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Patologia Supressores Tumorais Genes supressores de tumor: • Controle da multiplicação e da diferenciação celular • Evitam a reprodução descontrolada das células • “freios” da divisão celular • Em geral precisam ter os dois alelos afetados para induzir o câncer (comportamento recessivo) • Observação: Oncogenes – dependem apenas de um cópia ativa do gene para manifestar o fenótipo (comportamento dominante) “Atuam como um sistema coordenado e eficaz que impede a proliferação celular desordenada após agressões” A atuação de um oncogene em uma célula com sistema de genes supressores de tumor íntegro não resulta em proliferação celular aumentada ou neoplasia. Formas de atuação: • Controlam o ciclo celular • Fatores de crescimento • Vias que ativam a apoptose • Estimulam a diferenciação e inibem mitoses • Codificam proteínas que regulam a inter- relação do citoesqueleto com a MEC ➢ Pontos de checagem do ciclo celular (check- points): • G1/S: mediada principalmente por p53 → induz o inibidor de ciclo celular p21 • G2/M: envolve tanto mecanismo p53- dependentes quanto independentes Gene TP53: • É o gene supressor de tumor mais comumente relacionado aos cânceres humanos • > 50% dos tumores humanos possuem mutações nesse gene • Guardião do genoma • “policial molecular”: evita a propagação de células geneticamente danificadas • É a forma mais comum de alteração genética em tumores humanos • Alteração em TP53 favorece a progressão tumoral, pois são mais comuns em cânceres avançados e/ou metastáticos • Fenótipo neoplásico: perda dos dois alelos dos genes (herdada/adquirida) • Curiosidade: a proteína p53 anormal tem a capacidade de se ligar e inativar a p53 normal – por isso o fenótipo maligno pode se manifestar mesmo quando há mutação de apenas um alelo do gene – MUTAÇÃO DOMINANTE NEGATIVA • Síndrome de Li-Fraumeni: - raramente alguns indivíduos herdam um alelo TP53 mutante - nessa síndrome os indivíduos herdam um alelo TP53 defeituoso - predispõe o individuo ao desenvolvimento de tumores malignos - probabilidade 25x maior de desenvolver um tumor maligno aos 50 anos • Gene TP53: em caso de lesão ao DNA: - liberação de p53 de seu inibidor – mdm2 - ativação de proteínas inibidoras do ciclo celular (p21) - inibem o complexo ciclina/cdk (controle do ciclo) - tempo para reparo ou apoptose (Bax) - bloqueio da célula em G1 • A p53 impede a transformação maligna por meio de 3 mecanismos integrados: - ativação da interrupção temporária do ciclo celular – quiescência - indução da interrupção permanente do ciclo celular – senescência - ativação da morte celular programada – apoptose P53 x Angiogênese: Em normalidade, a p53 pode: - estimular a expressão de moléculas anti- angiogênicas - reprimir a expressão de moléculas pró- angiogênicas → a perda da p53 nas células tumorais gera um ambiente mais permissivo para a angiogênese P53 x Tratamento: • O efeito da radio e quimioterapia se faz por agressão ao DNA, resultando em apoptose → tumores com alteração em p53 sofrem menos apoptose, por isso respondem menos a esses tratamentos “As proteínas transformantes de diversos vírus de DNA, incluindo a proteína E6 do HPV, podem se ligar ao p53 e promover a sua degradação” • Primeiro gene descrito foi o RB (retinoblastoma) O acúmulo de células neoplásicas pode resultar: • Ativação dos oncogenes – promotores do crescimento • Inativação de genes supressores de tumor – suprimem o crescimento • Mutações nos genes que regulam a apoptose Genes da apoptose: • Bcl-2 (anti-apoptóticos) • Bax (pró-apoptóticos) - o p53 é um importante gene pró-apoptótico que induz a apoptose em células que não são capazes de reparar o dano ao DNA - as ações da p53 são mediadas em parte por ativação transcricional de BAX Família MMR: • Genes responsáveis por reparo de pareamento errado do DNA • hMSH2, hMSH6, hMLH1 e hPMS2 Família UVDR: • Genes que atuam no reparo do DNA após lesão por radiação UV • Xeroderma pigmentoso: doença hereditária na qual os indivíduos são incapazes de reparar os dímeros de pirimidina formados (radiação UV), há a formação de vários cânceres de pele mesmo em pacientes jovens. Telômeros: • Formam as extremidades dos cromossomos • São estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA não codificante • Cada vez que a célula se divide, os telômeros são ligeiramente encurtados Quando muito curtos, a célula perde completa ou parcialmente a sua capacidade de divisão celular. • A maioria das células humanas saudáveis normais possuem uma capacidade de 60 a 70 duplicações • Fenômeno relacionado ao encurtamento progressivo dos telômeros nas extremidades dos cromossomos • Interrupção do ciclo celular mediada por p53 e Rb • Telomerase é uma enzima e tem como função adicionar sequências especificas e repetitivas de DNA à extremidade 3’ dos cromossomos, onde se encontra o telômero • A telomerase geralmente esta ausente ou expressada em níveis muito baixos na maioria das células somáticas • A manutenção do telômero é observada em virtualmente todos os tipos de cânceres Angiogênese: • Os tumores sólidos não são capazes de crescer além de 1 a 2 mm sem vascularização • Células cancerosas são capazes de:
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