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Histologia do sistema genital Sistemas Orgânicos Integrados 3 Prof. Alexandre Marcelino Estrutura do testículo Túbulo seminífero O epitélio seminífero é um epitélio estratificado complexo e incomum (epitélio germinativo), composto de duas populações básicas de células: Células de Sertóli: Células colunares que conferem sustentação à toda a estrutura do epidídimo. Amplos prolongamentos apicais e laterais. Não se reproduzem mais após a puberdade Células germinativas: Derivadas das cél. Germinativas primordiais. Repousam sobre a lâmina basal **Túnica (lâmina) própria: Tecido peritubular. Tecido conjuntivo sem fibroblastos. Presenças cél. Mióides (Cél. contráteis peritubulares) secretoras de colágenos. Ausência de fibroblastos ** Cél. de Leydig: Produção de testosterona Equipe de professores Rodrigo Chaves, Andrea Gerevini, Alexandre Marcelino CL: células de Leydig Eg: espermatogônias Ec: espermatócitos Ep: espermátides LP: lâmina própria NS: núcleos das células de Sertoli Setas: núcleos das espermátides exibindo uma alteração inicial do formato Epidídimo Fazem parte do epidídimo: Ductos eferentes e ductos do epidídimo Dividido em: cabeça, corpo e cauda Estrutura histológica: Epitélio pseudoestratificado colunar com esteriocílios Tipos celulares do epitélio: Cél. Principais. Possuem esteriocílios; núcleos cilíndricos; auxiliam na maturação dos espermatozoides; Cél. Basais. Células esféricas e pequenas; núcleos esféricos; são células tronco do epitélio ductal ***O epitélio: Atua na absorção de líquidos e restos celulares que não foram absorvidos pelas cél. de Sertoli e atua na maturação dos espermatozoides Vasos sanguíneos, músc. liso, tecido conjuntivo **A camada de músc. liso aumenta em complexidade ao longo do epidídimo Cabeça e corpo: músc. liso circular Cauda: camada circular, longitudinal interna e externa. **Contínuas com o ducto deferente **O peristaltismo na cauda do epidídimo conduz os espermatozoides para o ducto deferente Luz repleta de espermatozoide Epidídimo Ductos eferentes Epitélio pseudoestratificado com esteriocilios; Cél. Principais; Cél. Basais; Músc. liso periductal A B C D Ducto deferente Ao entrar no abdômen compõe o funículo espermático/cordão espermático Estrutura histológica Epitélio pseudoestratificado semelhante ao epidídimo Cél. Principais com esteriocílios Cél. Basais *Lâmina própria moderadamente espessa de tecido conjuntivo frouxo Três camadas musculares lisas Longitudinal interna Circular média Longitudinal externa *O lúmen do ducto aparece pregueado (artefato) devido a contração da musculatura Ducto deferente Ao entrar no abdômen compõe o funículo espermático/cordão espermático Estrutura histológica Epitélio pseudoestratificado semelhante ao epidídimo Cél. Principais com esteriocílios Cél. Basais *Lâmina própria moderadamente espessa de tecido conjuntivo frouxo Três camadas musculares lisas Longitudinal interna Circular média Longitudinal externa *O lúmen do ducto aparece pregueado (artefato) devido a contração da musculatura Epitélio pseudoestratificado com esteriocilios; Epitélio pregueado; Camadas musculares: Longitudinal interna, Circular média e Longitudinal externa Glândulas tubulares altamente dobradas, alongadas e pareadas O epitélio colunar pseudoestratificado Material viscoso amarelo-esbranquiçado. Ele contém frutose, que é o principal substrato metabólico para os espermatozoides, juntamente com outros açúcares simples, aminoácidos, ácido ascórbico e prostaglandinas. Glândulas/Vesículas seminais Embora as prostaglandinas tenham sido isoladas pela primeira vez a partir da próstata (daí o seu nome), na realidade elas são sintetizadas em grandes quantidades nas vesículas seminais ML: Músculo liso Ep: Epitélio pseudoestratificado M: Mucosa pregueada M Ep Mucosa Próstata Maior glândula acessória Secreção: líquido claro, levemente alcalino pH 7,29 e contribui para a formação do sêmen A próstata é um conjunto de 30 a 50 glândulas tubuloalveolares ramificadas que envolvem uma porção da uretra chamada uretra prostática. As glândulas prostáticas se distribuem da seguinte maneira: Camada central Camada de transição Camada periférica As glândulas tubuloalveolares da próstata são formadas por um epitélio pseudoestratificado colunar Um estroma fibromuscular cerca as glândulas. A próstata é envolvida por uma cápsula fibroelástica rica em músculo liso. Septos dessa cápsula penetram a glândula e a dividem em lóbulos, que não são facilmente percebidos em um adulto. Camada periférica Camada de transição Camada central Organização do parênquima prostático Zona central Contém cerca de 25% do tecido glandular e é resistente tanto ao carcinoma quanto a inflamação Zona Periférica Compreende 70% do tecido glandular da próstata. Ela circunda a zona central e ocupa as partes posterior e lateral da glândula. A maioria dos carcinomas de próstata origina-se da zona periférica da próstata. A zona periférica é palpável durante o exame digital do reto. Essa zona também é a mais suscetível a inflamação. Zona de transição Circunda a uretra prostática; ela compreende cerca de 5% do tecido glandular prostático e contém as glândulas mucosas. Em indivíduos idosos, as células parenquimatosas dessa zona frequentemente sofrem divisão extensa (hiperplasia) e formam massas modulares de células epiteliais. Como essa zona é próxima da uretra prostática, esses nódulos podem comprimir a uretra prostática, causando dificuldade de micção. Essa condição é conhecida como hiperplasia prostática benigna (HPB) Zona periuretral Contém glândulas mucosas e submucosas. Nos estágios mais avançados de HPB, essa zona pode apresentar um crescimento patológico, porém principalmente dos componentes do estroma. Em conjunto com os nódulos glandulares da zona transição, esse crescimento causa maior compressão uretral e maior retenção de urina na bexiga. central zone transitional zone (A) Alvéolos prostático (B) Epitélio pseudo estratificado cilíndrico (C) Estroma prostático fibromuscular que formam septosroma Conjuntivo denso Músculo liso A B C Glândula bulbouretrais Secretam líquido pré-seminal Glândulas túbulo alveolares que secretam muco que lubrificam a uretra esponjosa neutralizando qualquer traço de urina ácida Descrição histológica: Epitélio simples colunar Glândulas túbulo alveolares Núcleos deslocados para a base da célula Pênis Duas massas dorsais de tecido erétil: Corpos cavernosos Uma massa ventral de tecido erétil: Corpo esponjoso Cápsula fibrosa densa: Túnica albugínea do corpo cavernoso ** A túnica albugínea do corpo esponjoso é mais delgada e possui tecido elástico Corpos cavernosos: espaços vasculares revestidos por endotélio circundados por uma fina camada de músc. liso formando trabéculas **Coxins subendoteliais: feixes irregulares de músc. liso nos espaços vasculares dos corpos cavernosos Tecido conjuntivo intersticial denso com numerosas terminações nervosas e vasos linfáticos Pele fina e frouxamente aderida ao conjuntivo frouxo subjacente (exceto na glande que é muito fina e firmemente aderida) ***Os corpos cavernosos possuem mais espaços vasculares do que o corpo esponjoso Espaços vasculares (B) Coxins subendoteliais (C) Interstício de tec. conjuntivo denso A B C Ovários Descrição do ovário Córtex do ovário: Folículos ovarianos inseridos em tecido conjuntivo ricamente celularizado e envoltos em músculo liso Medula do ovário: Tec. Conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos contorcidos, vasos linfáticos e nervos **Epitélio cubico simples ou “germinativo” **Túnica albugínea: tec. conjuntivo denso situado abaixo do epitélio Folículo primordial Circundados por uma única camada de células foliculares pavimentosas Núcleos dos oócitos em posição excêntrica (geralmente) CF: Células foliculares Epitélio cubico c Túnica albugínea Folículos primordiais Folículo unilaminar ou primárioinicial Circundados por uma única camada de células cúbicas Núcleo do oócito em posição central Presença de uma zona pelúcida localizada entre o oócito e as células folicularesadjacentes (dificuldade em visualizar) Folículo primário inicial Camada única de células foliculares cúbicas Núcleo centrado (geralmente) Ovócito Folículo multilaminar ou Folículo primário tardio ou Folículo pré antral Epitélio folicular estratificado: Membrana granulosa/estrato granuloso/camada granulosa Presença de teca folicular: Células do estroma (tecido conjuntivo) circundam o folículo -Teca interna (vascularizada, secretora de estrogênio, fibroblastos) -Teca externa (células musc. lisas + fibras colágenas) Oócito com grânulos corticais: vesículas contendo proteases Presença de zona pelúcida diferençável Descrição histológica Folículo primário tardio ou Folículo multilaminar (a) Epitélio folicular estratificado Camada granulosa (b) Presença de teca folicular (c) Zona pelúcida visível a b C Folículo secundário antral Quando a camada gradulosa atinge a espessura de 6 à 12 células foliculares um líquido (líquido folicular) rico em ác. Hialurônico começa a se acumular e posteriormente formará o antro folicular O oócito se posiciona centralmente ao folículo Descrição histológica Camada granulosa Zona pelúcida Ovócito Antro em desenvolvimento Teca folicular (interna e externa) a b c d e Folículo secundário maduro (de Graaf) Presença de amplo antro Oócito inserido no cúmulo oóforo Células do cúmulo oóforo se organizam para formar a futura cornona radiata Diâmetro do folículo 10mm ou mais Provoca abaulamento no córtex do ovário Teca folicular Ovócito localizado no cúmulo oóforo Cúmulo oóforo Camada granulosa Teca interna Teca externa Antro desenvolvido Características histológicas Corpo lúteo A medida que o folículo roto colaba suas paredes são formadas pregas Luteinização das células da parede do folículo roto (acúmulo de lipídios e de pigmento lipocromo): Células lúteas granulosas (principais células): 80% do corpo lúteo; células grandes e de localização central; sintetizam estrogênio e progesterona Células lúteas tecais: 20% do corpo lúteo; secretam andrógenos e progesterona; células menores e mais coradas; localização periférica Descrição histológica CLT: Células lúteas tecais CLG: Células lúteas granulosas Teca interna CLT CLG Tubas uterinas Mede cerca de 10 a 12 cm de comprimento Dividida em 4 segmentos: Infundíbulo (prolongamento franjado – fimbrias); Ampola (fecundação); Ístimo (segmento adjacente ao útero; Intramural (dentro do útero) Tubas uterinas A parede da tuba uterina é composta de três camadas Mucosa: Pregas que se projetam para toda a luz da tuba; são mais numerosas na ampola; epitélio colunar simples ** Muscular lisa: circular interna (espessa) e longitudinal externa (delgada) Serosa (peritônio): mesotélio e tecido conjuntivo **Epitélio colunar simples ciliado: numerosas no infundíbulo e na ampola. Estrogênio estimula a ciliogênese **Células em “cavilha” não ciliadas: secretora de líquido nutritivo ao óvulo. Progesterona estimula as células secretoras b Pregas da mucosa Descrição histológica Luz (b) Pregas da mucosa: mucosa com epitélio colunar simples ciliado e células em cavilha (c) Lâmina própria da mucosa com tecido altamente celular (d) Camada muscular circular interna longitudinal externa a c d Epitélio colunar simples Lamina própria celularizado a b Útero Parede uterina composta por três camadas Endométrio: mucosa do útero Miométrio: camada muscular espessa + conjuntivo frouxo Perimétrio: camada serosa externa ou revestimento peritoneal visceral do útero (mesotélio + conjuntivo frouxo) Glândulas tubulares simples ou ramificadas que percorrem todo o endométrio ***Estroma altamente celularizado (semelhante à mesênquima); ***Ausência de submucosa Estrato funcional Estrato basal Epitélio simples colunar: células ciliadas e secretoras Estrato funcional Estrato basal Miométrio Miométrio Glândulas endometriais Extrato basal Endométrio Extrato funcional Descrição histológica do endométrio na fase proliferativa Extrato funcional Extrato basal Miométrio Glândulas uterinas Descrição histológica Endométrio na fase secretora Epitélio colunar simples Miométrio Forma um sincício estrutural e funcional Composto por três camadas de músculo liso Camada circular interna: abaixo da mucosa Camada central : feixes musculares interdigidados aleatoriamente; numerosos grandes vasos sanguíneos Camada longitudinal externa : coberta pela serosa Mucosa Camada circular interna Camada central Vasos Camada longitudinal Camada central Descrição histológica do miométrio Três camadas musculares (circular interna, central e longitudinal externa) Presença de grandes vasos sanguíneos Camada muscular central com feixes organizados aleatoriamente Mucosa Camada circular interna Camada central Vasos Camada longitudinal Camada central Colo do útero Possui grandes glândulas ramificadas Não possui artérias espiraladas Não sofre descamação durante o ciclo menstrual Possui glândulas cervicais (produtoras de muco cervical)-transportes de espermatozoides Clínica: Cistos de Naboth-Fechamento da saída das glândulas cervicais Endocérvice (parte cervical): porção dentro do colo do útero com epitélio cilíndrico simples Ectocérvice (parte vaginal): porção do colo que se projeta até a vagina e é revestida por um epitélio estratificado pavimentoso Zona de transformação - ZT: local de troca entre os epitélios FN: Folículo de Naboth E: Estroma Zona de transformação CG Glândulas cervicais com epitélio colunar simples que é contínuo com o epitélio de revestimento do canal cervical Endocérvice e Ectocérvice normais Epitélio estratificado pavimentoso da ectocérvice Vagina Mucosa interna Tem numerosas pregas ou rugas transversais Epitélio estratificado pavimentoso Muscular Camada interna Camada externa: contínua com a camada correspondente no útero Camada adventícia externa Camada interna de tecido conjuntivo denso adjacente à muscular (contém numerosas fibras musculares) Camada externa de tecido conjuntivo frouxo externa que se mescla com a adventícia das estruturas circundantes. Genitália externa Monte do pubis: proeminência arredondada sobre a sínfise púbica formada por tecido adiposo subcutâneo; pelos púbicos Lábios maiores: são duas pregas longitudinais de pele, homólogas à pele do escroto; contém glândulas sebáceas e sudoríparas; pelos púbicos Lábios menores: epitélio com abundancia de células pigmentadas; glândulas sebáceas Clitóris: Tecido erétil homólogo ao pênis; contêm dois corpos cavernosos Vestíbulo: Presença de glândulas mucosas vestibulares menores (Skene – próximas ao clitóris e a uretra) e vestibulares maiores (Batholin) próximas ao canal vaginal Mama Antes da puberdade, as glândulas mamárias são compostas de porções dilatadas, os seios galactóforos, e várias ramificações desses seios, os ductos galactóforos. Seu desenvolvimento em meninas durante a puberdade faz parte do processo de aquisição das características sexuais secundárias. Durante esse período, as mamas aumentam de tamanho e desenvolvem um mamilo proeminente. Em meninos, as mamas normalmente permanecem planas. O aumento das mamas durante a puberdade resulta do acúmulo de tecido adiposo e conjuntivo, além de certo crescimento e ramificação dos ductos galactóforos. A proliferação desses ductos e o acúmulo de gordura se devem ao aumento da quantidade de estrógenos circulantes durante a puberdade. As glândulas mamárias sofrem intenso crescimento durante a gravidez por ação sinérgica de vários hormônios, principalmente estrógenos, progesterona, prolactina e lactogênio placentário humano. Uma das ações desses hormônios é o desenvolvimento de alvéolos nas extremidades dos ductos interlobularesterminais. Os alvéolos são conjuntos esféricos ou arredondados de células epiteliais, que são as estruturas ativamente secretoras de leite na lactação
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