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Hepatite� Virai� Aguda < 6 meses Crônica > 6 meses (“B” e “C”) → risco de cirrose Fulminante → encefalopatia em < 8 semanas (principalmente “B”). ↑TAP, ↑INR A evolução da hepatite dependerá da resposta imunológica! História natural: fase da incubação é variável (4-12 sem), até o aparecimento dos sintomas (fase clínica), que é quando há a produção dos anticorpos. Há três fases: a primeira, chamada prodrômica, dura dias/semanas, havendo um quadro inespecífico com febre/fadiga e aumento das transaminases. Depois de um tempo pode-se desenvolver a fase ictérica, na qual há falha na fase de excreção da bilirrubina, em que ocorre acúmulo de bilirrubina direta. Nessa fase aumenta-se muito as transaminases > 10x (nas agudas). A última fase, é a de convalescência, na qual há melhora/cura ou cronificação (B/C) - Hepatite A Formas clínicas: assintomáticas (maioria), sintom´tica (10%)/ Fulminante (0,35%)/ NÃO CRONIFICA Particularidades: A transmissão é fecal-oral, quanto aos anticorpos (anti-HAV), o IgM fica presente por 4-6 meses e depois permanece o IgG, representando uma cicatriz. Quanto ao tratamento, não há nenhuma droga específica, sendo que o tratamento deve ser sintomático, afastando o paciente de suas atividades por 2 semanas, para conter a transmissão. A profilaxia é feita por meio da vacina, que é administrada em dose única aos 15 meses (Min. Saúde) e no caso de pós-exposição em não-vacinados deve-se aplicar a vacina em até 14 dias e imunoglobulina (em casos de 1 ano ou imunodeprimidos). - Hepatite “E”: similar à A; fulmina mais em gestantes - Hepatite B A transmissão é sexual (mais comum), vertical, percutânea. Antígenos: O anti-HBs garante proteção. HBsAg Hepatite B (presença do vírus) Anti-HBc Contato com o vírus (IgM = recente) Anti-Hbs Cura ou vacinação prévia (proteção) HBeAg Replicação viral Anti-HBe Fase não-replicativa AGUDA CRÔNICA CURA VACINA HBsAg + + - - Anti-HBc IgM + - - - Anti-HBc IgG -/+ + + - Anti-HBs - - + + Obs.: Hepatite B mutante pré-core → Conceito: falha na síntese do HBeAg (replica sem demonstrar). Suspeita-se quando o HBeAg está negativo, o HBsAg positivo e transaminases muito elevadas. A confirmação é feita através da carga viral elevada. Trata-se de uma variante mais agressiva, havendo maior risco de hepatite fulminante, cirrose e câncer. História natural: dos casos de Hepatite B aguda, apenas 1% evoluem para fulminante, 5% dos adultos para a forma crônica. Dos que cronificam, 20-50% evoluem para cirrose, dos quais 10% evoluem para carcinoma hepatocelular. Também pode haver a evolução direta de hepatite B crônica para carcinoma hepatocelular. Tratamento Indicações principais: na hepatite aguda não trata sempre, apenas nos casos graves, como aqueles com coagulopatia. Nos casos das hepatites crônicas, deve-se tratar os casos em que há agressão ao organismo, como aqueles com HBeAg positivo e transaminases elevadas ou mutante pré-core; quando há coinfecção com HIV ou HCV; e para casos de prevenção de reativação em pacientes com imunossupressão ou QT. Esquemas (em geral, monoterapia): a 1ª linha é o tenofovir, havendo como opção o entecavir (em casos de contraindicação ao tenofovir e prevenção de reativação). - Hepatite C Vírus RNA, com 6 genótipos (mais prevalentes 1 e 3). A principal forma de contágio é através de drogas injetáveis. Depois de aproximadamente 2 semanas do contágio detecta-se o HCV-RNA no sangue, depois desenvolve-se a fase clínica com o aparecimento de anticorpos anti-HCV. Anti-HCV positivo pode indicar hepatite em atividade ou cura, ou ainda um falso-positivo. Portanto, além do anti-HCV positivo é necessário que o HCV-RNA seja positivo para o diagnóstico de uma infecção ativa. A chance da hepatite C aguda evoluir para a forma fulminante é ~0%. Todavia há 80% de chance de evolução para hepatite crônica. Dessa forma crônica, há 30% de chance de evolução para cirrose, da qual há 10% de chance de evoluir para carcinoma hepatocelular. Tratamento Na hepatite C deve-se tratar todos os pacientes. O objetivo é atingir a “Resposta Viral Sustentada” = vírus indetectável. Esquemas (8-24 semanas): ● "Antivirais de Ação Direta” (± ribavirina se cirrose) ● Genótipo 1: ledipasvir/ sofosbuvir ● Demais Genótipos: velpatasvir/ sofosbuvir ● Se DRC: glecaprevir/ pibrentasvir (TODOS) - Hepatite D Precisa do vírus B (tem que ser HBsAg +) ● Co-infecção D e B agudas → não aumenta o risco de cronificação ● Super-infecção D aguda + B prévia → maior risco de desenvolver fulminante e cirrose.
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