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Doenças tropicais negligenciadas A OMS fala que são grupos de doenças de prevalência tropical e subtropical elevado custo econômico e social. Populações vivendo em situação de pobreza, sem saneamento básico e sem água de qualidade apropriada para consumo. Temos a estimativa de que temos mais de 1 bilhão de pessoas infectadas por uma ou mais doença tropicais negligenciadas. Isso dá 1 a cada 6 pessoas. A OMS tendo em vista a importância dessas doenças tropicais negligenciadas, começou a fazer uma campanha muito grande para diminuir o impacto dessas doenças principalmente em crianças. Temos mais de 880 milhões de crianças infectadas por doenças que são transmitidas pelo solo e são as crianças que são o maior grupo de risco. Quase 100 milhões de brasileiros não tem acesso à coleta de esgoto, o que equivale a 46,85% da população. A região norte é a que mais sofre com a falta de esgotamento sanitário, com apenas 10% da população com acesso a esse serviço. Com o contato direto com o esgoto faz com que o contágio e a transmissão das doenças sejam muito mais fáceis. Essas doenças além de ter esse ciclo de pobreza associada e ocorrer na região tropical e subtropical e ter pessoas mais propensas, ainda por cima não tem tanto tratamento, não tem incentivo e investimento. Um dos exemplos é malária e a doença de Chagas (essas doenças não são tão negligenciadas mais). Temos 17 doenças negligenciadas e 11 delas são parasitoses. Quando vemos as doenças parasitárias que afetam o ser humano e fazendo uma análise, temos em torno de 3,5 bilhões de pessoas com doenças parasitárias, sendo 450 milhões de crianças. - Mas o que é parasitismo? É a associação entre dois organismos onde um é o beneficiado enquanto o outro é o prejudicado. Contato íntimo e duradouro; Temos a dependência metabólica. Parasito é o agressor e o hospedeiro alberga o parasito. Existem dois tipos de parasitas: Temos o endoparasito que vive dentro do corpo do hospedeiro e o ectoparasito que vive externamente ao corpo do hospedeiro. - Ciclos biológicos Para estudar parasitologia, temos alguns termos muito utilizados e um deles é o ciclo biológico. Entendendo o ciclo, dá para entender o tipo, os sintomas dele e por onde passa no nosso corpo. Os monóxenos necessitam de apenas um hospedeiro para completar seu ciclo de vida. Os heteróxenos necessitam de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo de vida. Sendo hospedeiro intermediário que é na fase larvária ou assexuada. E hospedeiro definitivo que é na fase de maturidade ou sexuada. Por exemplo, temos o parasito esquistossomose que é quando o parasita tem que passar pelo hospedeiro humano definitivo que é quando vamos ter a reprodução sexuada. O hospedeiro intermediário vai ser o caramujos. - Tipos de transmissão Esses parasitas vão ter diversos tipos de transmissão, que são as aquisições passivas (quando ingerimos alguma forma do parasito) ou ativa (que penetra na nossa pele). Pode ser oral que é quando vamos ingerir. Vamos ter a penetração cutânea que é quando a larva penetra ativamente na pele do hospedeiro. Porém dependendo de alguns parasitas, eles vão precisar de vetores, geralmente temos algum artrópodes (molusco, barbeiro...) que transmitem um agente de um hospedeiro vertebrado para outro. Temos o vetor biológico que o parasito se multiplica ou se desenvolve no vetor. Temos o vetor mecânico que é o vetor que serve como meio de transporte, então o parasita não se desenvolve (insetos). Parasitismo é a associação entre dois organismos onde um é o beneficiado enquanto o outro é prejudicado, resultando assim a uma doença parasitária que é uma manifestação clínica resultante de uma infecção parasitária. A infecção é a penetração, alojamento e proliferação de um organismo (parasita) no interior de outro organismo (hospedeiro). Quando pensamos nesse prejuízo, temos que levar em consideração que são 2 seres vivos contribuindo para essa equação. Assim, temos a relação parasito-hospedeiro. Quando pensamos em caso de doença, temos alguns fatores que vão influenciar como essa relação ocorre. Temos fatores relacionados ao parasito e fatores relacionados ao hospedeiro. Por exemplo, se tivermos duas pessoas, sendo uma infectada por 10 parasitas e a outra com 100 parasitos. Será que vão ter a mesma manifestação clínica? É bem provável que o qual recebeu uma carga parasitária maior, vai ter sintomas mais severos associados. Então, quando pensamos na interação dos dois seres vivos, sempre vamos ter a relação parasito- hospedeiro ditando como vai ser a manifestação clínica. - Fatores relacionados ao parasito: Número de exemplares que atingiram o hospedeiro; Virulência da cepa; Capacidade de multiplicação. - Fatores relacionados ao hospedeiro Idade e estado nutricional; Resposta imune; Doenças concomitantes. Cada hospedeiro vai ter as suas características próprias para interagir com os diferentes agentes etiológicos. Ele pode ser resistente ou suscetível. Resistência é quando o sistema imune dos hospedeiros é capaz de controlar/impedir a invasão/ multiplicação do parasito. O hospedeiro não apresenta condições metabólicas favoráveis para seu desenvolvimento. Suscetibilidade: não apresenta resistência. O agente etiológico apresenta caraterísticas próprias de interação com o hospedeiro. Infectividade: alojar, multiplicar e transmitir. Quanto maior for a infectividade maior a capacidade de alojar, multiplicar e transmitir este agente etiológico será capaz. Patogenicidade: capacidade de causar doença em um hospedeiro suscetível. Se temos um organismo que é capaz de infectar um organismo suscetível, é a patogenicidade. Virulência: grau de patogenicidade que se expressa pela gravidade da doença. Agente etiológico é o causador ou responsável pela origem da doença. - Por que algumas pessoas adoecem e outras não? • Por que algumas doenças só ocorrem em algumas áreas geográficas? • Por que a ocorrência de algumas doenças varia com o tempo? As doenças não se distribuem ao acaso, nos sempre temos alguns componentes que precisam ocorrer (fatores de risco) para que essa doença ocorra. Então, temos a pessoa, lugar e o tempo. Isso denomina se a doença vai ocorrer ou não. Para que tenhamos uma doença estabelecida na região, temos que ter alguns componentes nessa região, que são: os agentes etiológicos, o hospedeiro e as condições ambientais tem que ser agradáveis. E se temos uma doença que é transmitida por vetor, vamos ter um quarta condição, que seria o vetor, porque as doenças transmitidas por vetor é necessário que esse vetor esteja presente para que faça a transmissão entre o agente e o hospedeiro. Temos as doenças que são vetoriais mas o agente não consegue entrar no hospedeiro se o vetor não estiver presente para fazer a ponte. O vetor seria o mosquito, por exemplo. - Endemia x Epidemia Uma doença endêmica é quando temos um número de casos estáveis na região. Quando temos a epidemia é quando temos um grande aumento do número de casos. - Como determinar se existe um excesso no número de casos esperados? Para cada vez que pensamos em casos conhecidos para a doença, vamos ter um número de casos bem maior que os conhecidos.
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