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Tutoria 5 BBPM 1

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Tutoria 5
1- Problema:
Cristiane, mãe de Artur de 1 ano e 10 meses, procurou o médico pediatra ao notar que o filho apresentava características faciais diferentes das outras crianças. Ao examinar Artur, o médico disse aos pais que suspeitava ser uma doença hereditária, chamada de mucopolissacaridose, ocasionada por uma deficiência na degradação de um grupo de biomoléculas de carboidratos que apresentam diversidade estrutural e funcional, como alguns glicosaminoglicanos e também pela deficiência da proteína mais abundante no tecido conjuntivo. Os pais perguntaram ao médico se tratava de algo grave e ele explicou que existe sim uma forma rara mais grave da doença, que se caracteriza pelo aparecimento precoce dos sintomas, elevada excreção dos GAGs na urina e elevada frequência de alterações físicas, porém esclareceu que é necessário aguardar pelos exames para a confirmação do diagnóstico. 
2- Termos desconhecidos:
Mucopolissacarídeos: 
Substância semelhante ao gel que se encontra nas células do corpo, nas secreções mucosas e nos líquidos sinoviais.
Glicosaminoglicanos:
Os glicosaminoglicanos (GAG) são componentes de tecidos conjuntivos. Eles representam 30% do material orgânico do corpo e podem ser de diferentes tipos. Os GAG mais importantes são o sulfato de condroitina para cartilagens, ossos e córnea; sulfato de dermatane para derme e tendões; e sulfato de heparina para fígado, pulmões e artéria aorta. A principal função orgânica dos glicosaminoglicanos é reter a água nos tecidos e, desta maneira, mantê-los úmidos.
3- Palavras chaves:
· Carboidratos;
· Diversidade estrutural e funcional;
· Proteína mais abundante do tecido conjuntivo (colágeno);
· Tecido conjuntivo.
4- Perguntas:
O que é mucopolissacaridose?
É o excesso da produção de açúcares e a deficiência na síntese proteica.
Resposta: Quando há deficiência da enzima necessária à degradação dos mucopolissacarídeos. Essa condição consiste em um conjunto de distúrbios genéticos que resulta no acúmulo excessivo de mucopolissacarídeos nos tecidos do corpo e tem como conseqüência muitos distúrbios físicos graves.
Qual é a proteína mais abundante do tecido conjuntivo? 
O colágeno.
5- Objetivos:
· Estudar a estrutura e as funções dos carboidratos;
· Estudar a estrutura e as funções dos glicosaminoglicanos;
· Estudar a estrutura e as funções do colágeno;
· Estudar a histologia do tecido conjuntivo.
Carboidratos
Os carboidratos são, predominantemente, poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas cíclicos. Abrange uma vasta gama de moléculas que possuem em comum o fato de apresentarem átomos de carbono na mesma proporção de moléculas de água, na fórmula Cn (H2O)n. Alguns também contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. A maioria dos açúcares no organismo humano se expressa na forma destrógira. 
Um D-açúcar se caracteriza pela hidroxila a direita do carbono quiral mais longe do grupo funcional. 
Funções dos carboidratos
1- Função energética: a oxidação desses compostos é a principal via metabólica fornecedora de energia para maioria das células não-fotossintéticas;
2- Função estrutural: Polímeros insolúveis de carboidrato funcionam como elementos estruturais na proteção das paredes celulares bacterianas e vegetais, além de estar no tecido conjuntivo de animais e participarem da constituição da membrana plasmática celular. 
3- Função de armazenamento energético: o armazenamento de glicose no fígado e nos músculos por meio do glicogênio, em que esse só começa a ser metabolizado com níveis mínimos de glicemia. Estão presentes também no amido, reserva energética vegetal.
4- Função coagulante: representado pela heparina, polissacarídeo polianiônico sulfatado pertencente à familía dos glicosaminoglicanos. É composta por unidades dissacarídeas repetidas compostas por ácido urônico e um açúcar aminado.
5- Função de regulamento do metabolismo protéico, poupando proteínas. Uma quantidade suficiente de carboidratos impede que as proteínas sejam utilizadas para a produção de energia, mantendo-se em sua função de construção de tecidos.
6- Constituem os ácidos nucléicos DNA e RNA;
7- A celulose e outros carboidratos indigeríveis auxiliam na eliminação do bolo fecal. Estimulando os movimentos peristálticos e absorvendo água para dar massa ao conteúdo intestinal; 
8- Participam do reconhecimento e da coesão entre as células quando conjugados a lipídios e proteínas;
Classificação dos carboidratos
Monossacarídeos: são os carboidratos de estrutura mais simples, possuindo apenas um grupo aldeído ou cetona. Eles não sofrem hidrólise, mas podem ocorrer reações entre monossacarídeos com a formação de um dissacarídeo ou de um polissacarídeo. Seus carbonos estão ligados entre si em uma cadeia carbônica não ramificada, por ligações covalentes simples. Na forma de cadeia aberta, um dos átomos de carbono é unido por uma ligação dupla a um átomo de oxigênio para formar um grupo carbonila; cada um dos outros átomos de carbono tem um grupo hidroxila.
Feita exceção à dihidroxicetona, todos os outros monossacarídeos - e por extensão, todos os outros carboidratos - possuem centros de assimetria (ou quirais), e fazem isomeria óptica.
São solúveis em água e insolúveis em solventes não polares. O monossacarídeo mais abundante na natureza é a D-glicose, também chamada dextrose. 
Podem ser descritos em duas classes de acordo com seu grupo funcional: 
1- Aldoses: se o grupo carbonila está em uma das extremidades da cadeia carbônica. carboidratos com um aldeído como seu grupo mais oxidado.
2- Cetoses: se o grupo carbonila está em qualquer outra posição. carboidratos com uma cetona como seu grupo mais oxidado.
Existem aldoses e cetoses correspondentes a cada um dos comprimentos de cadeia “n”: aldotetroses e cetotetroses, aldopentoses e cetopentoses, e assim por diante.
Podem ser divididos em classes conforme o número de carbonos na sua molécula:
1- Trioses: os monossacarídeos mais simples são as duas trioses com três átomos de carbono: o gliceraldeído (uma aldotriose) e a diidroxiacetona (uma cetotriose).
2- Pentoses: monossacarídeos de 5 carbonos. Para os seres vivos, as pentoses mais importante s são a ribose e a 2-desoxirribose, que entram na composição química dos ácidos nucleicos, os quais comandam e coordenam as funções celulares e genéticas. 
3- Hexoses: são monossacarídeos de 6 carbonos. As hexoses mais importantes são a glicose, a frutose e a galactose, principais fontes de energia para os seres vivos e principais combustíveis das células.
Os monossacarídeos em solução aquosa estão presentes na sua forma aberta em uma proporção de apenas 0,02%. O restante das moléculas está ciclizada na forma de um anel hemiacetal de 5 ou de 6 vértices. O anel de 5 vértices é chamado de anel furanosídico e o de 6 vértices é chamado de anel piranosídico. Quando ciclizados cria-se um novo centro quiral, aumentando o grau de complexidade de estereoquímica dessa classe de compostos. 
Na estrutura do anel, o carbono onde ocorre a formação do hemiacetal é denominado "Carbono Anomérico", e sua hidroxila pode assumir 2 formas, sendo que a interconversão entre estas formas é dinâmica e denomina-se mutarrotação.
· Alfa quando -OH fica para baixo do plano do anel;
· Beta quando -OH fica para cima do plano do anel.
Monossacarídeos epímeros: são monossacarídeos que diferem entre si na posição de apenas uma hidroxila:
· Glicose e Galactose são epímeros em C4;
· Glicose e Manose são epímeros em C2.
Açúcar invertido: quando a sacarose é misturada com água, ocorre uma reação química chamada hidrólise, que separa os dois açúcares, sendo que esse açúcar decomposto é chamado açúcar invertido. 
Açúcares redutores: são os que possuem grupo carbonílico e cetônico livres, capazes de se oxidarem na presença de agentes oxidantes em soluções alcalinas. Os dissacarídeos que não possuem essa característica sem sofrerem hidrólise da ligação glicosídica são denominados de açúcares não redutores.
Exemplosde açúcares redutores: galactose, glicose, gliceraldeído, frutose, ribose, xilose, lactose, maltose e celobiose. 
Açúcares de membrana: oligossacarídeos que formam o glicocálice, esses que podem estar expressos na forma de glicoproteínas ou glicolipídios. O glicocálice é considerado uma extensão da membrana plasmática, servindo para auxiliar no reconhecimento celular, além de proteger as células de danos físicos e químicos. 
Sistema ABO: é um sistema herdável de antígenos de superfície, caracteristicamente, presentes nas membranas de células sanguíneas, associado à presença de certos tipos de açúcares, como a N-acetil-galactosamina (no caso do tipo A) e a galactose (no tipo B) ou, sua ausência, como no caso do tipo O. A presença ou ausência destas moléculas é resultante da ação de enzimas específicas, cujos genes é que são diretamente herdados e, portanto, os responsáveis por este tipo de polimorfismo.
Estas duas moléculas (N-acetil-galactosamina e a galactose), por sua vez, estão associadas a um esqueleto de açúcares ainda mais complexos formado por pela N-acetilglucosamina, fucose e D-galactose. Esta base de carboidratos (H) quando não é acrescida de N-acetil-galactosamina ou da galactose é o que constitui o antígeno O. O Sistema ABO é apenas um dos vários sistemas de antígenos de superfície. Estes são, geralmente, caracterizados pela expressão (ou não) de glicoproteínas (e glicolipídios) de membrana e enzimas capazes de acrescentar determinados tipos de açúcares a estas proteínas e lipídios.
Derivados das hexoses
Os organismos vivos contêm uma variedade de derivados das hexoses. Em adição às hexoses simples como a glicose, a galactose e a manose , existe um grande número de seus derivados, nos quais um grupo hidroxila no composto origina é substituído por outro grupo substituinte, um átomo de carbono é oxidado a ácido carboxílico ou reduzido. As seguintes reações são bastantes comuns para a origem de derivados de aldohexoses: 
 
1- Redução do C1 da glicose, galactose e manose.
Ocorre com o recebimento de 2 íons H+ e cada monossacarídeo passa a receber uma nomenclatura específica (titol).
2- Glicose + 2H
3-  Manit ol 
Glicose + 2H+ ----- sorbitol
Galactose + 2H+ ----- galactitol
Manose + 2H+ ----- manitol
2- Oxidação do C1 da glicose.
A oxidação (adição de um átomo de oxigênio) do primeiro carbono da cadeia da glicose for ma o ácido glicônico. 
3- Oxidação do C6 da glicose, galactose e manose. 
A adição de um átomo de oxigênio ao sexto carbono da cadeia de monossacarídeos simples como a glicose, galactose e manose forma, respectivamente, ácido glicurônico, ácido galacturônico e ácido manurônico.
4- Substituição da hidroxila do C2 por NH2.
Na glicosamina (ou glucosamina), na galactosamina e na manosamina, a hidroxila (OH) em C2 do açúcar original é substituída por um grupo amino (NH2).
Glicose + NH2 ----- glicosamina
Galactose + NH2 ----- galactosamina
Os monossacarídeos são agentes redutores, pois podem ser oxidados por agentes oxidantes relativamente suaves, como o Cu2+ e Fe3++. O carbono da carbonila é oxidado em carboxila. Essa propriedade de reação de Fehling, que foi usado por muito tempo para medir as elevações dos níveis de glicose. 
Oligossacarídeos: são formados pela união de duas a dez moléculas e monossacarídeos, por meio de ligação glicosídica. São solúveis em água, mas necessitam ser quebrados na digestão para posteriormente serem aproveitados pelo organismo.
Dissacarídeos: são o resultado da ligação entre dois monossacarídeos. Na reação de formação de um dissacarídeo há formação de uma molécula de água, portanto se trata de uma síntese por desidratação para cada ligação.
Ligação glicosídica
Ocorre entre o carbono anomérico de um monossacarídeo e qualquer outro carbono do monossacarídeo seguinte, através de suas hidroxilas e com a saída de uma molécula de água.
Os glicosídeos podem ser formados também pela ligação de um carboidrato a uma estrutura não-carboidrato, como uma proteína, por exemplo.
O tipo de ligação glicosídica é definido pelos carbonos envolvidos e pelas configurações de suas hidroxilas.
Na Maltose é Gli α (1,4)-Gli
Na Sacarose é Gli α (1,2)-β-Fru
Na Lactose é Gal β (1,4)-Gli
Na Celobiose é Gli β (1,4)-Gli
Polissacarídeos: são formados pela união de 10 ou mais moléculas de monossacarídeos. Quando sofrem hidrólise, também produzem um número grande de unidades de monossacarídeos iguais ou diferentes.
Podem ser classificados em:
Homopolissacarídeos: contêm apena s um único tipo de unidade monomérica. 
• Heteropolissac aríd eos: co ntêm dois o u mais tipo s diferentes d e unidade s monomér icas
Homopolissac arídeos: contêm apena s um único t ipo de uni dade m onomérica. 
• Heteropolissac aríd eos: co ntêm dois o u mais tipo s diferentes d e unidade s monomér icas
Homopolissac arídeos: contêm apena s um único t ipo de uni dade m onomérica. 
• Heteropolissac aríd eos: co ntêm dois o u mais tipo s diferentes d e unidade s monomér icas
Homopolissac arídeos: contêm apena s um único t ipo de uni dade m onomérica. 
• Heteropolissac aríd eos: co ntêm dois o u mais tipo s diferentes d e unidade s monomér icas
Homopolissac arídeos: contêm apena s um único t ipo de uni dade m onomérica. 
• Heteropolissac aríd eos: co ntêm dois o u mais tipo s diferentes d e unidade s monomér icas
Homopolissac arídeos: contêm apena s um único t ipo de uni dade m onomérica. 
• Heteropolissac aríd eos: co ntêm dois o u mais tipo s diferentes d e unidade s monomér icas
Homopolissacarídeos: contêm apenas um tipo de unidade monomérica. Servem como forma de armazenamento de monossacarídeos empregados como combustíveis pelas células como o glicogênio e o amido. Existem também outros tipos que servem como componentes estruturais de paredes celulares vegetais e exoesqueletos de animais, como a quitina e a celulose. 
1- Amido: formado por moléculas de glicose ligadas entre si através de numerosas ligações a (1,4) e poucas ligações a (1,6), ou "pontos de ramificação" da cadeia. Sua molécula é muito linear, e forma hélice em solução aquosa. É reconhecido pelos reagentes iodo e Molisch.
Os monômeros de glicose podem ser dois tipos de polímeros: a amilose e amilopectina. A amilose possui uma cadeia longa de resíduos de D-glicose, com ligações glicosídicas (α1 → 4). O peso molecular de cada cadeia pode variar de centenas a milhares de resíduos, não é específico e não é uma cadeia ramificada, diferente da amilopectina que possui muitas ramificações. Na amilopectina estão presentes as ligações glicosídicas (α1 → 4), porém nos pontos de ramificações, que ocorrem de 20 a 34 resíduos, temos ligações (α1 → 6). Esta é a cadeia menos hidrossolúvel deste carboidrato. Juntas, estas cadeias de amilopectina e amilose formam os grânulos de amido.
2- Glicogênio: muito semelhante ao amido, possui um número bem maior de ligações alfa (1,6), o que confere um alto grau de ramificação à sua molécula. Os vários pontos de ramificação constituem um importante impedimento à formação de uma estrutura em hélice. Contém apenas uma extremidade redutora. Pode ser identificado pelos reagentes de iodo, Molisch e Benedict. 
3- Celulose: é um polissacarídeo estrutural formado por cadeias lineares de D-glicose (300 a 1500 unidades) unidas por ligações β(1-4). É a principal base estrutural das plantas, nomeadamente na constituição das paredes celulares das células vegetais, sendo vulgarmente utilizada na produção de papel. As moléculas de celulose organizam-se em camadas de fibras que oferecem resistência e flexibilidade às estruturas. Embora seja uma molécula hidrofílica, a celulose é completamente insolúvel em água devido ao seu elevado tamanho. 
4- Quitina: é um polissacarídeo estrutural formado por unidades de N-acetil-D-glicosamina em ligação β, e está presente no exoesqueleto dos artrópodes e nas paredes celulares dos fungos.
Heteropolissacarídeos: contêm apenas dois ou mais tipos de unidades monoméricas. Servem como suporte extracelular nosorganismos de todos os reinos animais. A síntese de polissacarídeos é intrínseca às enzimas que catalisam a polimerização das unidades monoméricas. 
 
Peptideoglicanos 
Componente rígido das paredes bacterianas, heteropolímero constituído por unidades alternantes, unidas por ligações beta (1,4), de N-Acetilglucosamina e ácido N-acetilmurâmico. Os polímeros lineares justapõem-se a parede celular e são interligados por pequenos peptídeos. As ligações cruzadas dos peptídeos unem as cadeias polissacarídeas a um revestimento muito forte que envolve a célula por inteiro e a protege da lise devido a entrada de água por osmose. 
A enzima lisozima hidrolisa as ligações beta (1,4) e mata a bactéria. Já a penicilina e os antibióticos relacionados matam as bactérias ao impedir a formação das ligações cruzadas, que torna a parede celular fraca para resistir à osmose. 
Nas bactérias Gram negativas (Ala- Glu-DAP-Ala), a ligação entre os tetrapepídeos é direta, ocorrendo entre o grupamento amino do DAP subterminal e o grupamento carboxi da D-Ala terminal. Já nas Gram positivas (Ala-Glu-Lys-Ala), a ligação é indireta, sendo mediada por uma ponte interpeptídica de natureza variável (cinco glicinas em S. aureus). A análise das figuras abaixo deixa clara a grande estruturação do peptídeoglicano, em virtude das inúmeras ligações cruzadas existentes ao longo da molécula. Assim, devido a esta complexa estruturação física, o peptideoglicano confere rigidez à parede, embora exiba certo grau de elasticidade e também porosidade. Nas bactérias Gram positivas, cerca de 90% da parede celular é composta pelo peptideoglicano, que geralmente forma cerca de 20 camadas. O restante da parede é composto essencialmente por ácido teicóico. Nas bactérias Gram negativas, apenas cerca de 10% da parede corresponde ao peptideoglicano, existindo geralmente como uma camada única ou dupla. Os outros 90% são compostos por proteínas, fosfolipídios e lipopolissacarídeos. 
Gram negativa: Escherichia coli, Salmonella, Shigella, Klebsiella, etc.
Gram positiva: Bacilos, Estreptococos, Estafilococos, Enterococos, Actinobacteria, etc.
Proteoglicanos 
As unidades básicas dos proteoglicanos consistem em uma proteína central ligada covalentemente a glicosaminoglicanos. Alguns proteoglicanos podem formar aglomerados de proteoglicanos, enormes agregados supramoleculares de várias proteínas centrais, todas ligadas a uma molécula simples de hialuronato.
Entrecruzadas com esses enormes proteoglicanos extracelulares estão proteínas fibrosas da matriz, tais como o colágeno, a elastina e a fibronectina, formando uma rede de interligações que proporcionam resistência e resiliência. Algumas dessas proteínas são multiadesivas, uma proteína simples tendo sítios de ligação para várias moléculas diferentes da matriz. Os proteoglicanos da matriz são essenciais na resposta da célula a certos fatores de crescimento extracelulares.
Glicoproteínas 
Têm um ou vários oligossacarídeos de complexidade variada ligados covalentemente à proteína. São encontradas do lado externo da membrana plasmática, na matriz extracelular e no sangue. As frações oligossacarídicas das glicoproteínas são menos repetitivas do que as cadeias de glicosaminoglicanos dos proteoglicanos, elas são ricas em informações, compondo sítios altamente específicos para o reconhecimento e a ligação de alta afinidade com outras proteínas. 
Mucina: glicoproteína de elevada massa molecular  produzida por tecidos epiteliais.  A característica-chave da mucina consiste na sua capacidade de formar géis; por isso eles são um componente-chave para a maioria das secreções semelhantes ao gel, servindo funções de lubrificação e de sinalização celular para a formação de barreiras químicas. Costumam ter um papel inibitório.
Fibronectina: glicoproteína de elevado peso molecular, contendo cerca de 5% de carboidratos e que se liga a receptores proteicos da membrana celular chamados integrinas. Liga-se também à matriz extracelular.É produzida pelos fibroblastos do tecido conjuntivo e apresenta sequência de aminoácidos RGD (arginina, glicina e aspartato), sendo, portanto, específica para adesão à superfície celular.
Laminina: glicoproteínas de fundamental importância no desenvolvimento embrionário, além de terem um papel importante em processos de diferenciação, migração e adesão celular. Além disso, dirigem o crescimento celular e são um fator de sobrevivência para diferentes tipos celulares. A laminina é encontrada, em grande parte, nas membranas basais, formando uma rede proteica que organiza a própria formação dessa matriz extracelular especializada. Essa molécula é constituída por três polipeptídeos em forma de cruz e também apresenta porções que se ligam ao colágeno tipo IV, ao heparan sulfatado e a receptores celulares de laminina, formando assim pontes que ligam as células à matriz. Como o colágeno IV e o heparan sulfatado são os principais componentes das lâminas basais, a laminina serve de ponte entre as células e essas lâminas.
Selectina: são moléculas alongadas, quase sempre localizadas no topo das microvilosidades, o que facilita a sensibilidade para as ligações. As selectinas apresentam domínio N-terminal semelhante à lectina, o qual está relacionado com a necessidade de cálcio para a ligação do linfócito com o endotélio de um linfonodo periférico, demonstrando que o contra receptor é semelhante a um carboidrato. Todas as selectinas precisam de um resíduo carregado negativamente, isto é, o ácido N-acetil-Neuroamínico. São responsáveis pela adesão de leucócitos ao endotélio vascular na cascata precoce de eventos que levam aos processos de inflamação.
Glicosaminoglicanos
Também denominados mucopolissacarídeos ácidos, são polímeros de dissacarídeos que se repetem ao longo de uma cadeia linear e longa. Apresentam radicais carboxila (do ácido urônico) e radicais sulfato, exceto o ácido hialurônico. Consequentemente são substâncias com cargas extremamente negativas, o que atrais íons Na+, tornando o meio osmoticamente hidrofílico, o que cria um gel fluído e possibilitará assim a função dos glicosaminoglicanos. Com exceção do ácido hialurônico, todos os glicosaminoglicanos se ligam covalentemente a uma proteína central, sendo que a junção “proteína-glicosaminoglicano” dá origem ao proteoglicano. 
Devido ao grande número de cargas negativas, as cadeias heteropolissacarídeas dos glicosaminoglicanos se repelem, o que contribui para a adesão de água às subunidades da cadeia. Além disso, essas cargas negativas conferem a propriedade de compressibilidade da matriz extracelular. 
Vírus e bactérias podem aumentar a produção de hidrolases, digerir GAG´s e necrsoar a área. 
Tipos de glicosaminoglicanos 
1- Ácido hialurônico (hialuronato em pH fisiológico):
Chamado de mucopolissacarídeo neutro contém unidades alternadas de ácido D-glucurônico e N-acetilglucosamina. Forma soluções altamente viscosas e claras que funcionam como lubrificantes nos fluidos sinoviais das juntas e conferem ao humor vítreo dos olhos dos vertebrados sua consistência semelhante à da gelatina. É encontrado também no tecido conjuntivo frouxo e no cordão umbilical. 
 É o único GAG não sulfatado, não está ligado covalentemente a proteínas e serve como lubrificante e absorve choques. É um componente essencial da matriz extracelular de tendões e cartilagens, contribuindo para elasticidade e resistência à tensão, já que apresenta fortes interações com os outros componentes da matriz. 
Outros GAG`s diferem-se do hialuronato pelo fato desses outros serem polímeros mais curtos e covalentemente ligado a proteínas específicas. 
2- Sulfatos de Condroitina: 
É o GAG mais abundante do corpo, encontrado nas cartilagens, tendões, ligamentos e artéria aorta. 
Forma agregados de proteoglicanos e na cartilagem liga-se ao colágeno formando redes e mantendo as fibras unidas e fortes.
3- Dermatan sulfatado:
Colabora com a flexibilidade da pele, estando presente em válvulas do coração e vasos sanguíneos. 
4- Queratina sulfato:
Não possui ácido urônico e a quantidade de sulfatoé variável. Está presente na córnea, cartilagens, ossos e em uma variedade de estruturas calosas formadas por células mortas, como unhas e cabelos. 
5- Heparina:
Anticoagulante natural, sintetizado nos mastócitos que inibe a coagulação pela ligação e estimulação simultânea da proteína anticoagulante antitrombina III. A interação entre a heparina e a antitrombina III é fortemente eletrostática. A heparina é a molécula biológica mais bem conhecida, que contém a mais alta densidade de carga negativa. A heparina purificada é usada em análises clínicas e em transfusões para evitar coagulação. É composta por unidades dissacarídeas repetidas compostas por ácido urônico e um açúcar aminado.
Processo e enzimas de degradação de carboidratos
 
Boca: apenas o amido sofre a ação da amilase salivar, enzima ativada pelo pH alto da boca. A lactose, a sacarose e a celulose passam intactos por este segmento. O amido é então convertido em subunidades denominadas dextrinas, isomaltose e maltose. 
Estômago: por apresentar um pH baixo, a amilase salivar é desnaturada e desativada. Com isso não há digestão de carboidratos em nível estomacal. 
Duodeno: na primeira porção do intestino delgado, ocorre a completa degradação dos carboidratos ingeridos na dieta. As dextrinas sofrem ação da amilase pancreática, enquanto a isomaltose, a maltose, a lactose e a sacarose sofrem ação de enzimas da mucosa intestinal (isomaltase, glicoamilase, lactase e sacarase), sendo convertidas nas unidades monoméricas fundamentais: glicose, galactose e frutose. 
Intestino: nas demais porções dos intestinos, ocorre a absorção dos monossacarídeos. A glicose e a galactose são transportadas por meio do GLUT -5. 
Uma vez dentro dos enterócitos, os monossacarídeos são transportados para o sangue graças a ação do GLUT -2, e daí para o fígado. Neste, serão destinados para as células do corpo caso seja necessário ou serão estocados na forma de glicogênio. 
Na degradação do glicogênio:
A glicogênio fosforilase cliva o glicogênio adicionando ortofosfato, que quebra a ligação α-(1,4) entre o carbono 1 da ose terminal e o carbono 4 da ose adjacente. Mais especificamente cliva a ligação entre o carbono 1 da ose terminal e o oxigênio glicosídico. A glicogênio fosforilase, entretanto, quebra apenas as ligações α-(1,4) e como o glicogênio é uma molécula ramificada, ela necessita do auxílio de duas enzimas desramificadoras, que nos eucariontes se encontram em apenas uma cadeia peptídica. 
A transferase retira 3 glicoses da ramificação e transfere para a cadeia principal, deixando apenas a glicose que participa da ligação α-(1,6). Essa ligação é quebrada e a glicose é liberada na forma de glicose livre e posteriormente fosforilada pela hexocinase da via glicolítica. No fim desse processo, será liberada glicose 1- fosfato, que deve ser convertida em glicose 6- fosfato para entrar na via metabólica. Para essa transformação ocorre com o auxílio da enzima fosfoglicomutase, que tem em seu centro catalítico um radical fosforilado de serina, esse que transfere uma fosforila a glicose 1-fosfato, transformando em um composto intermediário denominado glicose-1,6-bifosfato. 
Após isso, a fosforila do c-1 é transferida de volta para a enzima, fazendo com que a fosfoenzima se regenere e que a glicose fique na forma de glicose 6-fosfato. Em resumo, a clivagem fosforolítica do hidrogênio é mais energeticamente vantajosa, pois já libera a glicose fosforilada, enquanto se ocorresse a hidrólise, a molécula de glicose deveria ser fosforilada para entrar na via metabólica principal, implicando no gasto de 1 ATP. 
Boca: apenas o amido sofre a ação da amilase salivar, enzima ativada pelo pH alto 
da boca. A lactose, a sacarose e a celulose passam intactos por este segmento. O 
amido é então convertido em subunidades denominadas dextrinas, isomaltose e 
maltose. 
Estomago: por apresentar um pH baixo, a amilase salivar é desnaturada e 
desativado do e stomago. Com isso não há digestão de carboidratos em nível 
estomacal. 
Duodeno: na p rimeira porção do intestino delgado, ocorre a completa degrada ção 
dos carboidratos ingeridos na dieta. As dextrinas sofrem ação da amilase 
pancreática, enquanto a isomaltose, a mal tose, a lactose e a sacarose sofrem ação 
de enzimas da mucosa intestinal (isomaltase, glicoamilase, lactase e sacarase), 
sendo convertidas nas unidades monoméricas fundamentais: g licose, galactose e 
frutose. 
Intestino: nas demais porções dos inestinos, oc orre a a bsorção dos 
monossacarídeos. A glicose e a galactose são transportadas por m eio do GLUT -5. 
Uma vez dentro d os enterócitos, os m onossacarídeos são transportados para o 
sangue graças a ação do GLUT -2, e daí para o f ígado. Neste, serão destinados p ara 
as células do corpo caso seja n ecessário ou serão estocados na forma de 
glicogênio. 
Testes de reconhecimento de carboidratos 
1- Molisch: reconhece qualquer glicídio livre ou combinado.
2- Bial: reconhece primeira e preferencialmente pentose, mas também hexose.
3- Seliwanoff: reconhece ceto-hexoses, como a frutose.
4- Benedict: reconhece oses e glicídios redutores, como a glicose e a frutose.
5- Iodo: reconhece amido.
6- Tollens: reconhece pentose.
7- Fehling: reconhece açúcares redutores.
Colágeno
É encontrado em tecidos conjuntivos como tendões, cartilagens, na matriz orgânica e na córnea dos olhos. Evoluiu no sentido de fornecer resistência mecânica. A hélice do colágeno é uma estrutura secundária singular, orientada para a esquerda e possuindo três resíduos de aminoácidos por passo. Apresenta uma estrutura superenovelada que representa uma estrutura terciária e quaternária característica com três polipeptídios separados (cadeias alfa), que estão enovelados uns aos outros com orientação pra direita, contrária à orientação das hélices. 
Apresenta 35% de glicina, 11% de alanina e 21% de hidroxiprolina. Colágeno é pobre em aminoácidos essenciais, por isso a gelatina tem pequeno valor nutricional como proteína. Essa composição de aminoácidos não habitual está relacionado às restrições estruturais características da hélice do colágeno. A sequência de aminoácidos no colágeno apresenta uma unidade repetitiva tripeptídica Gly-X-Pro ou Gly-X-HyPro, onde X pode ser qualquer resíduo de aminoácido. Os resíduos de prolina possibilitam os enovelamentos acentuados nas hélices do colágeno. Essa sequência e a estrutura quaternária superenovelada permite um empacotamento denso dos três polipeptídios, fato que fornece uma força tensional maior que um fio de aço de mesma secção transversal. 
As fibrilas do colágeno são moléculas de tripla hélice de colágeno, associadas de diversas maneiras para fornecer diversos níveis de força tensional. 
As cadeias alfa e as fibrilas de colágeno são unidas por ligações covalentes cruzadas não habituais com resíduos de lisina, hidroxilisina ou histidina. 
A inelasticidade do tecido conjuntivo com o envelhecimento resulta de um acúmulo de ligações covalentes cruzadas nas fibrilas de colágeno. Um mamífero típico possui mais de 30 variantes estruturais de colágeno que ocorrem em tecidos particulares, se diferenciando um pouco em sequência e função.A glicina não pode ser substituída por outro resíduo de aminoácido sem causar efeitos deletérios na estrutura, dado seu papel na hélice tripla do colágeno. 
1. Colágenos que formam longas fibrilas: moléculas de colágeno dos tipos I, II, III, V ou XI se agregam para formar fibrilas longas de colágeno que são claramente visíveis ao microscópio eletrônico. O colágeno do tipo I é o mais abundante, sendo amplamente distribuído no organismo. Ele ocorre como estruturas classicamente denominadas de fibrilas de colágeno e que formam ossos, dentina, tendões, cápsulas de órgãos, derme etc.
2. Colágenos associados a fibrilas: são estruturas curtas que ligam as fibrilas de colágeno umas às outras e a outros componentes da matriz extracelular. Pertencema este grupo os colágenos dos tipos IX, XII e XIV.
3. Colágeno que forma rede: o colágeno cujas moléculas se associam para formar uma rede é o colágeno do tipo IV; um dos principais componentes estruturais das lâminas basais, nas quais tem o papel de aderência e de filtração.
4. Colágeno de ancoragem: é do tipo VII e é encontrado nas fibrilas que ancoram as fibras de colágeno tipo 1 à lâmina basal.
Biossíntese do colágeno tipo I
A vitamina C é cofator para a prolina hidroxilase, importante na fase de hidroxilação ocorrida no RER e crucial para a biossíntese de colágeno. Portanto, uma hipovitaminose C acarretará em defeitos na produção do colágeno. 
A síntese de colágeno depende da expressão de vários genes e de vários eventos pós-translacionais. Não é, portanto, surpresa que um grande número de condições patológicas sejam diretamente atribuídas a uma síntese ineficiente ou anormal do colágeno.
1º Síntese de cadeias polipeptídicas (PREPROCOLÁGENO). O peptídeo sinal é quebrado em PROCOLÁGENO.
2º Hidroxilação de prolinas e lisinas no RER.
3º Começa a glicosilação a partir da hidroxilisina no RER.
4º Ocorre o alinhamento das cadeias polipeptídicas (peptídeos de registro) para formar a molécula de PROCOLÁGENO, que é transportado do Complexo de Golgi até a membrana plasmática de onde é exocitado para a matriz celular.
5º No meio extracelular os peptídeos de registro são removidos e passam a ser chamados de TROPOCOLÁGENO (grande e insolúvel), formado por 3 cadeias alfa.
6º Ocorre a agregação do TROPOCOLÁGENO, formando as fibrilas de colágeno. 
7º Reforço da estrutura fibrilar, que se agregam espontaneamente formando fibras.
A osteogênese imperfeita decorre de mutação nos genes da cadeia alfa 1 ou alfa 2 sendo que em muitos casos se deve à deleção total ou parcial do gene 1. Entretanto, a troca de um único aminoácido, particularmente da glicina, é suficiente para causar determinadas doenças.Isso porque, para que a tríplice hélice se forme corretamente, o aminoácido glicina deve estar presente em cada terceira posição na cadeia polipeptídica.
Na esclerose sistêmica progressiva quase todos os órgãos podem apresentar um excessivo acúmulo de colágeno (fibrose). Isso ocorre principalmente na pele, no trato digestivo, nos músculos e rins, causando grave transtorno funcional nos órgãos implicados. 
Outro tipo de fibrose é o espessamento localizado na pele (queloides) devido a um depósito excessivo de colágeno que se forma em cicatrizes. 
Na síndrome de Ehlers-Danlos do tipo IV, ocorrem por deficiência do colágeno tipo III, causando ruptura nas paredes das artérias e do intestino, ambas ricas em fibras reticulares.
Tecido conjuntivo 
· Originado do mesênquima, tecido embrionário, originado da mesoderme.
· Responsável pelo estabelecimento e manutenção das formas do corpo.
· Estruturalmente é dividido em três classes: células, fibras e substancia fundamental (complexo viscoso, hidrofílico, com macromoléculas e glicoproteínas que se ligam a proteínas receptoras presentes na superfície de células.
· A variação da quantidade do seus três componentes culmina na sua diversidade estrutural, funcional e patológica.
Funções do tecido conjuntivo 
1- Reserva para vários hormônios;
2- A matriz, composta por proteínas fibrosas e substância fundamental amorfa, serve como um meio através do qual nutrientes e catabólitos são trocados entre as células e seu suprimento sanguíneo;
3- Serve de reserva para fatores de crescimento que controlam a proliferação e a diferenciação celular;
4- Mecanismo de defesa, por conter macrófagos, mastócitos, plasmócitos e leucócitos;
5- Armazena energia, por conter células adiposas.
Células do tecido conjuntivo
1- Fibroblastos
· Células mais comuns, envolvidas no processo de cicatrização;
· Sintetizam as proteínas: colágeno e elastina, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas multiadesivas, que farão parte da matriz extracelular.
· Estão envolvidas na produção de fatores de crescimento, controlando o crescimento e a diferenciação celular.
· São divididos em dois tipos, conforme o metabolismo se possuem grande capacidade de síntese, é denominado fibroblasto, já as células com baixo metabolismo são fibrócitos.
· Características morfológicas do fibroblasto: citoplasma abundante e rico em RER e com sistema Golgiense bem desenvolvido, muitos prolongamentos.
· Características morfológicas dos fibrócitos: tamanho menor, com poucos prolongamentos e núcleo menor.
2- Macrófagos e o sistema fagocitário mononuclear
· Macrófagos são células capazes de realizar fagocitose.
· Apresentam núcleo oval ou em forma de rim, complexo de Golgi bem desenvolvido, muitos lisossomos e um RER.
· Surgem de células da medula óssea, denominadas monócitos, esses circulam no sangue, e penetram no tecido conjuntivo, onde amadurecem e adquirem características morfológicas dos macrófagos, esse processo de transformação culmina num aumento da célula e em um aumento na síntese de proteínas.
· Os macrófagos constituem o Sistema Fagocitário Mononuclear, atuando como elementos de defesa, como células secretoras de substâncias que participam nas funções de defesa e reparo dos tecidos, participam do processo de digestão parcial e da apresentação de antígenos, da defesa imunológica (resistência mediada por células), na produção extra-hepática da bile, do metabolismo de gordura e ferro, na destruição de eritrócitos envelhecidos e na remoção de restos celulares.
3- Mastócitos 
· Célula globosa, com citoplasma repleto de grânulos, núcleo pequeno e esférico;
· Apresenta grânulos secretores e contem mediadores químicos como a histamina e glicosaminoglicanos;
· Colaboram com reações imunes, possuindo papel fundamental em inflamações, reações alérgicas e expulsão de parasitas.
· Encontrados na pele e na cavidade peritoneal, possuem grânulos com substância anticoagulante e heparina;
· Originam-se de células hematopoiéticas da medula óssea, os mastócitos imaturos circulam pelo sangue, onde penetram nos tecidos através de capilares sanguíneos para daí sim se diferenciar;
· Apresentam mediadores químicos que são liberados em reações alérgicas, provocando reações de hipersensitividade imediata, já que ocorrem dentro de pouco tempo após a entrada do antígeno, em indivíduos previamente sensibilizados pelo mesmo antígenos. Essa reação de hipersensitividade pode gerar o choque anafilático pela liberação de histamina, leucotrienos, ECF-A e heparina. A histamina contrai músculos lisos, dilata e aumenta a permeabilidade de vênulas.
4- Plasmócitos
· Citoplasma rico em RER, complexo de Golgi (onde ocorre a glicosilação dos anticorpos) e centríolos localizados próximos ao núcleo, que por sua vez é esférico e central;
· São pouco números no tecido conjuntivo normal, exceto em locais sujeito a penetração de bactérias e proteínas estranhas, estão em grande quantidade nas inflamações crônicas;
· São derivados do linfócito B.
5- Células adiposas
· Especializadas no armazenamento de energia na forma de triglicérides.
6- Leucócitos 
· Surgem do sangue por migração (diapedese), através dos capilares sanguíneos. A diapedese aumenta conforme a invasão de microorganismos, já que os leucócitos são células especializadas na defesa contra microorganismos.
· A inflamação é uma reação celular e vascular contra substâncias estranhas, os sinais clássicos de uma reação inflamatória são: alteração da função, edema, rubor, calor e dor. A inflamação se inicia através da liberação local de mediadores químicos da inflamação, que induzem a eventos característicos da inflamação, como por exemplo: aumento do fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular, quimiotaxia e fagocitose.
Fibras do tecido conjuntivo
Formadas por proteínas, que ao se polimeralizar, formam estruturas muito alongadas, essencial para determinar as propriedades do tecido conjuntivo .
Os três tipos principais de fibras do tecido conjuntivo, são: colágenas, reticulares e elásticas.
Existem dois sistemas de fibras:
Sistema colágeno: constituído por fibras colágenas e reticulares.
1- Fibras de colágeno tipoI
· São as mais numerosas no tecido conjuntivo, possuem cor branca (por isso que os tendões são brancos).
· Composto por moléculas alongadas dispostas paralelamente.
· Características morfológicas estruturas longas e com percursos sinuosos, em alguns pontos essas fibras se organizam paralelamente formando feixes de colágeno.
2- Fibras reticulares
· Compostas por colágeno tipo III, associado a elevado teor de glicoproteínas e proteoglicanos;
· São extremamente finas e formam uma rede extensa em determinados órgãos, essas que são sujeitas a mudanças fisiológicas de forma ou volume;
· Não coram com hematoxilina-eosina, sendo necessário usar sais de prata, pelos quais as fibras reticulares têm afinidade;
· Formadas por finas fibrilas (diâmetro médio de 35 nm) frouxamente arranjadas e unidas por pontes provavelmente compostas de proteoglicanos e glicoproteínas.
· Abundantes em músculo liso, endoneuro e em órgãos hematopoiéticos. 
Sistema elástico: constituído pelas fibras elásticas, elaunínicas e oxitalânicas.
1- Fibras oxitalânicas (sem elasticidade) 
· Feixes de microfibrilas compostas por glicoproteínas, entre as quais a fibrilina, que formam a base necessária para a deposição de elastina (produzida nos fibroblastos e em células do músculo liso dos vasos sanguíneos);
· Podem ser encontradas nas fibras da zônula do olho e em determinados locais da derme, onde conecta o sistema elástico com a lâmina basal;
· Altamente resistentes a forças de tração.
2- Fibras elaunínicas
· Formadas pela deposição irregular de proteína elastina entre as microfibrilas oxitalânicas;
· Encontradas ao redor das glândulas sudoríparas e na derme.
3- Fibras elásticas 
· A elastina continua a se acumular e a ocupar todo o centro do feixe, daí está formado as fibras elásticas. Em fibras elásticas maduras há grande concentração de elastinas;
· Componente mais numeroso do sistema elástico;
· Distendem-se facilmente quando tracionadas;
Por usar diferentes proporções de elastina e microfibrilas, o sistema elástico constitui uma família de fibras com características funcionais variáveis capazes de se adaptar às necessidades locais dos tecidos.
As principais células produtoras de elastina são os fibroblastos e o músculo liso dos vasos sanguíneos. Antes da elastina madura forma -se a proelastina, uma molécula globular que no espaço extracelular, polimeriza-se para formar a elastina, uma glicoproteína com consistência de borracha que predomina nas fibras elásticas maduras. A elastina é resistente à fervura , à extração com álcalis e com ácido e à digestão com proteases usuais, mas é facilmente hidrolisada pela elastase pancreática.
A elastina também ocorre na forma não fibrilar, formando as membranas fenestradas (lâminas elásticas) encontradas nas paredes de alguns vasos sanguíneos, pois não tem o molde de fibrilina. 
Substância fundamental: mistura complexa altamente hidratada de moléculas aniônicas (glicosaminoglicanos e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas, como a fibronectina e a laminina. Preenche o espaço entre as células e fibras de tecido conjuntivo, atua como lubrificante e como barreira contra a penetração de microorganismos invasores.
Água de solvatação são as moléculas de água atraídas para o tecido conjuntivo pelos GAG´s.
Glicoproteínas multiadesivas: proteínas ligadas a cadeias de glicídios, porém é o componente protéico que predomina nestas moléculas, ajudam as células a se aderirem aos seus substratos, além de desempenhar um importante papel na interação entre células.
Fluido tissular: semelhante ao plasma sanguíneo. Formado pelo sangue, que traz até o tecido conjuntivo nutrientes necessários e volta com excretas do metabolismo celular, feito através do transporte de água. Há um delicado equilíbrio em relação à quantidade de água no meio intra e extracelular.
Esse equilíbrio é rompido em situações patológicas, como as provenientes do edema: 
· Obstrução de ramos venosos ou linfáticos; 
· Diminuição do fluxo sanguíneo;
· Insuficiência cardíaca;
· Parasitoses;
· Desnutrição protéica.
Duas forças atuam na água dos capilares:
1- Hidrostática do sangue, que força a água a sair através da parede dos capilares;
2- Coloidosmótica/osmótica: sentido contrário, atrai a água pra dentro do capilar;
Tipos de tecido conjuntivo
1- Tecido conjuntivo propriamente dito
1.1- Tecido conjuntivo propriamente dito frouxo
· Suporta estruturas normalmente sujeitas à pressão e atritos pequenos;
· Tecido muito comum que preenche espaços entre grupos de células musculares, suporta células epiteliais, forma camadas em tomo dos vasos sanguíneos;
· Encontrado nas papilas da derme, na hipoderme, nas membranas serosas que revestem as cavidades peritoneais e pleurais e nas glândulas.
· Contém todos os elementos estruturais típicos do tecido conjuntivo propriamente dito, sem haver predominância de qualquer dos componentes;
· Tem uma consistência delicada, é flexível, bem vascularizado e não muito resistente a trações. 
1.2- Tecido conjuntivo denso
· Adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos;
· Têm menos células que o tecido conjuntivo frouxo e uma clara predominância de fibras colágenas;
· É menos flexível e mais resistente à tensão.
A) Tecido conjuntivo denso não modelado 
· Fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma orientação definida;
· As fibras formam trama tridimensional, o que lhes confere certa resistência às trações exercidas em qualquer direção;
· Encontrado na derme profunda da pele.
B) Tecido conjuntivo denso modelado
· Apresenta feixes de colágeno paralelos uns aos outros e alinhados com os fibroblastos;
· Tipo de conjuntivo que formou suas fibras colágenas em resposta às forças de tração exercidas em um determinado sentido;
· Os fibroblastos, em resposta a forças que atuam sobre os tecidos, orientam as fibras que produzem de modo a oferecer o máximo de resistência a estas forças
2- Tecido elástico
· Composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas;
· Possui cor amarela típica e grande elasticidade; 
· O espaço entre as fibras é ocupado por fibras delgadas de colágeno e fibroblastos achatados;
· Pouco frequente no organismo, se expressando no ligamento suspensório do pênis e no ligamento amarelo da coluna vertebral.
3- Tecido reticular
· Muito delicado e forma uma rede tridimensional que suporta células de alguns órgãos;
· Constituído por fibras reticulares associadas a fibroblastos;
· Ao lado dessas células reticulares estão células do sistema fagocitário mononuclear; 
· Cria um ambiente especial para órgãos hematopoiéticos; 
· Estrutura trabeculada, semelhante a uma esponja.
4- Tecido mucoso
· Consistência gelatinosa pela predominância de matriz fundamental amorfa, composta principalmente de ácido hialurônico com poucas fibras;
· Têm os fibroblastos como principais células;
· Principal componente do cordão umbilical, referido como geléia de Wharton, como também na polpa jovem de dentes. 
5- Tecido adiposo
· Suas células podem ser encontradas isoladas ou no tecido conjuntivo frouxo, mas a maioria forma grandes agregados;
· Eficiente como reserva energética, forma conjuntos absorventes de choques, promovem isolamento térmico, preenchem espaços entre outros tecidos, auxiliam a manter certos órgãos na sua posição normal, tem atividade secretora, entre outras funções;
· Muito influenciado por estímulos nervosos e hormonais;
5.1- Tecido adiposo unilocular
· Forma o panículo adiposo, uma camada uniforme sob a pele;
· Comum ou amarelo, cujas células contém apenas uma gotícula de lipídio, ocupando quase todo o citoplasma, que tem armazenado principalmente triglicérides (ésteres de ácidos graxos e glicerol);
· Cada célula adiposa é envolvida por uma lâmina basal e sua membrana plasmática apresenta inúmeras vesículas de pinocitose;
· Possui vascularização abundante;
· É um órgão secretor, pois sintetiza várias moléculas como a leptina, que são transportadas pelo sangue, e a lípase proteica;
· Originam-se a partir de células derivadas do mesênquima, os lipoblastos.
5.2- Tecido adiposomultilocular
· A gordura se quebra em calor, e não ATP, auxiliando na manutenção da temperatura corporal em bebês;
· Formado por células que contêm inúmeras gotículas de gordura e muitas mitocôndrias;
· Abundante em animais que hibernam;
· Não há neoformação após o nascimento. 
Síntese de elastina
Apresenta etapa intracelular e extracelular. Inicialmente, é produzida a pró-elastina, 
glicoproteínas de associação a micro-fibrilas (MAGP) e fibrilina 1 e 2 no RER. Esses são 
exportados pelo Golgi. No meio externo, as glicoproteínas de microfibrilas (MAGP) unem as 
moléculas de tropoelastina (nome recebido pela pró-elastina no meio externo) às moléculas 
de fibrilina, formando as fibras elásticas imaturas. Em seguida, as moléculas de fibrilina 1 e 2 se 
associam e formam a fibra elástica madura. 
Apresenta etapa intracelular e extracelular. Inicialmente, é produzida a pró-elastina, 
glicoproteínas de associação a micro-fibrilas (MAGP) e fibrilina 1 e 2 no RER. Esses são 
exportados pelo Golgi. No meio externo, as glicoproteínas de microfibrilas (MAGP) unem as 
moléculas de tropoelastina (nome recebido pela pró-elastina no meio externo) às moléculas 
de fibrilina, formando as fibras elásticas imaturas. Em seguida, as moléculas de fibrilina 1 e 2 se 
associam e formam a fibra elástica madura. 
Apresenta etapa intracelular e extracelular. Inicialmente, é produzida a pró-elastina, 
glicoproteínas de associação a micro-fibrilas (MAGP) e fibrilina 1 e 2 no RER. Esses são 
exportados pelo Golgi. No meio externo, as glicoproteínas de microfibrilas (MAGP) unem as 
moléculas de tropoelastina (nome recebido pela pró-elastina no meio externo) às moléculas 
de fibrilina, formando as fibras elásticas imaturas. Em seguida, as moléculas de fibrilina 1 e 2 se 
associam e formam a fibra elástica madura. 
Apresenta etapa intracelular e extracelular. Inicialmente, é produzida a pró-elastina, 
glicoproteínas de associação a micro-fibrilas (MAGP) e fibrilina 1 e 2 no RER. Esses são 
exportados pelo Golgi. No meio externo, as glicoproteínas de microfibrilas (MAGP) unem as 
moléculas de tropoelastina (nome recebido pela pró-elastina no meio externo) às moléculas 
de fibrilina, formando as fibras elásticas imaturas. Em seguida, as moléculas de fibrilina 1 e 2 se 
associam e formam a fibra elástica madura. 
1º Produzida a pró-elastina, glicoproteína de associação a micro-fibrilas (MAGP) e fibrilina 1 e 2 no RER.
2º Tais compostos são exportados pelo Golgi.
3º No meio externo as glicoproteínas de microfibrilas (MAGP) unem as moléculas de tropoelastina (nome recebido pela pró-elastina no meio externo) às moléculas de fibrilina, formando as fibras elásticas imaturas.
4º Em seguida, as moléculas de fibrilina 1 e 2 se associam e formam a fibra elástica madura.
Desmosina e isodesmosina são aminoácidos incomuns encontrados na cadeia polipeptídica da elastina. A desmosina possui 4 resíduos de aminoácidos separados de lisina, enquanto que a isodesmosina é um aminoácido isomérico baseado em piridínio resultante da condensação de quatro resíduos de lisina entre proteínas de elastina por lisil-oxidase. Estes representam biomarcadores ideais para o monitoramento da rotação de elastina porque esses links cruzados especiais só são encontrados na elastina madura em mamíferos.
Tipos de colágeno

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