de desconsideração da personalidade jurídica apenas será instaurado a pedido da
parte ou do Ministério Público, se este atuar intervindo no processo.
Isso quer dizer que deverá ser criado um novo processo apenas para se analisar se a
personalidade jurídica deverá ou não ser desconsiderada no processo principal,
independentemente da fase que este se encontra (fase de conhecimento, cumprimento de
sentença ou em execução de título extrajudicial).
Vale ressaltar que não precisa ser criado um incidente se o pedido de desconsideração da
personalidade jurídica for feito juntamente da petição inicial do processo principal.
O sócio será citado e terá o prazo de 15 (quinze) dias úteis para se manifestar sobre o
incidente, bem como as provas que pretende produzir.
Por esta razão, é importante a existência das sociedades com responsabilidade limitada dos
sócios, bem como uma forma de punir aquelas pessoas que utilizam de forma indevida as
pessoas jurídicas.

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