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EXTRAÇÃO E CARACTERIZÇÃO DO OLEO DA CASTANHA DA Syagrus Oleracea Becc

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SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA 
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL 
ESCOLA SENAI DE ITUMBIARA 
 
ENSINO MÉDIO ARTICULADO A EDUCAÇÃO PROSSIFIONAL TÉCNICA DE 
NÍVEL MÉDIO EM QUÍMICA 
 
 
ALEXANDRA HELENA RIBEIRO DE SOUZA 
FRANCYELLE DA SILVA MEDONÇA 
GRASIELLY BARBOSA NUNES 
JÚLIE MARQUES E SILVA 
MONIQUE KATHLEEN CONRADO RODRIGUES VIEIRA 
NATHALIA NASCIMENTO DE MORAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓLEO DA CASTANHA DA Syagrus 
Olerace Becc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITUMBIARA-GO 
2017 
1 
 
 
ALEXANDRA HELENA RIBEIRO DE SOUZA 
FRANCYELLE DA SILVA MEDONÇA 
GRASIELLY BARBOSA NUNES 
JÚLIE MARQUES E SILVA 
MONIQUE KATHLEEN CONRADO RODRIGUES VIEIRA 
NATHALIA NASCIMENTO DE MORAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓLEO DA CASTANHA DA Syagrus 
Olerace Becc. 
 
 
Projeto apresentado ao Serviço Nacional 
de Aprendizagem Industrial – SENAI, 
como requisito parcial para a obtenção do 
título de Técnico em Química. 
 Orientadores: Graziela Dias Ferreira, 
 Jéssyca Lorraine Garcia Eugênio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITUMBIARA-GO 
2017 
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DEDICATÓRIA 
 
Dedicamos primeiramente este trabalho a Deus e também a todos integrantes 
do grupo que se empenharam bastante nesta trajetória de pesquisas e testes para a 
realização do projeto. Dedicamos também aos nossos amigos e familiares que nos 
apoiaram em toda nossa jornada. 
 
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AGRADECIMENTO 
 
Agradecemos primeiramente a Deus que nos possibilitou energias para 
concluir este trabalho, as nossas famílias por toda dedicação e paciência contribuindo 
diretamente para que pudéssemos encontrar um caminho mais acessível 
para realização do projeto. 
Agradecemos também aos professores que sempre estiveram dispostos 
a ajudar e contribuir para o desempenho e melhor aprendizado do grupo e em especial 
a orientadora Jéssyca Lorraine Garcia Eugênio e por fim agradecemos a nossa 
instituição SESI/SENAI que nos possibilitou recursos para a realização deste trabalho, 
permitindo chegar ao final do projeto de maneira satisfatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5 
2. REFERENCIAL TEÓRICO... ............................................................................... 7 
2.1.Syagrus Olerace Gueroba...…………………..……………….…………......... .7 
2.2. Óleos vegetais………………..................….........……………..........................9 
 2.2.1Ácidos graxos..........................................................................................10 
2.3.Métodos de extração …………………..…………….………………….............11 
2.3.1. Extração por Prensagem……………………………….......……..............12 
 2.3.2. Extração por Solvente………………...........................…………..………12 
 2.4 Método de soxhlet 13 
2.5 Caracterização físico-química de óleos vegetais...........................................15 
 2.5.1 Refratômetro..........................................................................................15 
 2.5.2 Índice de saponificação .. 16 
3. MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................17 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................18 
 4.1 Caracterização...........................................................................................19 
 4.1.1 Ácidos graxos livres.................................................................................19 
 4.1.2 Índice de saponificação...........................................................................20 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................21 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 22 
APÊNDICES...............................................................................................................27 
ANÊXOS....................................................................................................................30 
 
5 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 Figura 1: Syagrus Oleracea em seu ambiente natural......................................08 
Figura 2: Amêndoa da gueroba.........................................................................09 
Figura 3: Coco da gueroba................................................................................09 
Figura 4: Óleo Linoleico.....................................................................................10 
Figura 5: Óleo Oleico.........................................................................................10 
Figura 6: Fórmula estrutural da ácido graxo......................................................11 
Figura 7: Hexano e água...................................................................................14 
Figura 8: Extrator de soxhlet.............................................................................15 
Figura 9: Movimento sifão..................................................................................15 
Figura 10: Equação genética da hidrólise alcalina............................................17 
Figura 11: Óleos extraídos................................................................................31 
Figura 12: Pesagem do óleo para a análise......................................................31 
Figura 13: Titulação da análise de ácidos graxos.............................................31 
Figura 14: Pesagem dos cocos.........................................................................31 
Figura 15: Amêndoas........................................................................................32 
Figura 16: Trituração.........................................................................................32 
Figura 17: Soxhlet.............................................................................................32 
Figura 18: Amêndoas trituradas........................................................................33 
Figura 19: Triturada, para o cartucho................................................................33 
Figura 20: Cocos ..............................................................................................33 
Figura21: Óleo extraído.............................................................................................33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
O cerrado é uma vegetação típica de locais com as estações climáticas 
definidas e regiões de solo de composição arenosa. É o segundo maior bioma da 
América do Sul, reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 
espécies de plantas nativas já catalogadas (MEZA, 2014). 
A Gueroba (Syagrus oleracea becc.) palmeira nativa do cerrado geralmente 
conhecida como guariroba, guarirova, jaguarova, gueroba, palmito amargo, coco-
amargoso, paty amargosa é encontrada nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato 
Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, São Paulo e Paraná. A produção de seus 
frutos é durante todo o ano entre os meses de fevereiro a maio sua produção é menor 
geralmente apenas um cacho com poucos cocos, a partir de junho a produção 
aumenta e a safra se estende até janeiro do próximo ano. O pico da coleta fica entre 
setembro a dezembro. Possui flores masculinas e femininas (planta monoica), seu 
tronco é único de 10 a 20 m de altura e de 20 a 30 cm de diâmetro. Seu fruto é 
composto por 4 partes: casca, mesocarpo carnoso, endocarpo (caroço),e a amêndoa 
que é aparte interna do fruto e apresenta uma cavidade interna comestível com alta 
quantidade de óleo vegetal (PEDROSA, et al., 2000). 
O óleo vegetal é um dos principais produtos extraídos de plantas, e cerca de 
2/3 são usados em produtos alimentícios. São substâncias insolúveis em água 
(hidrofóbica) de origem vegetal, composto principalmente por ésteres de triacilgliceróis 
(reação entre o glicerol e ácidos graxos). Os triacilgliceróis são compostos insolúveis 
em água e sua temperatura ambiente tem uma consistência de liquido para sólidos. 
Existe dois meios para a extração desses óleos, mecânica manuseando a prensa e a 
extração por solventes, entre eles o hexano, pelo meio do solvente também é 
realizado o método de soxhlet (PRESOTTO, 2007). 
Atualmente o óleo extraído da castanha é utilizado apenas para a produção 
de medicamentos caseiros sem fins industriais. Tendo em vista a grande produção de 
gueroba no estado de Goiás e a ilimitada aplicação de seu óleo, torna-se necessário 
um estudo das propriedades físico-químicas para a sua caracterização. Assim sendo, 
o objetivo deste trabalho é caracterizar o óleo extraído da castanha da gueroba 
através de analises físico-química e morfológicas. 
 Esse trabalho teve como objetivos específicos: 
7 
 
 
 Extrair o óleo a partir da castanha de gueroba 
 Caracterizar morfologicamente o coco da gueroba 
 Realizar análises físico-químicas de ácidos graxos livres e índice 
de refração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Syagrus oleracea bec. 
 
 O nome Syagrus vem de uma origem latim que significa “um tipo de palmeira”. 
E esse gênero é restrito ao Brasil que é considerado seu ponto de disseminação. A 
gueroba é uma planta monocotiledônea da família Arecaceae, sua subfamília 
Cocosoideae e o gênero Syagrus, Carol Fhil Martires foi a primeira pessoa a fazer sua 
descrição (Figura 1) incluindo dentro do gênero e nomeando de Coco Oleracea. Mas 
em 1916 a gueroba passou por outra análise taxonômica e foi inserida no respectivo 
gênero Syagrus, renomeando-a de Syagrus oleracea becc. (NAVES, 2009) 
 
 Figura 1: Syagrus Oleracea em seu ambienta natural. 
 
 Fonte: MORAIS, 2009 
 
A palmeira da gueroba é totalmente aproveitável desde o caule que pode ser 
utilizado como madeira na construção civil até as folhas que normalmente são 
utilizadas na alimentação de animais e nas coberturas de casas. A amêndoa (Figura 
2) e a polpa do coco contém um sabor doce e sempre foram muito prezadas como 
alimento. A polpa é rica em nutrientes com um valor significativo de carboidratos. Já 
a amêndoa tem um alto valor calórico mas é rica em fibras e proteína (ALMEIDA et al, 
2000). 
 
 
9 
 
 
 
 Figura 2: Amêndoa da gueroba 
 
 Fonte: CARVALHO, 2013 
 
Os cocos da gueroba têm o formato oval, como mostra na figura 3, medem 
entre 4 e 7 cm de comprimento e pesam em média de 30 à 40 g. O coco é formado 
por uma casca fina, por uma polpa carnosa, um caroço duro e uma amêndoa interna 
de cor branca. A polpa e a amêndoa representam mais da metade do peso do coco. 
A coleta dos cocos só é feita após caírem no chão, realizando uma seleção para 
eliminar os cocos velhos e separar os cocos de outra espécie que não são necessários 
como o bacuri que nasce próximo a gueroba (DIAS, 2012). 
 
 Figura 3: Coco da gueroba 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: CHEN, 2002 
 
 A polpa e amêndoa oferecem óleo com um grande potencial para 
desenvolvimento de novos produtos. O óleo da polpa é rico em ácidos graxos 
insaturado especialmente o linoleico e o oleico que possuem uma ou mais ligações 
duplas em sua cadeia de carbonos como podemos ver nas Figuras 4 e 5, podendo 
10 
 
 
ser usado na alimentação, já o óleo da amêndoa é rico em ácidos graxos saturados 
como o ácido graxo láurico considerado de cadeia media e pode contribuir para o 
aumento de HDL (conhecido como colesterol bom) e também possui propriedades 
medicinais tal como anti-inflamatório e melhora no sistema de defesa do organismo. 
Eles também dispõe de uma boa estabilidade oxidativa (demora para ficar rançoso) e 
suporta altas temperaturas indicando que podem ser usados em processos industriais 
(COIMBRA, 2010). 
 
Figura 4: Óleo Linoleico 
Fonte: LOUREDO, 2006. 
 
 
Figura 5: Óleo Oleico 
 
Fonte: LOUREDO, 2006. 
 
2.2 Óleos vegetais 
 
Óleos vegetais comestíveis são matérias graxas, ou seja, são essenciais para 
os óleos vegetais, elas não tem influência sobre o sabor, cheiro, ou cor dos alimentos. 
A maioria das graxas alimentícias está contida nos óleos vegetais, e aditivos 
aprovados pelos órgãos regulamentares. São extraídos na maioria das vezes, por 
solventes de grãos oleaginosos e refinados. Os mais comuns encontrados no 
mercado varejista, embalados em frascos de polietileno tereftalato (PET) ou em latas, 
são os de soja, girassol, algodão, milho, canola e, ás vezes, arroz ou gergelim em 
frascos menores. O óleo bruto, extraído por solvente, deve obrigatoriamente passar 
pelas etapas que compõem o refino. Quanto mais baixa a qualidade do óleo, maiores 
11 
 
 
são as perdas e os gastos no refino, e menor é o rendimento industrial. (APARECIDA, 
2006) 
 
2.2.1 Ácidos graxos 
 
 Os ácidos graxos ocupam a maior parte do peso molecular da molécula de 
triglicerídeo (gordura), eles são os principais responsáveis por suas características. 
São a parte relativa da molécula, de forma que, conhecendo-se as propriedades físico-
químicas dos ácidos graxos, conhecem-se, pelo menos em parte, as propriedades do 
triglicerídeo. A Figura 6 apresenta a estrutura molecular do ácido carboxílico 
(OETTERER, BISMARA; SPOTO, 2006). 
 
Figura 6– Fórmula estrutural do ácido graxo 
 
 Fonte: SUGA, 2012 
 
A Tabela 1 abaixo apresenta a composição de ácidos graxos na amêndoa do 
coco de gueroba, sendo que o ácido láurico é encontrado em maiores quantidades. 
Tabela1: Composição dos ácidos graxos da amêndoa do coco da gueroba 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: NOZAK,2012 
Em óleos e gorduras naturais há grande número de ácidos graxos, mas a 
maioria é de cadeia reta (linear) e quase sempre com número par de átomos de 
Ácidos graxos saturados Quantidade (%) 
Ácido caprílico 10,30 
Ácido cáprico 6,65 
Ácido láurico 49,53 
Ácido mirístico 14,34 
Ácido palmítico 5,14 
Ácido esteárico 3,72 
Outros 0,71 
Ácido graxos monoinsaturados - 
Ácido oleico 7,98 
Ácido graxos poli-insaturados - 
Ácido linoleico 1,63 
12 
 
 
carbono e um agrupamento carboxila terminal. Eles diferem entre si conforme o 
número de átomos de carbono na cadeia, a presença de instauração, o número e a 
posição de duplas ligações. As reações que os ácidos graxos podem sofrer são 
importantes para o controle das alterações de qualidade de óleos e gorduras tanto 
durante o processo de obtenção, extração e refino, quanto durante o armazenamento. 
Os ácidos graxos podem ser saturados, ou apresentar diferentes graus de 
instauração, alguns ácidos graxos insaturados são essenciais, e seu teor pode 
determinar o valor biológico do lipídeo, pois são sucessíveis a oxidação, processo que 
ocorre nas duplas ligações (OETTERER, BISMARA; SPOTO, 2006). 
O ácido graxo míristico confere ao óleo de gueroba propriedades emolientes 
e umectantes, o que proporciona consistência e um toque aveludado em loções 
hidratantes, Os óleos da polpa e da amêndoa da gueroba possuem um grande 
potencial para o desenvolvimento de novos produtos. O óleo da polpa é rico em ácidos 
graxos insaturados, principalmente o linoleico e o oleico,ou seja, é um óleo que pode 
ser usado em dietas alimentares (COIMBRA M.C, 2010). Já o óleo da amêndoa é rico 
em ácidos graxos saturados, principalmente o ácido graxo láurico, não sendo indicado 
para alimentação, mas possui propriedades medicinais e de uso cosmético. Segundo 
Dias (2012) o óleo da amêndoa é anti-inflamatório e melhora o sistema de defesa do 
organismo. O óleo também possui boa estabilidade oxidava, ou seja, demora a ficar 
rançoso, além de suportar altas temperaturas, podendo ser usados em processos 
industriais. 
 
2.3 Métodos de extração 
 
Os processos de extração de óleos são classificados como uma operação 
unitária que tem em vista a separação de determinados compostos a partir de 
processos químico, físicos ou mecânicos. Existem vários tipos de processos de 
extração como: extração solido liquido, extração liquido-liquido e extração gás-liquido. 
Conforme o método escolhido para a extração as características do óleo pode ser 
mudadas, visando que suas propriedades químicas podem ser alteradas dependendo 
das condições a qual é submetido. Altas temperaturas, longa exposição térmica, 
tempo de tratamento, irradiação e alta concentração de oxigênio afetam as 
propriedades físico-químicas dos óleos. Os processos de extração mais utilizados 
13 
 
 
atualmente são prensagem direta mais conhecida como extração mecânica, extração 
com solvente e extração com solvente associado a prensagem (SANTOS, 2014). 
 
2.3.1 Extração por prensagem 
 
É considerado o método mais antigo de extração, resume-se na realização de 
pressão ou na prensagem mecânica, porém com esse método pode-se obter várias 
vantagens como: baixo custo inicial de instalações, pode ser usado em operações 
com mais de 3t/d de capacidade, não opera com solvente diminuindo o custo do 
processamento, fornece um óleo que pode ser consumido sem necessidade de refino, 
sua única desvantagem é que juntamente com o custo ele também pode diminuir o 
rendimento do óleo. (OETTERER, ARCE, SPOTO, 2006). 
O material é submetido a um esmagamento sob pressão por uma prensa e 
pode ser seguida de aquecimento ou não, etapa determinada de acordo com o tipo 
de vegetal. O aquecimento facilita o escoamento do óleo por meio das células dos 
vegetais, porém pode acarretar na perda de algumas propriedades importantes, 
devido a alguns de seus compostos apresentarem sensibilidade ao calor. Portanto, a 
prensagem a frio é o método mais adequado de obtenção desses óleos, por ser a 
forma mais natural e sem prejuízos à qualidade do produto obtido. Nesse mecanismo, 
algumas matérias-primas, como a oliva ou a palma, dão ótimos resultados, pois a 
extração é feita pelos frutos do vegetal (ANTONIASSI, 2012) 
 
2.3.2 Extração por solvente 
 
Na extração por solvente, o vegetal é fragmentado e dissolvido antes da 
adição do produto. Normalmente é utilizado hexano que por ser um composto 
orgânico apolar, irá penetrar no interior das sementes, extraindo facilmente o óleo sem 
atingir outros componentes. Para sementes com alto teor de óleo, como os caroços 
de algodão ou as sementes de açafrão, costuma-se utilizar uma prensagem prévia 
seguida de extração por solvente, tendo em vista a obtenção de rendimentos mais 
elevados. A extração por solvente pode recuperar até 95% do óleo (RUSCHEL, 2016). 
O solvente Hexano é universalmente adotado nas indústrias de óleo. Vários 
solventes foram empregados antes do hexano, porém a prática industrial levou a sua 
adoção por sua composição e características atenderem a alguns requisitos, como 
14 
 
 
ser totalmente apolar e dissolver prontamente o óleo, ser imiscível com a água como 
mostra a Figura 7 , ter baixo calor latente de ebulição, não atacar as canalizações e 
os aparelhos com os quais entra em contato, apesar de ter como desvantagens a alta 
inflamabilidade, explosividade e toxidade (OETTERER, BISMA- RA, FILLET. 2006). 
 Figura 7 : Hexano e Água 
 
 Fonte:GRIMM 
2.4 Método de Soxhlet 
 
A extração por Soxhlet é utilizada para determinação do teor de óleo, graxas 
e gorduras e em outros materiais (sementes, águas, resíduas, comerciais e 
industriais). Esta extração é utilizada alguns tipos de solventes como: hexano, éter de 
petróleo, acetona, etanol, etc. A vantagem deste aparelho é o fato de usar pequenas 
quantidades de solventes. A substância que é utilizada na extração é posta em um 
cartucho de papel filtro na câmara de extração (LINHARES, 2012). 
Há dois meios de extração como: Líquido-Líquido, que é quando o solvente 
orgânico passa em um processo continuo sobre a solução contendo o soluto, levando 
até o balão de aquecimento. Enquanto o solvente está sendo destilado, o soluto vai 
se concentrando no balão de aquecimento (TREVISAN, HABECK, FARHAT, 2013). 
A extração sólido-Líquido, esta técnica de extração é utilizada quando a 
solubilidade do composto orgânico é baixa na água. Quando o solvente é condensado 
o volume é ultrapassado, e consequentemente ele escoa de volta para o balão, onde 
é aquecido, e novamente evaporado, em seguida os solutos são concentrados no 
balão. O solvente passa ser puro, quando ele entra em contato com a fase sólida, 
pois, vem da destilação do extrator de Soxhlet (Figura 7 observa-se o extrator) (LUIS, 
2016). 
O aparelho de Soxhlet é dividido em três (3) partes: Câmara de Extração 
(extrator), Câmara de vaporização (balão) e condensador, conforme pode-se observar 
na Figura 8. O extrator entra em contato com o balão por meio de dois (2) tubos 
15 
 
 
laterais, um dos quais ocorre o movimento sifão(pode-se observar na Figura 9) Ao 
todo o equipamento é composto por, 1 extrator, 1 condensador, 1 balão de fundo 
chato, uma manta aquecedora, garra, suporte universal, mangueira, o solvente e o 
cartucho com as amêndoas. (LINHARES, 2012). 
 
Figura 8: Extrator de soxhlet 
 
 Fonte: ARIS; MORAD, 2014 
 
 Figura 9: Movimento Sifão 
 
 Fonte: VIEIRA; et,al., 2010 
 
Durante cada etapa, uma parte do composto não-volátil dissolve-se no 
solvente. Logo após várias passagens do solvente pelo material sólido, o composto é 
concentrado no balão de destilação. A vantagem deste sistema é que passa várias 
vezes pela amostra, obtendo-se uma amostra muito mais concentrada, pois a 
quantidade de passar pelo o solvente quente faz que a amostra fique mais limpa, e 
viável para ser utilizada (RODRIGUES, 2015). 
16 
 
 
 
2.5 Caracterização física química de óleos vegetais 
 
A caracterização físico-química é o estudo dos princípios da química, 
mencionando os fenômenos observados nas reações químicas entre quantidades 
macroscópicas das substâncias, sendo que, análise físico-química são as análises 
realizadas para a avaliação da qualidade e da caracterização do óleo (FOGAÇA, 
2014). 
Através das análises de composição em índice de saponificação, 
determinação de pH, analise de turbidez e ácidos graxos livres que são realizadas é 
possível obter a descrição dos óleos vegetais (SANTANA, 2013). 
 
2.5.1 Refratometria 
O índice de refração é proporcional à concentração em porcentagem de 
sólidos dissolvidos em soluções aquosas (%brix). Permite conhecer o teor de açúcar 
de sumos de fruta, bebidas, etc, que é fundamental para controlar a qualidade e valor 
nutricional destes produtos alimentares. Através da refração é possível também a 
determinação de água em leite, álcool em água, óleos não saturados em gorduras e 
óleos vegetais. 
O refratômetro é um equipamento de laboratório destinado à medição do 
índice de refração de luz em líquidos, pastosos e sólidos, ou seja, da mudança de 
ângulo que a luz sofre ao atravessar o líquido (BRAGA, 2009). 
A medição pode revelar características do produto, os níveis de concentração 
de determinadas substâncias, determinação do nível de pureza, e são utilizados na 
indústria alimentícia para medir a concentração de açúcar em bebidasou a salinidade 
no controle de qualidade de alimentos (REIS, 2006). 
 
2.5.2 Índice de saponificação 
 
A reação de saponificação sobrevém quando um éster em uma solução 
aquosa de base inorgânica dá origem a um sal orgânico e a um álcool, ou seja, um 
éster reage em meio aquoso com uma base forte. Essa reação pode ser conhecida 
17 
 
 
como hidrólise alcalina, (representação na Figura 10 ) sendo possível a formação de 
um sal e um álcool (FOGAÇA, 2014) 
 Figura 10:Equação genérica da hidrólise alcalina. 
 
 Fonte:SOUZA, 2014. 
 
É viável afirmar que é uma hidrólise devido a presença de água (H2O) e que 
é alcalina pela presença da base NaOH (hidróxido de sódio). O símbolo ∆ mostra que 
houve aquecimento ao longo do processo. Através da saponificação pode-se obter o 
sabão, que seria a combinação de um éster (resultante de um ácido graxo) e uma 
base (hidróxido de sódio) para se obter assim, o sabão (sal orgânico). Outro produto 
obtido através da saponificação é o glicerol, um composto orgânico que faz parte do 
grupo dos álcoois, em que a indústria pode optar por fazer a glicerina que é a forma 
comercial do glicerol com 95% de pureza (SOUZA, 2014). 
A determinação do índice de saponificação tem relevância devido ao elo entre 
o índice de saponificação e o comprimento da cadeia dos resíduos de ácidos graxos. 
No qual o índice de saponificação adapta-se a uma dada massa de lipídios que varia 
inversamente com a massa molar dos resíduos de ácidos graxos (SlLVA, 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Este trabalho inicialmente foi desenvolvido por meio de pesquisas 
bibliográficas em arquivos, artigos na internet e em livros para a levantação de dados 
objetivando-se a execução do projeto. Em seguida pesquisas das análises físico-
químicas para a caracterização do óleo da gueroba, que foram realizadas no 
laboratório da Escola SENAI, situadas no município de Itumbiara-GO. As 
metodologias realizadas podem ser observadas nos anexos A, e B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
4. RESULTADO E DICUSSÕES 
 
Utilizando o método de soxhlet foi possível extrair o óleo da castanha, para 
diminuir a quantidade de variáveis usamos o mesmo peso de amostra (40g) para todos 
os teste mudando apenas o tempo de extração como é possível ver na tabela a baixo: 
 
Tabela 1: Extração do Óleo 
 
Fonte: Autoria própria 
 
De acordo com o gráfico é possível ver com precisão o tempo de extração e 
a quantidade de óleo extraído, pode-se notar que o primeiro teste teve como duração 
3 horas e o rendimento final de 18 ml, já no segundo e terceiro teste a duração de 5 
horas conseguiu finalizar com 22 ml, , no quarto teste mudamos para 9 horas sem 
muita diferença de rendimento, no quinto e último teste alteramos para 12 horas com 
o rendimento de 25 ml. Ao final dos testes foi feito uma média para analisar qual seria 
o tempo mais viável para a extração, notando que entre os teste 1 e 2 a diferença foi 
apena de 4 ml a mais, o calculo abaixo mostra a porcentagem do óleo extraído: 
25 𝑚𝑙 − 100% 
22 𝑚𝑙 − 𝑥 
𝑁 = 
2.200
25
 
20 
 
 
𝑁 = 88% 
Com 88% do óleo extraído é possível obter uma quantidade significativa, 
contando que o processo é feito utilizando 3 soxhlet rendendo em torno de 66 ml por 
dia, além do rendimento podemos contar com uma menor quantidade de hexano pois 
quanto maior seu tempo de permanência no balão mais chance de ocorrer uma 
evaporação do produto. 
 
4.1 Caracterização 
4.1.1 Acidos Graxos Livres 
 
No teste realizado para ver a quantidade dos AGL utilizou-se de 4g NaOH o 
calculo indicado pelo roteiro pratico foi da molaridade sendo: 
M= Molaridade 
MM= Massa Molecular 
V= Volume 
 
𝑀 =
𝑚
𝑚𝑚 . 𝑉
 
𝑂, 1 =
𝑚
40 . 1
 
𝑚 = 4𝑔 
 Após o teste concluído obteve-se um valor muito alto em comparação ao 
parâmetro utilizado com o valor de: 
 
𝑚𝐿 𝑁𝑎𝑂𝐻 + 𝑀 𝑥 28,2
𝑃𝐴
 
76,5 𝑥 0,1 𝑥 28,2
28,2
= 7, 65% 
 
De acordo com analise realizadas por Bora e Moreira (2003) o óleo da 
castanha da gueroba teve o valor do ácidos graxos livres em torno de 0,10% muito 
abaixo do encontrado na nossa amostra outro valor encontrado por Cardoso (2010) 
foi de 0,46% continua sendo um resultados bastante a baixo do encontrado em nossa 
análise porem essa variação é causada pelos mesmo motivos. Essa diferença pode 
se dar pelo tempo de secagem que a castanha foi exposta ante da extração, outro 
21 
 
 
fator que pode ter influenciado e a temperatura que a castanha foi exposta depois de 
triturada, seu armazenamento foi feito na geladeira pelo tempo de 2 meses. Seguindo 
o mesmo procedimento da castanha da soja, o ideal seria o armazenamento em uma 
sala de temperatura ambiente sem iluminação. Ao final da analise realizada em 
triplicata, não foi encontrado parâmetros definidos pela Anvisa do óleo da Gueroba. 
 Os ácidos graxos livres (AGL) são componentes indesejados nos óleos, pois 
podem causar cheiro e sabores indesejados, se houver uma grande quantidade 
desses ácidos significa que o produto está em um nível de deterioração bastante 
elevado o produto acaba se tornando mais ácido, e quanto maior o índice de acidez 
mais chances o óleo tem de estar sofrendo quebras em sua cadeia, pois liberam seus 
principais constituintes: os ácidos graxos que são as gorduras boas no qual é 
aproveitável no óleo. 
 
4.1.2 Índice de refração 
 
O índice de refração varia de acordo com os tipos de óleo, estando 
relacionado com o grau de saturação, teor de ácidos graxos livres, oxidação e 
tratamento térmico. Neste procedimento foi usado o equipamento refratometro, para 
identificar o valor do índice de refração, que sendo absoluto é inversamente 
proporcional á velocidade de propagação da luz no meio, isto é, quanto menor for à 
velocidade de propagação da luz, maior será o índice de refração do meio. Os índices 
de refração dos óleos vegetais mais comuns variam entre 1,326 até 2,415. Cerca de 
56% deles, situam-se entre 1,475 e 1,700, enquanto obtivemos um resultado de 
1.4545, ou seja neste trabalho, o índice de refração analisado, está em conformidade 
com as normas padrões. Segue abaixo parâmetros do índice de refração de óleos 
vegetais estudados, juntamente com o óleo de gueroba. 
Índice de refração dos óleos vegetais. 
 
Tabela 3: Indice de refração dos óleos vegetais. 
 
Índice de refração do óleo da gueroba 
 
Analise 
 
Parâmetro 
1,4545 
 
1,4446 
Fonte: Pontes, 2011 
22 
 
 
 
A refratometria se mostrou uma análise importante para o estudo em 
comparação ao grau de insaturação de diferentes tipos de óleos. Já que os óleos com 
maior nível de insaturações possuem menor estabilidade oxidativa, podemos utilizar 
a refratometria como metodologia de estudo da estabilidade oxidativa das diferentes 
espécies de óleos. 
 
4.1.3 Caracterização morfológica 
 
O coco da gueroba têm a formato oval, mede entre 4 e 7 cm de comprimento 
e pesa em média entre 30 e 40 g. Quando estão maduros começam a se soltar e a 
cair do cacho, podendo ter cor verde, verde amarelado ou amarelo. O coco é 
constituído por uma casca fina, por uma polpa carnuda, por um caroço duro e uma 
amêndoa interna de cor branca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com esse projeto concluímos que a extração do óleo da gueroba atingiu os 
objetivos desejados, como: índice de refração, índice de ácidos graxos livres, 
caracterização físico-química e caracterização morfológica. 
Na analise de refração obteve uma instauração que mostra a estabilidade 
oxidativa do óleo. O índice de ácidos graxos livre passou dos parâmetros, no qual 
essa diferença pode se dar pelo tempo de secagem que a castanha foi exposta antes 
da extração e temperatura mudou depois de triturada, porém não interferiu no 
processo de extraçãodo óleo. 
 Portanto, as analises foram importantes para o estudo do óleo da gueroba, 
ao ver que o óleo extraído ainda não poderá ser utilizado a fins, cosméticos, óleo de 
cozinha, sabão entre outros, porque o óleo está com a presença do solvente utilizado 
para a extração que é o hexano, por ser tóxico o óleo não pode se utilizado desta 
forma, pois ainda tem que passar por processamento de refinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
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A7%C3%A3o%20com%20solventes%20BAC%202007.pdf> Acesso em: 6 jun 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
APÊNDICE 
MATERIAIS E METODOS 
APÊNDICE A 
 
 
Ácidos graxos livres 
1- Objetivo: 
Determinar ácidos graxos livres de amostra de óleo. 
 
2- Materiais Utilizados: 
 
 5 Erlenmeyer de 250 mL; 
 200 mL Álcool etílico 95%; 
 Solução fenolftaleína 1% em Álcool etílico 95%; 
 100 mL Solução padronizada de NaOH 1 M; 
 100 ml Solução padronizada de NaOH 0,25 M; 
 100 ml Solução padronizada de NaOH 0,1 M; 
 Balança analítica; 
 Bureta de 50 ml. 
 
3- Procedimento Experimental 
 Homogeneizar bem as amostras antes da pesagem. 
 Utilizar a tabela abaixo para determinar o peso da amostra a ser usada para as 
várias faixas de acidez. 
 
%A.G.
L 
Peso 
amostra (g) 
ml. 
Álcool 
Concentraçã
o de NaOH 
0,00 a 
0,2 
56,4 
± 
50 0,1 M 
 
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL 
DIRETORIO REGIONAL DE GOIÁS 
 ESCOLA SENAI DE ITUMBIARA 
Curso; 
Disciplina 
Professor(a) 
Aluno(os) 
Técnico em química 
Projetos TCC 
Graziela Dias Ferreira 
Alexandra, Francyelle, Grasielly, Júlie Monique e 
Nathalia. 
 
30 
 
 
0,2 a 
1,0 
28,2 
± 
50 0,1 M 
1,0 a 
30,0 
7,05 
± 
75 0,25 M 
30,0 a 
50,0 
7,05 
± 
10
0 
0,25 M ou 1,0 
M 
50,0 a 
100,0 
3,52
5 ± 
10
0 
1,0 M 
*Observação: para amostras de óleos vegetais refinados % 
A.G.L 0,00 a 0,2. 
 
 Pesar a quantidade de amostra conforme a tabela em um Erlenmeyer de 
250ml. 
 Medir uma quantidade de álcool e neutralizar, adicionando-se solução 
indicadora fenolftaleína (3 a 5 gotas de fenolftaleína) e titular com hidróxido de 
sódio até leve coloração rósea. Utilizar está coloração como referência na 
titulação da amostra. 
 Adicionar a quantidade especificada de álcool neutralizado quente à amostra e 
agitar vigorosamente até completa homogeneização. 
 Titular com a solução de NaOH, agitar vigorosamente até o aparecimento da 
primeira coloração rosa permanente. Esta coloração deve ter a mesma 
intensidade do álcool neutralizado antes da adição da amostra. A coloração 
deverá permanecer por 30 segundos. 
 
4- Resultados e Discussões 
 
1. Faça os cálculos e comente os resultados. 
2. Quais são os parâmetros de qualidade para o óleo? 
 
Cálculos: 
Ácidos graxos livres (como Ácido oleico)%= 
𝐦𝐋 𝐍𝐚𝐎𝐇 × 𝐌 × 𝟐𝟖,𝟐
𝑃𝐴
 
Ácidos graxos livres (como Ácido láurico) %= 
𝐦𝐋 𝐍𝐚𝐎𝐇 × 𝐌 × 𝟐𝟎,𝟎
𝑃𝐴
 
Ácidos graxos livres (como Ácido palmítico) %= 
𝐦𝐋 𝐍𝐚𝐎𝐇 × 𝐌 × 𝟐𝟓,𝟔
𝑃𝐴
 
 
Onde: 
M= molaridade da solução padronizada de NaOH. 
PA= peso da amostra 
mL= volume gasto de NaOH para titular a amostra 
 
31 
 
 
Apêndice B 
 
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL 
DIRETORIO REGIONAL DE GOIÁS 
 ESCOLA SENAI DE ITUMBIARA 
Curso; 
Disciplina 
Professor(a) 
Aluno(os) 
Técnico em química 
Projetos TCC 
Graziela Dias Ferreira 
Alexandra, Francyelle, Grasielly, Júlie Monique e 
Nathalia. 
 
 
Refratometria 
1-Objetivo: 
 
Determinar a quantidade de sólidos insolúveis presentes no óleo da amêndoa de 
gueroba 
 
 
2- Material Utilizado: 
 
 Papel toalha 
 Refratômetro 
 Óleo 
 Água destilada 
 Pipeta descartável 
 Pisseta com água destilada 
 
3-Procedimento experimental 
Parte 1: Ajuste do refratômetro 
 Ligue a mangueira do refratômetro na água da torneira; 
 Em seguida ligue o equipamento 
 Coloque água destilada sobre o prisma e feche 
 Confira no telescópio se o X está no meio e a cor laranja e preta 
 Peça para zerar (o brix da água destilada deve dar zero) 
 Logo após a zeragem pode-se realizar a leitura da amostra 
Parte 2: Analise 
Depois de calibrar os equipamentos, realizar as leituras do óleo da gueroba. 
 
 
32 
 
 
Apêndice C 
 
 
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL 
DIRETORIO REGIONAL DE GOIÁS 
 ESCOLA SENAI DE ITUMBIARA 
Curso; 
Disciplina 
Professor(a) 
Aluno(os) 
Técnico em química 
Projetos TCC 
Graziela Dias Ferreira 
Alexandra, Francyelle, Grasielly, Júlie Monique e 
Nathalia. 
 
 
Extração por soxhlet 
1-Objetivo: 
 
Extrair o óleo do amendoim pelo soxhlet utilizando como auxiliar o hexano. 
 
2- Material Utilizado: 
 Manta térmica 
 Balão de condesação 
 Soxhlet 
 Condensador 
 Mangueiras 
 Pérolas de vidro 
 Chumaço de algodão 
 Becker 
 Garra 
 Balão de destilação 
 Reagente: 
  Hexano 
 
3-Procedimento experimental 
 
 Pesar as castanhas da gueroba e macerar 
 Colocar no cartucho e dentro do extrator. 
 Adicionar o hexano e perolas de vidro. 
 Montar o sistema, com manta, condensador e mangueiras. 
 Aquecer o sistema, mantendo sobre refluxo. 
 Deixar o solvente sanfonar até que a solução no corpo do extrator esteja da 
cor marrom 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 ANEXOS 
Figura 11: Óleos extraídos Figura 12: Pesagem do óleo 
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
Figura 13:Análise de ácidos graxos Figura 14:Pesagem dos cocos 
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
 
 
 
34 
 
 
Figura 15: Amêndoas 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Figura 16: Trituração Figura 17: Soxhlet 
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
Figura 18: Amêndoas trituradas Figura 19: triturada, para o cartucho 
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 Figura 20: Cocos Figura 21: Óleo extraído 
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria

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