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NOÇÕES DE TERMODINÂMICA Autor: Cleuber Pozes Valadão NOÇÕES DE TERMODINÂMICA Este é um material de uso restrito aos empregados da PETROBRAS que atuam no E&P. É terminantemente proibida a utilização do mesmo por prestadores de serviço ou fora do ambiente PETROBRAS. Este material foi classificado como INFORMAÇÃO RESERVADA e deve possuir o tratamento especial descrito na norma corporativa PB-PO-0V4-00005“TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES RESERVADAS". Órgão gestor: E&P-CORP/RH Autor: Cleuber Pozes Valadão Ao final desse estudo, o treinando poderá: • Reconhecer os tipos de energia e as unidades de medida utilizadas; • Aplicar as leis de Newton e as leis da Termodinâmica a partir da compreensão dos principais conceitos da Física. NOÇÕES DE TERMODINÂMICA Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais na Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência Programa Alta Competência Agradecimentos Agradeço a todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram para a realização deste trabalho. Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá: • Identifi car procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. ATERRAMENTO DE SEGURANÇA Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndioe explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografi a3.4. Glossário Objetivo Específi co O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografi a3.4. Glossário Objetivo Específi co Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contradescargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir o funcionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrtAnte! AtenÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrtAnte! AtenÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devidoàs baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrtAnte! AtenÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir o funcionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similarao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrtAnte! AtenÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrtAnte! AtenÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrtAnte! AtenÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos SumárioSumário Introdução 17 Capítulo 1 - Conceitos básicos Objetivos 19 1. Conceitos básicos 21 1.1. Grandezas físicas 21 1.1.1. Grandezas fundamentais 22 1.1.2. Grandezas derivadas 24 1.2. Leis de Newton 25 1.2.1. 1ª Lei de Newton ou Princípio da Inércia 25 1.2.2. 2ª Lei de Newton ou Princípio Fundamental da Mecânica 25 1.2.3. 3ª Lei de Newton ou Lei de Ação e Reação 27 1.3. Energia 27 1.3.1. Energias armazenadas 28 1.3.2. Energias em transição 29 1.4. Exercícios 31 1.5. Glossário 34 1.6. Bibliografia 35 1.7. Gabarito 36 Capítulo 2 - Estudo dos gases Objetivos 39 2. Estudo dos gases 41 2.1. Propriedades do gás 41 2.1.1. Massa específica 42 2.1.2. Viscosidade 42 2.1.3. Peso Molecular 43 2.1.4. Fator de compressibilidade 43 2.1.5. Calor específico 43 2.1.6. Coeficiente isoentrópico 45 2.2. Gás e vapor 45 2.3. Leis das transformações dos gases 48 2.3.1. Lei de Boyle-Mariotte 48 2.3.2. Lei de Gay-Lussac 51 2.3.3. Lei de Charles 54 2.4. Equação geral dos gases perfeitos 56 2.5. Equação de Clapeyron ou equação universal dos gases 57 2.6. Lei de Dalton 60 2.7. Exercícios 63 2.8. Glossário 66 2.9. Bibliografia 67 2.10. Gabarito 68 Capítulo 3 - Equação de continuidade Objetivo 73 3. Equação de continuidade 75 3.1. Exercícios 76 3.2. Glossário 77 3.3. Bibliografia 78 3.4. Gabarito 79 Capítulo 4 - Leis da Termodinâmica Objetivo 81 4. Leis da Termodinâmica 83 4.1. Lei Zero da Termodinâmica 83 4.2. Primeira Lei da Termodinâmica 83 4.3. Segunda Lei da Termodinâmica 84 4.4. Terceira Lei da Termodinâmica 85 4.5. Exercícios 86 4.6. Glossário 87 4.7. Bibliografia 88 4.8. Gabarito 89 Capítulo 5 - Efeito difusor e efeito bocal Objetivo 91 5. Efeito difusor e efeito bocal 93 5.1. Exercícios 96 5.2. Glossário 97 5.3. Bibliografia 98 5.4. Gabarito 99 Capítulo 6 - Processos de compressão Objetivo 101 6. Processos de compressão 103 6.1. Exercícios 105 6.2. Glossário 106 6.3. Bibliografia 107 6.4. Gabarito 108 17 Introdução Termodinâmica é a parte da Física que estuda os princípios que regem os processos contínuos de troca e conversão de uma forma de energia em outra. Esses processos existem porque a energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada. A Termodinâmica, então, aborda fenômenos que envolvem: Energias armazenadas• : potencial, cinética, interna, entalpia e entropia; Energias em trânsição:• calor e trabalho. O calor está associado a uma variação de energia interna e o trabalho está associado às energias potencial, cinética e entalpia. O deslocamento da massa ocorre ao ser promovido um desequilíbrio, através da diferença entre a somatória das energias armazenadas de cada ponto em observação. A natureza caminha em busca do equilíbrio. Porém, para retirar trabalho ou calor, é necessário gerar o desequilíbrio. Para este ser gerado é necessário fornecer algum tipo de energia. A queda de um corpo, o aquecimento da água, a mudança de fase de uma substância, o bombeio de um líquido, a compressão ou expansão de um gás são exemplos de desequilíbrios de energia que estão presentes no nosso dia-a-dia e que nos auxiliam muito. RESERVADO RESERVADO C ap ít u lo 1 Conceitos básicos Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Conceituar grandeza física distinguindo as fundamentais das derivadas; • Reconhecer as leis de Newton aplicando-as em situações-problema; • Distinguir os tipos de energia. RESERVADO 20 Alta Competência RESERVADO 21 Capítulo 1. Conceitos básicos 1. Conceitos básicos Antes de iniciarmos nosso estudo sobre Termodinâmica, vamos trabalhar alguns conceitos básicos sobre Física. Este estudo será dividido em três conceitos principais: • Grandezas físicas; Leis de Newton;• Energia.• 1.1. Grandezas físicas Grandeza física é tudo aquilo que é passível de medição. Medir uma grandeza física significa compará-la a outra grandeza de mesma espécie, que constitui um padrão ou unidade de medida. Sistema de Unidades é um conjunto de unidades, em números necessários e suficientes para medir todas as grandezas de um determinado campo da Física. As unidades definidas para compor um Sistema de Unidades são chamadas unidades fundamentais e as grandezas a que se referem tais unidades são as chamadas grandezas fundamentais. Inicialmente foram definidas as unidades e depois as grandezas. A tabela a seguir apresenta algumas grandezasfísicas e suas respectivas unidades de medida. RESERVADO 22 Alta Competência Grandezas físicas Unidades de medida para as grandezas físicas: comprimento metro (m) decímetro (dm) polegada (in) milha (mi) pé (ft) quilômetro (km) força Newton (N) quilograma- força (kgf) Dina massa kilograma libra volume metro cúbico (m3) litro (l) mililitro (ml) centímetro cúbico (cm3) potência Watt (W) horse power (hp) caloria por segundo (cal/s) temperatura Kelvin (K) Celsius (C) Fahrenheit (F) As grandezas fundamentais, as leis e os teoremas da Física são o ponto de partida para a definição das demais grandezas físicas, ou seja, das grandezas derivadas. As unidades correspondentes às grandezas derivadas são denominadas unidades derivadas. 1.1.1. Grandezas fundamentais Na Mecânica é usual tomar-se como grandezas fundamentais aquelas que não se pode dividir, separar. São elas: comprimento, massa, tempo e temperatura. a) Comprimento - É a distância entre dois pontos. Originalmente, o metro foi definido como a décima bilionésima parte da metade do meridiano terrestre ao nível do mar. Esta medida foi transferida para uma barra de platina iridiada, ainda hoje conservada na França. A partir daí, o metro-padrão passou a ser definido como a distância entre as duas marcas inscritas nesta barra quando à temperatura de zero grau Celsius. Atualmente, o metro é definido em função do comprimento da onda de radiação luminosa alaranjada, emitida por um isótopo do criptônio. VOCÊ SABIA?? RESERVADO 23 Capítulo 1. Conceitos básicos b) Massa - É a grandeza associada à quantidade de matéria de um corpo. A massa de um corpo só se modifica quando a ele é acrescentada ou retirada matéria. A unidade de massa no Sistema Internacional (SI) é o quilograma (Kg). O padrão internacional de referência para o quilograma é a massa do protótipo internacional que é um cilindro de platina iridiada, correspondente a um decímetro cúbico de água e guardado em Sèvres. ImpOrtAnte! c) Tempo - É a grandeza relacionada à duração, como intervalo de tempo, ou a um específico instante de tempo. Originalmente, o segundo foi definido como o intervalo de tempo correspondente a 1/86.400 do dia solar médio. VOCÊ SABIA?? d) Temperatura - A temperatura pode ser descrita como a sensação de quente ou frio. Do ponto de vista da Física, representa o grau de agitação das moléculas. Quanto maior a temperatura, maior o grau de agitação das moléculas RESERVADO 24 Alta Competência 1.1.2. Grandezas derivadas São grandezas que surgem da combinação de duas ou mais grandezas fundamentais. São elas: velocidade (comprimento/tempo), aceleração, impulso e força. a) Velocidade - É uma grandeza que corresponde à relação entre o espaço percorrido e o tempo gasto para percorrê-lo. Escalar Velocidade Vetorial A velocidade pode ser calculada da seguinte maneira: t s v Onde: DS = espaço percorrido; Dt = tempo gasto para percorrê-lo. b) Aceleração - É a grandeza vetorial que corresponde à variação da velocidade no tempo. É assim calculada: t v a Onde: Dv = variação da velocidade; Dt = tempo gasto para variá-la. c) Impulso - É a propriedade de um corpo em movimento que determina o período de tempo requerido para trazê-lo à condição de repouso sob ação de uma força constante. É o produto da massa pela velocidade. d) Força - É um agente capaz de produzir ou cessar um movimento, ou causar alterações das dimensões e da forma de um corpo. RESERVADO 25 Capítulo 1. Conceitos básicos A unidade de força no SI (Sistema Internacional) é o Newton (N). ImpOrtAnte! e) Pressão - É a relação entre uma força e a área na qual ela está atuando. A pressão também pode ser definida como a freqüência de choques das moléculas de um fluido nas paredes de um recipiente por unidade de tempo. 1.2. Leis de Newton As leis de Newton foram identificadas e verificadas através dos fenômenos dos movimentos dos corpos que são associados às forças e massas envolvidas nos estudos. A observação da queda de um corpo, o movimento de um barco e o deslocamento de um automóvel são alguns dos exemplos onde se encontram presentes as leis de Newton. 1.2.1. 1ª Lei de Newton ou Princípio da Inércia Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou movimento retilíneo e uniforme, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças impressas a ele. A resultante de forças em um corpo é igual a zero quando o corpo estiver em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. 1.2.2. 2ª Lei de Newton ou Princípio Fundamental da Mecânica A força agindo sobre um corpo produz uma aceleração, cuja direção é a mesma da força aplicada. Sua amplitude é proporcional à força e inversamente proporcional à massa do corpo. RESERVADO 26 Alta Competência A 2ª. Lei de Newton pode ser assim enunciada: A aceleração adquirida por um corpo é diretamente proporcional à intensidade da resultante das forças que atuam sobre o corpo, tem a direção e o sentido dessa força resultante e é inversamente proporcional à sua massa. Observe as ilustrações a seguir: Relação entre massa, força e aceleração - Lei Fundamental da Dinâmica Supondo-se que a mão aplique uma força f (representada pelo vetor = seta) em uma caixa de massa m sofrerá uma aceleração a. Se cada uma das mãos aplicar a força f na mesma caixa de massa m, a força resultante e a aceleração serão o dobro do exemplo anterior. Se uma segunda caixa, também de massa m, for colocada próxima à primeira caixa, a massa total dobrará. Se as duas mãos, juntas, aplicarem o dobro da força do primeiro caso, a força resultante e a aceleração serão iguais à da primeira situação. Os exemplos anteriores têm o objetivo de demonstrar que, segundo a Lei Fundamental da Dinâmica, os fenômenos de força e aceleração estão diretamente relacionados com a massa. Isaac Newton deduziu que força e massa interferem na aceleração. O aumento da força atua diretamente no aumento da aceleração, enquanto o aumento da massa interfere inversamente, reduzindo a aceleração de um corpo. m F a Onde: F = força aplicada ao corpo; m = massa do corpo. RESERVADO 27 Capítulo 1. Conceitos básicos 1.2.3. 3ª Lei de Newton ou Lei de Ação e Reação Toda força de ação corresponde a uma força de reação de mesma intensidade e direção, porém com o sentido oposto. Exemplos práticos: Quando caminhamos, nós empurramos o chão para trás e • o chão nos empurra para frente com a mesma intensidade e direção, porém com sentido contrário; Quando navegamos em um barco, o remo joga a água para • trás e a água joga o barco para frente com a mesma intensidade e direção, porém com sentido contrário. O inglês Isaac Newton além de físico e matemático, como é mais conhecido, foi também astrônomo e alquimista. Na sua obra “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, publicada em 1687, descreveu a lei da gravitação universal e as leis de Newton, que são fundamentos da mecânica clássica. Nasceu no dia 4 de Janeiro de 1643 em Woolsthorpe, e faleceu no dia 31 de março de 1727, em Londres. VOCÊ SABIA?? 1.3. Energia Energia é o potencial para executar trabalho ou realizar uma ação, ou seja, a capacidade de realizar trabalho. A unidade de trabalho é o Joule (J). RESERVADO 28 Alta Competência Portanto, pode-se afirmar que: F x dW Onde: W = trabalho; F = força aplicada; d = deslocamento. Um exemplo de energia transformada em trabalho: no reservatório de Paulo Afonso, a água represada tem uma energia potencial que se transforma em trabalho quando aciona as turbinas. Através dos tempos, os homens aprenderam a utilizar a energia para tornar o seu dia-a-dia mais confortável. A utilização de energia limpa e renovável é um desafio dos dias de hoje. Por essa razão, muitos são os estudos voltados ao uso da energia eólica (do vento), da energia dos mares, da energia solar, entre outras. VOCÊ SABIA?? A energia pode ser classificadaem dois grupos: Energias armazenadas;• Energias em • transição. 1.3.1. Energias armazenadas Energia armazenada, como o nome sugere, é uma energia potencial, “guardada” sob alguma forma. Os tipos, a representação e a descrição das energias armazenadas serão a seguir descritas: a) Energia cinética (Ev) - É a energia que um corpo possui quando em movimento. RESERVADO 29 Capítulo 1. Conceitos básicos b) Energia potencial de altura (Eh) - É a energia que um corpo possui em função da altura em que ele se encontra. c) Energia potencial de pressão (Ep) - É a energia que um fluido possui quando submetido a uma pressão. d) Energia interna (u) - É a energia potencial do fluido associada à sua temperatura. e) Entalpia (h) - É o nível energético em que um fluido se encontra. Podemos dizer que entalpia (h) é a soma da energia de pressão com a energia interna. AtenÇÃO 1.3.2. Energias em transição A combustão em um fogão se processa a partir da transferência de parte da energia do gás para o ambiente à sua volta. Isso inclui a panela colocada na grelha sobre a chama e o próprio ar. Essa transferência de energia ocorre devido ao aumento da energia cinética das moléculas envolvidas. Essa forma de energia é denominada energia calorífera. Ao utilizarmos um ventilador, a energia elétrica é transformada em energia de movimento, havendo, portanto, uma transferência de energia, ou seja, é realizado trabalho. A quantidade de energia mantém-se constante, mas, em ambos os casos, houve a transformação de uma forma de energia em outra. Essa situação atende ao princípio da conservação da energia que determina que esta não pode ser criada ou destruída, apenas transformada. Para realizar troca de calor é necessário que exista uma diferença de temperatura entre os corpos. Para realizar a troca de trabalho é necessário que se tenha um diferencial do somatório das energias armazenadas. Assim, pode-se dizer que: RESERVADO 30 Alta Competência a) Trabalho (W) - É a energia que passa de um corpo para o outro devido à ação de uma força. b) Calor (Q) - É a energia térmica em trânsito, no sentido da maior para a menor temperatura. Entropia (S) é uma grandeza termodinâmica que mede a parte da energia que não pode ser transfor- mada em trabalho. A entropia expressa as perdas dos processos e manifesta-se com o acréscimo de tempe- ratura e somente pode ser reduzida ao ser transferi- da a outro fluido. Em todos os processos a entropia aumenta, e apenas com a troca de calor é que se pode reduzi-la. A entropia constitui uma variável matemática que expressa o grau de afastamento da idealidade do processo. ImpOrtAnte! RESERVADO 31 Capítulo 1. Conceitos básicos 1) Marque com X a afirmativa que melhor descreve o conceito de grandeza física: ( ) Um conjunto de símbolos e números que representam a classificação das substâncias físicas. ( ) Tudo o que pode ser medido, comparado a outra grandeza padrão ou unidade de medida. ( ) O parâmetro único, adotado em todos os países para medidas de temperatura. ( ) A expressão numérica do produto entre medidas de massa e de força. 2) Marque com F as grandezas fundamentais e com D as grandezas derivadas. ( ) Massa ( ) Velocidade ( ) Força ( ) Comprimento ( ) Aceleração ( ) Temperatura ( ) Tempo ( ) Pressão 3) Assinale com F as afirmações falsas e com V as afirmações verdadeiras: ( ) Pressão é a relação entre uma força e a área na qual ela está atuando. ( ) Impulso é a sensação de quente ou frio. ( ) Temperatura é o produto da massa pela velocidade. ( ) Comprimento é a distância entre dois pontos. 1.4. Exercícios RESERVADO 32 Alta Competência 4) Correlacione as leis de Newton com as afirmativas correspondentes: a) 1ª Lei de Newton b) 2ª Lei de Newton c) 3ª Lei de Newton ( ) A aceleração adquirida por um corpo é diretamente proporcional à intensidade da resultante das forças que atuam sobre o corpo, tem direção e sentido dessa força resultante e é inversamente proporcional à sua massa. ( ) A resultante de forças em um corpo é igual a zero quando o corpo estiver em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. ( ) Quando navegamos em um barco, o remo joga a água para trás e a água joga o barco para frente com a mesma intensidade e direção. 5) Resolva a situação e marque a resposta correta, levando em consi- deração as leis de Newton: “Uma pessoa está empurrando um caixote. A força que essa pessoa exerce sobre o caixote é igual e contrária à força que o caixote exerce sobre ela”. ( ) A pessoa poderá mover o caixote porque aplica a força sobre o caixote antes que o mesmo possa anular essa força. ( ) A pessoa poderá mover o caixote porque as forças citadas não atuam no mesmo corpo. ( ) A pessoa poderá mover o caixote se tiver uma massa maior do que a massa do caixote. ( ) A pessoa terá grande dificuldade para mover o caixote, pois nunca consegue exercer uma força sobre ele maior do que a força que esse caixote exerce sobre ela. 6) O que é energia? _______________________________________________________________ RESERVADO 33 Capítulo 1. Conceitos básicos 7) Marque com “A” energias armazenadas e “T” energias em transição: ( ) Energia cinética ( ) Energia potencial de altura ( ) Trabalho ( ) Energia interna ( ) Calor ( ) Entalpia 8) Escolha uma palavra e com ela complete cada frase adequadamente: processo corpo fluido a) Energia potencial de altura é a energia que um _______________ possui em função da altura em que ele se encontra. b) Energia potencial de pressão é a energia que um _______________ possui quando submetido a uma pressão. c) Entropia é uma variável matemática que expressa a energia relacionada ao grau de afastamento em que um ________________ se realiza em comparação à idealidade. RESERVADO 34 Alta Competência Amplitude - distância entre uma das extremidades da oscilação de um movimento vibratório ou oscilatório e o ponto de equilíbrio ou normal, por exemplo, da oscilação de uma corrente alternada, de uma onda de rádio, de uma onda sonora ou de um pêndulo; o maior valor de uma elongação. Entropia - variável matemática que expressa a energia relacionada ao grau de afastamento em que um processo se realiza em comparação a idealidade. Expressa a irreversibilidade de um processo. Por exemplo: ao deixar cair uma bola de tênis de mesa (ping-pong), ela não retorna à altura original, pois uma parcela da energia gerou entropia em decorrência das perdas por atrito e por choque. A diferença entre as alturas inicial e final é a entropia do processo. Grandeza - tudo que é passível de ser medido. Idealidade - qualidade do que é ideal, em oposição ao que acontece no mundo real. Isótopo - átomos que têm o mesmo número atômico e número de massa diferente. Platina iridiada - liga metálica de platina com adição de e irídio. Retilíneo - que está em linha reta; que segue a direção da reta. Termodinâmica - parte da física que estuda os fenômenos relacionados a calor, energia, trabalho e entropia. Tem como base as leis que regem o processo de conversão de energia. Transição - ato ou efeito de passar de um lugar para o outro, de um estado para o outro. 1.5. Glossário RESERVADO 35 Capítulo 1. Conceitos básicos BRASIL, Nilo Índio do. Introdução à Engenharia Química. Rio de Janeiro: InterCiência, 2004. VALADÃO, Cleuber Pozes. Compressores Industriais. Apostila. Petrobras. Macaé: 2007. 1.6. Bibliografia RESERVADO 36 Alta Competência 1) Marque com X a afirmativa que melhor descreve o conceito de grandeza física: ( ) Um conjunto de símbolos e números que representam a classificação das substâncias físicas. ( X ) Tudo o que pode ser medido, comparado a outra grandeza padrão ou uni- dade de medida. ( ) O parâmetro único, adotado em todos os países para medidas de tempe- ratura. ( ) A expressãonumérica do produto entre medidas de massa e de força. 2) Marque com F as grandezas fundamentais e com D as grandezas derivadas. ( F ) Massa ( D ) Velocidade ( D ) Força ( F ) Comprimento ( D ) Aceleração ( F ) Temperatura ( F ) Tempo ( D ) Pressão 3) Assinale com F as afirmações falsas e com V as afirmações verdadeiras: ( V ) Pressão é a relação entre uma força e a área na qual ela está atuando. ( F ) Impulso é a sensação de quente ou frio. Justificativa: a temperatura é a sensação de quente ou frio. ( F ) Temperatura é o produto da massa pela velocidade. Justificativa: o impulso é o produto da massa pela velocidade. ( V ) Comprimento é a distância entre dois pontos. 1.7. Gabarito RESERVADO 37 Capítulo 1. Conceitos básicos 4) Correlacione as leis de Newton com as afirmativas correspondentes: a) 1ª Lei de Newton b) 2ª Lei de Newton c) 3ª Lei de Newton ( b ) A aceleração adquirida por um corpo é diretamente proporcional à intensidade da resultante das forças que atuam sobre o corpo, tem direção e sentido dessa força resultante e é inversamente proporcional à sua massa. ( a ) A resultante de forças em um corpo é igual a zero quando o corpo estiver em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. ( c ) Quando navegamos em um barco, o remo joga a água para trás e a água joga o barco para frente com a mesma intensidade e direção. 5) Resolva a situação e marque a resposta correta, levando em consideração as leis de Newton: “Uma pessoa está empurrando um caixote. A força que essa pessoa exerce sobre o caixote é igual e contrária à força que o caixote exerce sobre ela”. ( ) A pessoa poderá mover o caixote porque aplica a força sobre o caixote antes que o mesmo possa anular essa força. ( X ) A pessoa poderá mover o caixote porque as forças citadas não atuam no mesmo corpo. ( ) A pessoa poderá mover o caixote se tiver uma massa maior do que a massa do caixote. ( ) A pessoa terá grande dificuldade para mover o caixote, pois nunca consegue exercer uma força sobre ele maior do que a força que esse caixote exerce sobre ela. 6) O que é energia? Energia é o potencial para executar trabalho ou realizar uma ação. 7) Marque com “A” energias armazenadas e “T” energias em transição: ( A ) Energia cinética ( A ) Energia potencial de altura ( T ) Trabalho ( A ) Energia interna ( T ) Calor ( A ) Entalpia RESERVADO 38 Alta Competência 8) Escolha uma palavra e com ela complete cada frase adequadamente: processo corpo fluido a) Energia potencial de altura é a energia que um corpo possui em função da altura em que ele se encontra. b) Energia potencial de pressão é a energia que um fluido possui quando submetido a uma pressão. c) Entropia é uma variável matemática que expressa a energia relacionada ao grau de afastamento em que um processo se realiza em comparação à idealidade. RESERVADO C ap ít u lo 2 Estudo dos gases Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Correlacionar as propriedades do gás com suas respectivas definições; • Diferenciar gás e vapor; • Determinar a variação do volume do gás de acordo com a variação da temperatura e pressão. RESERVADO 40 Alta Competência RESERVADO Capítulo 2. Estudo dos gases 41 2. Estudo dos gases O gás tem forma e volume variáveis, onde as moléculas movimentam-se livremente e com alta velocidade, pois a força de interação, atração e de repulsão das moléculas é mínima. O estudo dos gases baseia-se no comportamento de um gás ideal, a saber: A pressão exercida pelo gás é igual em todos os pontos;• Os choques entre as moléculas do gás e o recipiente são elásticos • (sem perda de energia); A energia interna encontra-se na forma de energia de • translação das moléculas; As moléculas se propagam em linha reta;• O diâmetro da molécula é desprezível em comparação com a • distância média que percorre entre as colisões. Os gases hélio e hidrogênio comportam-se como gases perfeitos e os demais gases quando submetidos a pressões baixas (<10 bar) também comportam-se como tal. Nos gases as moléculas movimentam-se desordena- damente em todas as direções e sentidos. ImpOrtAnte! 2.1. Propriedades do gás As propriedades do gás são empregadas nos projetos e no acompanhamento operacional das máquinas e das plantas de processo. A seguir são apresentadas as propriedades do gás. RESERVADO 42 Alta Competência 2.1.1. Massa específica Massa especifica (ρ) é a relação entre a massa e o volume do gás. Para um mesmo gás, quando é alterada a pressão e/ou a temperatura, altera-se também a massa específica. Em outras palavras, dois gases distintos com o mesmo volume têm massas diferentes. Isso ocorre porque suas massas específicas são diferentes. Essa propriedade é muito importante para projetos de máquinas que trabalham com gases, sendo também empregada para o acompanhamento das suas operações. A massa específica pode ser calculada da seguinte maneira: mρ v Onde: m = massa do gás; V = volume do gás. 2.1.2. Viscosidade Viscosidade (µ) é a propriedade que determina o grau de resistência do fluido a uma força de cisalhamento. Representa a maior ou a menor facilidade do fluido em escoar. RESERVADO Capítulo 2. Estudo dos gases 43 2.1.3. Peso Molecular Peso Molecular (PM) é também conhecido como massa molar. É a massa de uma determinada quantidade de uma substância como, por exemplo, o mol (um mol equivale a 6,023 x 1023 moléculas). Um mol de qualquer gás ocupa 22,4 litros nas Condi- ções Normais de Temperatura e Pressão (CNTP, que, neste caso, corresponde a 0 ºC e 1 atm). ImpOrtAnte! 2.1.4. Fator de compressibilidade Fator de compressibilidade (Z) é o fator empregado para corrigir o volume do gás real em relação ao volume do gás ideal, nas mesmas condições de pressão e temperatura. O fator de compressibilidade pode ser calculado da seguinte maneira: VrZ Vi Onde: Vr = volume do gás real; Vi = volume do gás ideal. 2.1.5. Calor específico Calor específico (c) é a quantidade de calor que cada grama de uma substância necessita trocar, para variar sua temperatura em 1 ºC. Quanto menor o calor específico de uma substância, mais facilmente ela pode sofrer variações em sua temperatura. RESERVADO 44 Alta Competência O calor específico depende da substância e não da quantidade da mesma, diferentemente da capacida- de térmica. É o calor necessário para que um grama de um fluido varie de 14,5 ºC para 15,5 ºC. Para a água, o calor específico é 1 cal/gºC. ImpOrtAnte! Para o gás, há dois tipos de calor específico, referentes ao volume e a pressão: Calor específico a volume constante (c• v) É o calor necessário para que um grama de um gás varie 1 °C, mantendo seu volume constante. Exemplo: colocar um botijão de gás no sol de meio-dia no verão. O gás estará recebendo calor e esse gera o aumento da temperatura. Nesse caso, o gás está recebendo energia (calor) e transformando-se em energia armazenada (temperatura e pressão). Calor específico a pressão constante (c• p) É o calor necessário para que um grama de um gás varie 1 °C, mantendo sua pressão constante. Exemplo: um cilindro contendo um gás com monitoramento e controle de pressão, feito através do deslocamento do pistão instalado na parte superior do cilindro. Dessa forma, basta que seja fornecido calor ao gás, para temperatura subir. A pressão tende a aumentar, mas é evitada através do deslocamento do pistão para cima. Então, ao se aquecer um gás a volume constante, a temperatura sobe mais rápido do que a pressão constante, pois neste caso, além da temperatura subir, uma parte do calor cedido é transformado em trabalho no deslocamento do pistão para se manter a pressão constante. RESERVADO Capítulo 2. Estudo dos gases 45 Exemplo comparativo: Uma caixa d'água que está recebendo água e a saída de água está um pouco aberta. Nessa situação, uma parcela da água que está chegando está sendo drenadapela saída. Isso faz com que o nível da caixa suba mais lentamente do que se tivesse com a saída fechada. Comparativamente, a entrada de água é o calor; o nível da caixa é a temperatura; e saída de água é o deslocamento do pistão. Com isso, a variação de temperatura é menor. Sendo assim, o calor necessário para aquecer um gás à pressão constante é maior do que para aquecê-lo a volume constante. C Cp v 2.1.6. Coeficiente isoentrópico Coeficiente isoentrópico (K) é a relação entre o Cp e o Cv. Expressa a maior ou menor facilidade que um gás tem em ser comprimido. Quanto maior o K, mais trabalho é demandado para a compressão. k Cp Cv Onde: k = coeficiente isoentrópico; Cp = calor específico a volume constante; Cv = calor específico a pressão constante. 2.2. Gás e vapor Ao se aquecer a água isobaricamente (pressão constante), a mesma se transformará do estado líquido para o estado de vapor. Caso o processo de aquecimento continue, será atingida a temperatura crítica, acima da qual, para qualquer pressão, o gás não se condensa. RESERVADO 46 Alta Competência Assim, para uma temperatura maior que a temperatura crítica, a substância encontra-se sempre no estado gasoso, qualquer que seja o valor da pressão. P (pressão) vapor gás C (ponto crítico) t (temperatura) (temperatura crítica) Através da temperatura crítica é possível estabelecer a diferença entre: Gás Vapor Substância na fase gasosa, onde encontra- se com a temperatura superior à sua temperatura crítica e que não pode ser liquefeita por compressão isotérmica (mesma temperatura). Substância na fase gasosa, onde encontra- se com a temperatura abaixo de sua temperatura crítica e que pode ser liquefeita por compressão isotérmica. O estado de um gás é caracterizado pelo valor de três grandezas físicas: Volume (V);• Pressão (P);• Temperatura (T).• Essas grandezas são denominadas variáveis de estado de um gás. A pressão de um gás deve-se aos choques das suas moléculas contra as paredes do recipiente, e a sua temperatura mede o grau de agitação de suas moléculas. RESERVADO Capítulo 2. Estudo dos gases 47 Essas três grandezas correlacionam-se de modo que a variação de uma delas proporciona mudança em pelo menos uma das outras duas. Nessa situação, diz-se que ocorreu uma transformação de estado, onde o estado final do gás torna-se diferente do estado inicial. As transformações mais conhecidas são: Isotérmica• : ocorre à temperatura constante; Isobárica• : ocorre sob pressão constante; Isovolumétrica, Isométrica ou Isocórica• : ocorre a volume constante; Adiabática• : ocorre sem troca de calor com o meio externo. Para expressar o volume de um gás é necessário definir a temperatura e pressão na qual o volume está sendo expresso, pois o mesmo volume pode ser muito ou pouco em massa de gás. Exemplo: um litro de gás submetido a 13 bar e outro litro de gás a 100 bar, ambos na mesma temperatura. Qual dos dois litros de gás tem mais massa ou pesa mais? Intuitivamente, diz-se que o litro de gás a 100 bar pesa mais que o litro de gás a 13 bar. Devido a essa situação, foram padronizadas algumas condições de estado para facilitar os projetos, os acompanhamentos operacionais e a comercialização de gases. Uma condição de estado conhecida é a CNTP (Condição Normal de Temperatura e Pressão) onde a temperatura é de 0 ºC (273,15 K) e pressão de 1 atm. Outra condição é a ISO, onde a temperatura é de 60 ºF (15,5 ºC) e pressão de 1 atm. Dessa forma, quando for mencionado um determinado volume de gás, é necessário que seja informado em qual condição está sendo expresso. RESERVADO 48 Alta Competência Na Petrobras é usada a condição BR (T= 20 ºC ou 293,15 K, P= 1 atm). 2.3. Leis das transformações dos gases As leis das transformações dos gases demonstram como as variáveis de estado correlacionam-se, como a variação de uma repercute na variação das outras e, dessa forma, proporcionam os cálculos envolvidos nessas transformações de estado. Ao se trabalhar com as leis das transformações dos gases, as unidades de temperatura e pressão devem ser empregadas em valores absolutos. ImpOrtAnte! 2.3.1. Lei de Boyle-Mariotte A Lei de Boyle-Mariotte correlaciona a pressão e o volume quando a temperatura é constante. Enunciado da Lei de Boyle–Mariotte: Em uma transformação isotérmica, ou seja, à temperatura constante, o produto da pressão pelo volume da massa gasosa é constante. Portanto, a pressão de uma dada massa de gás é inversamente proporcional ao volume ocupado pelo gás. RESERVADO Capítulo 2. Estudo dos gases 49 Observe as ilustrações atentamente: Pressão Volume Temperatura Pressão Pressão Volume Pressão Volume Temperatura Pressão Temperatura Pressão Sob temperatura constante, qualquer aumento de pressão provoca uma diminuição de volume; conseqüentemente, qualquer aumento de volume corresponde a uma diminuição de pressão. RESERVADO 50 Alta Competência Robert Boyle, renomado filósofo anglo-irlandês, cujos trabalhos no campo da Física e da Química foram fundamentais para o desenvolvimento destas ciências, nasceu em Lismore Castle, no ano de 1627, e faleceu em 1691. O padre francês Edme Mariotte desenvolveu estudos sobre fisiologia vegetal, mas seu nome ressaltou-se graças a seus trabalhos no campo da Física. Mariotte nasceu em Dijon, em 1620, e faleceu em 1684. VOCÊ SABIA?? Supõe-se que uma determinada massa gasosa contida em um recipiente de volume V é submetida à pressão P. Como já foi visto, esta pressão P acontece por causa dos choques das moléculas do gás contra as paredes do recipiente. Se o volume V for diminuído, a freqüência de choques aumenta e, portanto, a pressão também. Se durante o processo a temperatura T for mantida constante, verifica-se que a pressão varia de forma inversamente proporcional ao volume. cteP.V Onde: P = pressão do gás; V = volume ocupado pelo gás; cte = constante. Esta constante depende: Da massa e da natureza do gás;• Da temperatura;• Das unidades usadas.• RESERVADO Capítulo 2. Estudo dos gases 51 A representação gráfica da pressão em função do volume é uma hipérbole equilátera chamada isoterma. P V P1 P2 P1 V2 V1 P2 P1V1= P2V2 Onde: P = pressão; n = número de mols; R = constante universal dos gases; T = temperatura do gás; V = volume do gás. P V P1 P2 P1 V2 V1 P2 P1V1= P2V2 Onde: P = pressão; n = número de mols; R = constante universal dos gases; T = temperatura do gás; V = volume do gás. Onde: P = pressão do gás; V = volume ocupado pelo gás. Com o aumento da temperatura, o produto P.V. torna-se maior e as isotermas afastam-se da origem dos eixos. P T2 > T1 V T2 T1 T1 e T2 são as temperaturas dos processos (isotérmicas) 2.3.2. Lei de Gay-Lussac A Lei de Gay-Lussac transcreve a relação entre a temperatura e o volume do gás, em um processo sob pressão constante. Dessa forma, foi estabelecido que o volume que um gás ocupa é diretamente proporcional à temperatura, ou seja, quando a temperatura do gás aumenta, o volume aumenta proporcionalmente. RESERVADO 52 Alta Competência Enunciado da Lei de Gay-Lussac: "Em uma transformação isobárica, o volume ocupado por uma dada massa gasosa é diretamente proporcional à temperatura." cte V T Onde: V = volume; T = temperatura do gás; cte = constante. AtenÇÃO Nessa fórmula, a temperatura deve ser empregada em Kelvin (K). Exemplo: ao se aquecer um balão de ar, o seu volume irá aumentar na mesma proporção, em valores absolutos. O físico e químico francês Joseph Louis Gay-Lussac é conhecido na atualidade por sua contribuição às leis dos gases. Nascido em Saint-Léonard-de-Noblat, em 6 de dezembro de 1778, faleceu em Paris, em 10 de Maio de 1850. VOCÊ SABIA?? A ilustração a seguir representa um cilindro equipado com um pistão móvel, que contém uma determinada massa de gás, sujeita a uma pressão constante exercida pela atmosfera. RESERVADO Capítulo 2. Estudo dos
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